Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
A Veneração ao Sábio
Pirâmide de Sakkara - Cairo - Egipto
Terá Imhotep sido de facto uma divindade na Terra, sendo filho do deus Ptah - a mais antiga divindade da cosmogonia egípcia - utilizando somente os seus reais poderes de deus em consagração do seu povo?
Teria no sangue e na alma, a fragrância celestial que o compunha de homem-deus em ditames e destinos terrestres mas, de origens externas, estelares e extraplanetárias?
Imhotep - O Cirurgião
Técnicas de cirurgia desenvolvidas por Imhotep: da leitura do papiro de Edwin Smith - atribuído a Imhotep - torna-se claro que, aos olhos da actualidade, este foi um cientista bastante moderno. Num tempo em que imperavam as noções mágicas no mundo e, a prescrição de poções, Imhotep procedeu a uma análise cuidada e objectiva das doenças. Com elevado nível de rigor médico, desenvolveu por exemplo, a cirurgia óssea. Nesse papiro são apresentados sistematicamente 48 casos. Imhotep exigia aí sempre um diagnóstico cuidado de cada fractura antes de se proceder a qualquer tratamento, ao que se seguem indicações terapêuticas, técnicas para a colocação de ligaduras com gesso, de talas, bem como indicações para a sutura das feridas. Todos estes são princípios que se mantêm válidos para os cirurgiões dos nossos dias.
O papiro de Edwin Smith - onde estão contidos os conhecimentos médicos de Imhotep - aconselha para a fractura do osso frontal da testa, a aplicação sobre a ferida de uma mistura de gordura com um ovo de avestruz, envolvida por uma ligadura. O efeito mágico que se espera conseguir obter é que os ossos, na expectativa de se igualarem ao ovo, cresçam.
Em 1994 fez-se na América do Sul uma descoberta que, vem corroborar a genialidade da antevisão de Imhotep: os médicos Maias da Antiguidade tratavam fracturas do crânio com uma massa feita a partir de madrepérola - a substância calcária que reveste o interior das ostras - conseguindo assim obter uma ligação absolutamente estável. Se o tratamento com a casca de ovo de avestruz proposto por Imhotep pretendia obter resultados semelhantes, então este terá conseguido muito antes dos Maias, inventar uma técnica médica genial.
Cirurgia de Emergência dos Faraós
O «ritual de abertura da boca» era parte integrante dos ritos funerários do Antigo Egipto. Os instrumentos utilizados para esse efeito têm semelhanças extraordinárias com alguns dos utilizados na actual medicina de emergência, por exemplo, os usados para induzir a respiração artificial, como foi observado por uma equipa de médicos alemã.
No papiro de Hunefer, é representado um sacerdote funerário com um desses instrumentos, enquanto numa mesa de apoio colocada ao lado estão dispostos mais outros instrumentos destinados à «reanimação», como por exemplo, um tubo com um balão que servia para insuflar ar nas vias respiratórias. Pelos vistos, já há 4000 anos os Egípcios haviam desenvolvido técnicas terapêuticas bastante avançadas.
O Mito da Morte
Embora os vindouros e os contemporâneos de Imhotep o venerassem em estátuas e, o considerassem um génio, as circunstâncias da sua morte são pouco conhecidas. A sua sepultura nunca foi encontrada, nem mesmo na década de 1950, quando o egiptólogo inglês Walter Emery andou em busca do local onde repousam os restos mortais de Imhotep - e muitos investigadores julgaram que estes poderiam ser encontrados perto de Sakkara. A fazer fé em velhos testemunhos da tradição, na sua sepultura deverá estar incluído um registo dos feitos da sua vida, intitulado: "Os Presentes dos Deuses", e que Imhotep deverá ter recebido directamente da mão de visitantes divinos.
Se algum dia a sua múmia for descoberta, este será com certeza um dos momentos mais emocionantes da Egiptologia! Aguardemos então expectantes, para ver o que os deuses terão entregue a este génio, a este magistral sapiente ou imensurável sábio, para a viagem para o lado de lá, o Além ou...as estrelas!
O Venerado e Divino Imhotep
Milhares de anos após a sua morte, os Gregos continuavam a venerar Imhotep nas suas tradições como havendo sido um mágico poderoso e, protector dos escribas. Até à decadência do Império Novo - por altura do reinado de Cleópatra - os Egípcios edificaram templos em sua honra e faziam-lhe oferendas de incenso. Os faraós conferiram-lhe privilégios que até então lhes estavam reservados, ou seja, a divindade!
O deus Ptah - a mais antiga divindade da cosmogonia egípcia - era considerado o pai de Imhotep. Mesmo durante a vigência do Império Romano, esta personagem extremamente multifacetada foi venerada como um deus sábio.
A pirâmide em degraus junto à pequena aldeia de Sakkara, a Sul da cidade do Cairo, constitui uma curiosidade arqueológica na actualidade, na medida em que serviu de modelo às conhecidas pirâmides de Guiza. Como uma espécie de protótipo, Imhotep deixaria assim para a História esse início em alicerces fundamentais na construção, edificação e preservação até aos dias de hoje de todas as outras pirâmides em estudo arqueológico deveras interessante. Sabe-se hoje que esta primeira pirâmide de Sakkara, levaria o mestre-de-obras, o magnânimo construtor, engenheiro e arquitecto e mesmo escultor em trabalhos de construção que duraram 29 anos, uma epopeia por assim dizer, na feitura de tal imponente obra. A persistência, rigor, mestria e demais atributos que a História o compõe, não chegariam para o tanto que este homem-deus nos deixou para a eternidade, supostamente. Temos a agradecer-lhe então, a enorme grandiosidade e mesmo generosidade com que nos presenteou na Terra em ofertas, presentes e quiçá últimas maravilhas pelos deuses celestes a nós deixados ou, revertidos em pérolas terrenas que um dia eles nos obsequiaram assim também! Sejamos disso merecedores e nunca traidores, por tão magistral espólio a nós deixado na Terra! Assim seja então!
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