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terça-feira, 21 de outubro de 2014

A Enigmática Lua


Foto do Astronauta Norte-Americano Edwin E. Aldrin na Lua, tirada pelo seu companheiro, o Astronauta Neil Armstrong, ambos tripulantes da Apollo-11

Que mistérios encerra este tão enigmático Satélite - fonte de mitos e lendas ao longo dos tempos - numa suposta complexidade, ultrapassando todas as barreiras de suposições dos cientistas? E que, perante novas investidas de sondas, recolha de elementos e amostras da superfície lunar (e posteriormente em Marte) se deparou com nova informação, compreendendo assim a actividade do Sol, no qual este manterá a vida sobre a Terra...ou não. Haverá futuro na Terra, pelo que se conheceu da Lua? A Panspermia - do que se sabe na actualidade - será toda a nossa verdadeira origem na Terra?

"Onde uma pedra pode permanecer intacta 3000 milhões de anos!"

Mistérios da Lua
Mesmo com as amostras de rocha que as missões Apollo trouxeram consigo para a Terra, deixaram sem resposta os muitos enigmas da Lua, que continua a ser, actualmente, o Satélite controverso - fonte de mitos e lendas, desde que o homem pré-histórico o contemplou - e se interrogou a seu respeito.
A Lua é o mais próximo companheiro da Terra na sua interminável jornada em torno do Sol. A distância entre a Terra e a Lua é de 382 000 km. São precisos 27,3 dias para a Lua completar uma revolução em torno da Terra; tempo que coincide exactamente com o de que necessita para descrever uma volta completa em torno do seu próprio eixo. Tal facto significa que a Lua permanece imobilizada em relação ao movimento da Terra, apresentando-lhe sempre a mesma face. Só aos astronautas, até agora, foi dado contemplar a outra. Ainda que, na actualidade mais recente, se tenham imposto mais imagens desta por vias de uma tecnologia superior que a NASA e a ESA têm vindo a repercutir em revelação ao mundo.
Chegou a pensar-se que que a Lua fora parte da Terra e se desprendera, deixando um enormíssimo vazio, agora preenchido pelo Oceano Pacífico. Esta teoria há muito que foi posta de lado por cálculos matemáticos, que demonstraram assim não haver correspondência entre as dimensões da Lua e o volume do Oceano Pacífico.
Provavelmente, a Lua e a Terra surgiram concomitantemente - há aproximadamente 4700 milhões de anos - processando-se a sua formação a partir da mesma acumulação de poeiras e gases transportados nos ventos solares do Sol.

A Sonda Russa
Em Outubro de 1959, uma sonda lunar soviética - Luna III - circulou em torno da Lua e tirou fotografias, mais tarde transmitidas para a Terra. Tal como se esperava, essas fotografias revelaram a existência de montanhas, vales e crateras, mas nenhum sinal de vida. Por meados de 1976 reconhecer-se-ia que a Lua era completamente estéril - tal como, no pensamento de então, o foi ao longo de toda a sua história dominada pela violência.
Actualmente, (2014), surgiram outros rumores e afirmações dadas pelo astronauta da USAF, William Rutledge em revelações bombásticas sobre as várias missões da Apollo (14/17) que terão explorado a região polar do lado escuro da Lua, em término de uma Apollo 20 que terá - subsequentemente também - pesquisado internamente uma suposta Nave-Mãe aí implantada. W. Rotledge revelaria ao mundo - atónito com esta sua audaz confirmação - da existência de uma antiga cidade na Lua (agora desactivada e sem vida) em que a sua incisiva missão era recuperar a antiga tecnologia alienígena!
Retornando à década de 70, desde então, mais sondas - incluindo as missões tripuladas Apollo - investigaram a face oculta da Lua, como já foi referido, o que permitiu que os cientistas viessem a dispor de mapas pormenorizados de toda a superfície do planeta.
Em Julho de 1969 foi entregue, no Lunar Receiving Laboratory de Houston, no Texas - em embalagens de chumbo seladas - a carga mais valiosa da História. Consistia em 22,5 kg de rocha e poeira recolhidos na Lua, no Mar da Tranquilidade, trazidos para a Terra pela tripulação da Apollo-11.
Esta nave trouxe 46 fragmentos de rocha, todos retirados da camada superior da superfície lunar. Eram de pequenas dimensões, de tamanhos compreendidos entre o de uma ervilha e 12 centímetros de comprimento. Embora à primeira vista apresentassem bastantes semelhanças com as vulgares pedras terráqueas, ao serem observados através de microscópios, esses fragmentos revelaram diferenças surpreendentes.
As pedras lunares apresentavam pequenas marcas, semelhantes a picadas de varíola, raiadas de cristal. Algumas eram revestidas de fragmentos vítreos que formavam manchas esbranquiçadas à superfície. Enquanto apenas uma parcela escassa de vidro entra na composição do solo da Terra, as amostras do solo lunar revelaram-se compostas de 50% de vidro - a maior parte duro, angular e incolor. Outros 10% das partículas de vidro eram esféricos e de cores vermelha, castanha, verde, amarela e violeta.

