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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A Génese da Vida II (Explosão de Vida)


Fundo do Mar (Cancun - México)

Visualizar a miríade de organismos marinhos no fundo do mar, é o mesmo que entrar num mundo de fantasia, alegria e cor. Muito poucos o conseguem sentir (mergulhadores desportivos ou profissionais e pesquisadores dessa tão maravilhosa investigação científica submarina), no que revelam ao mundo do que terá sido a origem da Terra. Todavia, ninguém tem a resposta para a (ainda) grande questão do surgimento desses organismos multicelulares. Insta-se então: que interruptor, botão ou clique magnânimo terá sido este em ocorrência, fenómeno e explosão de vida que se pontuou na Terra???

Um dos grandes debates da Paleontologia é saber (e chegar a uma mais concludente prova), a forma como os sistemas genéticos se tornaram mais complexos e mais fixos, tornando-se assim mais resistentes às mudanças ou com menos potencial para essas tais mudanças radicais. Contudo, analisando-se que contenham menos variação (sobre a qual a selecção natural actua) admite-se que estes animais modernos se tenham especializado e, reorganizado, em novas pressões selectivas. O mesmo se poderia reverter em inferência e injunção (mas de ordem estelar que não terrestre) no Homem - ou será isto demagogia e especulação?

Sabe-se que, quanto mais complexo for o Animal ou a Planta, tanto mais complexa é a coordenação da sua actividade genética. Se reportarmos isto ao ser humano, reconheceremos que também este terá havido uma urgente mutação ou transformação a todos os níveis: físico, mental e cognitivo. O que ainda explana mais o sentido lato da complexidade dos organismos... apesar disso (e uma vez que se está a falar de organismos multicelulares e muito anteriores à existência humana) será que estes sofreram essa mesma interferência e prejudicial nocividade das erupções solares que entretanto implodiam na Terra? Terá sido por esse motivo que tantos organismos foram sendo destruídos, além a denominada «explosão câmbrica» em premente oscilação de subida e descida dos mares? Que outros factores internos ou externos à Terra se terão verificado para que hoje só tenhamos uma mera e fugidia imagem de tantos e tantos organismos entretanto desaparecidos do planeta? Haverá explicação científica para isso? Sabê-lo-emos com toda a certeza algum dia...???


Vários organismos marinhos (algas, anémonas, vermes, esponjas, conchas)

Explosão de Vida
Demorou talvez 2500 milhões de anos para que as Células Eucarióticas evoluíssem a partir das primeiras Células Procarióticas e depois mais 700 milhões de anos até surgirem os primeiros animais multicelulares. Ninguém sabe ao certo como surgiram os Organismos Multicelulares, mas podemos seguir algumas pistas a partir dos organismos vivos hoje existentes.

As Algas - e muitos outros organismos mais simples - formam novas células por Mitose. Em muitas algas, essas células não se separam, dando assim origem a longas cadeias, placas ou colónias esféricas de células. No seio destas colónias, algumas células podem especializar-se em determinadas funções, como a Reprodução.

As Esponjas constituem um caso particular. Normalmente uma Esponja funciona como um animal multicelular único, no qual diferentes grupos de células possuem diferentes funções. Mas, se a Esponja se danificar, as células componentes são capazes de se reorganizar numa nova esponja de forma notavelmente rápida, formando câmaras e canais ramificados. Este tipo de acontecimentos constitui uma parte normal do ciclo de vida dos Fungos Mixomicetas, que regularmente passam parte das suas vidas como células independentes e parte como um único organismo coordenado composto de milhões de células individuais.


Mixomicetas (organismo composto de milhões de células individuais)

Seres Multicelulares
Os Mixomicetas contam-se entre as primeiras formas de vida no planeta Terra. Muitos são capazes de viver separadamente, mas alguns encontram-se reunidos numa bolha colorida que responde à presença de substâncias químicas e à luz.
Quando os Mixomicetas se reproduzem, as células individuais - semelhantes a Amibas - produzem uma substância química que os atrai para os outros. Agrupam-se, então, formando um corpo que consiste num caule alto com uma camada exterior protectora rígida que suporta um saco com esporos.

