Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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quarta-feira, 11 de março de 2015
A Era Espacial VIII (Observatórios no Espaço)
Telescópio Espacial Hubble
«Nós somos poeira das Estrelas, ínfimas parcelas no seio da Humanidade. Porém, qualquer parte desinserida do Todo é filosoficamente inexistente. A parte só existe, só tem realidade, se (ou porque) não isolada e destacada desse Todo - Único, por definição.» (CLUC, 1995, p. 51)
Estaremos próximos de recriar vida noutros planetas? Começando pelas Bases Lunares (na face oculta da Lua?), na propagação de Observatórios registados em nome do Homem, poderá haver essa idêntica implementação noutros planetas e mesmo fora do nosso Sistema Solar? Será um projecto a longo prazo, milenar e extremamente ambicioso ou simplesmente a ocorrência normal desse avanço tecnológico que hoje (e num futuro próximo) dispomos? Estaremos a ser induzidos nisso? E com que fim? Poder-se-à continuar a negar que também nós, humanos, somos seres já hoje híbridos e potencialmente inteligentes para o Cosmos afrontar e...desbravar? Teremos essa apetência (e presciência) do que «eles» - os seres estelares - confinaram ou consignaram em nós, vulgo terrestres??? Continuaremos a merecê-lo por parte dessas mesmas superiores entidades que nos regem e comandam os caminhos na Terra (e agora fora dela...?) Sentirão «eles» que já estamos preparados para tal esforço, empenho e dedicação além o Todo, além o próprio Universo???
Observatórios no Espaço
(De que modo os Satélites Científicos contribuem para o aumento do conhecimento que temos do Universo...)
A Astronomia com base na Terra tem sido comparada a um olhar para o Céu desde o fundo de um tanque de água turva,
A Atmosfera do nosso planeta é uma tremenda barreira à Observação, obscurecendo e distorcendo a radiação proveniente das estrelas distantes. Mas, os Observatórios que se encontram em Órbita, fora desta camada turbulenta, estão agora a propocionar aos Astrónomos uma visão sem obstáculos do Universo!
O Telescópio Espacial Hubble, por exemplo, tem uma resolução tão superior à dos melhores telescópios terrestres quanto o Telescópio de Galileu tinha em relação à vista desarmada...
Observatórios Astronómicos
Os Observatórios Astronómicos são normalmente construídos no cimo de altas montanhas - acima de camadas de nuvens e longe de quaisquer fontes de poluição. Se bem que os efeitos atmosféricos possam ser minimizados graças a uma localização cuidadosa, não é possível eliminá-los.
Bolsas de ar de densidade diferente funcionam como lentes, distorcendo a luz antes de esta chegar ao Telescópio, e as partículas existentes na Atmosfera dispersam os raios luminosos, tornando os objectos ténues difíceis de observar, mesmo com os mais potentes instrumentos em terra. Para além disso, a Atmosfera funciona como um filtro gigantesco, deixando passar algumas frequências e bloqueando a passagem de outras.
A Radiação mais enérgica (Raios-X, Raios-Gama e Raios Ultravioleta) é absorvida, bem como grande parte dos Raios Infravermelhos. Os objectos que emitem radiação - principalmente a estas frequências - são invisíveis a partir da Terra.
Clareza de Visão
Os Astrónomos ultrapassaram as limitações da observação a partir da Terra, colocando Telescópios em Órbita. Até à data, o mais ambicioso Satélite Astronómico é o Telescópio Espacial Hubble, lançado pela NASA em 1990, com um custo exorbitante de mais de 2 biliões de dólares.
O desempenho inicial do Hubble foi afectado por uma falha no seu espelho principal de 2,4 metros de diâmetro - que só após a instalação de Instrumentos Ópticos de Correcção em 1993, é que realizaria então todo o seu potencial. Na época toda esta perturbação foi alvo de muita curiosidade e mesmo de jocosas expressões ao afirmar-se que o Hubble era «míope», o que não deixava de ser verdade (em termos populistas e gerais) no objectivo e finalidade a que se propunha.
Após essa intempérie óptica - prontamente resolvida - o Hubble passaria a ver objectos 100 vezes mais ténues do que os detectáveis pelos maiores telescópios na Terra! Pode focar a luz sobre qualquer um de cinco (5) detectores, fornecendo aos Astrónomos a exímia informação sobre a estrutura e composição do Universo.
Ver o...Invisível!
