Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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terça-feira, 17 de março de 2015
A Era Biotecnológica II (Novos Medicamentos)
Zidovudina (AZT) - Primeiro Fármaco utilizado no Tratamento da SIDA (AIDS)
Estará o Homem a defrontar-se, finalmente, de igual para igual na «caça» (e abate) em relação às doenças virais e genéticas do nosso mundo terrestre? A Alta Tecnologia, tendo sido um meio eficaz nessa luta, atingirá o objectivo a que se propôs em extinção ou (pelo menos) na descoberta de Novos Medicamentos, novos fármacos, que assim estabilizem a doença nos pacientes? Estaremos a elaborar um futuro mais proeminente - e desenvolvido - na área da bacteriologia e, na concepção desses Novos Medicamentos? Haverá o auxílio «externo» (estelar) nessa repercussão? Ou...estaremos a nós próprios a ser ajudados por uma inteligência superior que se vivifica e, ramifica em progressos nunca alcançados na área da Medicina em Nova Era bacteriológica???
A Extrema Eficácia
(Como se desenvolvem Novos Medicamentos...)
Apesar do tremendo arsenal de compostos de que os Físicos dispõem, são sempre necessários Novos Medicamentos. Muitas doenças ou patologias associadas continuam sem tratamento e, os Patógenos acabam eventualmente por se tornar resistentes aos medicamentos utilizados para os combater. Todavia, a concepção de Novos Medicamentos é um enorme desafio!
Mesmo quando se identifica um Composto promissor são necessários, em média, 12 anos de intensa e árdua investigação, para além de um investimento superior a 100 milhões de dólares, antes de chegar ao grande público (e consumidores em geral) através das farmácias.
O Objectivo da invenção de «balas mágicas», como alguém lhes chamou - medicamentos potentes sem efeitos secundários - tem sido facilitado pelos novos avanços (em extrema eficácia) na área da Biotecnologia.
Os «Novos» Medicamentos
Durante milénios, as pessoas usaram extractos de plantas para tratar doenças, sendo que, hoje em dia, cerca de metade dos nossos medicamentos mais úteis derivam de Produtos Químicos - originalmente extraídos de plantas e Microrganismos.
As Bactérias e Fungos invasores são combatidos por Antibióticos produzidos por microrganismos, sendo as plantas a base dos medicamentos para o coração Digitalina e Digitoxina, bem como do Ópio narcótico e seus derivados.
A Natureza continua então a ser explorada em busca de novas drogas, Novos Medicamentos! Programas como o do «National Cancer Institute» (Instituto Nacional do Cancro), dos Estados Unidos, recolhem e testam plantas em busca de actividade cancerígena e, (actualmente), de actividade anti-HIV (ou anti-VIH), a causa da SIDA (AIDS).
Contudo, dos muitos milhares de Novos Produtos testados, poucos são os que apresentam qualquer efeito e, ainda menos, os que chegam a ser clinicamente testados.
A maioria dos «Novos» Medicamentos são adaptações de compostos já existentes ou de substâncias activas já implementadas no mercado farmacêutico. Os Químicos manipulam a estrutura de um medicamento conhecido, de eficácia comprovada, para produzirem um Novo Composto - com características realçadas - por exemplo, uma maior actividade ou uma menor toxicidade!
Ingredientes Activos
Os Medicamentos funcionam de várias maneiras diferentes. Alguns matam de imediato os Patógenos, ou impedem o seu desenvolvimento, desactivando as suas Enzimas - os catalisadores que constroem e mantêm as Células Invasoras.
A Penicilina, por exemplo, liga-se a um enzima que constrói a espessa parede celular protectora de uma Bactéria Invasora.
A Enzima desactivada não pode completar a construção da sua parede e, a bactéria rebenta então sob a sua própria pressão interna, sendo morta.
Outros Medicamentos actuam sobre as Células Humanas e não sobre as dos Patógenos, controlando ou modificando a sua função.
