A água simboliza o reaparecimento após o afundamento, uma nova vida após a morte.
Uma Catástrofe Mundial
Na Índia como na China, nas ilhas do Pacífico e na Austrália, na América do Norte e na América do Sul, bem como na antiga Germânia e em Roma, em todos estes lugares o mito do dilúvio destruidor é conhecido. De acordo com a tradição grega, Zeus quis exterminar a «perversa raça humana» e decidiu destruir os humanos com chuvas torrenciais. A grande quantidade de chuva combinada com a acção das vagas do mar deram origem a inundações que, apoiadas por tremores de terra, desencadearam uma destruição infernal sobre toda a Humanidade. Na Pérsia, o «Bundahishn», ou o «Livro da Criação», relata o modo como uma estrela com um terrível brilho iluminou a Terra e, como de seguida, a chuva torrencial a inundou.
Também um dos mais antigos textos do hinduísmo, o «Rigveda», se refere ao dilúvio.
Muitas outras culturas descrevem o episódio da salvação de, pelo menos um casal de seres humanos e de vários animais numa arca. Até mesmo os Esquimós falam de uma arca na qual, os membros do povo Tlingit puderam ser salvos.
Das Profundezas do Universo
É interessante reparar no modo como alguns mitos fornecem indicações precisas. No Livro Sagrado dos Quichés (Guatemala e Honduras), o «Chilam Balam», é descrita uma chuva de fogo e cinza pouco tempo antes de se dar a inundação. Com base no estudo desta espécie de recordações da Humanidade, os geocientistas austríacos Alexander Tollmann e Edith Tollmann, de Viena, publicaram em 1993 um livro onde defendem que o dilúvio aconteceu mesmo, mais concretamente em resultado da colisão de um cometa com a Terra há 9600 anos. A aproximação deste cometa ao Sol, tê-lo-à feito então desintegrar-se, mas ainda assim terão caído fragmentos dele nos oceanos da Terra.
Diversas medições, por exemplo relativas ao carbono radiactivo na atmosfera ou, a transformações sofridas em materiais rochosos, comprovaram esta teoria. Vários relatos sobre a ocorrência de dilúvios dão indicações precisas sobre a direcção em que o cometa seguia (para sudeste) e, referem o Outono, como a estação do ano em que se deu a colisão.
Os índios Chipewyan, do Noroeste do Canadá, chegam mesmo a falar concretamente do mês de Setembro. Surpreendentemente, tal coincide com um texto babilónico que é ainda mais exacto e aponta o dia 14 de Setembro como aquele em que se deu a catástrofe.
Inundações Mortíferas, vindas do Alto
Torna-se assim mais clara, a passagem bíblica que fala das «Fontes do Grande Abismo» e, das «Cataratas do Céu», pois há 10 mil anos haveria ainda grandes quantidades de água na Terra, resultantes do período glacial. Com a onda de choque resultante da colisão que terá percorrido todo o planeta, não admira que grandes massas de água tenham sido impelidas para cima, após o que uma enorme e poderosa enchente terá varrido a superfície terrestre. Vê-se assim confirmada uma antiquíssima recordação da Humanidade e a Bíblia, cuja comprobabilidade histórica tantas vezes é posta em causa, parece desta vez ter razão.
O Pecado Original
Nas ilhas Fidji, foi o deus Mdengi que, irado com a decadência moral dos seres humanos, decidiu mergulhar o mundo nas profundezas de uma grande massa de água. Os índios Hoka, das pradarias do Midwest americano, falam do deus Morumba, que enviou uma enchente para castigar o Homem que se havia tornado mau. Para o povo Kuba da África Central, a catástrofe mundial foi desencadeada pelo incesto praticado entre o fundador da tribo e a sua irmã. Este motivo da punição por uma prática sexual não aceite está, em termos psicológicos, intimamente ligado ao renascimento do ser humano que a água permite, uma vez que a água é um elemento purificador: na Bíblia, por exemplo, é com ela que João realiza o baptismo de Cristo.
A água simboliza o reaparecimento após o afundamento, uma nova vida após a morte, mas talvez no motivo do renascimento, se aluda também à separação de um mundo ainda conduzido pelos instintos, um mundo que teria de desaparecer com o dilúvio para poder dar lugar a uma cultura marcada pelo espírito e, pela razão.
Um dos cometas mais magníficos do nosso sistema solar é o Hale-Bopp, assim chamado em honra de dois astrónomos amadores americanos. A sua cauda iónica tem mais de 100 milhões de quilómetros de comprimento. Em Março de 1977, esteve bem visível no Céu ao entardecer, ao passar a «apenas» 197 milhões de quilómetros da Terra. O cometa que de acordo com uma determinada teoria poderia ter provocado o dilúvio, era possivelmente de um tamanho semelhante ao do Hale-Bopp.
Poderemos então questionarmo-nos sobre a quantidade de chuvas intensas, inundações, erupções vulcânicas, furacões, tornados e demais intempéries da actualidade que aqui e ali nos vão surgindo em vários pontos do planeta. E nessa mesma linha de pensamento - originados pela passagem de cometas ou outras teorias menos científicas - da semelhante e também terrífica devastação que se subleva na Terra e nós, humanos, com esta sofremos pelas muitas consequências de epidemias, doenças virais e pandemias no total em globo terrestre sem que com isso o possamos deter ou ter o vão poder de o limitar. Queira Deus ou o Uno do Universo que nos guia, se renegar a sujeitar-nos a novas provações bíblicas ou de coexistência verídica de um dia em idêntica amostragem, sermos de novo banidos da Terra por fogo, inundação ou «simples» reiteração dos céus em «cataratas» anunciadas. Acreditemos de que assim não seja. Influência do Nibiru ou Planeta X (seja este ou não o mesmo) ou de outras iguais referências fatais para nós na Terra, por vias de cometas, meteoritos, planetas próximos ou em órbitas similares à Terra, que Deus, os anjos, os extraterrestres nas ditas chamadas civilizações inteligentes, nos poupem disso em mortandade efectiva e, colossal. Que a catástrofe não penda sobre nossas cabeças e que «eles» nos protejam de tal e Deus vele por nós que, acredito, ainda merecemos salvação. Pois que assim seja!
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