Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
A Obra do Fantasma
Novelas Escritas por Espíritos
Poder-se-à negar a evidência de transmissão espiritual - e mediúnica - entre entidades que já faleceram e os seres vivos? Haverá uma atitude comportamental de inconformidade e, de certa forma, consubstancial, de se perpetuarem no que fizeram na sua vida terrena - tanto os mortos como seus espíritos activos e, incessantes, servindo-se dos vivos? Por escrita literária, novelas, música, pintura e outras diversas artes, estarão os mortos bem «vivos» numa outra dimensão, do que se lhes conhece hoje em actividade paranormal de comunicação e, interacção com os vivos???
Novelas Escritas na...Sepultura!
(A mulher cujas obras eram ditadas por um «Fantasma» ou Espírito inquieto...)
A senhora J. H. Curran, de St. Louis, no Missuri, não era uma erudita. Possuía escassos conhecimentos de História, no que apenas e, muito superficialmente, se interessava pela Literatura, nada conhecendo das complexidades da linguística. No entanto, produziu uma série de obras que deixaram estupefactos os académicos mais eminentes de ambos os lados do Atlântico!
Não obstante lhe desagradarem o Espiritismo - e os Médiuns (em geral) - a senhora Curran foi persuadida a participar numa sessão, ainda que algo incomodada e não muito à vontade nessa abordagem espiritual.
No dia 8 de Julho de 1913, a sua mão traçou o nome de Patience Worth no tampo da mesa da sessão espírita. A partir de então, a senhora Curran e Patience Worth - fosse esta quem fosse - tornaram-se excelentes e, inseparáveis amigas.
Ligação Estranha...
Através da Escrita ou da Voz da senhora Curran em transe, Patience Worth começou por referir o seu nascimento no Dorset, na Inglaterra - no século XVII!
Descreveu então e, pormenorizadamente, a emigração de seus pais para a América, assim como o modo como morrera, às mãos de um grupo de índios em guerra. Seguidamente, em frequentes sessões ao longo de muitos anos, Patience ditou à senhora Curran, uma série de novelas históricas em diversos estilos literários, desde «The Sorry Tale», cuja acção decorre no tempo de Cristo, até «Hope Trueblood», uma novela do século XIX.
Aplausos da Crítica
«Hope Trueblood» obteve assim o aplauso geral da crítica. O crítico da revista «The Athenaeum», que ignorava a forma como a magnificente obra fora escrita, elogiou entusiástica e incondicionalmente a mesma, referindo-se a esta assim: «Caracterização definida e clara, o diálogo vivo, as tiradas empolgantes e, a profundidade dos sentimentos, sobriamente expressos».
A senhora Curran era capaz de escrever duas ou mais novelas simultaneamente, ditadas assim por Patience Worth; conseguia escrever o capítulo de um livro, passar a outro de um livro diferente e, sobre um tema totalmente diverso, continuando o primeiro...sem perder a sequência dos factos.
Tão-pouco se limitava a escrever somente novelas. Desenvolvia - ou contestava facilmente em prosa - diversos temas que lhe eram apresentados.
Foi esse notável conhecimento da língua e, do estilo, que tornou possível a realização da sua obra mais aplaudida, «Telka», uma novela cuja acção decorre na Inglaterra medieval - escrita no inglês da época - que a senhora Curran nunca estudara e, desconhecia completamente.
A inteligência e o talento de Patience Worth continuaram a intrigar os Psicólogos ainda por muito tempo. Quanto à senhora Curran, porém - em relação a si - esta (Patience) era apenas uma amiga maravilhosa que lhe contava histórias fascinantes de outros tempos já passados. E que, através disso, lhe autenticava na vida a fama e porventura o proveito de tão belas obras...mesmo que vindas do Além, supostamente. Uma parceria que só findaria com a morte da senhora Curran, no que se não sabe (mas se perspectiva) tenham ambas - nessa outra dimensão celestial - continuado a ser amigas...
Um Sonho...Mortal!
A jeito de simples curiosidade, é relevante referir um acontecimento - algo insólito - que teve lugar no distrito de Maitland, Nova Gales do Sul, na Austrália, no século XIX.
Shaun Cott foi dado como desaparecido do distrito de Maitland. Presumiu-se depois que, partira com os exploradores em busca do ouro, naquela que era considerada a mais louca e, maravilhosa corrida, ao esplendor de toda uma vida, caso tivesse êxito essa busca e encontro com o dito vil metal.
Nada de novo. Até que, um homem recém-chegado à região, teve um sonho tão cruel que levou a Polícia a escavar parte da herdade em que Cott trabalhara. Encontraram então o seu corpo em avançado estado de decomposição, ao que se supõe, e com o crânio despedaçado.
O que se seguiu foi digno de registo: o patrão de Cott foi de imediato acusado do homicídio na pessoa de Cott e, enforcado pelo referente assassínio - que nunca teria sido descoberto se acaso aquele estranho sonho não se tivesse revelado no forasteiro. O que pressupõe, à priori que, há sonhos que devem ser (sempre) dignos de alguma observação mas também...ponderação, no que não se deseja de julgamentos precipitados ou ditados pelo impulso do momento. Contudo, há que referir que, na actualidade, estes poderes extra-sensoriais ou de sonhos havidos - premonitórios ou de extrema precisão de locais, nomes ou situações a cumprir - se devem tomar em consideração, pelas sucessivas coincidências ou mesmo factos comprovados - à posteriori - da veracidade dos mesmos.
Nada mais a reportar que não seja, o de se estar atento, caso estes Espíritos ou vulgo Fantasmas (não da Ópera mas de outros atributos...) se inclinarem sobre nós, os vivos, os carnal e insidiosamente assistidos por eles, os tais «encostos», que ninguém quer sentir, a não ser que sejamos bafejados pela sorte - à semelhança da senhora Curran - em autênticas obras maravilhosas, sejam estas da escrita, da música ou da bela arte pictórica em plágios esotéricos e, secretos, de...«Leonardos da Vinci»!?
Pelo mundo inteiro vão surgindo estes casos - múltiplos - de pessoas que se vêem de um momento para o outro, consignados numa genialidade algo estranha - e por vezes até absurda - em face aos requisitos (e recursos) individuais de pouco intelecto ou educacional caminho havido por parte destes mesmos indivíduos. Escrevem como Shakespeare, pintam como Van Gogh, compõem como Beethoven ou ainda - sem se esmerarem muito pelo que hoje se lhes reconhece - são portadores anónimos de outras eminências medievais que, através de transe, auspícios psicóticos (ou mesmo de relevância aditiva de psicotrópicos, em alguns casos), se nutrem por evidências algo exuberantes e, fantásticas, de mote ou origem quase sempre desconhecidos. Não deixam de ser génios por esse facto, mas algo muito insólito se traduz nestas pessoas - sendo que, beneficiados pela sorte dos anjos, espíritos ou benfazejos guardiões de algum templo desconhecido - celestial ou estelar - são assim escolhidos (em solo terreno) para dar voz e assomo às suas habilidades, qualidades e...competências.
Assim sendo, nada mais a dizer. Que sejam felizes...todos. Os escolhidos por estes espíritos e todos os outros que, não tendo em si esta «virtude» de serem abençoados pelas almas dos defuntos, se desdobram nas suas próprias qualidades e virtudes também, sem necessitarem de uma ajuda do Além para isso. E que a Humanidade prevaleça! Com amigos no Céu ou sem estes...pois que todos somos gente de bem e com uma alma imensa...ou pelo menos, muitos de nós, acredito!
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