Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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segunda-feira, 27 de outubro de 2014
A Cintilante Nebulosa
Nebulosa de Caranguejo
Que magnificente poder é este - das estrelas que transmitem para o Universo - em impulsos regulares mas naturais, de radioenergia? Serão os sinais dos Pulsares um dia «desligados», tornando-se efectivamente indetectáveis ou longe disso, ao contrário do que supõem os cientistas, permanecendo apenas invisíveis mas aí presentes no cosmos? Estará em perigo a Nebulosa de Caranguejo em espécie de contracção - no que um dia todas as estrelas convergirão num ponto único - ou, ao invés disso, o Universo renascerá em renovada explosão de energia e cintilante surpresa de vida estelar?
Sinais do Espaço Exterior - Estrelas que transmitem para o Universo
Embora ténue, o sinal de rádio emitido do espaço exterior era transmitido a intervalos exactos de 1,33 730 113 segundos. O professor Anthony Hewish, chefe do grupo de astrónomos da Universidade de Cambridge que primeiro ou ouviu, em 1967, declarou que os sinais eram «tão regularmente espaçados como um sinal horário radiofónico».
O estudante universitário Jocelyn Bell receptara casualmente os sinais quando trabalhava com equipamento de radiotelescópio destinado a gravar sinais pouco intensos.
Os Astrónomos dificilmente podiam dominar a excitação que os possuía, ventilando a hipótese de alguma civilização desconhecida no Espaço Sideral tentar entrar em contacto com a Terra!
Vezes sem conta localizaram o mesmo sinal proveniente de idêntico ponto do Céu, exterior ao Sistema Solar. Porém, à medida que os sinais prosseguiam sem alteração durante meses, tornava-se concludente que haviam descoberto uma nova forma de estrela - que transmitia impulsos regulares, mas naturais, de radioenergia.
Pulsar Visível
Desde então, muitas outras estrelas - actualmente denominadas Pulsares - foram detectadas por radiotelescópios, tendo sido visível uma, que foi descoberta em 1969 pelos astrónomos do Observatório Steward, no Arizona. Cintilando tenuemente com os seus radio-sinais, encontra-se na Nebulosa de Caraguejo, algures entre 5000 e 6000 anos-luz de distância.
Uma primeira teoria admitia a hipótese de o Pulsar ser uma estrela Anã Branca vibrando rapidamente - um Sol que tivesse consumido a maior parte da sua energia e estivesse prestes a extinguir-se. Porém, embora reduzidas, as dimensões das Anãs Brancas, não o são suficientemente para lhes permitirem vibrar a velocidades que possibilitem a transmissão dos sinais.
Enorme Densidade
Segundo os cálculos dos radio-astrónomos, o rádio-sinal emitido do ponto mais distante de um Pulsar de dimensões equivalentes às do Sol - 1 340 000 km de diâmetro - levaria mais tempo a chegar à Terra do que outro emitido do seu ponto mais próximo.
O resultado seria um ruído contínuo, e não um sinal intermitente regular. Uma vez que os impulsos são claros e precisos - chegando por vezes à razão de 30 por segundo - os especialistas supõem que os Pulsares são corpos celestes de dimensões reduzidas, cuja densidade aumentou consideravelmente devido à compressão dos seus componentes atómicos.
Crê-se actualmente que os Pulsares são restos de estrelas maciças que entraram em colapso sob o peso da sua própria gravidade e implodiram - isto é, contraíram-se violentamente sobre si mesmas.
Os Pulsares são tão densos que, na Terra, um simples centímetro cúbico de matéria de um Pulsar pesaria 623 000 toneladas.
A regularidade de emissão de sinais de um Pulsar pode depender da sua rotação no Espaço. O pólo magnético de um Pulsar, que possui um poderoso campo magnético, pode não coincidir com com o pólo de rotação. À medida que a estrela roda em torno de si mesma, a Terra fica colocada a espaços regulares, dentro do «Feixe Emissor», tal como um navio no mar fica regularmente sob o feixe luminoso de um farol. Como, porém - na sua maioria - os sinais dos Pulsares parecem tornar-se quase imperceptivelmente mais espaçados, os cientistas esperam que eles acabem por ser «desligados», tornando-se indetectáveis.
A Nebulosa de Caranguejo
A Nebulosa de Caranguejo (também catalogada como Messier 1, NGC 1952, Taurus A) é uma remanescente de Supernova e, uma Nebulosa de Vento de Pulsar na Constelação de Touro.
A Nebulosa é a mais intensa fonte de Raios-X e gama para energias acima de 30 KeV com fluxo de energia luminosa. Dista a cerca de 6500 anos-luz (2 quiloparsecs da Terra) e tem um diâmetro de 11 anos-luz (3,4 parsecs) expandindo-se a uma taxa de aproximadamente 1500 quilómetros/s.
Observada por John Bevis em 1731, esta corresponderia a uma Brilhante Supernova (SN 1054), uma vez que já anteriormente havia sido registada por astrónomos chineses e árabes em 1054.
Pulsar de Caranguejo
No centro da Nebulosa há o Pulsar de Caranguejo, uma estrela de nêutrons com 28 a 30 quilómetros de diâmetro, que emite pulsos periódicos de radiação que abrange quase todo o Espectro Electromagnético, com uma frequência de 30,2 vezes por segundo, evidenciando uma rotação com período de apenas 33 milissegundos. Foi o primeiro «Objecto Astronómico» associado a uma explosão de Supernova.
Em 2003, a espessura da atmosfera de Titã - satélite de Saturno - foi medida através do bloqueio de Raios-X provenientes da Nebulosa pela atmosfera do satélite.
Em última análise e reiterada referência sobre a Nebulosa de Caranguejo de seus dados:
Distância da Terra: 6.523 anos-luz
Idade: 1000 anos
Magnitude Absoluta: -3,1
Coordenadas: Ascensão Reta 83, 633º, Declinação 22, 014º
A magnificência cósmica aliada a esta poderosa energia, resume nos cientistas a consciência do muito que ainda há por desbravar em conhecimento e identidade no Universo. Havendo em muitos de nós essa mesma consciência de querermos saber mais, aludir a mais, vamos assim estudando e registando passo a passo, todas as avançadas medidas que os astrónomos realizam na actualidade por vias de poderosos telescópios, sondas, naves espaciais e tantos outros meios no conhecimento da Astronomia e Astrofísica. É incomensurável esses avanços e, não falar deles, seria omitir um erro crasso. Mais haverá por descobrir, sondar e observar, sem dúvida. Cá estaremos então para que essa renovada ascensão se faça, no oposto do que muitas estrelas farão em sua remissão ou contracção, desejando nós que outras aconteçam em explosão (e não implosão como se efectiva de facto) pela expansão e suposta reestruturação do Universo. A bem da Humanidade na Terra assim aconteça, ainda que sejamos um pequeno grão de areia planetário em tão elaborado cosmos envolvente...! Mas que assim seja, de facto, é o desejo de todos nós...Humanidade!
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