Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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terça-feira, 12 de agosto de 2014
A Magia Numérica
Ilustração sobre a Numerologia Planetária (1º Figura)
Gravura de Paulus Ricius (1516) - Cabalista Judeu segurando a Árvore de Sefiró - A base da Cabala Hebraica (2º Figura)
Haverá na essência da Numerologia, algo de transcendente e, de fluentes mensagens secretas para o ser humano? Existirá uma Magia Numérica que se traduz numa doutrina secreta Hebraica em que Deus terá criado o Mundo de acordo com a «Lei dos Números»? Que teremos de descobrir ainda sobre matemáticas profundas e, desconhecidas, que nos trarão a luz de outros mundos ou de outras formas de vida???
Números Mágicos
Para o ser humano do presente, os números servem sobretudo para realizar cálculos. Mas em tempos passados tinham um carácter muito mais subtil, pois eram utilizados como símbolos e veículos de mensagens secretas.
Os Algarismos - O seu Significado
Como bem sabem os historiadores, a formação de sistemas numéricos para realizar cálculos comuns conhece-se desde o Neolítico (de 9000 a 1800 a. C. aproximadamente). Mas os algarismos concretos e os sistemas de cálculos complexos, que por exemplo incluem os números negativos ou as fracções, só nasceram depois de Cristo.
O significado mágico dos números provém, antes de mais, da Astrologia. Para os Babilónios e os Egípcios, entre o Terceiro e o Segundo Milénio antes de Cristo, determinadas quantidades tinham um sentido mais profundo pela simples razão de que apareciam sistematicamente nos processos da Natureza.
Na Mesopotâmia, por exemplo, o 30 era o símbolo do deus da Lua, pois os sábios de então consideravam que a Lua demorava 30 dias a dar uma volta à Terra.
Diferenças Celestes
Nas civilizações antigas, atribuía-se muitas vezes aos corpos celestes as características dos deuses com eles relacionados. Quando se descobriu que existia uma lógica concreta entre os planetas e os números, estes últimos foram adquirindo progressivamente um simbolismo que se associava à natureza dos senhores dos planetas.
Foi assim que apareceram os números da Sorte e do Azar como, por exemplo, «o 13», que ainda nos nossos dias provoca alguma desconfiança. Para as Ciências Ocultas, as relações entre os números e os planetas, elementos, metais, sons, letras e nomes remetem para uma ordem oculta do Mundo, uma ordem que é preciso decifrar.
O conhecimento destas interdependências permitiria ao Mago medieval, por exemplo, intervir nesta ordem.
A Numerologia segundo Pitágoras
Na vida intelectual da Antiguidade, o número representava a essência ordenadora das coisas. A ideia de que através dos números se podia chegar ao conhecimento das Leis do Universo, remonta assim à escola dos Pitagóricos.
O filósofo grego Pitágoras (570-500 a. C.) considerava sagradas as quantidades «um, dois, três e quatro».
O Um (1) é a Divindade - A Origem de todo o Ser. Dele, surge o Dois (2) - O Símbolo da Vida.
O Três (3) e o Quatro (4) representavam, para Pitágoras, o Tempo ou...a Temporalidade e a Matéria ou a Corporeidade.
A Magia Numérica da Cabala
Com a Cabala - uma doutrina secreta Hebraica que começou a desenvolver-se no século XIII - chegou-se a uma categoria especial da Magia Numérica.
Segundo uma crença judia, Deus criou o Mundo de acordo com a «Lei dos Números». O Livro da Sabedoria - do Antigo Testamento - diz o seguinte: «Porém, dispuseste tudo com medida, número e peso» (11, 20).
Visto que cada letra do Alfabeto hebraico tem desde sempre associado um valor numérico (a letra Samech pode representar tanto um S como o número 15) - os cabalísticos expressavam os nomes e as palavras por meio da soma dos seus algarismos. Surgiu assim a arte da Interpretação dos nomes e conceitos em função do seu valor numérico secreto - uma Ciência que se denomina Gematria.
