Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
A Mística Iniciação
Que poderes mágicos ou mistérios exponenciais e não terrenos, terão havido e sentido Ísis e Osíris na contemplação dos deuses e, na sua companhia? Terão sido à sua semelhança divindades imortais ou a configuração terrestre de uma linhagem e genealogia celestes?
Os Mistérios de Ísis e Osíris
O mito de Osíris e, da sua irmã e esposa Ísis, contêm em si os elementos clássicos da iniciação num culto misterioso. No mito de Osíris - com todo o seu simbolismo universal - trata-se o grande tema da morte e do renascimento. Mais clara e evidente se torna assim também a relação com a Natureza, mais concretamente com os fenómenos cíclicos que causam as cheias do Nilo que ocorrem todos os anos, com as inevitáveis consequências para a fertilidade dos solos que daí decorrem.
De acordo com a versão apresentada pelo filósofo e historiador grego Plutarco (c. 100 d. C.), o mito relata o modo como através de uma artimanha o invejoso Set logra encerrar o seu irmão num caixão de madeira, lançando-o de seguida para o rio Nilo, onde Osíris morre afogado. Ísis encontra o caixão de madeira em Biblos e traz consigo de volta o cadáver. Com recurso às suas artes mágicas, Ísis desperta Osíris do sono da morte por um curto espaço de tempo, dando-lhe novamente vida - pairando sobre ele sob a forma de um gavião; bateu então as asas e, instilou o sopro de vida no peito do morto. Juntou-se a ele e conceberam Hórua. Numa fúria cega, Set retalhou o corpo de Osíris em numerosos pedaços e espalhou-os por todo o país.
Muito a custo, a devota Ísis tentou voltar a juntar os pedaços do corpo. Por fim, regressa Osíris, que entretanto se tornara Senhor do Reino dos Mortos, e prepara o seu filho Hórus para o combate que o oporá a Set (seu tio e irmão de Osíris).
Hórus vence Set, fá-lo prisioneiro e entrega-o a Ísis. De seguida, Hórus assume o que era seu por direito, o governo e o domínio do reino dos vivos.
Os Mistérios de Ísis
Embora tivessem tido origem no Egipto, os mistérios de Ísis tiveram grande aceitação na Grécia e, em todo o Império Romano. Apuleio (c. 125 d. C.) descreve no seu romance "O Asno de Ouro", a sua própria iniciação nos mistérios de Ísis. Durante o sono recebeu de Ísis instruções no sentido de ser iniciado. Após uma cerimónia sacrificial e festiva pela manhã - e depois da purificação ritual - foi colocado diante de uma estátua de Ísis. Aí, recebeu então mensagens secretas que não pôde relatar a mais ninguém.
Após um jejum de dez dias é conduzido por um sacerdote ao santuário, onde o aguarda uma experiência mística com o Elemento Divino. A iniciação em si mesma, é por ele descrita da seguinte forma: "Avancei até à fronteira da morte. Pisei o limiar do Reino de Prosérpina e, depois de atravessar todos os elementos, regressei. À meia-noite consegui ver o Sol, tão brilhante que quase me cegava. Aproximei-me dos deuses inferiores e superiores e, supliquei-lhes, cara a cara."
A Experiência da Iniciação
Uma coisa é certa no que diz respeito à iniciação nos mistérios: antes da iniciação as pessoas veneram os seus deuses mediante os seus símbolos, ao passo que após a iniciação o vêem «cara a cara», ou seja, directamente na face. O iniciado passa a ver-se ao mesmo nível deles, tendo assim a sensação de haver sido acolhido na companhia das divindades imortais.
O Olho de Hórus
Para lutar contra Set, Hórus, na qualidade de deus dos Céus, assumiu a forma de um falcão, cujo olho direito era o Sol e, cujo olho esquerdo era a Lua. No decurso do combate perdeu o seu olho-lua, mas o deus da Lua, Tot, devolveu-lho, de modo que a luz do olho de Hórus pudesse servir para instilar nova vida em Osíris, já no mundo inferior. N´O Livro dos Mortos do Antigo Egipto está escrito assim: "O olho de Hórus confere a vida eterna; e protege-me, mesmo quando se fecha."
No gigantesco templo de Karnak, exibe-se majestosamente a estátua em pedra do rei Pinedjem I (século XI a. C.) representado como Osíris e que faz as delícias de visitantes e curiosos na dimensão de verdadeiro deus de pedra com que se apresenta. É incomensurável o poder que, através dos tempos, estas figuras mitológicas egípcias se têm vindo a reproduzir nas muitas interrogações e mesmo insinuações de argumentação consistente no que críticos, cépticos e demais historiadores em teorias suas se registam.
Ao longo dos séculos foi-nos perceptível e mesmo conjecturado, uma certa fragrância analítica de estes poderem ter sido uma espécie de civilização estelar que, impondo-se na Terra, viriam a apregoar aos humanos a sua verdadeira essência de origem e proveniência em conhecimentos únicos e, de dimensões extraordinárias, o que nos leva a pensar tratarem-se de facto de personagens extraterrestres.
Há quem afirme mesmo em convicção acentuada, de que os terrestres, todos nós seres humanos, somos originários de Ísis, Osíris, Hórus e Set. Que, tal como vivenciaram na sua mística iniciação - supostamente - terão havido o poder «mágico» não-humano de fluências tecnológicas, médicas e científicas (ressurreição de Osíris por Ísis) e demais conhecimentos que para nós terrestres, se compararia ainda hoje, à pura magia ou a poderes divinos. Assim sendo, só nos resta acrescentar: Ísis e Osíris, os nossos pais e audazes progenitores - ou apenas e tão somente - a descendência estelar na Terra que em corpo, espírito, sangue e alma, todos nós havemos numa única e exímia consanguinidade de transcendência rara: somos das estrelas! Vimos das estrelas e para lá iremos como sempre o afirmo. A bem da Humanidade, assim possa continuar a ser!
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