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segunda-feira, 16 de março de 2020

Uma Nova Era do Gelo?...

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Planeta Terra congelado: uma visão muito pouco ortodoxa com o que hoje este belo planeta azul exibe em terra, mar, florestação e vida biológica de pessoas e animais. Mas terá sido sempre assim?... Sabemos que não. E isso incomoda-nos, assusta-nos. E, por mais informação fidedigna que haja, os nossos receios sobrepõem-se à razão dos cientistas que nos afiançam outras verdades. Mas será de facto assim?...

Muitos interrogam-se: Haverá Uma Nova Era do Gelo?... Não sabemos com toda a certeza. Todavia essa suspeição, reconhece-se que mudanças na geometria da órbita da Terra são as grandes responsáveis pelo Início e Fim das Eras Glaciais, de acordo com a analogia científica dos especialistas, embora hajam ainda muitas incertezas - e outros tantos mistérios envolventes - da razão pela qual as eras glaciais terminam estabelecendo esse término.

Primeiro pensava-se que seríamos colhidos por um asteróide; por um qualquer meteorito gigante ou outra qualquer força cósmica digna de um filme de Hollywood.

Depois, por gran hipótese, a sequencial extinção da Humanidade por uma qualquer civilização alienígena de objectivos pouco claros ou determinados em nos deixar viver, e que nos colonizaria à força bruta e faria de nós chouriços humanos em possível cadeia alimentar interestelar.

Não que não seja possível, mas nem nos nossos piores pesadelos admitimos essa perspectiva por tão medonha ser. Confiamos em quem nos guia e acreditamos (ou dizemos acreditar) em quem nos vigia. Mas somos humanos. Fracos?... Não sei. Mas insensatos talvez.

Todavia, a Humanidade (por vezes), dá mostras de ser tão ou mais superior do que aqueles que se escondem por detrás das galáxias e das dimensões que ainda não conhecemos. E aí o medo impera, é senhor e governador das causas perdidas e havidas como insanáveis - e muitas vezes execráveis - de serem assumidas. Ou incontidas. Então se se estabelecer uma «Nova Era» de qualquer coisa impensável ou imaginável desatamos a fugir; e fugimos. De nós mesmos.

Outros ciclos, outras eras. O planeta Terra viveu-os e não se deixou ensandecer por isso. Recuperou, emergindo de vida em si em pólos de regeneração e vivificação de organismos e mecanismos que os fez vencerem, mesmo ante a mais inóspita e desolada situação planetária. Sobreviveram. Como nós, humanos.

Pelos vírus ou pelas «Novas Eras de Gelo» haveremos de nos fazer continuar. Contudo, a perene questão martiriza-nos, flagelando ainda mais o nosso débil estado de apreensão:

Estaremos na iminência de uma Nova Era Glacial?... Estaremos preparados para tal?... Sem dúvida que não, como não estamos nem nunca estaremos para qualquer outra nova era que nos surja do nada, em subreptícia malandragem de nos colher a todos à escala planetária.

Mas confiemos. Temos de ser fortes. Temos de estar seguros de que, mesmo antes de existir esta outra «Nova Era do Gelo», não estejamos já todos mortos, asfixiados e consignados à mais dura sorte de sermos abandonados, despojados de tudo aquilo que considerávamos nosso!...

                                                               A Idade do Gelo

É do conhecimento geral, difundido pela comunidade científica, de que os pólos magnéticos exercem grande influência nessa determinação; entre outros factores que ao longo dos vários períodos e eras no planeta Terra se foram registando em mudanças acentuadas.

A época biológica que dá pelo nome de Pleistoceno (ou período Plistocénico que data entre 2,5 milhões-10.000 anos, e se refere no registo da vida sobre a Humanidade primitiva até à Humanidade moderna), é revestida de uma miríade de histórias absolutamente fascinantes e de mudanças climáticas radicais igualmente interessantes se observadas em bom rigor.

Foi no Pleistoceno que o Homem se despediu daquela que seria a «Última Idade do Gelo», sendo nesse mesmo período em que se viu surgir e, evoluir, o nosso já tão conhecido Homo sapiens (que muitos aferem ter tido a contribuição genética externa de seres mais evoluídos e inteligentes do Cosmos).

