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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A Profética Carta


Imagem Ilustrativa da Segunda Grande Guerra Mundial

Extractos da Primeira Carta, do dia 24/08/1914:
(Relativamente a 1938) "Então abunda a infâmia e nas cidades impera o caos! Disse que nessa época não se deve aceitar nenhum cargo nem nada do género, já que todos serão executados, enforcados à porta das casas ou pregados às janelas: porque a fúria das pessoas será terrível e acontecerão coisas verdadeiramente desumanas. As pessoas ficarão muito pobres; apenas os mais ricos se poderão vestir bem e quem se puder abrigar com sacos de areia ficará feliz."
Sobre 1943: "E em 1943 chega primeiro a bonança. Vêm bons tempos. Disse também que a Itália se viverá contra nós e que dentro de um ano nos vai declarar guerra - apesar de na Segunda Guerra - estar do nosso lado. A Itália será terrivelmente devastada e muitos soldados alemães encontrarão ali a sua sepultura!"
                                 Carta escrita pelo soldado alemão Andreas Rill à sua mulher e filhos na Baviera

O «Francês Profético»
"É na realidade incompreensível a forma como esta catástrofe quando já se encontrava tão próxima, trazendo consigo tantas desgraças, não projectou de modo mais claro a sua sombra ameaçadora sobre nós. Um segredo tão grave deveria ter pesado sobre todas as existências e provocado premonições e, revelações. Mas nada disto aconteceu.
Despreocupados, íamos e vínhamos à sombra da desgraça terrível que se aproximava de ano para ano, de dia para dia; finalmente de hora para hora, e não nos apercebemos dela até que nos caiu em cima das cabeças."
O poeta flamengo Maurice Maeterlinck analisou oitenta e três (83) profecias da época anterior à Primeira Guerra Mundial. Em nenhuma delas fora anunciada a catástrofe bélica e nenhum sensitivo suspeitou sequer dos terríveis acontecimentos. Apenas as declarações de um francês anónimo, apontadas em Agosto de 1914, se referem à feroz contenda.
As Profecias do desconhecido contêm inclusivamente detalhes sobre uma Segunda Guerra e acontecimentos que ocorreram nas décadas de 1930 e 1940. Se Maeterlinck houvesse tido conhecimento destas profecias, sem dúvida que se teria mostrado menos desconsolado nas suas análises.

As Cartas do Soldado Rill
As Profecias do francês anónimo estão registadas em duas cartas do soldado alemão Andreas Rill para a família, datadas dos dias 14 e 30 de Agosto da 1914.
As indagações exaustivas realizadas em torno da autenticidade dos documentos, dissiparam assim todas as possíveis dúvidas a esse respeito.
No início da Primeira Guerra Mundial, a Companhia em que servia Andreas Rill deteve na Alsácia um civil francês que foi interrogado pelo Tenente em presença de toda a tropa. O homem desconhecido não respondeu apenas às perguntas que lhe colocaram, mas também se apresentou como um Profeta.
Aquilo que disse aos homens da Companhia, atemorizou todos os presentes. Outros classificaram as previsões do forasteiro como puros disparates. Ainda que Rill chamasse ao prisioneiro por brincadeira »O Francês Profético», escreveu à sua mulher e aos seus filhos na Baviera - com plena consciência do que dizia - sobre as coisas que o então francês profético dizia e a ele contaria, sobre uma Primeira e uma Segunda Guerras Mundiais, porque «(...) Quem sabe se de facto não o viveremos, e não é que devam acreditar nisso, eu apenas escrevo para que saibam o que ele disse, já que de certeza que alguma das crianças viverá por inteiro estes anos vindouros». - Arrematou Rill.
Nas suas cartas, Andreas Rill ergueu assim um monumento único ao dito Profeta Francês - que também servirá então de testemunho para investigações posteriores.

