Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
A Observação Estelar
Radiotelescópio Very Large Array (VLA) Novo México (EUA)
Atingiremos a perfeição - algum dia - na interferência e, comunicação, com as outras civilizações estelares num Cosmos (inimaginável) e infinitamente dimensional? Perante toda esta actividade terrestre de telescópios e radiotelescópios, estaremos a enfrentar um «inimigo» sórdido e abstruso se tivermos em conta não só essa dimensão como, as múltiplas intenções, situadas e havidas por entre novos planetas, novas estrelas do Universo? Stephen Hawking estará certo, ao afirmar que estamos a provocar um «dragão» adormecido, se acaso estabelecermos, efectivamente um dia, esse contacto, essa outra dinâmica estelar de comunicação e...interacção? Será isso um perigo consistente e, iminente, se tal se resumir em avença de descoberta e prelúdio recíproco entre o Homem e...«eles», lá fora???
Visionar as Estrelas
(Como os Telescópios penetram cada vez mais no Espaço...)
Encarrapitado a 4 quilómetros de altitude na encosta de Mauna Kea, na Ilha de Havai, encontra-se o Telescópio mais potente do mundo. O Telescópio de Keck permite aos Astrónomos ver para trás no tempo, até aos confins mais longínquos do Universo. O seu espelho de 10 metros capta 10 biliões de vezes mais luz do que a vista desarmada, assim como os seus instrumentos sensíveis podem revelar a estrutura pormenorizada de Estrelas e Galáxias. Mas não é só a luz que transporta para a Terra informação acerca de corpos distantes. as ondas-radio provenientes do Espaço são detectadas por enormes antenas parabólicas - a maior das quais foi construída numa cratera natural e tem 305 metros de diâmetro.
Telescópios Pequenos
Os Telescópios pequenos são Refractores - como os binóculos e os microscópios utilizam lentes para refractar a luz e formar uma imagem ampliada. Mas as lentes têm os seus inconvenientes. Estão sujeitas a aberrações cromáticas, franjas de cor que aparecem à volta da imagem, e acima de uma certa dimensão não conseguem suportar o seu próprio peso.
Os maiores Telescópios Astronómicos utilizam em vez de lentes um sistema diferente em que, a luz é captada e focada, por um grande espelho curvo ou...reflector. Os espelhos são relativamente leves e fáceis de polir até terem exactamente a forma hiperbólica pretendida, permitindo a construção de Telescópios cada vez maiores. Os Reflectores mais largos captam mais luz e proporcionam assim uma melhor resolução, permitindo aos Astrónomos verem até mais longe...no Universo!
Maior é Melhor!
Tradicionalmente, os espelhos eram muito lentamente polidos a partir de uma espessa placa de vidro. O maior Telescópio construído deste modo, é o Reflector de Hale - com 508 cm - situado no monte Palomar, na Califórnia. Mas qualquer Reflector mais largo do que este cairia sob o seu próprio peso, perdendo o delicado equilíbrio dos seus instrumentos ópticos.
O Telescópio de Keck evita este problema, utilizando um espelho mais leve, constituído por 36 secções hexagonais dispostas num mosaico de 10 metros de largura. Também se podem fazer grandes espelhos, fazendo girar vidro fundido enquanto solidifica. O bloco côncavo daí resultante pode ser polido com relativa facilidade até ter uma forma hiperbólica. os espelhos feitos desta maneira são muito finos e leves - o telescópio japonês Subaru tem um espelho de 8,2 metros de diâmetro com apenas 20 centímetros de espessura. Para ter em conta a flexão de um Reflector tão fino, este Telescópio tem 250 sensores e motores acoplados no seu suporte. Um computador controla constantemente a forma do espelho e pode corrigir quaisquer distorções provocadas pelo calor ou pelo movimento; bem como compensar os erros introduzidos por perturbações atmosféricas.
Sintonizar o Universo
O prazo de um Telescópio tem de ser muito mais largo do que o comprimento da onda da radiação que observa, de modo a detectar com precisão de onde provém o sinal. Isto não é um problema para os instrumentos ópticos, pois o comprimento da onda de luz é mais ou menos de um milésimo de metro. Contudo, as ondas-rádio que atingem a superfície da Terra podem ter dezenas de metros de comprimento e, consequentemente, os Radiotelescópios necessitam de Reflectores Parabólicos com pelo menos 25 metros de largura.
Estes focam as ondas sobre um «detector de cone invertido» - uma antena que transforma uma onda-rádio de um determinado comprimento de onda num sinal eléctrico. Os Telescópios têm - muitas vezes - vários cones invertidos, cada um deles sintonizado num comprimento de onda diferente.
