Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Ecologia Ambiental III (Factores do Solo)
Ilha de Madagáscar (Ankaratra - Ásia) - A ímpia desflorestação que o Homem impõe sobre a Terra! (Fotografia tirada pelo herpetólogo português, da Sociedade Zoológica de Londres, Gonçalo M. Rosa): o mais bravo guerreiro - e quiçá salvador - das espécies anfíbias do planeta.
Quantos lutadores, quantos bravos guerreiros no mundo da investigação, da arqueologia, biologia e de toda a biodiversidade planetária serão necessários para se salvar a Terra? E que, batendo-se incessantemente por esta, esventram caminhos, percorrem mundos, solos e céus e, se mais não houvesse, fariam da sua vida a missão urgente de salvação e, continuidade, sobre todas as espécies vivas da Terra.
Talvez Gonçalo M. Rosa seja um deles, um desses últimos conquistadores e quiçá «deus-astronauta» terreno de conhecimentos biológicos que tenta, imparável e esforçadamente, salvar o Anfíbio de fungos, pragas e males deste mundo que se dissemina a olhos vistos. Que é como dizer, em expansível pandemia, sem que o reconheçamos ou o queiramos ver...
«Aedes Aegypti» - Mosquito responsável e, transmissível, do vírus «Zika», para além da Dengue e da febre Chicungunya. O Vírus Zica ou Zika é um vírus da família «Flaviviridae» do género Flavivirus.
Zika Vírus é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo mosquito «Aedes aegypti» (o mesmo transmissor da Dengue e da febre Chicungunya).
O Terrível Vírus...
E pensar que nos estamos, agora, a debater perante o tão sarcástico e temível vírus «Zika» que atrofia os nossos cérebros, meninges e propriedades neurológicas de fetos em gestação (na consequente microcefalia, advinda da temerosa picada do mosquito «Aedes Aegypti») e que, põe o mundo de rastos em busca de um antídoto, de uma vacina - ou elixir - em cura e eliminação de tão maléfica praga bacteriana, versus vírus maldito!
Talvez afinal, estejamos já a ser postos à prova, não será...? E quantos mais vírus, fungos e pragas se nos depararão (em nós, humanos, ou nos restantes seres e espécies do planeta...) em mais lato confronto com esta mais pura realidade futura de novas epidemias, novos vírus, novas urgências médicas...? Porquanto isto, a OMS está em pé de guerra em face ao desenvolvimento da doença por toda a América, África e Oceania.
A curto prazo, já se prevê um aumento exponencial de pessoas afectadas em todo o mundo, numa atroz estimativa de cerca de 4 milhões (estaremos optimistas...?) e, se nada se fizer em oposição a esta disseminação que se propaga à velocidade da luz (havendo já quem suspeite que este vírus possa ser transmissível por uma sexualidade activa, uma vez que foi analisado e encontrado este vírus Zika no sémen de um indivíduo), morreremos todos!. Que mais aí virá...?
Mas, tal epidemia viral por transmissão do «Aedes aegypti» terá sido um mero surto consistente com os expansivos fenómenos do El Nino ou... a louca travessia transgénica - e laboratorial - que não surtiu efeitos, ou surgidos estes, se revelaram potenciais de um derrame planetário na eliminação da nossa espécie humana...? Teoria da conspiração, ou de facto, o que se traduz de todo este pânico generalizado do Zika transformado em arma letal sobre todos nós???
O Brasil é um dos países mais afectados, mas Portugal não se esconde por detrás de qualquer estatística, tendo já 5 casos pontuais registados. Quem se resguardará desta maldição do tão malvado e pútrido mosquito que nos invade o mundo como o mais terrífico e demolidor invasor extraterrestre que nem Mulder ou Scully (da série «the X-Files») poderá combater...???
Desflorestação na Amazónia: Aves extintas devido ao intenso desbravamento vegetal nesta imensa região do Continente Americano.
De novo os Solos...
Os Solos têm de ser férteis, abundantes, e não avassaladores de uma praga maior que o Homem nestes faz em razia completa de uma inacreditável (ou talvez execrável!) devastação terrestre.
A Desflorestação por demais evidente, vai fazer perigar as muitas espécies no ecossistema envolvente, e que, a nada se fazer, em breve estejamos a fazer-nos viver num mundo asséptico, alopécico, e sem migalha alguma de qualquer espécie ou organismo vivo em nosso redor.
Sendo urgente apostar numa maior divulgação (à escala mundial sócio-política e de maior intervenção sobre estes meios) haverá que reverter estes alarmantes dados, não só das extinção dos Anfíbios, como de tantas outras espécies. E que, por esse caminho, a população mundial tem obrigatoriamente se se reiterar responsável ou, a muito curto prazo, seremos nós, humanos, o único ser vivente no planeta; ou talvez o adiamento de uma outra realidade: a da nossa própria extinção planetária!
Inverosímil que aconteça...? Não sei, mas penso que já estivemos bem mais longe disso. E o Homem sente-o... mas nega-o. Triste sorte a sua, e de toda a sua civilização milenar, pois em breve irá recolher as terríveis e consequentes más raízes que plantou e, suplantou, há já alguns séculos em contínuo autismo ou indulgente superioridade mórbida.
Que futuro para a Terra, para os seus solos, para as suas Plantas e Animais...? Que futuro para o Homem, quando tardiamente se aperceber do quão idiota foi, em tanto se ter distraído, em tanto se ter vangloriado da má sorte de ser o único ser civilizacional que ceifou a sua própria morte...???
Lémure-rato de Berthe (Microcebus berthae)Espécie (entre outras) que a WWF (World Wide Found for Nature) tenta proteger e conservar na Natureza ainda selvagem da ilha de Madagáscar
Proteger, sempre!
