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sexta-feira, 27 de março de 2015

A Alta Tecnologia de Diagnóstico


Tomografia Computadorizada

«Porque todos são Homens na Eternidade, os Rios, as Montanhas, as Cidades, as Aldeias/Todos são humanos, e quando penetras no seu seio percorres /os Céus e as Terras, assim como transportas no teu seio o Céu/e a Terra e tudo aquilo que vês; e embora pareça ser o exterior, na realidade é o interior/na tua Imaginação, de que este Mundo Mortal mais não é do que uma Sombra.» (W. Blake, Jerusalém)                              - A Divina Forma Humana (Alquimia e Misticismo) -

Imagens para Diagnóstico
(Como se utiliza a Radiação para ver o Interior do Corpo...)
Os Raios X - ondas electromagnéticas com uma extraordinária capacidade de penetrar na matéria -foram descobertos há mais de 100 anos pelo Físico Alemão, Wilhelm Röntgen.
Semanas mais tarde já estavam a ser utilizados pelos médicos para fotografar ossos e, localizar balas em feridas. Actualmente, continuam a ser um instrumento de Diagnóstico Fundamental, que fornece imagens pormenorizadas de Ossos, de Tecidos moles, do Fluxo sanguíneo e da Actividade Cerebral.
E, com o advento dos Detectores Digitais e dos Exames Tridimensionais, talvez não falte muito para que os médicos possam examinar hologramas dos órgãos internos de um doente...

Os Raios X
Os Raios X são ondas de alta energia, que se situam entre os Raios ultravioleta e Gama no espectro electromagnético. São produzidos num tubo de vácuo, em que a elevada voltagem (entre 40 e 150 kV) acelera os electrões até cerca de metade da Velocidade da Luz!
Os Electrões a Alta Velocidade são conduzidos para um alvo metálico e, na colisão daí resultante, a sua energia é convertida em Radiação de Alta Frequência - ou Raios X.
Durante um exame, um Fluxo de Raios X é enviado em direcção ao corpo do doente. As Ondas penetram até uma profundidade que depende do número atómico e da densidade do tecido: uma parte passa logo através do corpo e atinge um detector - normalmente uma chapa de película - formando uma Imagem (ou Radiografia), que é uma sombra das partes densas do corpo.
As Estruturas Sólidas, por exemplo os Ossos, vêem-se muito bem neste tipo de exame simples, mas os pormenores dos Tecidos moles só podem ter resolução com técnicas mais sensíveis.
Uma dessas técnicas - a Xerorradiografia - baseia-se no mesmo princípio que as fotocopiadoras, utilizando-se esta muitas vezes nos Exames da Mama.
O Detector não é uma película mas sim uma placa de alumínio revestida de uma fina camada do semicondutor selénio. Antes de ser exposta aos Raios X que passam através dos tecidos, fornece-se à placa uma carga eléctrica positiva. Onde quer que os Raios X atinjam a placa, cancelam pequenas zonas da sua carga positiva, formando assim uma Imagem Latente - electrostática. Salpica-se a placa com partículas de toner da carga negativa, que ficam agarradas ás áreas residuais de carga positiva, produzindo uma Imagem Visível que pode ser transferida para uma folha de papel.

Imagens em Movimento
As Técnicas acima referidas produzem apenas instantâneos estáticos do corpo. Mas, quando conjugados com Intensificadores de Imagem, os Raios X proporcionam imagens em «tempo real» que podem ser observadas de modo contínuo durante uma Intervenção Cirúrgica.
Num Intensificador de Imagem, o Detector de Raios X é um ecrã de fósforo. Quando atingido por Raios X, este ecrã emite fotões luminosos. Uma camada fotossensível adjacente converte - de imediato - esta luz ténue em electrões, que são, por sua vez, acelerados até uma voltagem elevada e focados sobre um segundo ecrã de fósforo - mais pequeno - produzindo então ma Imagem Nítida que pode ser vista através de uma Câmara de Televisão ou digitalizada para uma análise mais profunda.
A Manipulação de Imagens Digitalizadas - por computador - permite assim a utilização de Raios X de novas maneiras. Na Angiografia de Subtracção Digital, tira-se uma radiografia de um Vaso Sanguíneo Principal, radiografia esta que é então repetida, depois de se ter injectado na circulação sanguínea uma tinta opaca aos Raios X.
A Primeira Imagem é subtraída digitalmente da segunda, dando origem a um contorno nítido do Fluxo de Sangue que vai, por exemplo, para o Cérebro ou para os Rins.
As Radiografias simples são muitas vezes difíceis de interpretar porque, a Imagem que se forma é, na realidade, uma imagem de um certo número de estruturas internas - sobrepostas umas às outras.
Para separar então estas Estruturas, utiliza-se uma técnica conhecida por Tomografia Computadorizada. Faz-se passar um feixe de Raios X através de uma finíssima secção do corpo, feixe esse que é detectado - quando emerge - por um conjunto de detectores. Em seguida, faz-se rodar o feixe à volta do corpo e, efectua-se outra exposição. Repete-se assim esta operação até que a mesma secção tenha sido observada de todos os ângulos.
Utilizando um método Matemático conhecido por «Retroprojecção», um computador reconstrói uma Imagem da secção. Podem «empilhar-se» muitas secções no ecrã, formando uma Imagem Tridimensional dos órgãos internos de um doente.