As Células Humanas estão cobertas de Receptores - «fechaduras» moleculares. Quando a «chave» apropriada (ou Ligando), se liga ao Receptor, a célula é então induzida a comportar-se de modo diferente, produzindo (por exemplo), uma quantidade maior ou menor de uma determinada proteína.
Os Ligandos podem ser hormonas, neurotransmissores ou outros tipos de moléculas e a sua ligação aos Receptores é um mecanismo essencial pelo qual o corpo regula o seu ambiente interno - o seu controlo sobre o Ritmo Cardíaco, sobre a Tensão Arterial, sobre o Nível de Colesterol, sobre o funcionamento dos Nervos, etc.
Os Medicamentos que actuam sobre as Células Humanas bloqueiam os Receptores ligados à superfície de determinados tecidos. Ao fazê-lo, impedem assim os Ligandos de se unirem aos Receptores e, de provocarem as reacções normais por parte das células.
Esta Intervenção na gestão fisiológica do corpo pode produzir efeitos úteis. Por exemplo, o Ligando-histamina liga-se aos Receptores das Células que revestem o estômago, fazendo-as libertar suco gástrico. A produção excessiva de ácido (que provoca por conseguinte, Úlceras) pode ser controlada pelo medicamento «Zantac» - que bloqueia assim a ligação das Moléculas de Histamina.
Alta Tecnologia na Caça aos Medicamentos
As Técnicas Biotecnológicas permitem a utilização directa de Receptores na busca de Novos Medicamentos.
Os Receptores de uma Célula-alvo são isolados, duplicados em grande número e em seguida expostos a uma vasta gama de...Produtos Químicos. É pouco provável que, aqueles que não se ligam aos Receptores, sejam de facto bons medicamentos; os que então se ligam, podem ter actividade curativa, sendo assim sujeitos a mais testes comprovativos. Esta Técnica acelera muito o exame de...possíveis Compostos Medicamentosos!
Uma abordagem ainda mais sofisticada utiliza a Técnica da Cristalografia por Raios-X, assim como Gráficos computadorizados para construir uma imagem tridimensional de uma Proteína Receptora.
O Modelo Computadorizado é então utilizado para «conceber» uma Molécula que se ligue ao Receptor e bloqueie a união de um Ligando.
Embora os alvos dos Medicamentos convencionais sejam Proteínas de Células Receptoras, uma parte da investigação recente tem sido dirigida aos Ácidos Nucleicos - Compostos como o ADN e o ARN. A ideia é impedir que uma Célula produza uma substância indesejável, bloqueando o gene que codifica o composto em questão!
Os Medicamentos Genéticos podem - um dia - vir a ser capazes de atacar as doenças Virais e Genéticas, para as quais não existe actualmente tratamentos a 100% eficazes.
Uma Cura para as...Úlceras!
O Medicamento anti-Úlceras «Zantac», fabricado pela Companhia Britânica Glaxo, é um dos produtos farmacêuticos de maior venda a nível mundial. Funciona afectando os Receptores de histamina das Células Parietais - as que revestem o estômago.
Estas Células produzem Suco Gástrico (para assim auxiliar a digestão) quando a Histamina se liga aos Receptores da superfície das células.
A produção de ácido em excesso provoca então Úlceras, como já se referiu, porque o Ácido ataca fortemente as paredes do estômago. Este fármaco, o Zantac, tem-se revelado de facto muito eficaz, bloqueando os Receptores, impedindo a união do Ligando da histamina. A secreção de Ácido diminui e as Úlceras têm possibilidade de cicatrizar!
À Procura de...Curas!
Os Receptores - as proteínas das células que são os alvos dos medicamentos - são utilizados para identificarem Novos Compostos Activos. Começa por se isolar e, reproduzir por Clonagem, uma célula que produz um determinado Receptor em excesso.