Também a Exegese Bíblica, que se propõe interpretar os textos do Antigo e do Novo Testamento, procura palavras com o mesmo valor numérico e deduz daí mensagens secretas para o ser humano.
Uma variante da Geomancia - a arte do Pontilhado - faz parte das operações numéricas mágicas. Trata-se de assinalar rapidamente 16 séries de pontos na areia ou no papel. Com a ajuda de um quadrado dividido em 12 partes, o «Espelho Geométrico», reúnem-se os pontos em figuras compostas por várias linhas, com um ou dois pontos cada uma. A partir destas figuras interpreta-se o destino do cliente, segundo critérios astrológicos.
A Magia dos Números
O facto de o treze (13) se considerar o número do Azar, tem profundas raízes na tradição das crenças populares. Em muitas culturas antigas, o doze (12) era considerado o número da plenitude - dado que o ano natural é composto por doze (12) ciclos lunares.
A Religião Hebraica acrescentou-lhe novos significados com as doze (12) Tribos de Israel, cujos fundadores foram os doze (12) Filhos de Jacob.
Para os Judeus, o doze (12) simboliza a integridade do Povo de Israel e, é um número sagrado. Também para os Cristãos é sagrado e não foi em vão que, Jesus Cristo, escolheu doze (12) Apóstolos!
Se o doze (12) representa a Totalidade, o Treze (13) não pode ser outra coisa senão um problema.
Efectivamente, este número simboliza o Azar na crença popular. Ninguém convida treze (13) hóspedes; num qualquer Hotel, nunca se pede o quarto número treze (13) pois, as pessoas evitam qualquer relação com este número tanto nos aviões como nos comboios ou outra circunstância similar. E, muitas vezes chama-se mesmo a este número treze (13), a «dúzia do Diabo»!...
No influente livro« De occulta philosophia» (1533) que Agrippa von Nettesheim escreveu sobre a Magia dos Números, chamado «As Medidas do Corpo Humano», o treze (13) do Azar, não se encontra representado. Que mistérios encerra então este número...? De Deus ou do Diabo...?
Incongruente e interessante também será de registar que, foi precisamente num belo dia treze (13) de Maio que a hipotética Nossa Senhora de Fátima - ou séria projecção estelar - se terá feito consagrar sob uma azinheira e, em solo português, de uma Europa ainda não totalmente unida na época. 13 de Maio e depois 13 de Outubro de 1917 e, como tantos o sabem, na certeira devoção de crentes, entendidos e mesmo curiosos na matéria numerológica de que, algo de muito simbólico e extraordinário se acopla a este número. Se assim não fosse, não teria sido tão demarcado e tão veementemente assinalado pela dita Aparição da Virgem, que o já terá repercutido nesse mesmo dia e, por outras paragens terrestres.
Poder-se-à então clamar este número ser do...Diabo...? Ou antes, de um Deus maior que nos abençoou em mensagem e em consideração de nossos destinos e nossa condição humana? Seja o que for, determinante já é também o sentirmo-nos confiantes neste número treze (13), e não o oposto. Se Jesus Cristo possuía então já doze (12) Apóstolos em seu redor, não seria Este - O filho do Pai - o seu existencial número treze (13)?
Pensemos nisto. Com alguma reverência e certa introspecção pelo tanto - ou pelo muito - que ainda desconhecemos em cultura e génese planetárias de uma edificação cósmica à volta de uma imponente numerologia, geometria e complexa matemática, há que tal considerar. E que, muitos de nós nem em sonhos imaginamos existir ou conceptualizar em mente mais elaborada. O que se acredita e espera também que, aí e de futuro, se nos faça luz sobre essa tão premente e sã Magia Numérica que o ser humano possui em si mas não conhece ainda na totalidade do mundo; do seu ou de outros mundos a adquirir, a admitir, a conceber na existência devida!
Assim sendo, pois que a Humanidade em número, essência e mesmo em genética o possa desvendar...a bem de toda a sua própria essência no ser humano individual e global que é! E que para sempre assim o seja!
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