A Grande Vantagem de ser Multicelular, é que as células individuais podem especializar-se numa função particular, como a Digestão, a Locomoção ou a Reprodução, desenvolvendo assim adaptações que seriam impossíveis se a célula tivesse de desempenhar todas as restantes funções corporais ao mesmo tempo. O resultado é um organismo mais eficiente, assim como, a possibilidade de uma grande variedade de formas de corpo e de modos de vida.

Os Animais ou Seres Multicelulares requerem uma partição da actividade genética entre diferentes partes do corpo: diferentes genes são activados nas diferentes células e tecidos, muitas vezes em resposta a sinais (eles próprios produtos da actividade dos genes) provenientes de células situadas noutras partes do corpo.
Quanto mais Complexo for o Animal - ou a Planta - tanto mais complexa é a coordenação da sua actividade genética!
Como os tecidos moles não fossilizam facilmente, há muito poucos registos dos primeiros seres vivos multicelulares... o que se lamenta, obviamente.


Um verdadeiro Oásis no fundo do Mar... e no mais profundo dos Oceanos...

Vestígios Ancestrais
Vestígios de Animais semelhantes a Vermes - e impressões e traços de outros - foram descobertos em rochas com mais de 700 milhões de anos de idade.
Em Rochas das Colinas de Ediacara, na Austrália, com cerca de 640 milhões de anos, acharam-se muitos fósseis de corpo mole. Incluem pelo menos 30 géneros de restos fósseis - incluindo Vermes, Penátulas, Equinodermes primitivos, Medusas e outros seres vivos - assim como marcas deixadas talvez por Artrópodes primitivos...

A Maioria dos grandes grupos de Animais Modernos começou a surgir 100 milhões de anos mais tarde, no início do Câmbrico.
Estas Novas Formas de Vida incluíam animais com conchas, principalmente de carbonato de cálcio (calcário). Com a Evolução dos Esqueletos Rígidos, tornaram-se então possíveis os membros articulados, permitindo assim novas formas de deslocação, que, em conjugação com partes bucais articuladas, permitiram aos Animais capturar as presas de modos diferentes.

As Conchas não se podiam ter formado nas formas de vida marinhas anteriores, porque a deposição de carbonato de cálcio, a partir dos sais de cálcio e do dióxido de carbono dissolvidos nos Oceanos, requer a presença de oxigénio. Talvez tenha sido esta a primeira vez em que, tenha de facto havido oxigénio suficiente na Atmosfera, para que a formação de Conchas fosse então possível...
Sabe-se que havia também quantidades consideráveis de cálcio nos Oceanos, na medida em que novos predadores começaram a atacar recifes antigos.
Este Grande Surto Evolutivo, por vezes denominado de «Explosão Câmbrica» foi, talvez (ou em parte), o resultado de pressões selectivas flutuantes. Ao longo de todo o Câmbrico, os níveis do mar subiram e desceram, destruindo e criando habitats.


Fóssil de Verme (Foto pertencente à Universidade de Toronto, no Canadá)

Explosão Câmbrica
A Presença de muitas formas novas de Vida Animal deu origem a novas pressões selectivas. O que é particularmente surpreendente é a vasta gama de planos e simetrias de corpo que se encontra nos Animais Câmbricos - muito maior do que a actual!
É como se os Sistemas Genéticos se tivessem tornado muito mais complexos e mais fixos, com menos potencial para mudanças radicais. Ou talvez os Animais Modernos sejam mais especializados e contenham portanto Menos Variação, sobra a qual a Selecção Natural possa actuar. Este, é ainda hoje um dos grandes debates da Paleontologia...

