Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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quarta-feira, 13 de agosto de 2014
A Cartomancia
Cartas do Tarô de Marselha - «Tarot de Marseille» (1º Figura) - Carta XIII - A Morte no Tarô (2º Figura)
Que adivinhação é esta que, sugestiona nas pessoas que a ela recorrem, um auxílio efectivo nas suas vidas quotidianas? Que poder interpretativo e de existencial simbolismo se revertem estas cartas, para que muitos as sigam em conselho e benefício de um maior conhecimento humano? Haverá de facto uma certa reiteração psicológica que acaba inevitavelmente por encaminhar a pessoa no seu actual estado anímico?
Tarô - O Segredo das Cartas
Reza uma lenda que , há muitos milhares de anos, os sacerdotes Egípcios começaram a discutir qual seria a melhor maneira de preservar a sua Ciência Secreta. Acabaram por concordar que a única coisa que parece ser imperecível no mundo é o vício humano. Em consequência. desenhou-se a sabedoria dos sacerdotes em cartas de jogo, acessíveis a todo o povo.
Apesar de os não-iniciados não saberem o conteúdo daquilo com que se divertiam, o facto é que as doutrinas dos antigos se transmitiram assim até aos nossos dias.
O jogo de cartas em questão é o Tarô, que os esotéricos usam para interpretar as potencialidades de vida do ser humano. No entanto, a sua origem Egípcia ainda não foi provada historicamente.
O Tarô
Mas o que está provado é que, em meados do século XV, o artista Bonifacio Bempo pintou para a família nobre dos Visconti, de Milão, um baralho de cartas sem símbolos nem números. Trata-se do baralho italiano clássico chamado «Tarocchi».
Durante muitos anos o Tarocchi não passou de um jogo de sociedade. Mas, quando no século XVIII se difundiu o rumor de que o popular baralho continha a sabedoria codificada dos sacerdotes Egípcios, começou a considerar-se o Tarô, que é o seu nome actual, um meio de adivinhação. Com o passar do tempo, as várias cartas começaram a representar determinadas ideias e, características.
Os Arcanos Menores
O Tarô é composto por 78 cartas: 40 numéricas e 16 figuras, chamadas Arcanos menores (em Latim, Arcanum significa Segredo), e 22 cartas, os Arcanos maiores, que representam arquétipos como o Mago, o Grande Sacerdote, a Morte e o Diabo.
Emana destas últimas um poder mágico especial. De acordo com o Esoterismo, as cores das cartas numéricas e, as figuras, reflectem os 4 elementos: Terra, Fogo, Ar e Água; e portanto, as energias e o potencial espiritual. A Terra corresponde ao realismo e o Fogo, à irritabilidade e temeridade.
As figuras representam várias personagens, que são dominadas pelos elementos que lhes estão associados.
Por exemplo, o Rei no elemento-Água, combina a profundidade com responsabilidade.
Os Arcanos Maiores
O núcleo do Tarô são as complexas imagens simbólicas dos 22 Arcanos maiores. Quando se deitam cartas, usam-se muitas vezes apenas estes Arcanos maiores.
Entre as imagens simbólicas mais conhecidas estão, por exemplo, o «Bobo» (ou Truão), os «Amantes», a «Roda da Fortuna», o «Enforcado» ou a «Torre».
As cartas, numeradas de 0 a 21, representam a ordem da evolução do ser humano, que começa pelo «Bobo» (ou Truão) e acaba com o «Mundo» - que une todas as figuras precedentes e assim completa todo um processo de desenvolvimento humano.
A Cartomancia
Na técnica divinatória da Cartomancia, a arte de deitar cartas, estas são dispostas de acordo com determinadas regras. O simbolismo das cartas e a sua disposição interpretam-se conforme a situação do cliente. As cartas do Tarô dispõem-se segundo diversos sistemas. A posição de cada carta simboliza o seu nível hierárquico na personalidade do cliente. Visto que, os Cartomantes com experiência não só sabem interpretar o simbolismo das cartas como também averiguar - com base em perguntas hábeis e um olhar observador - os desejos dos seus clientes, as sessões de Tarô degeneram muitas vezes em adivinhação efectiva, em lugar de proporcionarem uma ajuda para a vida, que é a sua verdadeira finalidade.
Ajuda Psicológica
O manejo do Tarô pode dar bastantes frutos na área da ajuda psicológica. Se, por exemplo, pedirmos a uma pessoa que procura ajuda na Psicoterapia ou junto de um Cartomante que escolha as cartas que quiser e que faça associações livres ou as interprete, os resultados podem fazer luz sobre o seu estado anímico.
Que efeito produzem cartas do Arcano maior como a «Morte», o «Diabo» ou o «Bobo» (Truão)?
Como podemos entender a combinação do «Amante» com o «Enforcado»? O amor ter-se-à extinguido ou foi só uma coisa que correu mal temporariamente?
O Mago mais importante do século XX foi, sem dúvida, Aleister Crowley (1875-1947). Para além de realizar numerosos estudos por todo o mundo, especialmente na área da Magia Negra, da Religião e do Espiritismo, Crowley também fundou várias ordens e, sociedades. Criou uma rede mundial de seguidores que soube atrair com as suas artes mágicas. Também concebeu o Tarô Crowley Toth - um baralho de Tarô de 78 cartas, ilustrado por Frieda Harris.
A origem das cartas do Tarô - e sobretudo o dos 22 trunfos - entre os quais se encontra a «Morte», é atribuída a uma antiga enciclopédia ilustrada italiana, intitulada Naibis (daí a palavra «naipe»).
O Orbus Pictus (que em Latim significa, «Mundo pintado») usava-se no século XIV em Veneza para ensinar os jovens. Numerosos pintores, ao longo dos séculos, criaram as suas obras de arte baseando-se no Mundo do Tarô.
Pelo mundo inteiro muitas pessoas acorrem então a estas consultas de mera adivinhação ou crença popular de futuros a pré-anunciar. Seja ou não rigorosa esta consulta de Tarologia, Taromancia ou o que lhe queiram chamar, o certo é que cada vez mais vai tendo fãs e, admiração geral, sobre estes ditames das cartas na Cartomancia - generalizada também - a muitos sectores da sociedade que procuram nestas, identidades ou resoluções imediatas para os seus problemas. E isso, é algo que não sabemos ainda se haverá concordância ou não. Factos que possam prevenir, precaver, sugestionar, incidir ou apenas aconselhar, será efectivamente positivo e não retrógrado, no sentido de se estar a acreditar em crendices ou bruxarias...nada disso, acreditamos também. Somente, uma mais perspectiva de vida baseada em ancestrais conhecimentos que, como aqui já foi referido, teve a sua proveniência a partir dos sacerdotes Egípcios. Como tal, só há que instaurar nestes antigos conhecimentos, uns mais no futuro que todos aguardamos em maior e melhor augúrios pessoais e, gerais, seja em nós...seja sobre o planeta. Tudo conectado como já se sabe, haverá agora que reiterar alguma sabedoria sobre o ser humano nesse seu próprio planeta em algo que a Terra nos dita...consolidar connosco. A bem dessa interacção adivinhatória e de comum consenso, assim possa continuar a ser! A bem da Humanidade!
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