Proporções Diferentes
Todas as pedras provenientes da Terra, da Lua ou de qualquer outro lugar são compostas basicamente dos mesmos elementos que existiam no Espaço antes da formação do Sistema Solar, o que justifica o facto de os cientistas não terem encontrado nas pedras lunares elementos de composição diversos dos que existem nas pedras da Terra, mas agrupados em proporções diferentes.
A proporção de Urânio em relação ao Potássio, por exemplo, era 4 vezes mais elevada nas pedras retiradas do solo lunar do que nas da Terra e, 15 vezes superior à proporção em amostras de meteoritos encontrados na Terra. Na totalidade, foram detectados nas rochas lunares 68 dos elementos conhecidos, em número superior a 100.
O enigma da Lua foi acentuado pelos investigadores que experimentaram os efeitos da poeira lunar em bactérias e plantas. Algumas bactérias foram submetidas a contacto com 4 amostras da superfície lunar, 3 das quais não lhes provocaram qualquer efeito. Quando, porém, foram expostas à acção de amostras do subsolo trazidas pela Apollo-12, morreram, não tendo ainda sido encontrada qualquer explicação para os resultados das experiências.
Durante outros testes, o milho, planta de maior complexidade, não revelou aparentemente sofrer qualquer efeito do contacto com as amostras lunares. No entanto, algas simples - expostas à poeira lunar - pareceram desenvolver-se graças ao «alimento» proveniente do Espaço, acentuando-se, sem qualquer razão aparente, a coloração verde que apresentam.

Gases Solares
Os cientistas já conseguiram, porém, obter algumas informações que podem conduzir a modificações sobre o actual conhecimento do Universo. Sabe-se agora que as pedras lunares contêm partículas solares, nelas incluídas sob a forma de gases, os quais podem fornecer a chave-vital que permite compreender a actividade do Sol e calcular até quando este manterá a vida sobre a Terra.
O facto é que o grau de complexidade da Lua, ultrapassa as suposições dos cientistas. O astro em questão não é uma espécie de bola de bilhar congelada no espaço e no tempo, como à priori se pensara. Foi uma massa vulcânica activa há 4600 milhões de anos, que mais tarde mergulhou num silêncio eterno.
As primeiras pedras encontradas pelos astronautas tinham mais de 3000 milhões de anos, tendo-se descoberto que, pelos padrões lunares, eram relativamente recentes. Pelo menos uma das pedras tinha 4600 milhões de anos. Na Terra, só pesquisando remotas fendas no solo africano é possível encontrar pedras com 3500 milhões de anos.
É importante salientar o facto de, estas rochas lunares, não terem sido sujeitas à erosão dos ventos, da água e das outras forças existentes na Terra. As pedras recolhidas pelos astronautas permaneciam no local em que se encontravam há 3000 milhões de anos - sem se moverem um milímetro sequer!