Proteger é necessário! Investir, desenvolver e conservar as espécies no seu habitat: a imperativa condição que urge não só afirmar como advogar sobre uma causa prioritária no mundo! Segundo o confirma o director de Conservação da WWF de Madagáscar - Nanie Ratsifandrihamanana - é possível ainda estabelecer uma rede de áreas protegidas e promover essas medidas em mais abrangente implementação. Só em Madagáscar existem aproximadamente 70 espécies únicas no mundo, reafirma Ratsifandrihamanana. Todavia, enfrenta agora graves ameaças ambientais, pelo que se observa de iguais e gravíssimos atentados sobre as suas florestas e zonas vegetais, descapitalizando a Natureza em si e, perigando ainda mais, a existência destas tão particulares espécies animais.
A WWF ( Fundo Mundial para a Natureza) é uma organização não-governamental, mas internacional (ONG), para a preservação e conservação das espécies na Natureza com esse mesmo objectivo e, finalidade, de fazer estimar em reprodução e continuidade toda a fauna existente no planeta. Tendo iniciado a sua actividade em 1961, tornou-se então imparável, sendo hoje uma organização de muito respeito pelo Ambiente e por todos os organismos ou espécies vivos do planeta Terra - uma bênção que aqui se regista em homenagem óbvia do bem que têm feito proliferar e, ramificar, por todo o globo. Um bem-haja por isso!
Devastação/Desflorestação evidentes nas turfeiras do Bornéo Indonésio (Ásia)
Factores do Solo
O Solo é uma camada fina de matéria sobre a rocha que cobre a maior parte das terras. Pode ter apenas alguns centímetros de espessura, como pode estender-se por vários metros de profundidade até à rocha. O Solo faz a ligação entre as partes Abióticas e Bióticas de todo o Ecossistema Terrestre.
As Raízes das Plantas crescem no solo e absorvem a água, minerais e o oxigénio. Tem quatro componentes principais: Partículas Minerais (que podem assim representar 60% do total), Matéria Orgânica (cerca de 10%), Água (até 35%) e Ar (até 25%).
As Partículas Minerais do solo derivam das rochas subjacentes que vão sofrendo desgaste. O desgaste físico pode resultar certamente das muitas alterações da temperatura, que fazem com que a rocha se dilate e se contraia, enfraquecendo-a a ponto de, esta acabar por se fragmentar!
Algumas Plantas - como os musgos e os líquenes - podem crescer através das fendas, desagregando o material rochoso. A desagregação também se dá pela Meteorização Química, quando a rocha se expõe ao oxigénio da atmosfera - ou a ácidos das chuvas! As Bactérias, Fungos e Líquenes também contribuem com ácidos para o desgaste químico.
Visão aérea da desflorestação no Borneo, na Indonésia (Ásia).
Características dos Solos
As Partículas Minerais do Solo distinguem-se pelo seu tamanho: a Areia é a maior, a Vasa vem a seguir e a mais pequena é a Argila.
As Proporções de cada um destes Componentes dá a um solo as suas características particulares. Um solo com muita areia e pouca argila é leve - com muitos espaços preenchidos pelo ar - drena facilmente, mas é muito pobre em nutrientes.
Um Solo com Grande Quantidade de Partículas Argilosas é muito mais pesado, retém mais água, sendo de drenagem mais lenta.
Um Solo Margoso, com quantidades equilibradas de Areia, Vasa e Argila, adequa-se muito melhor à Agricultura.
A Característica de um Solo depende muito da sua composição química, que deriva da rocha de que se formou. Um Solo Arenoso também pode eventualmente transportar camadas de Óxidos de Ferro ou de Óxidos de Alumínio (algo que se passa igualmente em Marte, por mais estranho que nos pareça...) chamando-se neste caso, em relação à Terra, («Podsol»); os Solos Salgados, com uma grande proporção de sódio e um subsolo rico em Argila («Solonetz»). que se encontram frequentemente nas regiões áridas.
Família feliz de Lémures, em Madagáscar, na Ásia. Se o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) os proteger, talvez ainda haja esperança de novas e promissoras famílias iguais nos próximos séculos, no planeta. Assim se deseja.
Concentração de Bactérias Orgânicas
A Matéria Orgânica que se acumula nas camadas superiores provêm do Húmus - matéria morta como folhas e restos de animais. O Húmus confere assim ao solo a sua cor escura, assim como os seus nutrientes, melhorando a retenção de água (em solos arenosos) e a drenagem (em solos argilosos).
As Bactérias do Húmus desempenham desta forma um importantíssimo papel na fixação do Azoto da Atmosfera que fica então à disposição das Plantas.
Um Solo na sua Maturidade demora cerca de 10.000 anos a desenvolver-se, enquanto as plantas crescem, permitindo que os nutrientes circulem entre o solo e a vegetação. Se não for sobre-explorado (o que sucede infelizmente por, e sobre várias partes do globo), um solo permanece fértil durante milhões de anos! Sem cobertura vegetal, o solo sofre desse modo uma gravíssima erosão e que, no prazo de décadas, não poderá ser de todo restaurado.
Há que referir ainda de que, em relação às Partículas do Solo, estas estando separadas por espaços de ar contendo quantidades variáveis de água, oxigénio e azoto, sustentam o que se pode chamar de vida subterrânea. O Oxigénio encontra-se sobretudo nas camadas superiores, sendo usado pelas raízes para a respiração das células.
As Bactérias Nitrificantes tornam assim o azoto disponível para as plantas. outros organismos da comunidade do solo incluem Ácaros, Aranhas, Lesmas, Fungos, Centopeias, Roscas e Minhocas. Os tipos de solo classificam-se então na base da sua textura, composição química e teor de matéria orgânica.
Outra distinta vertente da espécie Lémure em Madagáscar (em versão-surpresa ante um invasivo fotógrafo).
As Urgências Políticas...
Segundo o registo e, afirmações extraídas do contexto desta imagem, há quem invoque o caos político em que esta zona ou região asiática do globo se nutre, em total desbravamento de terras e territórios afectos a si, sem complacência alguma sobre estas espécies e toda a biodiversidade aí existentes. Uma calamidade!
É referido também que, ciclicamente, a cada ano que passa, por vias de queimadas e incêndios florestais, a desflorestação que aqui consta, se trata evidentemente de um dos maiores atentados ambientais sem que as entidades oficiais do país (ou destas regiões envolvidas) faça algo nesse sentido contrário.