O Xisto de Burgess, nas Montanhas Rochosas do Canadá, possui a melhor colecção de fósseis do início do Câmbrico, de há cerca de 550 milhões de anos, pouco depois do grande surto evolutivo designado por «Explosão Câmbrica».
Estes Animais viviam em bancos de lodo dos baixios que flanqueavam os recifes. Muitos Grupos Modernos podem ser hoje identificáveis deste modo:

Anémonas-do-Mar (Mackensia); Esponjas como «Vauxia» e «Chancelloria»; «Odontogriphus» (estes, semelhantes a vermes, cuja boca estava rodeada de tentáculos): «Ottoia» - um verme que vivia em tocas; «Aysheaia» (um verme aveludado); muitos Artrópodes... incluindo «Marrella»; «Odoraia» (que estava encerrada em duas conchas tipo-valva e tinha uma cauda trifurcada), e o enorme predador «Sanctacaris»; «Pikaia», um pequeno cordato semelhante a um peixe (talvez o mais antigo ancestral conhecido) no mundo dos vertebrados. «Dinomischus, Nectocaris, Opabinia e Hallucigenia eram todos eles muito diferentes de qualquer ser vivo actual.


Fóssil Formicium giganteum (espécie extinta que viveu durante o Eoceno há 44/49 milhões de anos)

Simbiose/Evolução das formas de vida...
À semelhança do que aconteceu na evolução da célula eucariótica, a Simbiose desempenhou um papel importante na Evolução de Formas de Vida Multicelulares.
Corpos Animais Grandes podem formar-se pela fusão ou cooperação de corpos mais pequenos. Os Corais construtores de Recifes, por exemplo, são animais de corpo mole, bastante semelhantes às Anémonas-do-Mar, que segregam um esqueleto semelhante a uma taça, composto de carboneto de cálcio. Os novos seres são produzidos são então produzidos por Gemulação, mas mantêm-se ligados aos seus progenitores por uma Conexão Citoplásmica.

Com o tempo, foram formando-se grandes colónias: a Grande Barreira de Recife é tão grande que chega a ser visível da Lua!
O Recife deve a sua existência (em parte), a Algas Microscópicas instaladas nos tecidos dos corais. A sua presença acelera grandemente a deposição de esqueletos calcários por parte dos corais. Por outro lado, as Algas Fotossintéticas libertam oxigénio, que é assim usado pelos Animais Hospedeiros para a respiração; os Metabolitos também são permutados.
Este tipo de relação está muito difundido: as cores brilhantes de muitos Corais e Hidras, assim como os mantos de bivalves gigantes, devem-se a essas minúsculas algas com que estabeleceram pareceria.


Caravela-portuguesa/Physalia-physalis (Foto tirada em Portugal)

A Caravela-portuguesa
A Caravela-portuguesa ou «barco-de-guerra-português» (assim designada por semelhança evidente com as quinhentistas naus portuguesas), é composta por vários pólipos individuais tentaculiformes especializados em várias funções: captura de presas, digestão, reprodução, etc.
O Grande Flutuador apresenta-se como um único ser ou indivíduo. No entanto, estes pólipos nunca se encontram separadamente; a Caravela-portuguesa existe ou em colónia ou como um animal multicelular simples!

A Caravela-portuguesa determina-se não como um único organismo pluricelular, mas como uma colónia de pequenos indivíduos - ou seres individuais - denominados de: Zooides.
Estes Zooides estão ligados uns aos outros não podendo viver de forma independente. Ostentando uma inebriante cor azul e possuindo tentáculos cheios de células urticantes, tem por hábito aparecer nas águas tropicais ou de regiões mais quentes dos nossos mares e oceanos.
Esta espécie marinha não se move, flutuando lascivamente à superfície das águas, sendo empurrada pelo vento e, mantendo desta forma os seus tentáculos soltos mais abaixo com o objectivo e, finalidade, de capturar peixes para a sua alimentação.