As Células-clone são em seguida expostas a vários Produtos Químicos. Os que se ligam aos Receptores podem ser Compostos Valiosos e são sujeitos a mais testes, registando (ou não) a sua eficácia. O problema com esta abordagem é que, é muito difícil identificar o Receptor responsável por uma determinada reacção celular.
As Células Cancerígenas, em particular, parecem não ter Receptores Específicos que um medicamento poderia tomar como alvo. No caso do AZT, este, funcionando como Inibidor da acção de uma Enzima, vai permitir ao Vírus da SIDA subverter o Sistema Imunitário Humano.
Matar ou...Curar?
A colheita de Compostos Medicamentosos de fontes naturais faz, por vezes, com que os interesses médicos entrem em conflito com as preocupações ambientais. Por exemplo, o Medicamento Anti-cancerígeno «Taxol», provem da casca do «Teixo-do-Pacífico», onde está presente em minúsculas quantidades.
A casca de uma Árvore de 100 anos de idade, fornece apenas o Taxol suficiente para uma única dose, sendo que, a Árvore é morta, quando se lhe retira a...casca!
Em 1991, calculava-se que seriam necessárias cerca de 40.000 Árvores, para então fornecer o material suficiente para tratar 12.000 doentes em testes clínicos.
Embora se calcule que existam 28 milhões de «Teixos-do-Pacífico» nas florestas do Nordeste do Oregon e do Estado de Washington, o nível de destruição necessário não poderia ser sustentável durante muito tempo. O problema foi então ultrapassado pelo isolamento de Protaxols - precursores químicos do Taxol - a partir de recursos renováveis como as agulhas e, os galhos do Teixo-do-Pacífico e de outras espécies mais vulgares.
Estes Protaxols poderão ser convertidos em Taxol no laboratório, assim o Homem queira! Noutros casos, o problema da disponibilidade limitada foi prontamente resolvido pelo cultivo da planta (como acontece com a papoila-dormideira) ou inventando um processo completo de Síntese em...laboratório!
AZT - Zidovudina: o Primeiro Fármaco no combate à SIDA!
Este Medicamento foi o primeiro a ser instituído e, utilizado como Antiviral, - Inibidor de Transcriptase Reversa (ou Inversa), indicado no tratamento da SIDA (ou AIDS) e contágio por Pneumocystis Carinii. Foi o precursor farmacêutico no combate à SIDA, tanto no Brasil como em Portugal, sendo administrado em medicação de longo período.
Actualmente é utilizado mais frequentemente no Tratamento de Infecções por HIV (ou VIH), em associação com outros medicamentos Anti-retrovirais (ou Antiretrovirais) em uso hospitalar. Existem - na actualidade - muitos outros Anti-retrovirais (ARV) no tratamento de infecções por retrovírus, principalmente o HIV. Esta terapia altamente eficaz com Anti-retrovirais, é conhecida como TARV.
Existe de facto um empenho muito grande na descoberta de Novos Medicamentos que possam beneficiar os seus utentes ou pacientes com esta sintomatologia em maior e melhor tolerância sobre os possíveis efeitos secundários que nestes se reflictam. Há um Novo Inibidor da Protease - que tem como função bloquear um dos componentes do HIV - que foi indiciado em 2008, a Estavudina (d4T), a Lamivudina (3TC), o Tenofovir (TDF), para além do já citado (AZT), Zidovudina, o pioneiro; e todos eles em maior ou menor escala de eficácia (ou de pontuais efeitos secundários) em medicação eficaz (até ao momento) na possibilidade estatística do prolongamento de vida sem apresentação de nenhum efeito colateral ou sintoma mais intolerável por parte dos mesmos.
Até aqui, registou-se uma certa retracção por parte dos pacientes na toma dos Medicamentos pioneiros - uma vez que se revelavam em fármacos (e medicação) de longa duração em toma de um número excessivo de comprimidos (de toma oral mas de longos períodos), surgindo nesta toma, alguns efeitos colaterais que em nada beneficiavam os utilizadores. Havia esquecimentos dessa toma e mesmo certos interregnos, no que prejudicava abundantemente esta eficácia do medicamento.