O Planalto Central - outrora coeso e denso de frutuosos terrenos vegetais ou florestais - viu-se arremessado num deserto sem fim à vista, por onde se pontuavam pastagens, arrozais e plantações de eucaliptos. Numa razia imperdoável (vorazmente gananciosa ou maliciosa de se lucrar no imediato o que posteriormente da terra se não poderá tirar mais...) esta região está na iminência de se deixar desaparecer, uma vez que as florestas são essenciais para a sustentação da Terra, aquando as chuvas ou outras intempéries, no que se regista sempre em maior catástrofe humana na medida em que não há árvores nem florestação para conter essa águas, essas possíveis enxurradas do Céu!
Solos Ácidos e Alcalinos
Os diferentes teores de minerais e de acidez de um solo exercem um efeito considerável nos tipos de plantas que podem crescer. Um Solo Arenoso Ácido - pobre em nutrientes - é favorável a Árvores Coníferas e a Plantas como as Urzes, que não toleram muito cálcio; chamam-se: Calcífugas.
Se as Calcífugas crescerem em terrenos alcalinos sofrem por isso de fraco metabolismo do ferro. Em contraste, as Calcícolas (que gostam de cálcio), crescem em solos alcalinos ricos em cálcio que se encontram nas pastagens.
Calcícolas típicas são as plantas das pastagens que crescem apenas em terras calcárias baixas e pouco profundas. O Cálcio - e outros componentes alcalinos - acumulam-se assim no solo e em climas áridos. Podem ser lixiviados (arrastados) pela irrigação, desde que a drenagem seja adequada para evitar então o alagamento.
Nova Imagem da sempre a descoberto desflorestação que, por via aérea se resume na já tão imprevisível devastação territorial; uma vez mais em Madagáscar.
A Terrível Devastação!
Embora as Florestas Húmidas abriguem grande abundância de vida vegetal, os seus solos são surpreendentemente frágeis e pobres em Matéria Orgânica. Assim acontece porque as plantas absorvem os nutrientes tão depressa que, a sua maioria, fica retida na Biomassa e não no Solo!
Quando as Florestas Tropicais são Abatidas, os solos ficam então sumamente expostos a copiosas chuvas, tal como já se referiu. Sem a vegetação para a reter, a água escorre pelos terrenos transportando partículas do solo, e dando assim origem a acentuada erosão.
Os Perigos são perfeitamente evidentes nestas paisagens que se têm anotado ao longo do texto sobre Madagáscar, na Ásia. É praticamente impossível recuperar a terra depois dos danos causados.
Os Solos Tropicais e Temperados renovam-se a um ritmo médio de três centímetros a cada 500 anos (embora o processo possa ser duas vezes mais lento) ao passo que a erosão avança de 18 a 100 vezes mais depressa. Uma realidade que muitos não querem ver ou sequer admitir, vergonhosamente!
Uma outra espécie, resplandecendo a imensa biodiversidade biológica de fauna e flora em Madagáscar.
Madagáscar e a sua incontornável beleza...
Sendo Madagáscar uma ilha e igualmente um país insular - que se situa no Oceano Índico, situado ao largo da costa sudeste de África - há quem o designe e, localize, como sendo pertencente a Ásia e não a África numa posição geo-estratégica muito reconhecidamente posicionada. E, segundo consta, onde por lá andaram navegantes quinhentistas portugueses que tão bem se deram com as suas gentes, as suas populações: de pessoas e animais que, porventura, jamais tinham visto na terra, na sua terra de origem.
E assim vamos descobrindo esta tão maravilhosa ilha (ou o que desta poderíamos considerar em beleza e assumpção vegetal, ou não fossem os dislates por mão do Homem na procura do lucro fácil de madeiras). além a devassa sobre animais e espécies em perigo de extinção...
Na Ilha de Madagáscar (África ou Ásia, o que importa...?) vivem mais de 500 espécies de Anfíbios. Todavia, por alerta das entidades especializadas nesta área, um determinado Fungo pode colocar em risco várias populações (ou mesmo populações inteiras!) nesta região.
«Boophis aff elenae»: um bom exemplar das muitas variantes de espécies de anfíbios encontrados na ilha de Madagáscar. E agora em perigo!
Este alerta foi anotado e exemplarmente divulgado na revista «Scientific Reports» sobre um estudo que Gonçalo M. Rosa fez parte numa intensa investigação (no que se tem debruçado ao longo de vários anos, ainda que seja muito jovem) este herpetólogo português, da Sociedade Zoológica de Londres. O estudo em que briosamente se empenhou retrata o impacto das doenças nas comunidades de Anfíbios, o que M. Rosa tentou explanar com toda a precisão possível.
«Este fungo pode ser responsável pela maior perda de Biodiversidade na História - causada por uma doença! Nos últimos 30 anos, o quitrídio (que provoca a doença chamada «Quitridiomicose» está associada ao declínio de dezenas de populações. Em várias áreas tropicais do planeta, populações inteiras foram empurradas para a extinção. Ora, isto tem um impacto enorme, além da perda da Biodiversidade! Os Anfíbios têm um papel essencial no Ecossistema, situando-se no meio da cadeia alimentar. Tanto servem para um elevado número de espécies como eles próprios consomem uma enorme biomassa de Invertebrados - alguns deles (potenciais) vectores de doenças que afectam a saúde pública.
A visibilidade do fungo «Batrachochytrium dendrobatidis»: o tormento letal nos Anfíbios em Madagáscar. O que noutras zonas, outras regiões do globo já suscitava a preocupação; sendo esta ilha isenta do mesmo, se vê agora latente em mais um problema a resolver no mundo animal; concretamente nos anfíbios da região.
Os Encantos de Madagáscar/Infortúnio dos Anfíbios
Madagáscar é uma ilha com uma diversidade única de espécies (cerca de 500, aproximadamente) apesar de só 300 espécies estarem descritas, segundo ainda Gonçalo M. Rosa.
Quando comparado com a realidade europeia, este número torna-se impressionante, enaltece M. Rosa.
