Estará Bimini submersa ao longo da Florida?
Terá sido de facto uma «inspiração espiritual do Universo»?
Bimini
As ilhas Bimini, um pequeno grupo insular pertencente ás Bahamas, a leste de Miami, no Estado Americano da Florida, é conhecida pela maioria das pessoas apenas como um paraíso de férias e, como um dos melhores locais do mundo para pesca desportiva de alto mar. É num tom sonhador que velhos pescadores desportivos evocam as suas recordações do escritor americano Ernest Hemingway (1899-1961), que nos anos 50 pescou ao largo de Bimini, um atum de com 223 quilos.
Para os cientistas, porém, este grupo de ilhas exerce um outro fascínio: debaixo de água foram encontrados vestígios de uma cultura submersa, possivelmente testemunhos silenciosos de um continente perdido.
Enigmático Mundo Subaquático
Em 1968, mergulhadores subaquáticos encontraram ao largo de Bimini, no fundo do mar, uma estrutura em forma de de J com 570 metros de comprimento e formada por grandes blocos de pedra. Muitos geólogos consideram estas pedras normais e naturais, mas alguns deles ficaram convencidos - após observações mais atentas - de que o que jaz no fundo do mar ao largo de Bimini, foi feito pelo Homem e, tem mais de 12 mil anos. Dever-se-à tratar de ruínas deixadas por misteriosos antepassados.
A existência de gigantescos blocos de pedra, de paredes ciclópicas, de estruturas semelhantes a carris e outras formações subaquáticas de traçado geométrico - e de grandes dimensões - desencadeou uma acesa disputa entre os estudiosos, na qual o nome de Atlântida por diversas vezes foi mencionado. Tal, deve-se sobretudo ao facto de, nos anos 30, o vidente americano Edgar Cayce (1877-1945) ter previsto a descoberta da Atlântida diante de Bimini.
A Disputa dos Entendidos
Enquanto os geólogos, como a americana Neil E. Sealy continuam a afirmar com toda a convicção que as estruturas submarinas apenas podem ser de origem natural, arqueólogos como o seu compatriota David Zink são de opinião completamente oposta. este examinou cuidadosamente o leito do mar ao largo de Bimini em 1974 e, próximo da tal estrutura em forma de J, foram feitos outros achados: de entre eles, uma pedra com entalhes e ensambladuras e um pedaço de mármore proveniente de uma escultura da Antiguidade. Zink reconheceu também a existência de um padrão geométrico na disposição daquelas pedras subaquáticas que faz lembrar a formação das sete estrelas que compõem as Plêiades. É possível que Zink tenha razão, até porque quando Colombo na sua segunda viagem (1493-1496) descobriu - entre outros - o arquipélago de Bimini, encontrou a tribo indígena dos Arawak. Destes escutou relatos acerca de um reino lendário, onde outrora brotavam fontes da juventude e, cujos deuses, eram provenientes das estrelas.
Esse reino, assim acreditavam os indígenas há 500 anos, estava há muito escondido debaixo das águas.
Investigação em Transe
Nas suas investigações que se debruçaram sobre as estruturas de Bimini, o doutor David Zink utilizou técnicas muito pouco comuns para um arqueólogo. Entre os seus estudantes encontrava-se pessoas dotadas de uma sensibilidade extraordinária que, mentalmente e em transe, se afirmavam capazes de regressar aos tempos áureos daquela civilização. No decurso desta experiência, os jovens registaram as suas impressões separadamente e, sem qualquer contacto entre si.
Os relatos, que coincidiam em grande parte, foram mais tarde avaliados e apreciados em detalhe. após as suas contestadas investigações, Zink está convencido de que nas muralhas de Bimini se revela - não apenas um local sagrado - mas também um espaço dotado de grande solenidade espiritual e, de energias muito especiais. Não exclui a hipótese de que poderá aqui ter estado activa (essa «energia especial») e ter-se revelado uma «inspiração espiritual do Universo».
Bimini, neste pequeno grupo de ilhas do Atlântico, foi em tempos pátria dos índios Arawk, como já foi referido. Após o seu descobrimento por parte de Cristóvão Colombo no século XV, os indígenas foram a pouco e pouco sendo expulsos das ilhas. Durante décadas, essas ilhas mantiveram-se intactas mas, a partir do ano de 1629, as Bimini passaram a pertencer como parte integrante das Bahamas, ao Império Britânico, pelo que ficaram mais expostas em redor. Se durante o século XVIII constituiu um bom refúgio para os piratas e, no século XIX serviu de palco a lutas contra a escravatura, no início do século XX - quando a Lei Seca esteve em vigor nos Estados Unidos - foi para os contrabandistas um lugar ideal para proceder a cargas e descargas de mercadoria. Finalmente nos anos 30 as ilhas ganham notoriedade, passando a ser conhecidas pelas boas condições que proporcionam para a prática da pesca desportiva em alto mar, bem como por achados submarinos que, a promovem a um estatuto de «Atlântida moderna». Ou então simplesmente, terra submersa de ilhas atlânticas mas, de revelação e inspiração espiritual do Universo...
A ser assim, uma terra abençoada numa espécie de prolongamento da vida ou eternidade assente nessa mesma plataforma de uma imortalidade ou quem saberá, jovialidade permanente. Um bem a alcançar por todos nós, nem que para isso se tenha de ir a banhos às Bahamas...ocasionalmente. A tudo ser uma ilusão e Zink poder estar errado numa actual e sórdida desilusão mortal, requeramos a eterna esperança então, de um dia podermos almejar mais em sapiência e merecimentos humanos. Assim seja então!