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segunda-feira, 2 de março de 2020

Pesadelo Global

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COVID-19, Cancro, Alterações Climáticas, Aquecimento Global e afins,consignam alguns dos nossos maiores pesadelos - humanos e planetários - na dimensão que lhes assiste em toda a proeminente fatalidade e letalidade. O alerta impõe-se e o testemunho reflecte-se, muito embora, nalguns casos, nada seja tão caótico como se pensara de início; ou talvez estejamos todos enganados e o pesadelo só agora começou...

O pânico apodera-se dos mais frágeis e a ignorância dos mais incautos, sendo que uns e outros, incluindo os mais atentos e conhecedores, vêm dar luz ao que há muito na escuridão estava de toda a verdade sobre o actual Pesadelo Global que se vive.

Estamos a anos-luz de distância de toda a verdade: da origem do ser humano e a dos planetas que nos rodeiam; por outros que distinguimos mas sabemos ser impossível conquistar ou colonizar.

Incrivelmente, reconhecemos passar-se essa mesma e identitária amplitude e circunstância com as anormalidades, deformidades ou doenças que ainda hoje nos atingem sem sabermos muito bem qual a patogenia e o reservatório havidos (como no caso do COVID-19) que tudo despoletam.

Somos sonhadores. Mas igualmente deficitários e perdulários, muitas vezes, sobre temáticas que não dominamos mas pensamos ter em parte controladas através do que a a opinião pública nos assertiva - sob a directiva também - das mais altas organizações mundiais que tudo nos aferem e, concedem, mas muito depois de certos actos e práticas consumadas. E as questões sobrepõem-se.

Informação ou alarmismo; divulgação ou fobismo sanitário e climático encarados ambos com a mesma excentricidade e por vezes leviandade com que são inicialmente estimados. No específico caso do COVID-19 - na última designação reiterada pela OMS referente ao novo coronavírus - que elevou no risco de contágio de Alto para Muito Alto (em 28 de Fevereiro do corrente ano), continua a presumir não se tratar de uma pandemia mas de um surto epidémico à escala global (?).

Ainda vivendo em pleno este surto (e susto!) de Pesadelo Global em que nos encontramos, surge-nos agora uma notícia algo amortecedora e de certa forma enternecedora de todos os nossos receios a nível climático:

A China mostrou uma redução muito significativa da poluição entre Janeiro e Fevereiro, segundo a revelação de imagens da NASA (Earth Observatory) expostas ao mundo, sobre o impressionante e por demais surpreendente Impacto Ambiental devido às restrinções impostas pelas autoridades chinesas, que fecharam fábricas e impediram a população de sair de casa como forma de quarentena e protecção sobre a não-proliferação ou disseminação do novo coronavírus.

Nem tudo vai mal no «Reino da Terra». Por ora, ainda que o COVID-19 nos traga o terramoto global sobre uma economia mundial já de si algo frágil ou inevitavelmente instável, que nos insta agora também a uma maior reflexão e, consideração, sobre todos os outros males do mundo; em particular, no que concerne ao peso mundial da China nos sectores económicos e na já incontestável hecatombe apresentada nesse domínio sobre todos os países.

Estamos assim a navegar sem rumo, sem bússola e sem norte, que nos traga uma solução viável para todo este pesadelo, para toda esta indubitável certeza de não haver certeza alguma sobre uma eficaz vacina que tudo estanque, não no mundo financeiro mas no biológico, incapacitando-nos assim para um mais próximo final feliz.

Sem alarmismos ou inversamente a poesia romântica de que haveremos de sobreviver sobre o pó intemporal dos que se foram, das cinzas dos que se espraiaram ou simplesmente das almas dos que ficaram, apenas me restar dizer: Coragem, que este pesadelo haveremos de derrubar!!!

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(Imagem: NASA Earth Observatory) - É observável, nas imagens que gentilmente a NASA cedeu ao mundo, a diminuição da poluição da China. Tendo havido a monitorização dos níveis de nitrogénio do ar, foi possível observar-se então esta mui significativa redução, sendo que há muito tal se não verificava pelos elevados índices de poluição nestas regiões chinesas.

Reduzir o «Pesadelo»
Não sei se este título será o mais conveniente, mas penso que há optimismo para o considerar. Ou seja, para se aplicar, ao que recentemente o Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados (IIASA) veio dizer ao mundo através de um seu estudo publicado na revista científica «Comunicações de Pesquisa Ambiental» (Environmental Research Communications) que determina que é possível alcançar um reduzido Aquecimento Global a curto prazo - visando o Metano - através da rápida implementação da tecnologia para assim impedir a sua libertação na atmosfera.