«Por exemplo - refere ainda - Portugal possui no seu reino animal 20 Espécies de Anfíbios, sendo considerado assim um Hotspots de Biodiversidade Anfíbia da Europa. Mas, o que torna Madagáscar tão especial (reitera) são os seus endemismos, ou seja, as espécies que lá habitam não são encontradas em mais lugar nenhum do mundo! É esta Biodiversidade única que que pode estar em risco ao adicionarmos uma linhagem virulenta de quitrídio às ameaças ferozes já existentes, com a destruição dos seus habitats».
o Dóssel da Floresta Tropical: o mais exímio equilibrista que teria futuro no «Circo du Soleil»...
A «Mantidactylos pauliani» é uma espécie criticamente ameaçada pela destruição do seu habitat. Existe apenas no maciço de Ankaratra, onde a prevalência de quitrídio foi de 100%.
Ainda segundo Gonçalo M. Rosa, deve-se urgentemente apostar na divulgação do problema - desde a população comum à classe política - em que o melhor que se pode fazer para prevenir que este fungo não alastre ou se espalhe, seja uma atitude mais consciente e sabedora sobre este problema.
Esta preocupação estende-se aos turistas e investigadores que visitem o país, podendo trazer consigo esporos do fungo nos pedaços de lama agarrados às botas.
É sabido de que, por vezes, mesmo não se querendo fazer proliferar estes fungos (tendo-se todos os cuidados possíveis nesse sentido) ainda assim há sempre «fendas» ou por onde este escape; daí ser efectivamente necessárias medidas eficazes no combate à contaminação.
Um outro exemplar que corresponde na perfeição ao que poderia ser um feliz adepto do Chelsea FC, se não fosse a sua bela compleição de habitat natural nas Florestas Tropicais, onde, por sua vez, tem de se deixar viver e não morrer por entidades fúngicas letais que, invariavelmente, acabarão por eliminar os da sua espécie. Desejando que tal não suceda, sejam bem-vindos os êxitos futuros dos biólogos que estas maleitas terrestres estudam.
As medidas no combate ao fungo maldito...
O conhecimento do fungo já estabelecido e resumidamente estudado (ou averiguado) vem desta forma pontificar a urgência de medidas. Entretanto estudam-se as várias possibilidades ou formas de mitigar o impacto do fungo, passando pela manipulação de Bactérias Probióticas com propriedades anti-fúngicas que aprisionem este fungo. Este fungo foi registado pela primeira vez na década de 90; de então para cá (em pleno 2016) já foi detectado em mais de 500 espécies de anfíbios em todo o mundo. Destas, 200 já sofreram um declínio por causa da infecção instalada. Uma tragédia animal e, ambiental, que se tentará por todos os meios minimizar, se não for possível erradicar de vez tal!
Começando nos solos da Terra, viajando pelos céus e pelo ambiente de todo planeta, acabando no tão terrível fungo dos anfíbios, só nos resta completar que, tendo nós, seres humanos, a desventura de estar a viver um dos piores pesadelos devido ao vírus «Zika», que mais se nos seguirá em praga total como uma espécie de maldição sobre todas as espécies da Terra...?
Mas, inversamente ao despojo ou desespero que daí se faça, deseja-se que esperança haja e homens e mulheres de boa ventura também existam na aferição sobre estudos, investigação e, colaboração, entre todos os pontos do globo em circunstância feliz biológica/científica de se preservar toda a biodiversidade planetária; seja nos solos, seja nos rios, mares e oceanos que cobrem toda a Terra. Para além da eficácia rápida e, segura, de um antídoto que trave este diabólico ou demonológico Zika na Terra! Aguarda-se notícias com muita expectativa. E alguma impaciência. Mas temos esperança!
Sejamos unidos, conscientes e trabalhadores nesta causa maior e todos sairemos a ganhar! As Plantas, os Animais e toda a Humanidade. Aperfeiçoar, reunir e dinamizar é, no fundo, tudo o que precisamos para não fazer vingar neste mundo as teorias e práticas fúngicas - virulentas ou bacteriologicamente invasivas - num maior reforço do planeta em saúde e bem-estar de todos os seres viventes! Bem-hajam os que assim pensam, trabalham e efectuam os sucessos de que todos nós precisamos para nos salvarmos de tudo isso. Algo que jamais deveremos esquecer...
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
Ecologia Ambiental II (Factores Climáticos)
Gansos-das-Neves no Árctico (circulo polar árctico).
É sobejamente conhecida a influência que os Factores Climáticos exercem sobre as populações; muitas delas, em sazonalidade ou busca de melhores condições, rumam a outras paragens, a outros locais mais amenos de equilíbrio ambiental. Outras hibernam em condições de extremas temperaturas de Invernos rigorosos, como no caso dos Ursos nos pólos ou das Serpentes nos mais variados pontos do globo em invernia pronunciada, onde regressam depois «ressuscitadas» na Primavera.
A Temperatura, esse grande factor climático que a todos nos seduz e, reduz, ante a temível ou futura circunstância cataclísmica de um dia tudo poder gelar - ou incinerar - sem clemência ou adaptação possível, é o grande factor de suporte de vida no planeta. Para além dos níveis de luz e, precipitação.
Fosse a Terra como Vénus (em temperaturas de autêntico inferno ou de Marte em que se pode chegar no Inverno dos -70ºC aos -140ºC em inexistente habitabilidade para o Homem, que não seja em sustentação modular e nunca em aberta atmosfera como se faz na Terra (com excepção para os pólos em que é praticamente impossível alguém sobreviver sem essa mesma sustentação ou preparação para tal), que faria o Homem, se acaso as regras mudassem e tudo se alterasse numa loucura planetária do que conhecemos até aqui...? Saberíamos sobreviver a tal...?