A partir daqui o nosso Homo sapiens ficou imparável, espalhando-se inexoravelmente por todos os cantos da Terra (ainda que a sua origem tivesse partido de África), fazendo indubitavelmente também com que esta se alterasse em paisagem, ecossistema e clima.

Recentemente, investigadores da Universidade de Melboune, na Austrália - em colaboração com uma equipe internacional que reuniu os mais prestigiados cientistas, nos quais se inserem participantes da Universidade de Cambridge, em Inglaterra, contemplados que foram com os dados recolhidos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera de Portugal - revelaram que, as Eras Glaciais dos últimos milhões de anos, terminaram quando o ângulo de inclinação do eixo da Terra se aproximava de valores considerados altos.

O estudo agora realizado e publicado na revista científica «Science» de 13 de Março de 2020 vem precisamente colocar o dedo na ferida, ou seja, vem corresponder ao que alguns já insinuavam sobre a influência que essa inclinação produz. Este estudo amplamente divulgado tem como título «Influência persistente da obliquidade nas terminações da Era do Gelo desde a transição do Pleistoceno Médio». Os autores do estudo são:

Petra Bajo; Russel N. Drysdale; Jon D. Woodhead; John C. Hellstrom; David Hodell; Patrizia Ferretti; Antje HL Voelker; Giovanni Sanchetta; Teresa Rodrigues; Eric Wolff; Jonathan Tyler; Silvia Frisia; Christoph Spötl e Anthony E. Fallick. (Science, 2020)

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O Pleistoceno/Plistoceno, na escala do tempo geológico é a época do período Quaternário da era Cenozóica do éon geológico Farenozóico que abrange os últimos 542 milhões de anos. (Há que referir que tem o seu início com o Cambriano na era do Paleozóico com o surgimento de vários animais de concha e a abundância de muitos outros organismos de vida).

(O termo «Pleistoceno» foi cunhado por Charles Lyell, em 1839 para descrever uma camada que aflora na Itália, cujos fósseis são provenientes de animais ainda não-extintos. Destina-se como a primeira época do Quaternário e a sexta do Cenozóico)

O Pleistoceno
A época biológica chamada Pleistoceno que muitos consideram ter começado há 2,58 milhões de anos (e que se determina hoje que tenha terminado há cerca de 11,7 mil anos), cobriu todo o planeta Terra de gelo. Não seria um planeta de facto muito aprazível, tendo em conta as temperaturas apresentadas e extremadas.

Sabe-se hoje que é fundamental compreender-se mais a fundo esta época do Pleistoceno para que possamos entender também melhor as especificidades ou determinadas peculiaridades do clima e as possíveis implicações futuras com que nos iremos deparar sobre o mesmo; ou seja, sobre as tão faladas Alterações Climáticas que já hoje pressentimos como uma inevitabilidade.

Durante o Pleistoceno, segundo os cientistas nos explicam, existiram cerca de 11 eventos de Aquecimento Global seguidos por idades de gelo numa inacreditável sequência que resume que o planeta é indefectivelmente uma força mutável e, por vezes cíclica, sobre estes períodos, estas subsequentes eras do gelo e não só.

(Poder-se-à desde já excluir o factor antropogénico como causador dessas mudanças ou alterações climáticas, pelo que obviamente se traduz de não poder ter havido mão humana nessa consideração desta ter influenciado o clima nessas épocas...)

As Glaciações do Pleistoceno ainda nos contemplam de facto grandes mistérios. Para alguns cientistas que estudam estes eventos - tais como os que registam os Ciclos de Aquecimento e Resfriamento que a Terra atravessou nos últimos 500 mil anos - essa alternância de climas radicais é o resultado dos movimentos e variações no ângulo do eixo terrestre ao longo de grandes ciclos de 41 mil anos em redor do Sol.

Nem todos estão de acordo, sendo que outros a legitimam, a esta teoria, como é o caso do seu defensor-mor o cientista sérvio Milankovitch.