Se há razão para estarmos felizes pela recente redução da poluição na China (ainda que infelizes pela disseminação do novo coronavírus que mantém toda esta população refém nas suas casas, assim como um pouco por todo o mundo), há que enfatizar ainda mais os recentes estudos que são feitos em prol do meio ambiente e da eficaz redução dos gases de efeito de estufa, como por exemplo, o C02, NO2, CH4 e tantos outros tão nefastos à nossa saúde humana e à do planeta.

Segundo os especialistas - O Metano - é um gás que tem merecido mais as atenções no debate climático, pois sabe-se que este contribui para quase metade do Aquecimento Global causado pelo Homem no curto prazo.

(Recorde-se que o metano é um gás incolor em que a sua molécula é tetraédrica e apolar, de pouca solubilidade na água e que, quando adicionado ao ar, se verifica transformar-se numa mistura de alto teor inflamável, sendo também o mais simples dos hidrocarbonetos. Em Marte foi há pouco registado este gás, tendo-se depois evaporado sem explicação plausível... pelo menos por enquanto...)

Um novo estudo de seu título «Potenciais e Custos Técnicos para Reduzir as Emissões Globais de Metano Antropogénico no período de 2050 - resultados do modelo GAINS»
vem considerar agora que é possível contribuir significativamente para a Redução do Aquecimento Global por meio desta tecnologia apresentada.

De acordo com este novo estudo do IIASA, esta realidade poderá ser mesmo possível a curto prazo; isto, na utilização e implementação desta nova tecnologia que evitará assim a libertação de Metano para a Atmosfera.

Os Investigadores explicam-nos hoje de que isso poderá efectivamente atenuar alguns dos impactos de outra forma muito onerosos em face às Mudanças Climáticas/Alterações Climáticas que são esperadas nas próximas décadas com efeitos roçando o catastrófico.

Para Alcançar as Reduções que se desejam significativas nas Emissões de Metano causadas pelo Homem (reguladas e necessárias para se cumprir o «Acordo de Paris»), há que objectivamente ter um foco preciso. «No entanto, explicam-nos os estudiosos, precisamos saber exactamente onde e de quais fontes as emissões são emitidas, para que os formuladores de políticas possam começar a desenvolver estratégias para conter o Metano, assim como a sua contribuição para o Aquecimento Global.»

Em explicação mais pormenorizada, a autora do estudo Lena Höglund-Isaksson, diz-nos:

"Para desenvolver estratégias políticas para mitigar as Mudanças Climáticas através da redução das emissões globais de gases de efeito de estufa não-CO2 - como o Metano - precisamos de inventários detalhados das fontes e locais das actuais emissões humanas, criar cenários para desenvolvimentos esperados em futuras emissões, avaliar o potencial de redução de emissões futuras, e ainda, estimar os custos de redução de emissões. Neste estudo, analisámos as Emissões Globais de Metano, o seu potencial e os custos de redução técnica no período de 2050."

Na continuidade da explicação, os investigadores anuem então que «Usando o modelo IIASA Gases de Efeito de Estufa - Interacções e Sinergias de Poluição do Ar (GAINS) - eles, os investigadores do IIASA, esforçaram-se muito para descobrir até que ponto o inventário de baixo para cima dos GAINS das emissões de Metano no nível do país e do sector de origem entre 1990 e 2015, correspondia ou não às estimativas de cima para baixo da concentração global de Metano medida na Atmosfera.

«Além disso, há que acrescentar, eles queriam ver quanto Metano seria emitido globalmente até 2050, se não tomarmos outras medidas para reduzir as emissões.»

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O Planeta Terra em supervisão. Os satélites têm sido fundamentais na observação e análise de dados a cada dia mais exactos e específicos sobre o que se passa no globo terrestre em actividade plena, seja esta a nível meteorológico seja a nível sísmico ou vulcanológico.

Ciclones, furacões e demais ocorrências meteorológicas são visionadas, assim como os grandes incêndios que se estabelecem um pouco por todo o lado no mundo. As emissões de gases, observáveis na atmosfera, têm estimulado os cientistas a procurar soluções; neste particular caso, sobre as Emissões de Metano ejectadas para a atmosfera. Agora, usando uma poderosa tecnologia (auxiliada pelo inventário de metano, GAINS), os investigadores estão confiantes: Há que reduzir as emissões!