As migrações sendo comuns, também respondem a uma necessidade dos animais em melhor ambiência (como no caso dos gansos-das-neves que se deslocam do Árctico para o golfo do México, chegando a percorrer 3500 quilómetros de distância para sul). Todavia, se algo os confundisse, se algo os baralhasse nesse impressionante GPS natural de magnetismo e rumo direccional que os encaminha, que seria destes animais, que seria de todos nós, caso se invertessem os papéis e, nós - seres humanos - e animais, nos toldassem o raciocínio, o conhecimento e mesmo as memórias de quem já tendo percorrido um longo passado, não distinguiria, em si, um breve futuro???
Gansos «Careto Mayor» na Reserva Ecológica de San José del Cabo - Califórnia (EUA): o longo caminho percorrido após estada na tundra árctica.
Factores Climáticos
Os níveis de luz, a temperatura e os padrões de precipitação são as condições climáticas que exercem o efeito mais significativo nos Ecossistemas.
É necessário um valor adequado de cada um destes factores para suportar a vida. No entanto, a gama daquilo que é «adequado» é suficientemente vasta para se encontrarem Plantas e Animais em quase todos os climas. A Luz do Sol é assim fundamental para a Fotossíntese! A sua intensidade varia ao longo do dia ou do ano, assim como em função das características do Habitat - como o seu clima e o facto de este se encontrar numa encosta virada a Norte ou a Sul.
O Fotoperíodo ou Insolação é o número de horas de luz num período de 24 horas e varia com a estação do ano. Muitos Animais e Plantas das regiões temperadas, onde as variações sazonais da duração dos dias são mais marcadas, apresentam respostas intensas ao Fotoperíodo.
As Plantas detectam o período de escuridão, o que afecta a altura em que a maioria delas floresce. Há Plantas que só florescem quando os dias são longos e as noites curtas (as plantas dos dias longos); aquelas que preferem dias curtos e noites longas chamam-se«Plantas dos dias curtos».
Espécie protegida de gansos que, no arquipélago Svalbard na ilha norueguesa de Spitsbergen, no chamado árctico norueguês, se tenta reduzir no estupro causado pelo seu principal predador, o Zorro polar (para além do Homem e que, tal como a imagem reproduz, tenta por sua vez desautorizar as entidades oficiais - e o próprio ganso em questão - na demanda da caça furtiva).
Os Animais e as Alterações Climáticas
No caso particular destes gansos acima referidos que, em designação castelhana dá pelo nome de «Barnaca cariblanca» ou ganso-de-faces-brancas (Branta leucopsis) e que, por sua vez, percorre cerca de 3000 quilómetros até chegar a este bom porto (em reserva natural de protecção e preservação desta espécie), onde se tem registado - infelizmente - um considerável aumento de temperatura que ronda os +2,5ºCelsius em média nos últimos 100 anos - frente a um +0,8ºC no resto do globo.
O Ornitólogo Holandês, Maarten Loonen, tendo registado esse aquecimento climático localizado na ilha, veio assim alertar toda a comunidade científica para o facto, no que não se tem escusado de esforços e, divulgação, na preservação desta e outras espécies que porventura venham a sofrer com este aumento de temperatura, pelo que pode inclusive colocar em risco a nidificação e desenvolvimento reprodutivo da espécie.
Ganso e Zorro, ambos as espécies que no Árctico fazem o seu habitat: um, o predador - Zorro - o outro - o Ganso - que tenta sobreviver. Ambos, estão hoje em declínio do que se induz pelo aquecimento climático global na escassez de alimento.
Os Gansos-das-Neves fazem do Árctico o seu lar de Verão por um período breve, mas condições rigorosas extremas (de alto índice de temperaturas negativas) fazem com que estas percorram 3500 quilómetros para Sul, na direcção do golfo do México.
Gnus da savana de África migram igualmente com as chuvas sazonais em busca de novos pastos. Passam a estação húmida - de Novembro a Abril - na planície de Serengueti, a sul; a estação seca - de Maio a Julho - na parte ocidental de de Serengueti; e Agosto e Setembro a norte. Deslocam-se em rebanhos enormes na companhia de Zebras e de algumas Girafas.
Urso Polar (pensativo...?) Que futuro para os Ursos Polares - e tantas outras espécies - em conformidade absurda do aquecimento global que se faz sentir já no planeta...? Quem os protege da sua provável extinção ou da sua existência planetária (ou sobrevivência!) se, no que se tem ultimamente observado, derreterem as calotas polares a breve prazo???
A Influência da Luz...
A Duração do Dia afecta o comportamento de muitos animais e, está directamente associada à dormência, à hibernação e à migração. Também determina a época do acasalamento. Em Biomas Aquáticos, a profundidade a que a luz consegue penetrar condiciona a distribuição de plâncton e de outras formas de vida.
Do ponto de vista humano, uma área húmida - como por exemplo, um qualquer grupo de poças de rochas situado nos litorais do globo - é, muitas vezes, improdutivo: o terreno é demasiado húmido para a construção e a água é demasiado salgada para se poder beber. Na realidade, as terras húmidas do litoral de qualquer zona terrestre, são sempre ecossistemas muito ricos, com uma grande diversidade de habitats. E nestas, a influência da luz também se torna preponderante no equilíbrio de todo o ecossistema envolvente!
A gama de espécies que se encontram nestas áreas depende de vários factores. O mais importante é a salinidade da água. Outros factores são a Temperatura da Água, a profundidade a que a Luz do Sol pode penetrar (permitindo assim que tenha lugar a Fotossíntese) e a disponibilidade de nutrientes vegetais e de Oxigénio dissolvido.
Lobo do Árctico: apesar de andar em conjunto com a sua alcateia, é por excelência um caçador solitário. Tem resistido ao longo dos séculos à perseguição humana; todavia, há que envidar esforços nessa contenda persecutória de caça e morte. Talvez em breve, só os possamos ver em Reservas de Protecção Animal ou Zoológicos, o que se lamenta.
Adaptação ao Meio Ambiente
O Funcionamento das Células é afectado pela temperatura. Poucos organismos conseguem sobreviver se a temperatura à sua volta não se situar entre 0 e 40ºC.
As Temperaturas de Congelação da Água podem de facto ser muito nocivas às células vivas, ao passo que as temperaturas elevadas alteram a estrutura de substâncias do corpo como as Enzimas.