Sabe-se entretanto que, Durante as Glaciações, a temperatura média da Terra seria de apenas 5 graus centígrados abaixo da média actual. O clima era seco, uma vez que a maior parte da densidade de humidade estaria certamente retida na forma de gelo. Nada convidativo portanto.

Os desertos predominavam e as tempestades de areia assolavam a superfície das áreas consideradas mais quentes ou amenas. Foi deste modo, nas mais adversas condições, que a Humanidade surgiu e se fez à vida; ou seja, lutou por sobreviver e evoluir até aos nossos dias.

Quem for estudante ou alguém mais interessado sobre este período não das trevas mas da «Idade do Gelo» poderá compreender melhor esta época através do estudo dos fósseis. Vários estudos de sondagens e prospecção nos solos gélidos da Antárctida têm-nos dado bons testemunhos do que ainda contêm em si de bolhas do ar Pleistocénico - retidas e extremamente bem conservadas e não-adulteradas - na massa gelada desta região.

Estas investigações realizadas têm contribuído assim para a melhor compreensão e, evidência, do que se passou com o clima e com a atmosfera Plistocénicas.

É assumidamente através destes estudos que os geólogos, climatologistas, meteorologistas e demais investigadores conseguem entender a evolução da temperatura terrestre assim como a quantidade dos gases, como por exemplo, do CO2 (dióxido de carbono), do S (enxofre), do CH4 (metano) e tantos outros elementos químicos inseridos na atmosfera ao longo do tempo.

(Acredita-se que o Gelo Antárctico deve conter em si evidências de mais de 1,5 milhões de anos, sendo que outras supostas realidades também venham agora à tona com o derretimento acelerado das grandes calotes polares, como cidades submersas ou outras civilizações que por lá tenham andado de origem conhecida ou desconhecida...)

Há que acrescentar que outro método utilizado pelos especialistas para o entendimento do clima do Pleistoceno é o estudo dos anéis dos troncos de árvores. Eles determinam com precisão as temperaturas e os ciclos climáticos dos últimos milhares de anos.

Há que dizer também de quem nem todos estão de acordo sobre esta analogia arbórea que em comparação com outros estudos feitos em árvores - em variadíssimos locais e continentes - optimizaram com maior fiabilidade uma visão mais rigorosa do clima pelo menos nos últimos 1.850 anos. Existe a controvérsia e o debate que, como se sabe, ilustra sempre grandes ideias...

Infelizmente em resultado desta Era do Gelo no Pleistoceno, muitas espécies sucumbiram. Muitas espécies foram extintas devido à escassez de alimentos mas também pela perseguição exaustiva de predadores/caçadores humanos. Os mamíferos mais pequenos, os de menor dimensão e porte tiveram mais hipóteses de sobrevivência, não tendo sido extintos como no caso dos Mastodontes, dos Tigres «dente de sabre», das Preguiças gigantes e vários outros animais de grande porte.

A Extinção da Megafauna: existem evidências de que a megafauna que prosperou durante a época do gelo pós-dilúvio, equivalente ao período do Pleistoceno na escala evolutiva do tempo, existiu efectivamente (especialmente nas planícies não-geladas da Beringia) mas depois desapareceu.

Quanto à Extinção dos Mamutes uns clamam que terá sido devido ao abrupto congelamento - quase instantâneo e ultra-rápido - que mataria sem piedade ou misericórdia grande parte dos animais, na teoria defendida pela comunidade dos criacionistas.

E tudo isso motivado pelo processo terrestre das águas subterrâneas que ejectaram da ruptura criada na crosta terrestre no início de um suposto dilúvio e que, ao chegarem à estratosfera, essas águas, ter-se-iam congelado rapidamente produzindo então cristais de gelo que se abateriam de forma torrencial sobre a Terra.

Outros aludem que todos estes animais de grande porte morreram ainda antes de serem congelados e enterrados no Permafrost das tundras, devido às amostras recolhidas do tecido de mamutes que revelaram isso mesmo; uns ficaram atolados nos pântanos; outros foram levados na enxurrada devido ao degelo; outros congelaram durante as terríveis tempestades de neve com ventos soprando pó, que os sepultariam mesmo no fim dessa época do gelo.

