Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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domingo, 15 de novembro de 2015
A Ti, França!
Bandeira da República Francesa
Luz e Trevas:
« Todas as coisas tiveram origem na raiz-de-fogo, como um duplo nascimento, na Luz e nas Trevas.»
«No Mundo, o amor e o ódio interpenetram-se em todas as criaturas, e o Homem tem dentro de si os dois centros. Cada Homem é livre e assemelha-se ao seu próprio Deus, e em vida pode transformar-se em Ira ou em Luz.»
- J. Böhme, Theosophische, 1682 -
Quando se derrama o sangue de inocentes, poucas são as palavras ditas - difíceis, inúteis ou mesmo nulas (ainda que sentidas) - por todos nós. E, por tudo o que se viveu ou padeceu ante uma fuga impossível. Não há palavras sequer! Não há sentimento que tudo o possa expressar em condolências, piedade, sofrimento ou solidariedade do mundo inteiro. A França está ferida; o coração da Europa outrora (e sempre!) a maior e mais brilhante fonte de luz e vida, perece mortalmente estanque, sob corpos, sob vidas que outrora foram cor, luz, matéria, energia e... esperança. O coração foi ferido sim, mas não arrancado. Não o permitimos!
A Terra da Liberdade, da Fraternidade e da Igualdade, será sempre a Fonte de Todas as receitas para a luz divina que brilha em todos nós. Em França, e no resto do Mundo!
Jamais o mais negro fantasma das trevas poderá matar essa corrente de alegria e energia que exulta da Humanidade (por muito que parte dela nos envergonhe por seguir tão maus caminhos...) mas vamos em frente: somos patriotas, somos seres sensíveis, somos seres humanos. E, por muito que a devassa humilhação nos aflija de ver que nem todos somos de paz, haverá sempre que lutar por quem faz da guerra, do terrorismo e, da cobardia, os seus maiores aliados em confraria maldita de um «Deus» que o não é! Ah, e como este se flagelaria ao ver o seu nome tão digladiado e tão endemoninhado assim por tantos. Esses outros - os malditos e não nós - que até fomos apelidados (um dia) de infiéis...
A França chora; o Mundo todo também. Mas vamos ser fortes, vamos ser ágeis, corajosos e até inteligentes. Não quebraremos, não nos esconderemos e muito menos nos consideraremos servis perante tanta malograda azáfama libertina e, traiçoeira, de quem faz das armas o seu poderio maior. Vamos ser orgulhosos de nós. Vamos fazer-lhes frente: vamos continuar a acreditar que não vencerão, que não cimentarão os seus ódios, as suas punições, as suas excrescências ideológicas que mais não são do que fel destilado sobre sangue derramado, sobre vidas ceifadas, sobre uma Humanidade que não merece ser conotada com a excepção ou sobre esta peçonhenta e vil maldição. Vamos ser bravos. Vamos ser a civilização que sempre fomos e que nos fizemos pertencer além os tempos, além todas as guerras, todas as lutas ou tempos de ominosas trevas - que não de luz - e ser o que sempre nos orgulhámos de ser: a Humanidade que chora mas também sorri! A que também desperta, inaugura e floresce (se não das cinzas), destas tão magoadas manhãs de solidão e lágrimas por não termos ao lado quem mais amamos, mas jamais esqueceremos... Nunca!
Em Memória de Todos os que faleceram. Em Homenagem de Todos os que sobreviveram e, acima de tudo, a minha mais sentida consideração, respeito, solidariedade, emoção - e esperança - sobre todos os que ainda hão-de reconhecer que a Vida é sempre bem mais generosa e, mesmo caridosa, além todo o sofrimento, toda a dor acometida. E, para os outros, um pouco de luz - que não as continuadas trevas - essas mesmas trevas dessa não-consciência ou abrupta e hedionda vicissitude humana que os faz leviana e estupidamente consagrar na morte, o benefício das suas parcas vidas.
Por Todos os que Amámos e aqui perdemos (nesta e noutras guerras sem rosto) as minhas sinceras condolências. O Mal não passará; as Trevas também não! Deus é o nosso guia, o nosso anjo maior, o nosso mestre Acima de Todas as Coisas (mesmo para os não crentes). Deus nunca nos deixa rezar sozinhos, pois quando olhamos as estrelas... vêmo-Lo a orar com quem mais amamos e um dia perdemos cá na Terra... mas nos aguardam lá do Alto!
- A Ti, França! -
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