Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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quinta-feira, 26 de março de 2015
A Revolucionária Imagem
Ecografia Obstétrica de Feto/Criança em Gestação Intra-uterina
Na previsibilidade de futuras mal-formações ou patologias congénitas, haverá nesta «Revolucionária Imagem» - em Ecografia actual - a verdadeira dimensão do que esta traduz em si? Estará a Medicina, neste sector (entre outros) a exercer a sua própria autoridade, no que concerne ao diagnóstico em observação, registo e mesmo realização, sobre os comandos de algo superior na vigília e intervenção cirúrgica, caso seja necessário? Estaremos, finalmente, a reestruturar uma nova sociedade humana através destas tecnologias de prevenção, protecção e cuidados a haver, caso surjam complicações ainda na gestação (ou em muitos outros casos na vida adulta)? Sendo incontestável os avanços nesta área, assim como a efectivação de medidas rápidas no sentido da acção eficaz sobre os hipotéticos fetos com anomalias subsequentes, poder-se-à consignar que se está um passo à frente na vida do ser humano? E, assim sendo, estaremos a projectar em nós e sobre nós...um futuro imediato (também), muito melhor e muito mais saudável numa Humanidade que se quer e deseja mais forte e coesa em si? Estaremos seguros disso???
Imagens Acústicas
(Como se utilizam os Ultra-sons em Medicina...)
A primeira imagem de uma criança que aparece no álbum de família é muitas vezes um «Instantâneo Sónico» tirado meses antes do nascimento.
Formada pelos ecos de Sondas Sonoras Inaudíveis que atravessam o corpo, esta imagem Ultra-sónica fornece aos médicos informação vital para o diagnóstico do desenvolvimento do Feto.
Embora sejam mais conhecidos pelas Ecografias Obstétricas, os Ultra-sons também se utilizam para traçar uma imagem do corpo de um adulto, fornecendo até imagens em movimento do Fluxo Sanguíneo que atravessa o Coração. Confortáveis, seguros e baratos, os Ultra-sons substituíram assim as radiografias convencionais em muitas aplicações clínicas.
O Ultra-som
O termo «Ultra-som» aplica-se a qualquer frequência de som situada para além do limite superior do ouvido humano (cerca de 20 kHz). Nos Aparelhos de Ecografia, breves «chilros» de Ultra-som entre 1 e 15 MHz são transmitidos para o interior do corpo e o ecos são detectados. Ambas estas operações são efectuadas por um «transdutor», cujo componente principal é um cristal feito do material Piezoelétrico sintético Titanozirconato de Chumbo (PZT).
Os Cristais Piezoeléctricos têm propriedades extraordinárias. Quando sobre eles se aplica uma corrente, mudam de forma; logo que a corrente é desligada, o Cristal volta à sua configuração inicial. Assim, uma voltagem oscilante faz com que o Cristal vibre, produzindo um som de Alta Frequência.
No Aparelho, o «Transdutor» gera então um «chilro» de Ultra-som com uma duração inferior a um microssegundo, que é dirigido para o doente. Uma fracção de segundo mais tarde, os ecos de retorno do impulso atingem o Cristal do Transdutor, que funciona então ao contrário, convertendo o som em sinais eléctricos. Estes podem ser apresentados num Ecrã de Osciloscópio para serem interpretados por um médico. Este tipo de exame chama-se Exame-A, e dá assim uma informação simples sobre a profundidade e, densidade, dos Órgãos Internos.
A Ecografia
Criar uma imagem reconhecível utilizando os Ultra-sons não é tão simples assim porque, o Feixe de Ultra-sons tem de ser explorado, utilizando-se muitas leituras efectuadas sobre uma secção de tecido.
Nos Primeiros Instrumentos, isto era então efectuado movendo um único transdutor... à mão.
Actualmente, o Feixe de Ultra-sons é focado e explorado por meio de um Transdutor Multi-elementos de controlo electrónico. A Intensidade do Eco em cada ponto da exploração é convertida electronicamente num tom de cinzento, que é apresentado num ecrã. Os Ecos relativamente intensos são emitidos pelas fronteiras entre órgãos, enquanto as pequenas estruturas no interior dos tecidos produzem Ecos «granulados» de baixo nível.
Os Quistos cheios de líquido têm um aspecto escuro e sem eco, o que permite então distingui-los do tecido saudável; em relação aos Tumores, estes também emitem um eco característico, o que facilita o seu registo na prática médica.
Quanto mais elevada for a Frequência do Ultra-som utilizado, menor será o comprimento de onda e menores os pormenores que podem ter resolução. Mas, as Altas Frequências são rapidamente absorvidas pelos tecidos e em breve desaparecem sob o «ruído» electrónico criado pelo scanner.