Extrapolando um pouco ou nem tanto, mas acrescido que sobre estes temas os cientistas se têm imperado, há que referir o que na actualidade já se sabe, até por vias de novas investidas sobre o planeta Marte. O meteorito ALH 84001 que, revelaria então aos cientistas pequenas esferas de carbonato que se formaram organicamente. Chegaram à conclusão de que havia de facto microrganismos desenvolvidos em Marte! Mineral Cálcio, Microbactérias (Nanobactérias) que vivem no interior das pedras sem depender da energia solar, como uma espécie de sobreviventes-natos.
Outros desenvolvimentos além a Lua e mesmo além Marte se têm instituído nesta última década de invasão espacial ultra e ergo-dinâmica em toda a sua dimensão pelo que a NASA, a ESA e outras entidades espaciais por todo o mundo se têm induzido. Houve a fantástica descoberta em revelação ao mundo (criando alguma polémica) sobre a Panspermia na célebre já teoria das primeiras formas de vida no planeta Terra. Acredita-se que, pelo impacto dos meteoritos nos oceanos, houve a formação de complexas moléculas orgânicas que mais tarde originaram vida.
Na Panspermia Cósmica em espécie de teoria embrionária dos primeiros seres vivos da Terra terem origem nos «Cosmozoários» - microrganismos flutuantes no Espaço Cósmico (Espaço C). E que, pelo impacto aí instado do meteoro nos oceanos da Terra - em ocorrência «natural» ou provocada ingerência cósmica (e estelar), criando amnioácidos simples e ácidos graxos. Toda esta sapiência cósmica foi dada a saber ao mundo pela «mão» da Galáxia NGC 5426/NGC 5427.
Por último e só em jeito de referência máxima, do que se sabe hoje da verdadeira magnitude e resistência destas bactérias no Espaço, temos a mais poderosa de todas, ou seja, de facto a mais resistente: a Bactéria «Deinococcus». Entre outras não tão resistentes mas quase nessa mesma plataforma, tais como: (Lua) Bactéria «Streptococcus Mitis Comuns» com uma sobrevivência microbiana interplanetária! Existem ainda outros 5 organismos que podem viajar no Espaço. São eles: 1 - UO - 20 (cerveja). 2 - O «Sea Plankton» (Partenogénese ou reprodução não-assexuada) ex: Pulgas de água. 3 - Lichen (Líquen). 4 - Esporos de Bacillus pumilus Saf. - 032 (forma endósporos dormentes e não-reprodutivos). 5 - Tardigrades. Micro- animais aquáticos com 8 pernas; «Tardigradum Milnesium» - reproduzem-se sexualmente através da Partenogénese (reprodução assexuada).

Múltiplas missões, projectos, descobertas e revelações ao mundo são-nos dadas quase diariamente - ou sequencialmente - a cada dia que passa em maravilhas vindas do Espaço, únicas, em beleza e certa fantasia intocável que só podemos mesmo admirar. Talvez um dia, quem sabe...todo este imenso Cosmos e fantástico Universo se nos redescubra também em presença mais efectiva. Por enquanto, vamos sonhando com as maravilhosas imagens das muitas galáxias que nos rodeiam, desde a NGC 1433 (que está a 32 milhões de anos-luz da Terra), à NGC 6302, a «minha» Nebulosa Planetária preferida e que a Hubble 3 captou (em 2009) em portento de seu exímio Telescópio Espacial, estando a 4000 anos-luz de distância da Terra na Constelação de Escorpião, com uma temperatura de 250 mil graus centígrados (no centro o calor é ainda maior!). A sua composição química nos leques pode conter carbonatos como o «Calcitel» (em evidência quase exacta de ter havido água líquida no passado). É formada por gases e radiação ultra-violeta, sendo 35 vezes maior que a superfície do Sol! O Complexo move-se a mais de 960 km por hora no Espaço - velocidade capaz de levar um homem à Lua em 24 minutos!  Chamam-lhe «Borboleta», no que até sou suspeita por a ter escolhido para o meu blog. Ou então...foi ela, a belíssima NGC 6302 que me escolheu a mim...não sei. Só sei que é maravilhosa! E enigmática...tão ou mais do que a Lua...! E que um dia, certamente...tornarei a ver e a continuar a respeitar doce e subtilmente como sempre faço. Até lá, que a Humanidade evolua, os homens possam angariar mais do que apenas imagens - mas em devida condição sua - de um maior conhecimento que não a de conquista e, todo o Cosmos, nos possa ser então uma feliz e saudável surpresa na comunhão de esforços e sentimentos de podermos augurar mais, saber mais, estudar e pesquisar mais, muito mais...além o próprio Universo. Que a bem da Humanidade assim seja então!


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