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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A Informação Telepática


Ilustração referente a Sonhos - de Informação e Transmissão Telepáticas

Poderão as imagens transmitidas - nas impressões paranormais que se experimentam durante o sono - captar a veracidade concreta de acontecimentos passados e mesmo locais, especificando-os, revelando essa autenticidade através da mente? E que capacidade cerebral é esta que, em sono e sonho apresentados, registando-se actividade - «fase REM» - se reproduzem esses sonhos na sua quase totalidade?

Telepatia e Clarividência
Uma mulher profundamente concentrada murmura: «Ruído de armas, sensação de força, luta, de objectos afiados que golpeiam e cortam, e atrás muitas grades.» Outra diz: «O Sol de Waterloo, um campo de batalha, espada, fuzis, cavalos mortos - uma ideia de morte. Pequenos montes na neve, uma paisagem de branco sobre branco com pontos negros (pessoas?).»
Ambas as mulheres participaram numa experiência de Telepatia, conduzida por René Warcollier (1881-1962), na qual tentaram captar os pensamentos deste último sem qualquer ajuda exterior.
De facto, o químico francês (que em 1906, movido por um puro interesse nas questões da Parapsicologia, iniciara uma série de experiências telepáticas) concentrara-se numa imagem de um grupo de soldados da Primeira Guerra Mundial e pensara nas trincheiras, no arame farpado e na árida paisagem calcária da fotografia.

A Informação Telepática
Numa transmissão telepática, um receptor com capacidades paranormais recebe informação telepática de um emissor, neste caso de Warcollier, que transmitiu as impressões causadas por uma fotografia.
Não é necessário que o emissor seja dotado de aptidões especiais: a única coisa que tem de fazer é concentrar-se atentamente nos seus modelos. Um dos aspectos que chamaram a atenção de Warcollier nas suas experiências foi que, a Informação telepática, chega muitas vezes ao receptor de forma fragmentada e que este a apercebe na forma de silhuetas esquemáticas - envoltas numa espécie de névoa.
Mais do que fazer associações, o receptor deve, por isso, fixar-se apenas na estrutura do que vê (por exemplo, liso, largo, pontiagudo, áspero). Dando liberdade à sua mente, este tende a formar uma totalidade já conhecida a partir dos novos fragmentos. Mas, no caso da Telepatia, esta pode ser totalmente falsa.

A Telepatia na Prática
Eis um exemplo: um receptor descreve as suas impressões falando de «uma forma vertical comprida, com contornos definidos que, confluem para cima, formando uma ponta - de cor clara».
A imagem transmitida é um foguetão na rampa de lançamento e, neste caso, a descrição acerta em cheio!
Se, no entanto, o receptor não descrevesse apenas a estrutura que vê, mas também entrasse em linha de conta com as suas associações, poderia achar - erradamente - que tinha à frente a imagem de «um campanário». As estruturas apercebem-se correctamente, mas o significado é muitas vezes mal interpretado.
Upton Sinclair (1878-1968), um escritor norte-americano com uma grande vertente de crítica social, que em 1930 escreveu sobre os seus estudos de Telepatia na obra «Mental Radio», menciona problemas semelhantes de percepção na prática telepática.
vejamos alguns exemplos: a sua esposa Graig, descreveu com precisão as linhas esquemáticas de uma enxada, mas associou as linhas e as formas aos componentes de uns óculos. De uma Rena percebeu a forma das hastes, mas pensou tratar-se da folha de uma palmeira.
Sinclair descobriu, além disso, que é mais fácil transmitir telepaticamente imagens concretas do que conceitos abstractos.

Telepatia Onírica Experimental
A maioria das impressões paranormais experimenta-se durante o sono. No Laboratório do Sonho do Maimonides Medical Center de Nova Iorque começou-se, a partir de 1965, a influenciar os sonhos dos sujeitos experimentais por via telepática em condições controladas.
Durante muitos anos, a equipa formada pelo doutor Montague Ullman, pelo doutor Stanley Krippner e por Charles Honorton obteve resultados impressionantes.
Eis o relato de um sonho: «Íamos todos ser sacrificados ou assim, julgo que por motivos políticos (...) tínhamos dito que éramos deuses (...).»
O sujeito experimental sonhara com uma cena de um sacrifício humano de carácter religioso. Na noite em que teve este sonho,o emissor telepático estava encarregado de retirar de uma caixa uma pequena cruz de madeira, uma imagem de Jesus Cristo, alguns pregos e um marcador vermelho. Na folha de instruções podia ler-se: «Pregue Jesus Cristo à cruz com os pregos. Pinte o sangue no seu corpo com o marcador.»