Na Fase do Degelo o clima tornou-se mais continental com Invernos mais frios e Verões mais quentes. Os Oceanos tornaram-se, possivelmente, muito mais frios do que o que actualmente exibem e o clima foi ficando também mais seco, o que terá dificultado a sobrevivência dos grandes mamíferos. Uma vida nada fácil, convenhamos.

A Formação dos Desertos: Uma das consequências de uma «Idade do Gelo» ou época do gelo, é o chamado ressecar dos solos, pois a humidade resseca e congela o ambiente (como por ex: o nosso ar-condicionado). Esse ressecar territorial deu provavelmente origem ao processo de desertificação em algumas regiões ou zonas do planeta.

Há que registar ainda, que foi durante o período do Pleistoceno que vários hominídeos habitaram a Terra. Segundo a analogia contemporânea determinar-se-iam como «feios, porcos e maus»; ou seja, eram criaturas erectas mas peludas; de sentidos apurados mas selvagens; primatas mas com um «je ne sais quoi» que os diferenciava.

Ou seja, exibiam algo que os distinguia, com uma agilidade específica de maior entendimento e resolução de problemas de habitat primitivo. Subiam às árvores tal como os primatas mas sabiam fazer-se distintos destes.

Talvez tenha sido esta última característica que fez com que a nossa espécie evoluísse; ou que, segundo a teoria dos «deuses-astronautas», uma outra espécie mais inteligente e existencialmente superior nos conhecimentos e, procedimentos, nos tivesse engrandecido e aprimorado dando assim início ao Homo sapiens sapiens.

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Fim do Degelo: As águas doces do degelo seriam certamente menos densas que a água do mar e formariam por conseguinte uma camada superficial sobre o oceano, congelando essa camada sobre a noite. É nesse momento que os Grandes Blocos de Gelo sobre o mar do Norte (com vidas preservadas neles) se formariam com as evidências da assimétrica ou irregular fossilização que hoje observamos.

«Verões mais longos e mais fortes derreteram as Grandes Camadas de Gelo do Hemisfério Norte, levando assim a que o clima da Terra ficasse num estado «Interglacial» quente, como aquele que identicamente vivenciámos nos últimos 11 mil anos».

Quem o afirma são os cientistas da Universidade de Melbourne que descobriram que as Eras Glaciais do últimos milhões de anos terminaram quando o ângulo de inclinação do eixo da Terra se aproximava de valores elevados.

O Princípio e o Fim das Eras Glaciais
As principais categorias que nos evidenciam a existência ancestral de uma ou mais épocas glaciais são determinadas pelas características geológicas, químicas e paleontológicas encontradas no nosso planeta.

As Evidências Geológicas encontram-se como se sabe, nos glaciares das regiões do círculo polar Árctico e Antárctico. Existem também outras evidências, outros depósitos de fragmentos espalhados por muitas outras zonas, incluindo nos Fiordes da Noruega, Islândia e Gronelândia.

Na Evidência Química, os cientistas  baseiam-se principalmente nas características que reportam as variações nas proporções de isótopos em fósseis, sedimentos marinhos e rochas. Pode-se inclusive registar mesmo a temperatura aproximada do ambiente naquela época.

Quanto às Evidências Paleontológicas estas são caracterizadas pelas evidências de associações em desarmonia; isto é, alterações na distribuição geográfica dos fósseis que são a regra e não a excepção como convém relatar. Estas desreguladas ou desproporcionadas associações podem ser entendidas, por exemplo, através de animais de ambientes quentes quando encontrados noutras regiões geográficas mais frias.

Muitos investigadores apregoam taxativamente de que já existiram cerca de 5 extinções, no que muitos outros intuem estarmos na iminência de uma Sexta Era Glacial que tudo transformará no planeta à semelhança de tempos idos.

Foram efectivamente encontrados vestígios e evidências dessas eras glaciais em cerca de 30% do planeta, ou seja, em cerca de 30% da massa terrestre.

Actualmente apenas se exibem essas evidências em cerca de 10% dessas camadas geladas (Gronelândia e Antárctida) que, como todos sabem, se remetem agora ao mais temível e terrífico degelo para a Humanidade com agravadas consequências de uma tomada de posse territorial pelo mar.