Os Animais Endotérmicos (de sangue quente) - como os Mamíferos e as Aves - podem regular a sua temperatura corporal face a temperaturas exteriores variáveis.
Os Animais Ectotérmicos (de sangue frio) obtêm a energia térmica do ambiente. Passam grande parte do dia a tomar banhos de Sol para dessa forma absorverem então o máximo de calor possível, hibernando durante os meses de Inverno para evitar o tempo frio.
Caldeira natural das Furnas, Açores: actividade sísmica/vulcânica na ilha de São Miguel, Açores (Portugal).
Não só uma característica natural da ilha, como a sua verdadeira essência de uma Atlântida perdida que aqui deixou o seu registo e que, por actividade sísmica, se vem pronunciando ao longo do tempo.
Influência da Temperatura
A Temperatura também afecta as Plantas. Em Biomas Frios, como a Tundra e as Florestas de Coníferas, as plantas têm de suportar muitos meses de temperaturas negativas. A sua estação de crescimento limita-se aos Verões curtos e quentes, cuja duração anda na ordem das 16 semanas.
A Neve que cobre essas Plantas pode inclusive agir como um lençol isolante que as protege dos piores rigores do frio: a temperatura debaixo de uma camada de neve pode ser 20ºC mais elevada do que a do solo exposto à intempérie! No extremo oposto, algumas bactérias que gostam de calor, chamadas «Termófilas», podem viver em ambientes cujas temperaturas excedem os 100ºC.
Encontram-se exemplos em alguns lugares da Islândia, Nova Zelândia, Estados Unidos e nos Açores (Portugal), onde a actividade vulcânica faz com que a água quente aqueça a superfície onde essas bactérias proliferam.
Paisagem natural de lagoa, na ilha de São Miguel, nos Açores. Nas Furnas, a água quente onde se podem fazer banhar os visitantes (entusiasmados com a dócil temperatura da água sulfurosa que emana da terra) faz as delícias dos turistas. Um oásis perfeito! (São Miguel - Açores)
Microclimas...
Pequenas diferenças nessas condições criam microclimas nos habitats. Por exemplo, a Temperatura e a Humidade variam bastante por baixo e por cima duma grande pedra, entre a parte da frente a parte de trás de uma árvore - ou numa vertente de um vale - comparada com a outra.
O ar por baixo da copa de uma qualquer e simples árvore é sempre mais fresco - e mais húmido - do que o ar existente numa clareira.
O Lado virado a Norte de uma qualquer árvore, é sempre mais escuro e por conseguinte muito mais húmido do que o Lado virado a Sul, constituindo, muitas vezes, o lar de musgos e de algas que crescem vivificante e exuberantemente na sua casca.
A Temperatura do Interior de algumas flores do Árctico pode estar 10ºC acima da temperatura exterior devido à sua morfologia, em forma de taça, que recolhe a luz solar.
Dimetrodonte (Dimetrodon)
Dimetrodonte: animal ectotérmico
O dinossauro Dimetrodonte era um animal ectotérmico (de sangue frio) que dependia da energia solar para para o aumento da sua temperatura corporal. Para tornar este processo mais eficiente, a superfície do seu corpo era acrescida com placas que se levantavam ao longo do seu dorso para captar a luz do Sol. As Placas compunham-se de vértebras alongadas ligadas por uma camada de pele e podiam ser recolhidas quando o Dimetrodonte estava suficientemente quente.
As Cobras Cascáveis também são espécies ectotérmicas, mas não possuem um equipamento corporal tão elaborado. Põem-se ao Sol no tempo quente, mas, à medida que os dias se tornam mais frios e mais curtos, deslocam-se para buracos e grutas onde passam o Inverno num estado de dormência até que a temperatura comece a subir na Primavera. Mas algo mais se tem de rebuscar sobre o já referido Dimetrodonte. Vejamos então:
«Dimetrodon» ou em português, Dimetrodonte, é normalmente confundido e, difundido erroneamente, com um dinossauro. Não o era, pelo simples facto deste pertencer a uma jurássica espécie de réptil que, terá vivido há cerca de dezenas de milhões de anos antes dos dinossauros conhecidos por nós.
Mais exacta e concretamente como « Pelycosaur» ou Pelicossauro que viveu há aproximadamente 50 milhões de anos como réptil da Pré-História. Ou seja, antes dos primeiros dinossauros e sua sequencial evolução!
Dimetrodon - muitos fósseis foram encontrados no Texas, EUA.
A outra verdade sobre os Dimetrodontes
Os Pelicossauros, estando mais intimamente relacionados com répteis semelhantes a mamíferos (do que os Arcossauros que entretanto deram origem aos seus precedentes dinossauros), pode-se tecnicamente afirmar que Dimetron era um ser mamífero e não dinossauro.
A Maioria dos Dimetrodons ou Dimetrodontes foi descoberta na América do Norte, em particular na região do Texas, perfazendo a certeza do que este viveu em tempos ancestrais, muito anteriores aos dinossauros. Em 1927 foi registado o seu fóssil que compunha uma cauda, muito diferente de outros encontrados (Pelicossauros) sem cauda!
Devido ao facto de muitos fósseis terem sido descobertos de Dimetrodons (em particular no século XIX), os paleontólogos tiveram a quase certeza (ou o palpite inicial) da dicotomia entre estes e mesmo a estabelecida diferença entre os sexos que se revelaria agora em dimensão e comprimento.
E isto, na população masculina dos Dimetrodons, sendo a altura cerca de 15 pés de comprimento e 500 libras (226,7 kg) com ossos mais grossos e mais proeminentes e, com velas que, suporta então a teoria, de que essa seria uma sua seleccionada característica sexualmente activa (que ele ostentaria em seu proveito ou chamamento de fêmeas), ou seja, machos com velas maiores, sexualmente mais atraentes para com a sua população-fêmea em atracção e, acasalamento!
Borboletas e o seu natural encanto face ao ambiente que a rodeia...