Clarividência
Ao contrário da Telepatia, a Clarividência é um processo objectivo percebido por via extra-sensorial e, do qual ninguém tem conhecimento.
Normalmente, não é possível distinguir entre ambas as manifestações: o mais fácil é separá-las artificialmente em experiências de laboratório, pois assim pode determinar-se se ouve ou não um emissor que enviou a informação.
Houve muitos clarividentes que deixaram os cientistas espantados, à margem da experimentação. Um deles foi o holandês Gerard Croiset, que, em Agosto de 1953, pôs as suas capacidades à disposição dos polícias que investigavam o desaparecimento de um menino de 10 anos em Velsen (Holanda).
Croiset disse que a criança se afogara e que via um pequeno porto, uma jangada e um pequeno barco à vela. O clarividente pensava que o menino estivera a brincar na jangada, que escorregara e batera com o lado esquerdo da cabeça no barco e que, se afogara ao desmaiar.
Seguindo as indicações de Croiset, a polícia encontrou o corpo, que, de facto, tinha um ferimento no lado esquerdo da cabeça. houve ainda outro caso que causou sensação fora dos laboratórios.

Guardados para a Posteridade
Dante Alighieri morreu a 14 de Setembro de 1321, deixando para a posteridade os mais conhecidos poemas escritos em italiano. Durante muito tempo, pensou-se que os manuscritos originais da sua obra se tinham perdido.
Em 1964, ao ver umas fotografias da Biblioteca de Treviso, o clarividente austríaco Karl Zwirchmaier apontou uma parede atrás da qual afirmou haver uma sala desconhecida. Com uma precisão milimétrica, descreveu o local em que, segundo ele, se encontraria um manuscrito. De facto, descobriu-se precisamente no sítio indicado, uma folha de pergaminho que os peritos identificaram - sem dúvidas - como sendo de Dante. Os cépticos trataram logo de dizer que provavelmente foi uma coincidência. Ou seria que, algum misterioso emissor desconhecido, conhecia o segredo do manuscrito de Dante?
Zwirchmaier seria um receptor involuntário, e não um clarividente? Teria sido Telepatia?...
Os parapsicólogos não precisam de provas experimentais para perceber que se tratou de Clarividência! Estes acontecimentos e outros semelhantes causam sempre grande assombro e muita controvérsia.

O Caçador de Tesouros Clarividente
Em 1984, o parapsicólogo alemão Elmar R. Gruber partiu para as Filipinas, acompanhando o clarividente Umberto di Grazia e, o rabdomante Hans Schuck, que iam procurar um tesouro escondido desde a Segunda Guerra Mundial. O tesouro não foi encontrado, apesar de se vasculharem zonas inteiras de selva durante semanas e, de se realizarem numerosas perfurações do solo.
Di Grazia descreveu numa ocasião a visão das ruínas de uma antiga fortaleza espanhola nas Filipinas e, estas foram de facto encontradas, no local onde havia uma lenda sobre um tesouro escondido pelos piratas. Ou seja, Di Grazia não encontrou o ouro da Segunda Guerra Mundial, mas descobriu um sítio associado a outro tesouro. Estes «desvios» da informação paranormal para objectivos parecidos ocorrem com frequência.

A Base da Telepatia Onírica
Durante o sono, pode-se estar telepaticamente activo. As fases do sono em que se produzem sonhos, caracterizam-se por uma determinada actividade eléctrica do cérebro e, movimentos rápidos dos olhos.
Os eléctrodos dos sujeitos experimentais medem estas actividades.
Quando se desperta uma pessoa na «fase REM» do sono «Rapid Eye Movement» (Movimento Rápido dos Olhos), esta lembra-se quase sempre do que sonhou - o que não acontece se for acordada noutra fase.
Ao longo de uma noite, as fases REM dão-se quatro ou cinco vezes. A sua duração, ao princípio de cerca de 20 a 25 minutos, é cada vez maior. Graças a esta descoberta, é possível acordar um sujeito imediatamente após uma destas fases e, recolher deste modo relatos quase completos, dos sonhos que teve.
Logo que o aparelho regista o início de uma fase REM, um «emissor» que se encontra noutra divisão, começa a concentrar-se numa imagem escolhida à sorte. Ao acabar a fase REM, acorda-se o sujeito.
Os sonhos que este relata coincidem - muitas vezes - espantosamente, com a imagem que se pretendeu transmitir telepaticamente.

O parapsicólogo norte-americano Joseph Rhine realizou, na década de 1930, numerosos estudos relacionados com a Telepatia e a Clarividência. As suas experiências com dados e cartas são consideradas pioneiras nesta área. No Maimonides Medical Center de Nova Iorque continuam a realizar-se experiências telepáticas com base no uso de eléctrodos que, se colocam nos sujeitos em experimentação com extremo cuidado para o caso de o sono ser agitado.
Quanto ao clarividente Umberto di Grazia pouco se sabe na actualidade se, terá ou não continuado essas suas investidas pelo solo - nas Filipinas - em percussão do que incute em si, nesse seu poder sensitivo. O que se sabe é que há muitos países que a si recorrem e, à sua prestação, em auxílio e ajuda nas investigações que estes requerem - sob alçada policial ou mesmo investigação criminal.
Assim sendo, que haja muito sucesso por parte de todos - Telepatas e Clarividentes - na busca e resolução de tantos casos que, por vezes, são autênticos mistérios e indissolúveis anátemas, tão complexos ou difíceis de resolver e trazer à luz do dia. Daí que, por todos e em todos na Humanidade que se quer e deseja mais coesa e forte - em todas estas técnicas da mente ou verdadeira informação telepática e clarividente - que assim possa eventualmente continuar a ser! E sempre, mas sempre...a bem da Humanidade!

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