Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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terça-feira, 1 de julho de 2014
A Ciência Sagrada
Escultura do Deus Indra - Deus do Sol Relevo de um Templo em Ellora Índia
Que mistérios encerra esta «Ciência Sagrada» em que, acreditando na origem sobrenatural dos Vedas, os fiéis hindus seguem e veneram? Que misticismo possuem estes guias dos sacerdotes em emanação de fórmulas mágicas que, ainda hoje, nos interrogamos se terão sido originados de outras fontes, outros lugares além a Terra? Além as estrelas...?
Vedas e Upanixadas
Os Hindus chamam «Sanatana dharma» (Verdade eterna) - ao que, para o Ocidente, é o hinduísmo. A verdade imortal da sua religião começou por ser revelada aos homens santos, «os Rishis», sendo depois desenvolvida e ampliada por outros indivíduos espiritualmente avançados. É considerada a norma eterna, a lei universal que não conhece princípio nem fim.
O Hinduísmo é por isso também simbolizado por uma roda, «o Dharmachakra» - A Roda da Lei Eterna.
Hinduísmo
Esta doutrina é menos uma religião e muito mais uma compilação religiosa e, mitológica, desenvolvida ao longo de 5000 anos: uma cultura religiosa.
Uma das características típicas do hinduísmo é, por exemplo, o sistema de castas, segundo o qual cada casta representa uma determinada categoria social. Na fé dos Hindus existem inúmeros cultos e tradições locais de adoração a Deus. Esta forma de religião é tipicamente flexível e, aberta às outras «Verdades eternas». Assim, ao emigrarem para o Sul da Índia, as tribos Indo-Arianas do Norte, assimilaram a tradição religiosa das culturas dravídicas que encontraram e integraram-na no Sanatana dharma.
Doutrina Libertadora
O Hinduísmo ensina a possibilidade da libertação do Mundo mortal das aparências e ilusões por meio do Ascetismo ou, da imersão no Mundo dos fenómenos.
Tudo é igualmente sagrado para um hindu: um verme, um elefante, uma árvore, uma pedra ou um ser humano. O Absoluto, esconde-se em todas as coisas. Só o Mundo é transitório.
O objectivo do Homem é alcançar a libertação do Mundo transitório, isto é, atingir a união com o eterno por meio do estudo dos Livros Sagrados e, da renúncia ao Mundo exterior - através do Ascetismo ou de outras práticas religiosas especiais como o Ioga e a Meditação.
Este estado de extinção no Absoluto, chama-se «Kaivalya» ou «Moksha». Fala-se de Kaivalya, quando o espírito alcança a perfeição e não depende de nada. Já Moksha, significa a libertação definitiva de todas as ligações terrenas, dos actos humanos (Karma) e, do círculo da reencarnação (Samsara).
O Moksha, é o objectivo supremo!
A Ciência Sagrada
A partir de cerca de 1500 a. C., os Rishis - do actual Norte da Índia - procuraram, através do recolhimento espiritual, receber dos deuses a Sabedoria Sagrada. Como também eram poetas inspirados, cantaram o que lhes foi revelado em hinos - criando assim os Vedas («Conhecimento», «Ensinamento Divino») - os textos mais antigos do Hinduísmo. Nas suas cerimónias sacrificiais recitavam esta «Ciência Sagrada».
Os fiéis hindus acreditam na origem sobrenatural dos Vedas. Os autores destes textos eram, no entanto, poetas, ascetas e filósofos.
Os Deuses Védicos
Os mitos e as divindades que desempenham um papel central nos Vedas têm uma relação estreita com os corpos celestes e os fenómenos da Natureza. Indra, por exemplo, é a personificação da Atmosfera - o deus do Firmamento. Embora sendo o Deus Supremo, tem pais.
Varuna, representa o Céu que tudo abrange. É o protector da verdade e foi, mais tarde, adorado enquanto Senhor dos deuses do Sol.
Um dos mais sagrados objectos de adoração dos antigos hindus era o Fogo (Agni), que ocupa uma posição importante nos cultos védicos. No Céu, é o Sol; no Ar, o Relâmpago e na Terra, o Fogo.
Os Vedas dedicam ao Fogo - enquanto divindade personificada - mais hinos do que ao próprio Indra. Existem neles inúmeros outros deuses, considerados o desdobramento de uma profunda unidade na multiplicidade.
Os Vedas
Os Vedas são uma colectânea de textos extraordinariamente extensa - cerca de seis vezes o tamanho da Bíblia - reunidos ao logo dos séculos. São também conhecidos por «Ciência tripartida», porque os escritos foram divididos em três partes: o Rigveda («Veda dos Versos»), que contém hinos, o Samaveda («Vedas dos Cânticos»), que inclui os cânticos litúrgicos, e o Iajurveda («Veda das Fórmulas Sacrificiais»).
Mais tarde apareceu ainda o Atarvaveda, acrescentado por um pregador místico, Atharvan - que contém sobretudo fórmulas mágicas. Os Vedas eram os guias dos sacerdotes.
Os Hindus adoram inúmeros deuses mencionados nos Vedas. Crishna, por exemplo, foi um Avatar - uma encarnação de um dos deuses mais poderosos, Vishnu. Segundo a lenda, Crishna, de nascimento elevado, cresceu no entanto como pastor devido a circunstâncias adversas.
Todos estes deuses adorados e venerados até aos dias de hoje na Índia e pelo mundo inteiro, constituem para além de toda a sua misticidade, a indução de algo fantástico tanto em conhecimentos como em ensinamentos que se reconhecem divinos ou...mágicos. A sua origem contestada em debate e controvérsia mesmo na actualidade, induz-nos a que, efectivamente, algo de muito superior se tenha convencionado neste tipo de personagens deificadas através dos tempos. Teriam sido provenientes estelares ou apenas os seus mensageiros em ordens, regras e ensinamentos? Divindades ou seres há muito experientes e, conhecedores de outras ciências, de outras sapiências? Aqui ficam assim estas questões que, de futuro, talvez nos sejam respondidas...quem sabe? E, como sempre afirmo, que o possa ser a bem de todo um maior conhecimento, uma maior cultura e...por toda a Humanidade!
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