A Procura do Profeta
O Parapsicólogo de Friburgo, Hans Bender investigou o caso 60 anos depois, mas não conseguiu reunir mais do que factos fragmentados.
O encontro de Rill com o estranho homem teve de acontecer entre os dias 14 e 18 de Agosto de 1914. Mas a identidade do Profeta continua a ser um mistério. Quem terá sido efectivamente este cidadão francês ou comum civil de então que originou tamanha profecia sobre a Segunda Grande Guerra?
Diz-se que era membro de uma Loja Maçónica e que, já mais tarde, ingressou num convento como religioso secular.
É muito provável que, o dito interrogatório a si instado, tenha sido realizado ou tido lugar num convento e que o francês tivesse lá entrado mais tarde (talvez como protecção...?) já que uma parte da Companhia de Rill esteve alojada a partir de meados de Agosto de 1914 no Convento Capuchinho de Sigolsheim, nas proximidades de Colmar.
No registo do convento aparece, no dia 6 de Novembro de 1917, um secular cujo nome não é indicado. Rill, que poucas semanas depois procurou o francês desconhecido - e que pensava tê-lo encontrado no referido convento - infelizmente já não conseguiu falar com ele. Disseram-lhe que o homem que queria ver...estava morto!

Ainda sobre o tão enigmático Profeta Francês e sobre as suas profecias, Rill terá proclamado:
"Dizemos que não é bom de cabeça, que está louco! De certeza que se irão rir, porque ninguém acredita no que ele disse! O homem falava vários idiomas. Nós fizemos troça, mas o tenente esteve a falar com ele durante toda a noite e nem imaginam tudo o que disse...! Já estou cansado de escrever e não espero que acreditem em nada disto. Apenas o escrevo para que vejam que tipo de pessoas há. De resto, hoje sei pouca coisa, estou bem, e amanhã seguimos. Estamos noutro país e espero que a guerra acabe depressa, ao contrário do que disse o outro."

Rill não acreditou. Fez mal. Sucedeu efectivamente a Segunda Grande Guerra e, no mesmo exacto ano em que o desconhecido cidadão francês recolheria ao convento aqui anunciado, em meados de Novembro de 1917, neste mesmo mês deste mesmo ano, seriam capturadas na batalha de Cambrai (20-29 de Novembro de 1917) peças de artilharia ligeira.
Quem terá sido então este homem desconhecido que tão fielmente concedeu à Companhia Alemã (seu inimigo, opositor e invasor no seu país) destas suas profecias, tão exactas ou nem tanto assim, no que muitos ainda hoje debatem em polémica aberta sobre as mesmas? Terão sido transcritas também assim tão fiel e correctamente pelo soldado Rill ou nem por isso? Tê-lo-à registado numa outra carta que levou sumiço no tempo e na ausência de um maior conhecimento por parte deste? Terá sido um embuste, este «Profeta Francês» ou...liminarmente um cidadão extraordinário de incomuns aptidões e poderes sensitivos e paranormais que a tudo via? Porque não investigar mais? Porque não haver mais em verdade histórica, documental e factual - em espécie de homenagem póstuma a este cidadão de então - a premente necessidade de se saber mais sobre este civil que de comum talvez nada tivesse, sendo antes uma figura de estilo próprio e muito à frente o seu tempo ou...a sua verdadeira identidade que não deste mundo!? Muito haverá certamente por saber, aguardando-se que mais se investigue e analise, corroborando assim desta presciência profética e sobre tão estranha personagem do princípio do século XX. Este mesmo século, neste mesmo ano em que se indiciaram as Aparições de Fátima, em Portugal...no que se apreende em mera coincidência ou não, pelo facto de, também neste mesmo exacto ano, se estar a iniciar também a dita Revolução Bolchevique na Rússia. Será coincidência...? Aqui deixo essa questão. Para além de tudo o mais, terá sido (talvez) alguém que se destacou na Humanidade, nem que mais não tenha sido, por vias de uma sua aguçada premonição. A bem dessa Humanidade que somos todos nós...estas (profecias) nos continuem a ser reveladas, sendo ou não verídicas, credíveis ou solventes da nossa atenção e interesse. Que assim seja então!

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