Translate

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A Correspondência do Além


Mensagens e Correspondência Cruzada do Além

Haverá de facto a «Correspondência Cruzada» entre as várias almas que há muito deixaram a Terra? Será irreal - e mesmo contraproducente - se se aferir que, certas mensagens vindas do Além, foram (e porventura serão, em muitos outros casos futuros), a perduração da existência das personalidades «viventes» - para além da morte? Ou estar-se-à perante um nível tridimensional ou à escala extraplanetária (que não somente esotérica), num parâmetro que poucos atingem, captando assim essas mensagens ou correspondência cruzada de entidades não-terrenas?

Correspondência Cruzada
(Mensagens do Além na perspectiva do contacto estabelecido além-túmulo...)
Separadas por milhares de quilómetros, cinco mulheres que não se conheciam entre si, dispuseram-se a comunicar com os mortos. O método que utilizaram foi a escrita automática, mediante a qual o Médium, em transe, é aparentemente capaz de escrever mensagens enviadas do além-túmulo.
A princípio, as Mensagens que cada uma recebia pareciam mutiladas,sendo por vezes desprovidas de qualquer sentido. Quando porém - mais tarde - foram comparadas, apresentavam aparentemente também uma certa relação com três homens já falecidos.
Todos tinham sido fundadores da British Society for Psychical Research - Henry Sidgwick, Frederic Myers e Edmund Gurney. Já tinham todos morrido em 1901, quando as cinco senhoras em questão começaram as suas inusitadas experiências.
Em Inglaterra, a senhora A. W. Verrall, uma estudante de Literatura Clássica na Universidade de Cambridge, que conhecera pessoalmente os três homens, recebeu fragmentos de mensagens... expressamente de Frederic Myers.
Mais tarde, na América, a senhora Leonora Piper começou também a receber mensagens semelhantes, assinadas então de «Myers».
Na Índia, a senhora Alice Fleming, irmã do escritor Rudyard Kipling, começou a receber mensagens, tal como a sua filha, Helen. Ainda em Inglaterra, uma tal senhora Willett - natural da Cornualha - começou um dia a rabiscar mensagens de homens de quem nunca ouvira anteriormente falar.
Durante os trinta anos seguintes foram assim transmitidas cerca de 3000 mensagens - que se tornaram conhecidas como a «Correspondência Cruzada» - cujos conteúdos foram cuidadosamente investigados e, anotados de certa forma criteriosamente também...por toda a sociedade na época.

Uma Consciência Colectiva
Das diferentes Médiuns que então se induziram nesta experiência, surgiu um mosaico complexo de Mensagens fragmentadas - em grande parte baseadas na Literatura Clássica.
À excepção da senhora Verrall, nenhuma das outras possuía vastos conhecimentos dos autores clássicos nem por eles revelava qualquer interesse.
Os defuntos, por outro lado, tinham sido todos (e sem excepção), eruditos em Cultura Clássica!
Cientistas estudiosos e homens de negócios que examinaram os escritos - na época (primeira metade do século XX) - detectaram nestes um sentido intencional que parecia ser o produto de uma Mente consciente colectiva...!
Impunha-se a questão: Teriam estes 3 homens estabelecido contacto do além-túmulo?
Quanto às intervenientes deste método de Correspondência Cruzada post-mortem, foi considerado impossível que estas - as protagonistas deste caso - tivessem colaborado em tão completa e, complexa (supunha-se) mistificação. Ou...falsificação.
Se se tivesse verificado qualquer comunicação telepática inconsciente, esta continha uma série de tal modo complexa de referências clássicas que, apenas a senhora Verrall, seria capaz de as compreender.
Em 1903, a senhora Holland produziu um escrito dizendo que, (Frederic Myers), desejava falar a alguns velhos amigos. A Mensagem prosseguia com a descrição da senhora Verrall, da qual a senhora Holland nunca ouvira falar. Acabava assim: «É como confiar uma Mensagem de extrema importância a uma pessoa adormecida. Obtenha uma prova; tente encontrar uma prova, se pensa que sem ela é uma perda de tempo. Envie esta Mensagem à senhora Verrall, Selwyn Gardens, 5, Cambridge.

Referências pouco Conhecidas
Apesar da senhora Holland ignorar a existência da senhora Verrall, o endereço estava correcto. Na realidade, a senhora Holland enviou a Mensagem à Sociedade Britânica para as Pesquisas Psíquicas, onde os escritos começaram então a ser relacionados.
Finalmente, um Investigador Americano, G. B. Dorr, idealizou uma experiência. Perguntou a Myers, através da senhora Piper, o que significa para ele a palavra «lethe».
As seguintes respostas foram tão pormenorizadas - incluindo referências tão pouco ou quase nada conhecidas que apenas (ou somente) o mais consagrado classicista podia ter descoberto a sua origem e o seu significado - que ultrapassavam de longe os escassos conhecimentos que a senhora Piper possuía sobre o assunto.
Algum tempo depois, em Inglaterra, o Físico, Sir Oliver Lodge - também investigador psíquico - formulou a mesma pergunta à senhora Willett, que não tinha conhecimento algum sobre a experiência americana. Além de responder com as idênticas alusões clássicas, a sua escrita automática mencionou também Dorr - o nome do Investigador Americano que idealizara a experiência!
Os escritos da senhora Fleming, na Índia, continham (frequentemente), passagens que reflectiam uma profunda e incisiva frustração - e alguma angústia - consequentes do desejo desesperado de comunicação por parte do espírito emissor.