As regiões quentes do Espaço - por exemplo, as atmosferas de grandes estrelas e as nuvens em que as estrelas se formam - emitem energia sob a forma de Raios Ultravioletas.
Ao chegar à Atmosfera Terrestre, grande parte desta radiação é então absorvida pela Camada de Ozono e não pode ser detectada por um Observador no solo. Esta parte do espectro electromagnético tem sido explorada desde a década de 1960 por uma sucessão de Satélites - com mais êxito pelo Explorador Ultravioleta Internacional (IUE), lançado no ano de 1978.
Enquanto o IUE utiliza um espelho parabólico convencional de 45 centímetros para formar uma imagem, os Telescópios que observam as frequências mais elevadas têm uma concepção totalmente diferente. Os Raios-X e Gama têm assim tanta energia que passariam de imediato através de um espelho reflector convencional. Por isso, faz-se com que apenas aflorem a superfície de um espelho revestido de Ouro, posicionado quase paralelamente ao feixe incidente - antes de atingir conjuntos de detectores.
Estes Telescópios são utilizados para examinar objectos de alta energia - como as Anãs Brancas, os Buracos Negros e as Estrelas de Neutrões.
O «Compton Gamma Ray Observatory» (Observatório de Raios Gama de Comptom) da NASA, lançado em 1991, detecta Raios-Gama, que são a formação de radiação electromagnética com mais energia. Os Raios-Gama são emitidos durante alguns dos acontecimentos mais violentos do Cosmos, tais como as explosões de...Supernovas!
Os Telescópios Espaciais também podem ser sintonizados para a radiação infravermelha: esta tem menos energia que a luz visível e, um comprimento de onda ligeiramente maior.
A Radiação Infravermelha é absorvida pelo vapor de água existente na Atmosfera Terrestre, mas pode ser detectada por Observatórios Orbitais - permitindo assim aos Astrónomos ver pequenas estrelas e outros objectos mais frios.
O Satélite Astronómico de Infravermelhos (IRAS), que traçou um Mapa do Céu em 1983, descobriu então a classe de estrelas Anãs Castanhas, anteriormente desconhecida, detectando também Anéis de Poeira à volta de estrelas vizinhas - possivelmente as primeiras fases da formação de novos Sistemas Planetários...
Universo Violento?
Os instrumentos a bordo do Compton Gamma Ray Observatory produzindo mapas por Raios-Gama de todo o Céu, como já se referiu, revelam-se em zonas brancas que correspondem assim às emissões mais fortes e as azuis às mais fracas. A faixa branca central que se observa, representa as emissões de Raios-Gama da nossa Galáxia - a Via Láctea. Outras fontes brilhantes detectáveis são as Pulsares - Estrelas de Neutrões em rotação - e Quasares distantes.
Os detectores do Compton incorporam um material que produz um clarão luminoso quando é atingido por um Raio-Gama. A luz é então registada electronicamente, produzindo um sinal digital.
Um Regresso à Lua
Embora os Observatórios Orbitais tenham melhorado muito a visão que temos do Universo, ainda são obstruídos por poeiras e gases existentes na Alta Atmosfera, travados pela resistência aerodinâmica atmosférica e ameaçados pelos detritos que se deslocam a alta velocidade em torno do nosso planeta.
Para além disso, os seus Instrumentos de Observação contraem-se e expandem-se quando o Satélite entra ou sai da sombra da Terra - o que complica terrivelmente as medições delicadas!
Por estas razões, as Primeiras Bases Lunares (que eventualmente já estarão aí instaladas no que se previa para este nosso novo milénio) são (ou serão... provavelmente) Observatórios!
Situadas na Face Oculta da Lua, terão assim uma visão sem obstáculos do Universo. Para além disso, na baixa gravidade da superfície lunar, as restrições de tamanho, assim como o peso dos Telescópios Ópticos, seriam reduzidos - o que, efectivamente a suceder já na tal Face Oculta da Lua terá (hipoteticamente) um desempenho perfeito!
Pilares da Criação captado pelo Telescópio Espacial Hubble no mesmo Espectro de Luz que os olhos humanos vêem - à esquerda (imagem de 1995); à direita, na actualidade no ano de 2014.
Telescópio Espacial Hubble volta a olhar para Pilares da Criação...20 Anos depois!
Os Pilares da Criação elevam-se no meio da Via Láctea. A cerca de 6.500 anos-luz, três (3) colunas de poeiras e gases densos estão contornadas por uma luz esverdeada. Estrelas vermelhas pontuam o espaço à volta, que por sua vez é preenchido por vários tons de azuis.