Daí que urgisse a implementação de Novos Medicamentos, o que se veio a verificar, sendo que, na actualidade, já existem noutras versões mais modernas, como já se referiu.
Todos (ou em grande parte) destes Novos Medicamentos no combate à SIDA, têm sido de um êxito considerável, no que se tenta estabilizar o paciente (ou reduzir riscos nas infecções advindas) devido ao frágil Sistema Imunitário. Tudo se tenta coadunar agora, em maior esforço e capacidade de tolerância na sintomatologia de cada paciente em maior ou menor tolerabilidade a esses fármacos, assim como a seus eventuais efeitos secundários que se tentam assim minimizar.
Existe hoje, uma maior preocupação com a saúde e o bem-estar desses doentes, no que anteriormente se verificava de intolerância medicamentosa e mesmo depressão, no que se tentou redimir com o desenvolvimento da Terapia Anti-retroviral a partir de meados de 1996, na Mortalidade e as Infecções Oportunistas, que foram reduzidas em mais de 72%, sendo hoje possível viver-se mais de 25 anos com o HIV, sendo portador deste. E mesmo...sem apresentar qualquer efeito colateral, como já se referiu. O que é, sem dúvida alguma, uma boa aceitação no mundo médico; mesmo que os esforços continuem e a Comunidade Médica se não deixe quebrantar por descobrir algo de maior eficácia e consequência nula em efeitos adversos. Deseja-se tal!
Portugal, sendo um país integrante da União Europeia, pactua de um convénio universal no tratamento destes doentes em sistema gratuito e, de pleno acompanhamento (e seguimento) destes pacientes no tratamento do HIV por Anti-retrovirais. Havendo um rigoroso acompanhamento do paciente seropositivo que se traduz em oportunos exames laboratoriais - e detalhados - ao sangue, no sector da Hematologia, existe também uma sequência, no que se aufere para posterior opção e escolha do Medicamento a seguir; caso a caso. Ou seja, existe um medicamento específico (ou mais tolerável) no respectivo doente, consoante o caso ou o indivíduo em questão. Aliás, como em todos os fármacos ou, na sua grande parte; até mesmo no uso de Contraceptivos, no que na actualidade se tem vindo a estabelecer em cada utente. O que é razoável e de sucesso considerável para um, poderá não surtir o mesmo efeito noutro, pelo que se deve de criteriosamente estabelecer prioridades (e particularidades) nos casos a seguir.
São ainda disponibilizados serviços de Psicoterapia - na sequência do acompanhamento do doente - assim como mensais ou trimestrais consultas médicas na área da Infecciologia.
Os Medicamentos Retrovirais são levantados quase em exclusividade na Farmácia Pública Hospitalar (ou no Hospital Público) da zona em que o paciente está adstrito.
Para uma Saúde Pública e melhoria na eficácia de todos estes tratamentos - seja qual for a patologia assistida - haverá sempre que se toldar mentalidades e, avanços, para que a Humanidade possa finalmente aspirar a um conhecimento maior, seja em Novos Medicamentos, seja na obtenção de custos e patrocínios para esse inquestionável investimento. Ou ainda, no empenho de muitas horas de estudo e investigação por parte da comunidade médico ou científica em geral, que assim se debate por uma criteriosa busca de Novos Medicamentos no apaziguamento de almas que sofrem continuamente. Só me resta então consolidar que, pelo bem dessas e de Outras Almas que sofrem (sendo nós, humanos, ajudados ou não... por eles (os seres estelares) - nesta percussão médico-científica...- que a Humanidade vença estes e outros fantasmas da dor e da doença, ou mesmo da crueldade da morte precipitada que nos dita um destino menos afortunado do que aquele que, porventura, merecíamos...! Que a Cura vença e que a Humanidade se engrandeça por esse facto...nos homens ou nas almas de boa vontade! Ad eternum!
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