As Análises dos Autores
De acordo com os investigadores deste estudo do IIASA, os resultados mostraram que «Em nível global, o inventário de metano GAINS corresponde muito bem à estimativa de cima para baixo na contribuição das Emissões de Metano produzidas pelo Homem para a concentração atmosférica de Metano.

Uma Correspondência Razoável entre os orçamentos de baixo para cima e de cima para baixo - tanto nos níveis global quanto regional -  é muito importante para que se crie a confiança nos Inventários de baixo para cima, que são um dos pré-requisitos para que as estratégias políticas sejam percebidas ou entendidas como «suficientemente seguras» pelas partes interessadas (Mitigação Climática).

A Análise dos Autores revelou um forte aumento nas emissões após o ano de 2010, o que confirma as medições descendentes dos aumentos na Concentração Atmosférica. de Metano nos últimos anos.

De Acordo com Este estudo,  eles são explicados pelos Aumentos das Emissões de Metano na Produção de Gás de Xisto (na América do Norte), o aumento da mineração de carvão em países fora da China (por ex: Indonésia e Austrália),  e um aumento da geração de resíduos e águas residuais de populações crescentes, assim como o desenvolvimento económico havido tanto na Ásia como em África.

Além disso, os resultados mostraram «Um Aumento Pequeno Mas Constante», das emissões da produção de carne bovina e lácteos na América Latina e em África, destacando-se quão diferente é a distribuição dos sectores de fontes de emissão nas diferentes regiões do mundo.

As Descobertas mostram ainda que, sem medidas para se controlar as Emissões de Metano, haveria «Um Aumento Global de Emissões» de cerca de 30% até 2050. Embora seja tecnicamente possível remover cerca de 38% dessas emissões implementando a Tecnologia de Redução disponível, isso traduzir-se-ia ainda que uma significativa quantidade de Metano seria libertada entre 2020 e 2050, tornando-se assim impossível para o mundo ficar abaixo do aquecimento de 1,5ºC.

Com esta perspectiva, os investigadores apontam para que os Potenciais de Redução Técnica ainda possam ser usados para obter reduções consideráveis nas Emissões de Metano no curto prazo, e a um custo comparativamente baixo.

Pressupõe-se então a estimativa que oscila entre 30 a 50% das Emissões de Metano Globais e Futuras que podem eventualmente ser removidas a um custo abaixo dos 50 euros/t CO2eq. O uso de combustíveis fósseis, no entanto, também precisará de ser reduzido para efectivamente se registar a diferença.

Os Potenciais de Abatimento Técnico são particularmente limitados na Agricultura, o que sugere que essas emissões devem ser tratadas por meio de medidas não-técnicas, tais como as mudanças comportamentais para que se possa reduzir substancialmente o consumo de leite e carne; ou reformas institucionais  e sócio-económicas para abordar a criação de animais como um meio de gerenciamento/gerência de riscos (e tudo o que engloba a sua administração e coordenação), tanto em África como no Sudoeste Asiático.

"Não existe uma solução única para todo o mundo. No Médio-Oriente e em África, por exemplo,  a produção de petróleo é um dos principais contribuintes para as Emissões de Metano, com um potencial relativamente extenso de redução de emissões a baixo custo. Na Europa e na América Latina a produção de lacticínios e carne bovina são as principais fontes, com o potencial de mitigação técnico relativamente limitado, enquanto na América do Norte são as emissões da extracção de gás de Xisto que podem conter significativamente as emissões a um baixo custo. O nosso estudo ilustra quão importante é ter um, numa abordagem específica do sector às estratégias de mitigação."

                         (A conclusão da investigadora e autora do estudo Lena Höglund-Isaksson)

Estudo do IIASA (Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados) divulgado na revista científica «Environmental Research Communications» (Comunicações de Pesquisa Ambiental) de 28 de Fevereiro de 2020, de seu título «Potenciais e Custos Técnicos para Reduzir as Emissões Globais de Metano Antropogénico no período de 2050 - resultados do modelo GAINS». Os prestigiados autores do estudo são:

Lena Höglund-Isaksson; Adriana Gómez-Sanabria; Zbigniew Klimont; Peter Rafaj e Wolfgang Schöpp.

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Os Astronautas da Saúde. Sangue, suor e lágrimas, no que supostamente confirmará todo o empenho mas igualmente todo o esforço ou sofrimento havidos por quem, como agentes da saúde e dos serviços sanitários ao mais elevado grau, se faz perpetuar pela esperança que nunca deve morrer, antes enaltecer como o actual e infelizmente pior pesadelo da Humanidade: COVID-19.