O estudo da quase doutorada Petra Bajo vem agora limar algumas arestas nesse sentido, não o de entender melhor como terá começado a Era do Gelo, mas, efusivamente também, determinar as «Terminações da Era do Gelo».

Quer isto dizer que se mostrou que os Níveis de Energia do Verão - do momento em que essas «terminações da era do gelo» eram accionadas - controlavam quanto tempo levavam para o lençol colapsar, com níveis mais altos de energia, produzindo um colapso rápido.

Este estudo de Petra Bajo que foi publicado na revista «Science» no dia 13 de Março de 2020 (com o título «Influência persistente da obliquidade nas terminações da Era do Gelo desde a transição para o Pleistoceno Médio») vem sugerir então por mãos dos seus autores responsáveis que, está muito perto a revelação e resolução de alguns dos mistérios de, e porque razão as Eras Glaciais terminam estabelecendo esse término.

Os Investigadores ainda se debatem de como e quando tudo isto surge, tentando ainda entender com que frequência esses períodos acontecem e, em quanto tempo poderemos esperar outro; ansiosamente ou não...

Desde meados do século XIX que estes estudos se têm intensificado, pelo que há muito tempo os cientistas suspeitam de que «Mudanças na Geometria da Órbita da Terra» são as grandes responsáveis pela chegada e partida (pelo início e pelo fim) das Eras Glaciais. A incerteza tem sido sobre qual propriedade orbital é assim mais importante, segundo nos dizem os investigadores.

O Estudo: a equipe internacional de investigadores combinou então os dados adquiridos das Estalagmites Italianas com as informações dos dados oceânicos perfurados na costa de Portugal (UE).

(Em registo: 70% da superfície da Terra está totalmente coberta de água, ocupando as bacias de depressão dos oceanos. Os fundos submarinos estão assim cobertos com uma crusta fina mas densa que é gerada nas dorsais oceânicas médias mais importantes. Estas dorsais são os lugares onde se forma a crusta oceânica, pelo que estão ligadas entre si formando uma rede global.)

"Colegas da Universidade de Cambridge e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera de Portugal compilaram registos detalhados da resposta do Atlântico Norte ao colapso do gelo." (Afirmação do professor associado, Russell Drysdale da equipe de pesquisa)

Drysdale esclarece-nos ainda: "Poderíamos identificar nas camadas de crescimento de Estalagmites as mesmas mudanças que estavam sendo registadas nos sedimentos oceânicos. Isso permitiu-nos aplicar as informações da Idade da Estalagmite ao registo de sedimentos oceânicos, que não podem ser datadas para esse período."

Utilizando as mais recentes técnicas de datação radiométrica, a equipe internacional determinou a idade de duas terminações ou finalizações (por conseguinte dois términos) que ocorreram há cerca de 960.000 e 875.000 anos.

As Eras sugerem que o início de ambas as terminações é mais consistente com o aumento do ângulo  de inclinação da Terra. Esses aumentos produzem Verões mais quentes nas regiões onde estão  localizadas as camadas de gelo do Hemisfério Norte, provocando subsequentemente esse derretimento ou degelo.

"Ambas as Terminações progrediram até ao momento em que a energia de Verão do Hemisfério Norte sobre as camadas de gelo se aproximava dos valores máximos. Uma comparação dessas descobertas com dados publicados anteriormente de terminações mais jovens mostra que, esse padrão, tem sido uma característica recorrente dos últimos milhões de anos." (Conclui o Drº Drysdale)

Segundo reporta o Science Daily de 13 de Março de 2020 no seu ilustre e mui bem explanado texto sobre este estudo da «Science» desta mesma data, com o lapidar título com que o encabeça «O que faz com que uma Era do Gelo termine?» as respostas são claras e não evasivas. Este estudo revela que pequenas mudanças na inclinação do Eixo da Terra estão de facto conectadas com o final das terminações glaciais.

No final sugere que «A equipe internacional planeia dar ainda uma olhada mais próxima (ou fazer uma observação mais exímia), na Transição do Pleistoceno Médio, quando a duração média dos ciclos da Era do Gelo repentinamente dobrou de comprimento.