Por si só, nem mesmo a maior antena-rádio consegue obter uma imagem comparável aos melhores resultados ópticos. Obtêm-se resultados mais nítidos com uma técnica chamada «Interferometria», pela qual os sinais provenientes de dois telescópios - apontados sobre o mesmo objecto - são combinados electronicamente por um computador.
Utilizando pares de Telescópios desta forma, obtém-se assim uma resolução equivalente à de uma única antena parabólica tão grande como a linha de base - a distância entre os dois Reflectores.
Mais de dois Observatórios completos podem trabalhar em conjunto desta maneira - um conjunto combina observações provenientes da Austrália e do Japão com dados provenientes de um Observatório não-tripulado em órbita, criando um Radiotelescópio com a resolução de um aparelho com duas vezes o diâmetro da Terra!
Também se pode utilizar a «Interferometria» para melhorar o desempenho de Telescópios Ópticos. Nas últimas duas décadas deu-se início à construção no Havai, do «Keck 2» - um gémeo do seu vizinho «Keck 1». Foi estipulado desde então que, a combinação dos dois iria, com efeito, produzir imagens provenientes de um Telescópio com 85 metros de largura.
O «Very Large Array» (VLA)
Imagens-rádio: Os Radiotelescópios funcionam assim com base no mesmo princípio que os instrumentos ópticos, mas numa escala maior, para se equipararem aos maiores comprimentos de onda das ondas-rádio.
A radiação é captada por uma Antena Parabólica e, reflectida para uma segunda superfície que a foca sobre um detector.
O Very Large Array (VLA) situado no Novo México, é constituído por 27 antenas, montadas sobre uma linha de caminho-de-ferro em forma de Y - com braços de 20 quilómetros de comprimento.
Utilizando o princípio da Interferometria, os sinais provenientes das 27 antenas são combinados de modo a, formar assim imagens com a clareza de um único Telescópio de 21 km.
As imagens são formadas pela medição das intensidades e frequências-rádio, provenientes de diferentes partes do...Céu. Adiciona-se então uma falsa cor - por computador - para tornar as imagens muito mais significativas.
Cientificamente, o mundo dos Telescópios é imparável no seu todo e, por toda a nossa esfera global terrestre. A cada década que passa, mais e mais se vai acumulando técnicas e esforços neste sentido.
O que nos espanta, contudo, é que para além de toda esta tecnologia surpreendente que aflui na Humanidade como o ar que se respira, não se tenha ainda chegado a grandes conclusões na óptica da comunicação e, interacção com os ditos seres inteligentes. No entanto, nada nos faz desistir, a todos nós, como seres terrestres interessados nessa causa, assim como aos muitos cientistas pelo mundo fora. Nisso, está acima de tudo o indubitável empenho de todos eles, acredita-se.
Astrónomos, Físicos e Astrofísicos têm-se debatido por esta vertente - embora nem todos estejam de acordo - como é o caso da mediática figura do Físico Stephen Hawking - que, para além de ser uma sumidade nestas matérias (e mesmo de se ver famoso em tela cinematográfica, na actualidade recente), este grande senhor chega a ter dúvidas sobre esta incisiva finalidade de comunicação estelar. Pensa que, sendo nós terrestres muito ingénuos, imaturos e mesmo inconsequentes nesta voragem de procura e encontro no estabelecer contactos com outras civilizações, nos podermos dar mal, muito mal...caso estes senhores ou seres do imenso Cosmos que nos rodeia, terem outros intentos, outras atitudes e maus comportamentos sobre nós, humanos, em ostensiva hostilidade e, animosidade.
Veremos o que nos aguarda esta extraordinária aventura de Telescópios e Radiotelescópios que desde o de Arecibo no Puerto Rico, aos desenvolvimentos actuais dos cientistas do SETI - e a tantos outros que comungam desta mesma teoria de não estarmos sós em biliões e, triliões de estrelas, planetas e até mesmo lixo espacial (pois que nem tudo na vida é para contemporizar, havendo no Cosmos algo de muito belo mas também de muito perigoso) - haverá posteriormente a certeza de que algo encontraremos. E que, consequentemente, nos pode vir a cair em cima, caso estejamos nessa rota, coordenada ou fatal destino de um ou outro meteorito que nos venha «presentear» com a sua destruidora e invasiva colisão. Desejamos que não. Daí a imponente tecnologia de ponta que hoje o Homem apresenta em toda a sua linha. Quanto aos receios - infundados ou não - só teremos de aguardar, no que pela Humanidade que todos nós somos, cientistas ou leigos, todos nos compomos de uma só verdade: a continuação e o bem-estar do ser humano! Se os Telescópios e Radiotelescópios o captarem em si, devolvendo-nos essa mesma certeza de estarmos um passo à frente, então tudo se resumirá a aguardar esse mesmo futuro que é feito por todos nós! Que assim seja para todo o sempre!
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