Os Seus Tentáculos podem chegar a medir 20 metros (o que em termos actuais é de uma dimensão atroz, no que estes seres evidenciam em sobrevivência, subsistindo longe dos olhares humanos no Alto-mar), medindo em média cada exemplar cerca de 30 centímetros.
Não se definindo como uma Medusa ou mesmo como uma Alforreca (pois pertence ao grupo dos Cnidários), imbui-se na colónia que determina os quatro tipos de pólipos. São eles:
1 - Pneumatóforo (transformado numa vesícula de ar)
2 - Domonoctozoóides (que formam os tentáculos)
3 - Gastrozoóides (que formam os estômagos da colónia)
4 - Gonozoóides (que reproduzem os gâmetas para a reprodução)


Caravelas-portuguesas à superfície

Fertilização/Reprodução
Um exemplar desta Caravela-portuguesa é no fundo (ou na verdade) uma colónia de organismos unissexuais!
Cada um destes seres possui em si Gonozoóides específicos (órgãos sexuais - ou partes - do sexo masculino e feminino) destinados assim à reprodução.
Cada Gonozoóide é formado por Gonóforos (pequenas bolsas contendo exclusivamente ovários ou testículos), sendo classificados como: Dioécios, ou seja, os sexos são sempre separados entre exemplares macho ou fêmea.

A Fertilização da Physalia-physalis ocorre provavelmente no Alto-mar, pois os Gâmetas dos Gonozoóides são expelidos na água. Boa parte da Reprodução acontece no período de Outono, produzindo assim uma grande quantidade de exemplares jovens que são comummente avistados durante o Inverno e a Primavera.
A Fertilização pode acontecer próximo à superfície. As suas larvas desenvolvem-se então muito rapidamente, transformando-se em pequenas criaturas flutuantes. O facto específico que desencadeia este ciclo reprodutivo nestas épocas do ano é ainda desconhecido, contudo sabe-se que, têm por escolha prioritária nesse processo, o Oceano Atlântico.

A Caravela-portuguesa é assim muito importante para a cadeia alimentar de outras espécies, tais como as Tartarugas-marinhas que, alimentando-se destas, são imunes ao seu poderoso veneno. Algo que não se aplica aos humanos, pois se houver esse contacto (entre estes exemplares da caravela-portuguesa e o ser humano em contacto e contágio cutâneos, na pele portanto), o perigo é iminente! Não se aconselha a banhos ou a encontros furtivos com estes exemplares, pois quase de imediato os pruridos começam a instalar-se, provocando no ser humano incómodas queimaduras que irão até ao terceiro grau destas. Há que ter em conta os riscos associados também...

Nada mais a acrescentar que não seja, por muita beleza e fascínio que detenhamos sobre estas espécies, estes seres e estes belíssimos exemplares marinhos, há que mostrar precaução e, se for possível, a sublimação necessária para se compreender estes organismos.

Por muito que a Explosão Câmbrica determine e explique os motivos de grande parte das espécies marinhas terem desaparecido do planeta há milhares de anos, será que também não houve a eloquente e fatal penetração eruptiva solar que ajudou assim - liminar e factualmente - a que todas essas espécies se tivessem diluído da Terra? Sabe-se hoje dessa fatalidade, assim como dessa interferência maldita que a magnetosfera de então não terá escudado e protegido o nosso planeta; contudo, haverá sempre a suspeição ou a inquirição de estarmos perante uma eliminação e erradicação de várias espécies por... solicitação e cumprimento de uma qualquer agenda estelar (ou outras) que entretanto se radicalizaram também na Terra.

Suposição ou meras teorizações pontuais é só o que podemos alvitrar por ora. E quanto à Humanidade (que só muito depois deu o ar da sua graça terrena), talvez seja bom de reiterar o quanto esta nossa espécie se fez prevalecer... mesmo que para isso se tenha sujeitado (ou submetido) a outros forais desígnios cósmicos ou de um Deus que ninguém conhece... mas sente!

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