Muitos cientistas publicitam de que «O Início e Duração da Era do Gelo» não podem ser descritos de ânimo leve, pelo que existem muitos cálculos feitos por uns e outros (nem sempre em comunhão de sentidos ou interesses), os quais determinam que a formação e o desaparecimento dos lençóis de gelo devem ter ocorrido entre o tempo do dilúvio e o começo da História registada.

Outros evidenciam que - A Era do Gelo - pode ter sido evidenciada por muitos outros factores, tendo durado menos de mil anos; mais especificamente cerca de 500 anos de acumulação de gelo e cerca de 7 dezenas de anos para derreter as camadas de gelo ao longo das margens. Tudo teorias.

Consequência: A extinção da Megafauna como já referido (pelo que existem evidências de animais muito pesados se terem afundado nos gelos, e outros apresentando característicos sinais de asfixia, assim como membros quebrados), naquela que se supõe uma «Final Era do Gelo» (tanto no Pleistoceno como noutros períodos em que se verificou uma Idade do Gelo).

O Aquecimento Global terrestre, o subsequente derretimento glacial e a extinção em massa de muitos animais complementaram certamente esta e outras pontuais eras do gelo no seu final, sendo que nada ficou como dantes havendo uma incisiva alteração desses ecossistemas na Terra.

Daí a questão sugestionada por todo este cataclismo gelado (que se supõe já ter sucedido em cinco ciclos na Terra): Viveremos proximamente uma possível Nova Era do Gelo?...

Os cientistas não o afirmam. Mas também não o negam. Por outros que categoricamente, e através de seus mais recentes estudos, fiabilizam que estaremos mais perto de uma incineração planetária do que propriamente à beira de uma congelação à escala global.

Entre não-confirmações e não-desmentidos estamos todos nós, os cidadãos do mundo que, emparedados entre uma e outra teoria, nos confundimos sem saber quem fala de facto verdade. Pelo que, muitas vezes, sem haver sequer um vislumbre de chuva torrencial ou apagão electromagnético, projectamos desde logo um refúgio seguro e coeso de açambarcamento utilitário que nos fará subsistir até ao próximo século; no mínimo.

No entanto não precavemos outras situações, outras imprecisões que o mundo virológico nos ressoa e toma como marinheiro que não vê mulher há cem anos. Somos assim violados e estuprados no mais profundo âmago do que é ser-se humano. É tudo posto em causa, da sobrevivência à anuência de sermos (ou termos sido) demasiadamente confiantes e pouco exigentes com o que aí vinha.

No momento estamos a viver uma das piores crises sanitárias do mundo. A urgência de debelar o COVID-19 é a prioridade mundial da Humanidade! Nisso, estamos todos de acordo.

A OMS declarou há pouco o Estado de Emergência Global de Saúde Pública (em que a Europa é agora o epicentro do vírus e não a China por onde este terá começado a fazer sentir-se entre Novembro e Dezembro de 2019). Fecham-se fronteiras.

Proíbem-se actos públicos e direccionam-se outros para as calendas; digerem-se assim, mal, outras investidas que vão da quarentena obrigatória à administrada democracia que vai de férias a bem da vida de todos nós. Somos livres mas não tanto; a vida, a nossa vida, está em jogo.

Se estiver de escolher entre a reclusão e a salvação, a resposta é só uma: prefiro ficar presa do que morrer. Eu, e muitos que como eu prezam a vida.

Quando a Nova Era do Gelo chegar, talvez já nem haja este vírus, esta excrescência maldita que nos dita sermos todos mortais. Mas outros virão, iguais ou piores que se vão assomando e assumindo como inegáveis líderes ou inenarráveis «donos do mundo», o nosso mundo, que um dia ainda vamos ter de compreender por que razão esta espécie de catarse se dá.

Uma Nova Era do Gelo sucederá?... Que importa isso agora, se gélidas estão já as nossas almas, as nossas aflições, quando sem ser preciso uma nova era de morte uma outra irrompe. Sejamos dignos; sejamos fortes. Sejamos Humanidade!!!

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