A Frequência utilizada para estes exames é de 3 MHz - uma solução de compromisso que proporciona uma resolução de cerca de 1 mm a uma profundidade razoável.
Imagem de um Útero
Os Ultra-sons são mais conhecidos pelas Ecografias Pré-Natais de rotina, que são utilizadas para avaliar o crescimento do Feto, assim como para detectar uma vasta gama de anomalias, tais como a Espinha Bífida ou outras situações que possam provocar complicações ou dificuldades no parto.
Nos Modernos Aparelhos de Ecografia a «cabeça de varrimento» é constituída por mais de 100 elementos transdutores piezoeléctricos diferentes. Cada um deles é um bloco de PZT com uma fracção de milímetro de largura e cerca de 1 centímetro de altura.
Controlados por Computador, conseguem emitir sons numa sequência precisa. esta produz um «ponto» de som muito focado, que é examinado num único plano sobre o Feto.
Os Ultra-sons são totalmente reflectidos nas junções entre os tecidos e o ar, mas deslocam-se bem nos líquidos. Uma camada de Gel Aquoso aplicada entre a pele e a cabeça de varrimento - e uma bexiga cheia (para os exames pré-natais) fazem com que o som tenha uma passagem sem ar até ao Feto!
Fetos em desenvolvimento gestacional
O Mundo do Útero
(Como nos desenvolvemos a partir de uma única Célula...)
A ligação entre a mãe e o bebé, no Útero, é tão íntima que pode ser descrita como uma só unidade biológica! O Elo físico mais vital é a Placenta. Este órgão, ligado ao bebé pelo cordão umbilical, permite que passem da Mãe para o Feto elementos nutrientes, oxigénio e anticorpos, e que as excreções sejam transportadas de volta para a mãe os rejeitar.
A ligação não é só física: existe também um forte Elo Emocional (já reconhecido até pelos Antigos Médicos Chineses) no que se aconselha às mulheres grávidas a dedicação à «Tai-Kyo» - a prática de falar com o Feto. Hoje, os Cientistas confirmam plenamente de que esta comunicação é possível, pois o som penetra no Útero da Mulher. Assim sendo, a voz da mãe torna-se familiar para o bebé mesmo antes deste nascer. Todavia, este Bebé também tem uma vida própria: um Coração que bombeia sangue e, um Sistema Nervoso que respondem a estímulos!
As Primeiras Semanas
O Primeiro Sinal de Vida (no útero após a concepção), é uma única Célula, que desde logo se divide em duas. Passada uma semana - depois de repetidas divisões celulares - há 150 Células!
Estas ligam-se à Parede Uterina, e cerca da quarta semana (4ª) existe então já um pequeno Embrião, o qual crescerá tão depressa que, no fim da sétima semana (7ª), será 10.000 vezes maior do que a Célula fertilizada!
Da 5ª à 12ª Semanas
No princípio deste período, o Bebé é um minúsculo Embrião - apenas com 2mm. Flutua livremente no Líquido Amniótico tépido e protector, que está encerrado numa fina membrana - o Âmnio.
Na Oitava Semana (8ª) a cartilagem mole do Embrião já foi substituída por osso, e está completa a estrutura do corpo. Agora é chamado Feto. Ainda não atingiu os 25 mm, mas o Coração bate, a Coluna Vertebral move-se, possui Cérebro e Sistema Nervoso, sendo já visíveis as principais articulações - Quadris, Ombros e...Joelhos.
Da 13ª à 28ª Semanas
Cerca da 13ª semana, o Bebé tem 87 mm e está quase formado, embora seja demasiado pequeno e delicado para sobreviver fora do Útero. Nas Semanas Seguintes crescerá mais depressa do que em qualquer outra altura da sua vida. Os Membros fortalecem-se e a mãe e a mãe sente-o mexer-se. Cerca da 28ª semana, os Pulmões permitir-lhe-iam respirar, se nascesse. Tem de se registar que, o Bebé com cerca de 12 semanas e 75 mm, o seu Coração bombeia diariamente 30 litros de sangue no Sistema Circulatório, usando a partir desse período, alguns dos músculos - podendo inclusive começar por dar pontapés, mexer os dedos dos pés e abrir e fechar os punhos. Tem também a capacidade de fazer expressões faciais.
Os Médicos acreditam que o Bebé tem igualmente a capacidade de sonhar por volta da 28ª semana, pois através de várias experiências efectuadas, estas revelariam a existência de Ondas Cerebrais associadas ao sonhar dos adultos! O Bebé adquire então feições - Cabelo, Sobrancelhas e Pestanas - que lhe dão uma aparência humana. Os Dentes começam então a formar-se também. O Bebé já chupa o polegar, preparando-se para se alimentar após o nascimento. Pode também tossir, ao levar o Líquido Amniótico para dentro e fora dos seus Pulmões. Uma gordura chamada «Vernix Caseosa» cobre o Bebé para evitar que ele fique molhado com o Líquido Amniótico. A maior parte dela desaparecerá antes do nascimento.
