Translate

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A Visão Mítica


Aparição da Virgem Maria

Haverá em alguns de nós uma maior percepção sensorial - em Visão Mítica - que nos faz ver o mundo de outra forma? Que notável experiência é esta que ocorre quase sempre em perfeito êxtase contemplativo, ante a visão ou aparição de algo inexplicável? Haverá um outro mundo dos sentidos e, das forças espirituais, na concretização visionária de quem se afirma assim observador?

Métodos dos Visionários
Uma das aspirações mais antigas da Humanidade é adivinhar o Futuro, ver o destino nas cartas ou num outro meio similar de previsão ou profecia futurista.
As visões que podem receber-se em recipientes com água e bolas de cristal, nos espelhos e nas unhas dos dedos são algumas das técnicas mais difundidas para lançar um olhar ao Futuro.
Não existe a menor dúvida de que o ser humano pode ter visões do Futuro. As suas fontes e alcance são, no entanto, muito variáveis.
Em muitos casos, não são mais do que ilusões sensoriais sem algum significado. Por vezes, «contemplam-se» Visões Míticas e Religiosas, mas quase nunca imagens mais concretas de acontecimentos futuros.
Ocasionalmente, o Visionário mantém-se desperto e conversa com as pessoas que o rodeiam durante a sua experiência, mas o mais normal é esta ocorrer em estado de êxtase.

Emanuel Swedenborg
As visões estão quase sempre associadas a experiências religiosas da carácter místico. Mas também existem formas visionárias nas quais intervêm Elementos Paranormais e, onde se comunicam Impressões Telepáticas, Clarividentes e Precognitivas.
O naturalista e místico sueco Emanuel Swedenborg (1688-1772) teve em 1756 em Gotemburgo a visão da casa de um amigo a arder em Estocolmo; o incêndio grassava de facto nesse preciso momento. Até o filósofo Immanuel Kant (1724-1804) analisou as aptidões paranormais do seu contemporâneo sueco.

Formas de Visão
Swedenborg tinha também uma grande capacidade de introspecção, que lhe permitia analisar e classificar as suas visões.
Distinguiu cinco (5) níveis na Experiência Visionária, segundo o grau de vigília da Consciência. A forma mais elevada para ele, era então a contemplação com os olhos abertos, pela qual se «penetra no Mundo Terreno e no Mundo Espiritual no mesmo acto».
Swedenborg garante que nestas visões conheceu a realidade terrena à luz do mundo e, das forças espirituais que impregnam o mundo dos sentidos.

Modos de Aparição
As visões dão-se na forma de fenómenos pessoais e, impessoais. A Aparição de figuras religiosas conta-se entre as visões pessoais. O exemplo mais conhecido no espaço cultural cristão é o das visões da Virgem Maria.
As visões impessoais consistem em luzes e raios, fenómenos solares (olhar para o Sol sem ficar ofuscado, a Rotação do Sol, a Aparição de vários sóis) e visões do Céu, do Inferno e do Purgatório - ou de fenómenos naturais.
Nalguns casos, estas percepções estão relacionadas com Profecias.

Visões Míticas
William Blake (1757-1827), pintor e poeta que criou uma imagem mística do mundo, escreveu: "Se limpássemos os pórticos da Percepção, veríamos o mundo como ele é: Infinito!"
Os conteúdos perceptíveis das visões sentem-se como se fossem muito mais reais do que a Percepção Sensorial quotidiana, que em comparação se apresenta descolorida.
Para muitos povos primitivos que possuem uma Tradição Xamânica, a visão em êxtase reveste-se de uma importância capital. Por vezes, estes estados de euforia ou transe provocam-se através da ingestão de plantas psicadélicas, como por exemplo, determinados cogumelos.
Nestas visões, contempla-se a realidade dos Mitos.

William Blake foi pintor, ilustrador e poeta - como se já referiu. Ilustrou os seus próprios poemas e, inventou para os seus quadros fantásticos e poéticos, um método de impressão especial - com o qual criou uma nova forma de expressão e um estilo próprio. Muitas das obras que Blake criou, surgiram-lhe perante o olhar interior - como uma visão. "O Velho dos Dias" é exemplo disso mesmo, em título e obra deste pintor inglês, no qual Deus envia o Raio da Criação e do Conhecimento para a Terra!
Quanto a Emanuel Swedenborg - até aos 46 anos - foi um cientista puro. depois tornou-se Visionário, Filósofo e Teósofo. Foi o místico que mais contribuiu para a Teosofia. Ainda em vida conquistou numerosos adeptos devido aos seus poderes visionários.
Em relação às Visões Míticas - pessoais e impessoais - como as Aparições de Fátima, Lourdes ou de Medyugorie, todas elas, expressões visuais (ou projecções mentais ou factuais) no local em que houve efectivamente uma mensagem, uma referência futura ou profecia anunciada a simples terrenos. No primeiro caso (pessoais) em Segredos confiados e Mensagens corroboradas de uma certa e profetizada clarividência do que a Senhora lhes ditava. Para além da linguagem em teor telepático e uma evidente precognição existente. Noutro caso (impessoais) o célebre "Milagre do Sol" que muitos clamam ter presenciado sem se efectivar em todos a imagem da Virgem de Fátima mas antes, um «Sol» que girava em círculos e se enunciava luminescente, sem ofuscar ninguém; mas em deslumbramento e, numa contemplação surpreendente!
Apenas se afere então concluir que, sempre houveram visionários - ou métodos desses visionários - que ao longo da nossa História também terão sido acometidos nestas vertentes de Percepção Sensorial ou de fenómenos Paranormais; para além das já referidas Visões Míticas - indiciadas ou não por vias alucinógenas. Em tudo isto se concerne que, estas Visões Míticas serão sempre - ou quase sempre - uma medida de comunicação e contribuição espiritual em mensagem e entrega nos terrenos que somos todos nós. Como Humanidade que muito ainda tem para aprender e, elucidar sobre estas ocorrências e fenómenos em certa medida inexplicáveis, só nos resta consciencializar que num futuro a consolidar, mais possamos saber, conhecer e autenticar. Que Deus permita e assim seja!

Sem comentários:

Enviar um comentário