Observámo-los pela primeira vez em 1995, tornando-se mundialmente famosas estas imagens não só na esfera astrofísica como por todos nós em deslumbramento e vibrante espectacularidade, por captação fantástica do Hubble. Tornou-se assim, deste modo, a mais icónica paisagem estelar - segundo os especialistas - que ficaria conhecida em designação e, portento estelar, como os Pilares da Criação!
Por ocasião do 25º Aniversário do Telescópio Espacial Hubble - marcando exemplarmente os 20 anos da primeira viagem dos Pilares da Criação - os Astrónomos voltariam a apontar o Telescópio Hubble durante algumas dezenas de horas para a Constelação da Serpente (mais precisamente para a Nebulosa da Águia), também conhecida por Messier 16 (M 16), onde se erguem os tais Pilares.
As abençoadas imagens foram-nos fornecidas, segundo o jornal português Público - emitidas agora como fruto de novas observações - pela Sociedade de Astronomia Americana, em Seattle, nos Estados Unidos da América.
Uma das imagens captadas revela-nos assim a luz no Comprimento da Onda do Visível (o mesmo que os olhos humanos conseguem captar); a outra, regista a Radiação Infravermelha, emitida pelos Pilares da Criação.
Pensa-se que, as Estrelas da Nebulosa da Águia, fazem parte de um enxame estelar com 5,5 milhões de anos e que ainda estejam a formar-se Novas Estrelas!
Paul Scowen e Jeff Hester, ambos da Universidade Estadual do Arizona, nos EUA, decidiram inicialmente apontar o Hubble - que pertence à NASA e à ESA - para a Nebulosa da Águia, não esperando de todo aquele espectacular resultado! - Admitiram ambos.
"Acabámos de fazer uma data de Estrelas Maciças!" - Exclamaria em puro êxtase o astrofísico Paul Scowen ao seu parceiro Jeff Hester, uma vez que as regiões nebulosas de formação estelar tal como a M 16, são como Néones Interestelares - frisou.
Estas Imagens foram observadas em Setembro de 2014 com uma Câmara Campo Largo 3. O Telescópio Espacial Hubble está a cerca de 560 km de distância da Terra, não tendo assim a interferência da Atmosfera Terrestre na...distinta Observação do Universo! - O que se não verifica nos telescópios em terra, como já se referiu. O esforçado Hubble gastou 53 horas para obter assim estas Novas Imagens. Um feito único que muito o sobrevaloriza, no que de início se subestimou (pela sua falha óptica) mas que, no momento actual, se dignifica a olhos de Astrónomos, Astrofísicos e a todos nós em geral.
O maior dos Pilares tem uma altura de 4 anos-luz, tendo 37,84 biliões de quilómetros (milhões de milhões de km) de altura, quase tanto como a distância do «nosso» Sol à estrela mais próxima de nós (terra) - a Próxima do Centauro - a 4,2 anos-luz!
Como os Pilares da Criação estão a cerca de 6.500 anos-luz em distância, a imagem que se obtém hoje, revela-nos como estas estruturas eram há cerca de 6.500 anos - o tempo que a luz demorou a chegar à Câmara do Hubble!
Que dizer de tudo isto então? Que o Homem está a, cada dia que passa, mais e mais absorvido na sua «luta» incessante e, quase acessível, de um ponto cimeiro em conhecimento astronómico e astrofísico sobre um Universo maravilhoso! Se os seres estelares nos minimizaram à sua própria escala planetária ou nos dignificaram em avenças cósmicas que hoje se fazem através destes telescópios e destes anúncios fantásticos no seio estelar, é algo que ainda não sabemos mas suspeitamos. Nada será mais omnipotente e, transcendente nessa mesma causa cosmológica do que, o sentirmos que estamos no caminho certo e...na abençoada profusão dos tempos em que, sendo pó um dia ou poeira estelar, seremos também componentes indissociáveis dessa mesma realidade! Com ajudas ou sem elas! Pois que a Humanidade prevalece em inteligência e avanço, proeminência ou evolução; mesmo por outras (civilizações) que igualmente o mereçam ( e existam) e tenham essa idêntica revelação cósmica de querer atingir mais, alcançar mais! Algo que, os Pilares da Criação em Observação do Espaço nos diz ser apenas e tão-só um mero começo...do que, o que está por detrás de todo um ou mais Universos!!!
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