Da 29ª à 40ª Semanas
Após a 28ª semana, o Bebé já sobrevive fora do Útero. Neste período final ganhará peso, acumulando gordura. À medida que cresce, enche o Útero e como tal os seus movimentos tornam-se mais limitados pela óbvia falta de espaço. Cerca da 38ª semana coloca-se então em posição -o que ocorre usualmente na 40ª semana. O Comprimento médio de um recém-nascido é de 0,5 metros (ou 50 centímetros aproximadamente).
Nesta fase entre a 29ª à 40ª semanas, os Olhos do Bebé abrem-se...quando está acordado. Pode ver a luz que se infiltra pelo Abdómen da Mãe, onde terá a percepção genuína de um suave clarão rosado. As unhas do Bebé cresceram nos dedos dos pés e das mãos, devendo ser cortadas logo após o nascimento para evitar que se arranhe.
Os Cientistas pensam que, o Ritmo do Coração Materno, origina o ritmo a partir do qual se desenvolve o nosso sentido musical. Por último, há a referir de que o Bebé tem muito mais Papilas Gustativas do que a própria mãe. Será então capaz de distinguir o Leite da Mãe do, de uma estranha e isto, pouco depois do seu nascimento!
O Milagre da Vida é pois, uma situação consideravelmente endeusada pelo que, muitos de nós, apesar de todos este avanços e técnicas modernas, acentuamos como fantástica alegoria da nossa vida em origem e fase embrionária. Muitos mistérios ainda estarão por desvendar certamente, por outros que se vão registando - e remendando (perdoem-me a expressão) - na teoria médico-científica de que tudo tem um remédio, de que tudo tem um meio e um fim terapêuticos em melhoria ou reconstrução de algo anormal; de algo existencialmente anómalo no nosso organismo humano.
No foro pré-natal e de estabelecimento de novas regras e cuidados clínicos requereu-se nas grávidas de alto risco - ou de idades avançadas - o protocolo de se fazer a Amniocentese, no que perfaz a prevenção e o diagnóstico precoce de uma eventual anomalia no Feto. Para além de outras supostas intervenções futuras que se registem neste, seja em síndromes de cromossomas alterados, seja em evidências observadas de certas cardiopatias congénitas que igualmente se traduz numa sobrevida muito curta, se acaso o recém-nascido não for de imediato socorrido. Ou meses após tal se verificar. Seja em Intervenção Cirúrgica intra-uterina ou fora desta, hoje em dia, os avanços nestas áreas já são tantos e com tanto sucesso que se pode clamar aos céus por tanto se ter desenvolvido também em tamanha grandiosidade, tanto pela tecnologia havida como pela humana que se não pode nem deve descurar.
A Humanidade evolui sim, mas na escala proporcional do seu igual afecto e solidariedade, ou nada disto teria razão em ser-se exímio no manejo e arte do bisturi, mas acéfalo ou perfeitamente idiota, se registado de uma certa ignomínia pessoal de um total desafecto - ou descrença - na cura dos seus pacientes. Tem de haver um certo equilíbrio nisto; nem todos serão um irascível «Drª House» mas também nem todos se devolverão específica e intimamente como aqueles nossos médicos de família convencionais que desde a tia-avó até nós, tudo nos conheciam em pormenor. Urge de facto um contemporização de balança decimal humana equilibrada, nos esforços que uns e outros se revestem em criar uma humanização mais fluente e mais sentida; e não o seu oposto. Há sorrisos que por vezes valem mais do que o mais eficaz dos medicamentos ou prescrição assistida. E é nisso que se tem de apostar cada vez mais...ou estaremos perto, muito perto de um certo declínio mundial de uma desumanização - e mesmo crueldade interior - que ninguém consegue de facto curar, nem mesmo com as mais altas tecnologias que o nosso Mundo actualmente dispõe.
Pela Vida e só pela Vida, intra-uterina ou fora dela - na vida de todos nós em idade adulta ou a passos largos para essa outra passagem que nós mortais, designamos de «morte» - esta Vida nos possa ser leve, muito leve, mas paralelamente muito fortemente vivida, pois que em breve todos nós iremos para um outro ventre materno, para um outro Útero do Universo que nos rege; e aí sim, veremos então como todos somos tão iguais ou tão diferentes entre todos nós que nem o sabemos distinguir! E isso, dentro e fora da Humanidade...ou, na esfera planetária (ou atípica civilização) que nos acolherá! E tudo isso também...no Grande Universo (ou Universos) que nos recolherão...
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