Imagem de Tomografia Computadorizada ao Cérebro

Tomografia Computadorizada
A Tomografia computadorizada é uma técnica extremamente sensível que permite a um Radiologista tirar fotografias de «secções» do corpo. Através da Tomografia computadorizada é possível verem-se diferenças muito pequenas na densidade dos tecidos - por exemplo, a que existe entre a massa branca e a massa cinzenta do Cérebro. Durante o exame, o doente fica deitado num dispositivo de observação em forma de donute.
Uma fonte de Raios X desloca-se 360º à volta do corpo e, os detectores que circundam o doente, fazem mais de um milhão de leituras da Intensidade dos Raios X. Um Computador potente traduz estas leituras numa imagem.

Medicina de Alta Tecnologia
Os Intensificadores Electrónicos de Imagem permitem a utilização dos Raios X em doses extremamente baixas. Isto significa que o doente pode ser exposto com segurança a esta Radiação durante uma Intervenção Cirúrgica - o que permite então que os médicos disponham de Imagens Internas em tempo real - apresentadas em ecrãs situados por cima da mesa de operações.

Perigo para a Saúde
Contudo, há que referir que os Raios X - sendo uma forma de Radiação Ionizante (e por esse facto, prejudiciais à saúde) - sobretudo para as Células em divisão. Tem de se ter muito cuidado em face a isso, tentando minimizar - no que seja possível - a larga exposição dos doentes durante um exame efectuado por Raios X!

Tomografias por Emissão de Positrões
A Tomografia por emissão de positrões é uma forma de Medicina Nuclear em que pequenas quantidades de material radioactivo são introduzidas no corpo como instrumento de Diagnóstico.
Utiliza-se muitas vezes a Tomografia por emissão de positrões para examinar o Cérebro, porque pode mostrar o seu funcionamento em vez de expor simplesmente a sua estrutura.
Fornece-se «combustível», sob a forma de glicose, às zonas activas do Cérebro. Na Tomografia por emissão de positrões, as moléculas de glicose são «etiquetadas» com Átomos de Flúor Radioactivo. Ao decompor-se, o Flúor emite uma Partícula Subatómica chamada Positrão. Quase de imediato, esta encontra a sua antipartícula - um Electrão! Quando os dois se encontram, aniquilam-se, originando então dois Raios Gama que se deslocam em direcções exactamente opostas. Esta dupla emissão é a chave da Tomografia por Emissão de Positrões.
Fornece-se glicose etiquetada à circulação sanguínea do doente - gota a gota: esta glicose acumula-se nas partes activas do Cérebro.
Um Anel de Detectores colocado à volta da cabeça, detecta os Raios Gama que saem do doente e, um computador, «procura» então os Raios Gama que chegam simultaneamente a dois detectores opostos. Estes dados são sintetizados em imagens que mostram as partes do Cérebro que utilizam mais combustível - os centros de actividade associados ao pensamento!

Toda esta Alta Tecnologia nos comandos de uma Medicina Moderna é hoje uma realidade cada vez mais sustentável e, desejável, perante toda uma evolutiva técnica em que o Homem perfurou.
Se este Mundo Mortal não é mais do que uma «Sombra» como aferiu W. Blake, então talvez não sejam só meras imagens de visualização e, diagnóstico, as que agora - na actualidade - o ser humano capta e prevê, na esfera de todo um conhecimento que, para além de assaz filósofo, poderá ser existencialmente mais profundo. E, mesmo que as sombras destes novos mundos da técnica e da compreensão nos sejam hoje mais lúcidas, haverá que as continuar a estabelecer ou implementar em desempoeirada sabedoria de uma Ciência ainda muito árdua em exploração, análise ou investigação.
A Humanidade exige-o, insta-o, persegue-o e cativa-o, sendo esta também cativa dos seus próprios esforços em se manter actualizada e, a cada dia que passa, mais e mais informada (e aperfeiçoada) numa sua tecnologia terrestre que, vinda ou não de além estrelas ou planetas, nos será sempre glorificada pelo bem que na nossa Humanidade traduz e a todos nos invade em saúde e bem estar
humanos. Se a Humanidade somos todos nós, pois que todos trabalhemos para essa mesma causa em saúde, conforto e longevidade - nesta tão intensa vida que todos percorremos em nós...

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