COVID-19: o último pesadelo da Humanidade!
Mudaram-lhe o nome mas não lhe mudaram a estirpe, numa das piores maleitas mundiais que, expansionista e ineficaz na sua contenção, acaba por ultimar ao ser humano o pior dos seus pesadelos na finitude que compõe e na mortalidade que dispõe sem antídoto à vista.

A Presidente da Comissão Europeia -  a digníssima senhora Ursula von der Leyen - confirmou às primeiras horas de segunda-feira (dia 2 de Março de 2020),  que o nível de risco em relação ao novo coronavírus vai passar de «moderado» para «Elevado».

Será isto motivo de preocupação?... Sem dúvida que sim, mesmo até para com todos aqueles que fingem ignorar o medo. A preocupação. O descontrole de tudo.

Ou aqueles outros, que se superiorizam na magna carta de todos os seus conhecimentos, ante a enxurrada de informação dos média que sem consequência os deixa inalterados (será o seu kit de sobrevivência?!), tal como o efeito de placebo  de um sem-transtorno pessoal na admissão ou negação em relação às Mudanças ou Alterações Climáticas.

(Elas, que fustigam o planeta Terra um pouco por todo o lado numa avassaladora amostragem de que nada é imutável ou plenamente seguro de se viver e coabitar. Poderemos recusá-las, bani-las como um sonho mau?... Penso que não.)

Referente ao COVID-19: De nada servirá o entrar-se em pânico, dizem-nos os mais altos intervenientes das nações, sendo que, muitos deles, talvez nem acreditem assim tanto nas palavras que ecoam...

O descalabro suscitado pelo agora impopular novo coronavírus de seu actual nome «COVID-19» está agora bem presente na ausência de grandes aglomerados; ou seja, na reiterada proibição de eventos que juntem multidões - a Suíça ultimou já a proibição de todos os eventos que juntem para cima de 1000 pessoas - assim como outros países que seguem essa medida.

Aglomeração pública proibida mas também viagens, muitas delas canceladas que remetam para os países mais afectados pelo novo coronavírus, sendo eles já muito próximos dos sessenta e com uma taxa de mortalidade que atinge os já ultrapassados 3000 óbitos e 87000 infectados, em números sempre ascendentes à medida que o tempo vai passando.

«A Bolsa de Valores está ao nível de 2008», gritaram-nos os informadores económicos (dados do dia 28 de Fevereiro de 2020, sexta-feira negra), fazendo-nos arrepiar como se estivéssemos a assistir ao mais aterrador filme das nossas vidas. O que averbou Wall Street ter encerrado com a pior perda semanal desde a trágica crise financeira de 2008, o que não augura nada de bom.

Como é perceptível, existem muitos outros pesadelos humanos: o do pânico, o da instabilidade, o do medo e da irracionalidade de se começar a açambarcar máscaras e álcool etílico até à configuração esquizofrénica de um esbulho farmacêutico que daria para fornecer a África Subsariana toda. Mas os ventos são gélidos de facto. O peso mundial da China nos sectores económicos é gritante, pelo que a dependência do resto do mundo também se verbaliza e, realiza, sob níveis alarmantes de tudo ruir como um qualquer baralho de cartas.

Computadores (49%), equipamentos eléctricos (53%), Máquinas (47%), automóveis (33%), têxteis (58%) e químicos (42%) estimam a percentagem factual económica de produção chinesa para o resto do globo, no que agora nos mantém também a nós todos como reféns da sua produção estagnada.

«Os Decisores Políticos têm de Assegurar a Segurança Sanitária das Populações!», na mais convicta e fidedigna afirmação de muitos dos especialistas que através dos mais variados meios de comunicação social nos prodigalizam até ao vómito que tudo está sob controle. Mas não está.

No que é conhecido por todos, ou quase todos, de que muitos planos de contingência nacionais e internacionais estão algo obsoletos ou mesmo no escuro do mais escuro da matéria negra do desconhecido, pois que nada se sabe ainda do verdadeiro reservatório do COVID-19 ou das multi-resistências que este produz, nas gotículas que se transmitem de pessoa para pessoa, passada que está a barreira das espécies.

Beijar é proibido. Abraçar também. Quem faça dos afectos a sintonia de uma política mais feliz (quiçá mais sub-reptícia na comunhão de outros interesses) está tramado. Acabaram-se os afectos. Pelo menos até o novo coronavírus desaparecer do globo terrestre, o que nos suscita alguma desconfiança, tanto mais que os povos latinos mesmo de máscara na cara beijam com os olhos. E isso basta.