Migrações das Borboletas
Não se poderia finalizar este texto, que não fosse através de toda a exponencial beleza que as Borboletas emanam por todo o planeta. Sendo tão efémera a sua vida, não é por isso que se deixa aqui de referir o quanto estas, em migração latente, se deixam latejar e, viver, empreendendo longas viagens até um meio ambiente menos hostil e que, assim, as seduza de igual forma.
As Borboletas-Monarcas empreendem de facto grandes migrações - todos os anos - em relação e resposta imediatas a incidentes mudanças climáticas, em especial, variações na duração dos dias, que têm lugar na Primavera e no Outono.
Na América do Norte, as Borboletas deslocam-se para Norte até ao Canadá, durante o Verão. A descendência dessas Borboletas migra então para Sul em direcção à Califórnia (EUA) e para o México, onde passam o Inverno em colónias. Numa espécie de «americam dream» para o ócio mexicano, as nossas queridas e belas Borboletas representam, no fundo, toda a essência planetária de bem com a vida. Ou, tentando que esta lhes seja mais afortunada...
Planeta Terra - Imagem prestigiosamente ofertada pela NASA: que futuro para os animais e, para nós, seres humanos, se tudo mudasse...?
O Futuro que queremos...
A Bio-capacidade do planeta em suportar a Humanidade (e todos os seus inconvenientes), assim como a sobrecarga dos recursos até agora disponíveis na Terra, tem induzido o Homem numa afronta imparável de esgotamento de todos esses recursos (renováveis ou não) sobre o que, muitas vezes, não legitima nem sequer se assume responsável.
Ser autista, pode, em muitos casos, ser o afluente mais certeiro - ou de vector direccional - para um próximo e irremissível abismo em que o Homem e, por conseguinte toda a Humanidade, cairá! Ter admitido não subir os níveis das emissões de gases ou de CO2 (dióxido de carbono) e não aumentar a temperatura global em cerca de 1,5ºC, é de autêntico desplante em face ao que, hoje, já se constata de descongelação dos pólos e aquecimento climático global que, registado nas calotas e por todo o litoral terrestre, se irá pungir dentro em breve. Mas o Homem parece negar tal ou então, esquecer-se de que, a nada fazer em sentido inverso, penará, à semelhança das plantas e dos animais na Terra!
A Grande Pegada Ecológica - na demanda do que a Humanidade tem auferido, em particular nestes últimos dois séculos - fará, indubitavelmente, que o planeta sofra e, pereça. Talvez houvesse ainda tempo, ante a discordante análise e conclusão dissonante que tantos povos da Terra enfrentam entre si, sem chegar a uma finalidade concreta de assumir - de uma vez por todas - de que o planeta não só está em sofrimento, como nos irá ser uma cavada sepultura se para tal continuarmos a dissecá-lo; por dentro e por fora!
Não sei se Vénus ou Marte (respectivamente o segundo e o quarto planetas a contar do Sol) que, expectável e catarticamente, se terão envolvido numa catástrofe que os não deixa libertar vida. Talvez a Terra lhe siga os passos; e é pena!
A eterna agonia da Terra! Sobreviverá ela ao Homem...? E o Homem, sobreviverá a ela...???
A mais execrável demanda do Homem: conquistar a Terra!
A Terra agonia e tudo o que a persegue, envolve e experiencia em si! O déficit ecológico apresentado pelos recursos que desta espoliamos é tão abominável e consideravelmente abstruso, que dá dó só de se pensar o que outros fariam dela (outros mais honestos, sérios, íntegros e saudáveis...) e, tudo isso, numa outra espécie, outra civilização mais meritória de nesta viver!
Saque completo das matas e florestas; escassez de águas, erosão dos solos, perda de grande parte desta ostensiva - até agora - biodiversidade planetária, assim como o consequente crescimento do dióxido de carbono, que em breve irá matar (literalmente) - a Terra! E o Homem, assiste. Estúpida e despudoradamente... assiste a tudo sem mexer uma palha. É trágico, é cruel e pior, é terrível para a Humanidade que morrerá com ela, com esta nossa amada Terra.
Quando o Homem acordar... já será tarde! A sustentação da Terra, o seu equilíbrio, a sua temperatura, o seu ambiente, as suas chuvas, os seus gelos e degelos e toda a sua compleição terrestre até aqui muito, mas muito, benevolente com a Humanidade, se quebrará, se outra civilização superior nos ditar o Fim dos Tempos. E, sem sequer termos escutado o que tantos nos diziam, prevaricámos, conspurcámos o nosso solo, os nossos céus, o nosso berço terreno. Fomos tão ociosos e malabaristas nessa pertença tão gananciosa e avidamente sequiosa de tudo saquear, esventrar e maltratar a Terra, que nem nos demos conta que era sobre nós que ditávamos o fim de nossos trágicos destinos...
E a Mãe-Terra, que sempre nos amamentou, criou, segurou nos braços e reiterou como sua, que lhe fizemos nós? Desprezámo-la! E fizemo-lo com os mais requintados ornamentos de malvadez como mãe-espúria e pária que se não quer conhecer nem abraçar, beijar - ou criar colo - em omissa ternura de tão cândida progenitora que renegámos e nem ao de leve... amámos.
Os espinhos são muitos e fazem ferida. A não nos darmos conta disso, iremos brevemente morrer não de tédio, mas, de incumprimento e hemorrágica condição de indigência e maldição por nesta (Terra) termos dilacerado o umbilical cordão de nossos antepassados; pior: de nossos filhos e netos e demais descendência. E tudo isso, porquê...? E em prol de quem...? Talvez em prole planetária que não verá a luz do dia nem o calor ameno de uma sua temperatura que até aqui nos guiou, ofertando o seu ventre, o seu materno ventre de Mãe-terra que é. Quando o Homem despertar para tal... já só ouvirá os os sons, os acordos ou os rumores de um cataclismo que não pediu mas se sujeitou por tão negligente e preguiçoso ter sido. E criminoso! Será uma palavra muito forte...? Penso que não. Pior será, quando o sentir na pele. Teremos ainda perdão por isto...? Não sei. Sinceramente não sei.