«Por detrás de um...Vidro Fosco»
Através dela, Myers escreveu: «A imagem mais aproximada que me surge para exprimir as dificuldades para enviar uma Mensagem...é que, pareço encontrar-me por detrás de um vidro fosco - que esfuma a visão e amortece o som - (ditando em voz fraca, a uma secretária relutante e pouco inteligente). Pesa sobre mim uma terrível sensação de...impotência.»
Mais tarde Myers escreveu: «Mais uma tentativa para atravessar o bloqueio - para conseguir que passe uma Mensagem. Como poderei torná-la suficientemente dócil...como poderei convencê-los?»
A senhora Piper, na América, e a senhora Willett, na Inglaterra, receberam então Mensagens semelhantes, na certificação desta «Correspondência Cruzada» além-túmulo.
Os escritos da senhora Willett sugeriram-lhe, finalmente, que tentasse travar uma conversação mental com estes três homens. Ela desenvolveu então esta técnica, de forma sui generis, no que uma segunda pessoa poderia, por seu intermédio, conversar com Frederic Myers, Edmund Gurney e, Henry Sidgwick!
Os temas da discussão obtida, ultrapassavam em muito os interesses normais e, a capacidade intelectual da senhora Willett que apenas servia de receptáculo para esta tertúlia do Além. Ou teria sido antes do...Céu estelar em plataforma tridimensional no que hoje sabemos sobre o mundo quântico e toda a sua envolvente mágico-científico? Poderão estes intervenientes extraterrenos ter estado eloquente e placidamente instalados numa certa e desconhecida dimensão, tentando transmiti-lo aos terrenos, aos humanos viventes? Ou será algo que ainda nos transcende, num local e paraíso universal para onde todos iremos um dia...?
Mas continuando...Sidgwick falou com Lorde Balfour - irmão do Primeiro-Ministro - sobre três teorias em conflito acerca da relação entre...Espírito e Corpo. Gurney falou então e, por sua vez, das origens da Alma Humana.
A discussão das Mensagens escritas prosseguiu assim por muitos e bons anos, sem que ninguém fosse capaz de explicar (satisfatoriamente), como se estabeleceram as tais comunicações do Além.
Foram apresentadas muitas teorias, desde a perduração da existência das personalidades para além da morte, à noção de um nível psíquico em que apenas as ideias sobreviveriam e, à espera de serem captadas por alguém suficientemente sensível para as receber. Porém, quando estas referidas senhoras morreram, os seus correspondentes deixaram automaticamente de falar.

Sabe-se que, no mundo da Percepção Extra-sensorial, da Telepatia, da Precognição ou da Clarividência - no mundo do Paranormal e de toda a envolvente sensitiva - (na actualidade), estas matérias estão mais do que resolvidas, no que hoje se percepciona também de mais - ou maior conhecimento e pesquisa - sobre o mesmo. O Paranormal já não é um fenómeno absurdo ou digno de um registo menos claro, no que vários cientistas dentro destes fenómenos - em estudo e investigação - se resumem por vias de múltiplas experiências efectivadas no ser humano.
Nem todos possuímos as mesmas capacidades de emissores, receptores ou simples veículos portadores destas Mensagens do Além. Nem todos somos criaturas sensíveis ou com um poder extremo em intuição, sensação ou maiores poderes sensitivos ou de estratos extra-sensoriais, contudo, há que não negligenciar (nem estigmatizar) quem assim o serve, nestas diligências de espíritos ou almas extraterrenas que se fazem anunciar por outros que ainda vivem. Há que respeitar e, consignar se possível, um maior ou menor interesse consoante a atitude ou determinação de vida em cada um de nós sobre estes assuntos. Não se deve é renegar tais fenómenos, pois que eles existem e, a cada dia que passa, mais e mais se avolumam em experiências, ocorrências e testemunhos disto mesmo sobre alguns de nós. Há que o estudar, analisar e chegar a certas conclusões...mesmo que estas sejam obviamente questionadas, enfatizadas ou anuladas de créditos, pois que do debate surge sempre a luz!

Assim sendo, que a luz se faça, surgindo em todos nós a boa-ventura de sabermos que «eles», as almas penadas - ou de outro mundo - são tudo menos isso...na voraz e libertina ociosidade de quem quer continuar nesse seu mesmo espaço (ainda que, fora da esfera terrena...) «vivendo» de uma outra forma mas em sintonia com essa mesma cumplicidade de reunião, debate ou simples mesa redonda celestial. E quem somos nós - terrenos - para tal negar? Se um dia o saberemos na totalidade...só há que esperar para tal poder observar e, se Deus quiser...participar! E que a Bem da Humanidade - na Terra ou fora dela - a discussão se faça e...a conclusão se unifique; a bem de todos nós, terrenos e não-terrenos, humanos e não-humanos ou, por todas as civilizações viventes. Desde que lá fora...haja luz, muita luz...mesmo na escuridão dos Buracos negros ou de todo um Universo que por nós espera!

Sem comentários:

Enviar um comentário