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sexta-feira, 28 de março de 2014

A Terra dos Índios-Louros


Múmias com Cabelos Louros                              Peru - América do Sul

Tendo-se investido pelas ilhas Shetland, pelas ilhas Feroé, pela Islândia e pela Gronelândia, a civilização Viking ter-se-à limitado às curtas visitas na costa leste da América do Norte ou, ao invés disso, exercido uma influência mais profunda no desenvolvimento cultural do Novo Mundo?

Antigos Contactos Transatlânticos
A ideia de que Colombo terá sido em 1492 o primeiro europeu a chegar e a descobrir a América, está ultrapassada já há algum tempo. Desde a descoberta de uma importante colónia Viking em L`Anse aux Meadows, na Terra Nova, que se dá como provado que este povo chegou à América muitos séculos antes de Colombo. Mas daí a questão: Ter-se-iam eles, aquando das suas viagens de barco pelas ilhas Shetland, pelas ilhas Feroé, pela Islândia e pela Gronelândia, limitado a fazer curtas visitas à costa leste da América do Norte, ou terão ao invés disso, exercido uma influência mais profunda no desenvolvimento cultural do Novo Mundo?

A Tese de Jacques de Mahieu
Um dos mais firmes defensores da tese da influência cultural alargada dos Vikings na América, é o antropólogo e sociólogo francês Jacques de Mahieu. De acordo com ele, os Vikings não se ficaram apenas pelas regiões do actual Canadá. Pelo contrário, admite perfeitamente que grupos de Vikings tenham avançado pela costa leste da América do Norte até alcançarem o Novo México, continuando mesmo a progredir rumo à América do Sul ao longo da costa ocidental. Como poderá então Jacques de Mahieu ter chegado a uma ideia tão extravagante e, arrojada? Este estudioso afirma ter descoberto influências dos homens brancos do Norte nas culturas do México, do Equador, da Colômbia e até mesmo na região meridional da América do Sul.

Ullman - O Viking Misterioso
De acordo com Jacques de Mahieu, um normando chamado Ullman terá em 967 sido desviado por ventos contrários à rota que o seu drácar seguia, alcançando deste modo o território do actual México.
Os Astecas, que assistiram à chegada do louro-Huno no seu imponente navio, tomaram-no por um deus acabado de chegar à Terra. Deram-lhe o nome de Quetzalcóatl (Serpente Emplumada). Contudo, em virtude do clima, os Vikings tiveram de abandonar esta região e, estabeleceram-se no planalto de Anahuac. Subjugaram as populações indígenas, ensinaram-lhes a lavoura e a metalurgia, bem como a sua própria religião. Ullman tornou-se o rei desta região. Vinte anos mais tarde reencontramos Ullman na península do Iucatão, junto da tribo Maia dos Itzá - que na sua língua chamavam Kukulcán à Serpente Emplumada.
Aí permanece durante dois anos, e funda então a cidade de Chichén Itzá. Por fim, os seus apoiantes continuam a avançar rumo á América do Sul, onde em meados do século XI fundam o gigantesco Império de Tiahuanaco, que se estendia da actual Colõmbia até ao Chile. O planalto de Bogotá ainda hoje se chama Cundinamarca, uma adaptação espanhola de Kondanemarka, que significa mais ou menos: «lugar da coroa dinamarquesa».

Os Índios Brancos
Em 1290, os colonos Escandinavos terão sido vencidos por tribos indígenas. Alguns dos sobreviventes pegaram nos seus barcos e navegaram para ocidente, vindo a estabelecer-se nas ilhas do Pacífico. Outros, porém, ter-se-ão recolhido nas montanhas da região de Apurímac, de onde só saíram passados 10 anos sob as ordens de Manco Capac com destino a Cuzco, para aí fundarem o Império dos Incas.
Um outro grupo ter-se-à ainda refugiado na floresta tropical, acabando por alcançar um território a leste dos Andes. Múmias com cabelos louros encontradas no Peru, bem como relatos de conquistadores Espanhóis acerca de «Índios-Brancos», parecem validar esta tese.
Os últimos descendentes encontrar-se-ão possivelmente na tribo dos Guayaki (os brancos da planície), no Paraguai. Mediante os seus estudos antropológicos, Jacques de Mahieu chegou à conclusão de que os Guayaki apresentavam características corporais particularmente comuns no Norte da Europa, mas, dadas as relações estreitas que desde há várias gerações estes têm mantido com os Guarani, essas características ter-se-iam esbatido com o tempo.

Seriam os Homens de Clovis, oriundos da Europa?
Há também cientistas que defendem ter havido um contacto muito anterior do Velho com o Novo Mundo. De acordo com as opiniões académicas comummente aceites, os portadores da mais antiga cultura da América do Norte foram tribos mongólicas que, depois da última glaciação - há mais de 11.000 anos, atravessaram a ligação por terra então existente entre a Sibéria e o Alasca, dando assim origem à chamada cultura de Clovis.
Dennis Stanferd, do Instituto Smithsoniano, defende por sua vez a provocante opinião de que os homens de Clovis terão chegado da Europa pelo Atlântico. A técnica de produção das lâminas de pedra que se observa na cultura de Clovis, é precisamente a mesma que pode ser constatada nas lâminas espanholas da cultura de Solutré.

Mais haverá por sondar, pesquisar e elaborar em outras teses mas, não se ficando indiferente de modo algum à que Jacques de Mahieu defendeu acintosamente, leva-nos a supor de que provavelmente ele e outros terão razão ao afirmar de que os Vikings já há muito que teriam descoberto, vivenciado e mesmo perpetuado todos os seus conhecimentos e, ensinamentos nos povos que encontraram. E isto, tanto na América do Norte como na do Sul em investidas suas, verdadeiramente assombrosas do que na época nos suscita de tão primitivos barcos em transporte marítimo. Esventraram mares e oceanos, conquistaram terras e povos e foram sem dúvida, os mais valentes, corajosos e fundadores de territórios até aí desconhecidos. Bravura e heroicidade de homens e mulheres que ainda hoje nos dignificam por tanta mestria de carácter e valentia, dando os corpos ao vento e ao mar em boas e más marés transatlânticas.
Aqui fica então a justa homenagem desses povos aventureiros escandinavos que deram mundos ao mundo! A bem da cultura e do conhecimento, toda esta «nova» verdade possa ser continuada por quem de direito. Assim seja então, a bem de todos nós!

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