Este vírus é muito traiçoeiro, pois não se lhe conhecem todas as características, a sua patogenia, a sua essência de virulência temível de altos níveis de letalidade, ainda que a taxa de mortalidade se tenha fixado nos 3,5%, segundo as últimas informações.

«No cenário mais plausível (para Portugal) prevemos cerca de 21 mil casos na semana mais crítica; dos quais 19000 ligeiros  - não é muito, é como a gripe - e 1700 graves que terão de ser internados, nem todos em cuidados intensivos», de acordo com as palavras e estimativa da Drª Graça Freitas, Directora-Geral de Saúde da (DGS) de Portugal, ao jornal Expresso.

E alertou, numa inconfidência ainda mais alarmante e inusitada ao dizer publicamente que este meu pequeno país poderia vir a ter cerca de um milhão de infectados se não se seguissem as regras implementadas pela OMS (e pela DGS), numa estimativa muito sui generis e algo exagerada que criou esta sim, o pânico nacional, pois infectaria perto de dez por cento da população portuguesa.

Mais tarde a Drª Graça Freitas esclareceria o mal-entendido (ou de má interpretação feita por alguns de nós) quando falou «num milhão de infectados», acrescentando: "Isso não é algo que acontecerá no imediato. Não serão apenas semanas, mas sim vários meses; será uma taxa de ataque diluída ao longo do tempo."

Foi mal interpretada então, disseram alguns. Antes assim, pois já nos basta haver um caso positivo no Porto (um homem com 60 anos que se encontra estável até ao momento mas que deteve ligações epidemiológicas ao norte de Itália) e outro ainda em que se aguarda o resultado da contra-análise em confirmação (ou não) de ter contraído o novo coronavírus para estarmos todos à beira de uma ataque de nervos. Na minha terra é assim.

A Epidemia do Novo Coronavírus que teve origem na China (em Dezembro de 2019), segundo as últimas notícias já infectou mais de 89000 pessoas em 53 países de cinco continentes. Neste momento (dia 2 de Março de 2020) existe o registo de 3048 mortes relacionadas com o vírus.

A OMS (Organização Mundial de Saúde)  declarou o surto de COVID-19 como uma Emergência de Saúde Pública Internacional e aumentou para Muito Alto o risco de contágio (no dia 28 de Fevereiro de 2020).

Tendo em conta que existe a percentagem de 2,8 nos homens e de 1,7 nas mulheres, sendo a incidência maior de se contrair o novo coronavírus em pessoas maiores de 59/60 anos, há que tomar de todas as precauções e prevenções estipuladas por estes organismos oficiais, nacionais e internacionais. Mesmo que a taxa de letalidade seja menor que a SARS, apesar de contagiar mais depressa do que esta, o COVID-19, há que estar atento...

Segundo dados firmados pela Universidade Johns Hopkins,em Baltimore, Maryland (EUA), sobre o Index na Segurança de Saúde Global, a média global deixa muito a desejar; ou seja, cifra-se apenas nos 40,2%, sendo a dos Estados Unidos muito boa, com cerca de 83,5% (na análise feita sobre os hospitais públicos e privados); em Portugal 60,3% (inacreditavelmente uma média muito superior à esperada); Itália (56,2%); China (48,2%, revelando-se muito aquém do desejado, pelo que porventura o Sistema Social e Sanitário da China não acompanhou o progresso económico até aí instalado); e o Irão (37,7%, em registo muito abaixo do devido).

Finalizando, há apenas que reconhecer todos os esforços nacionais e internacionais que o COVID-19 tem vindo a instalar e que, segundo as fontes oficiais, não deve ser de descurar ou negligenciar em medidas preventivas e correctas, de acordo com as normas e conselhos prestados por todas estas organizações que, acredito, trabalham em favor das populações.

Não há que ter pânico e confiar nas autoridades oficiais que nos incentivam a colaborar e jamais a procrastinar - ou posteriormente a lamentarmo-nos - mesmo que muitos se questionem se será melhor haver pânico do que uma «anestesia geral» e global, fomentada pela desinformação; ou pior, pela contenção da mesma em espécie da «lei da rolha» sanitária, não explanando totalmente todos os riscos havidos.

O Pesadelo Global será aquele ou aqueles que fizermos em nós e os deixarmos crescer, sem que para isso haja a consciência exacta de que alimentar por vezes o monstro da ignorância e da jactância, fará de nós o suplemento preferencial metastático deste e outros medos, deste e outros iguais pesadelos.

Lembrem-se que há sempre um novo dia, um novo acordar para uma nova realidade e que, o pesadelo esse, global ou não, ficou lá para trás!...

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