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Ecologia Ambiental I (Factores Hídricos)
Litoral Alentejano - Porto Covo (região do Alentejo com ilha do Pessegueiro em fundo) - Portugal (UE)
A Água - esse tão precioso líquido que nos corre nas veias, na similitude do que na Terra-mãe resplandece em rios, mares e oceanos. Água salgada, água doce; água benta de todos nós! Mesmo que a não queiramos sacralizar, haverá dúvidas terrenas de que se esta não existisse, a nossa sobrevivência humana também não se desenvolveria? Sendo a água, o elemento mais fiel da criação de vida (para além de toda a evolução através dos factores hídricos compostos na Terra), que planeta seria o nosso, sem fertilidade e sem futuro e, pior, sem civilização (ou população animal) alguma?
Sabe-se que, nos próximos séculos (muito para além do tão requisitado petróleo) seja a água, o mais desejado líquido que se tentará manter, seja por vias de uma dessalinização pontual oceânica, seja pela procura desenfreada de novos aquíferos ou poços subterrâneos; contudo, o Homem tem hoje a certeza da sua não inesgotável propriedade sobre a Terra. Que fará para mudar isso então...?
E, se tudo desidratar, se tudo evaporar sem chuvas, sem gelos ou sem o prestigioso e natural factor climático que na Terra se produz (se acaso houver uma inversão de tudo isso ou alteração brusca da temperatura em que tudo possa ficar desértico), que biomas terrestres se consolidarão no planeta que não o reverta igual a Marte, igual a tantos outros estéreis de vida, estéreis de esperança???
Terrenos Férteis no Alentejo: ecossistema rico em diversidade de habitats (nas terras húmidas laterais ao mar onde profusamente se desenvolvem várias espécies).
O Ambiente Físico
A sobrevivência de todos os seres vivos constitui o maior desafio planetário imposto pelo seu ambiente. A disponibilidade de alimento, o espaço vital, o oxigénio e a água, a temperatura, o tipo de solo e muitos outros factores constituem Factores Físicos do Ambiente.
As Plantas e os Animais têm assim de prosperar no ambiente que os rodeia ou adaptarem-se de modo a terem essa capacidade para o fazer.
Os Factores Físicos como o solo, a água e o clima chamam-se: «Factores Abióticos». O solo contém nutrientes, assim como ar e água. As suas características físicas - e químicas - são influenciadas pelas rochas de onde derivam. A Água também contém nutrientes dissolvidos, mas a acidez, a salinidade e a temperatura também são importantes! Os Factores Climáticos incluem a quantidade de luz, a temperatura e o padrão de pluviosidade.
Os Factores Bióticos (vivos) são então representados pelos organismos vivos no seio de toda uma comunidade. Os papéis que desempenham no Ecossistema podem, por sua vez, ser o de Predadores, Parasitas ou Competidores. Cada um tem o seu modo diferente de sobrevivência e, cada um, exerce por conseguinte um efeito diferente sobre o sistema.
Os Elementos Abióticos e Bióticos estão assim intimamente ligados! Numa escala global, influenciam determinante e criteriosamente a Biosfera - a parte da terra que é adequada à Vida! Numa escala mais pequena, podem mesmo influenciar a distribuição de uma determinada espécie - afectando subsequentemente a composição de uma comunidade; e, portanto, a estrutura de todo o Ecossistema!
Mapa da Terra Nova - Canadá - Existência de grandes bancos, de águas pouco profundas, onde a corrente quente do Golfo se encontra com a corrente do Lavrador (que se lhe sobrepõe, criando assim um ambiente muito rico que suporta milhares de milhões de exemplares de plâncton, que constitui a base alimentar de muitos peixes e baleias).
Factores Hídricos
Todas as formas de vida necessitam de água para a sua sobrevivência, como é do conhecimento geral, ou não haveria de facto vida, na Terra!
O Corpo Humano compõe-se de cerca de 70% de água; outros animais e plantas variam num teor de 50 a 97% de água. As células vivas compreendem deste modo um certo número de organismos e de substâncias químicas num meio líquido - o Citoplasma - e a sobrevivência das células pode ser ameaçada pelas alterações da proporção da Água no Citoplasma através da evaporação (dessecação) do seu excesso ou da perda de água ou de nutrientes no ambiente - uma consequência de, por exemplo, colocar uma célula que foi concebida para a água doce num ambiente de água salgada.
A Água tem uma vasta distribuição na Terra, embora em algumas áreas desérticas a sua disponibilidade seja limitada, talvez confinada a uma única chuvada por ano.
A qualidade da água é naturalmente muito variável, sendo que as variações afectam indubitavelmente o tipo de organismo que ocupa um determinado Habitat. Para além da disponibilidade, as variações naturais mais importantes na qualidade da água são: A Salinidade, a Acidez, a Temperatura, o seu teor de Oxigénio e de Minerais.
A vasta orla marítima atlântica por onde se exibem espécies e organismos que, nascendo em rios de água doce (tal como os salmões) que migram para o Oceano até à maturidade e regressam de novo à água doce para se reproduzirem. Há que referir de que a maioria dos Organismos Aquáticos pode sobreviver em água salgada ou em água doce - mas não em ambas!
Influência da Temperatura/Oxigénio/Salinidade
No caso da população do Salmão, estes identificam o seu lugar de nascimento «provando» a água. Tentando ser precavidos (ou de contrário essa negligência ser-lhes-ia fatal!) os salmões sabem, previamente, o quanto a mudança de água doce para a água salgada (e de novo para a água doce) lhes exige assim uma alteração completa da sua fisiologia - uma proeza ao alcance de poucos animais!
Há que referir ainda de como os Organismos Aquáticos estão inteiramente rodeados de Água, no que a disponibilidade não constitui um problema. A sua adequação depende em muito da Temperatura, do seu teor em Oxigénio e, da sua Salinidade. Nem a salinidade nem a temperatura da água dos oceanos variam muito; por esta razão, não surpreende que as Primeiras Formas de Vida surgissem nos oceanos e não na terra...
Nos Oceanos e nos Grandes Lagos, a temperatura da água - sob a camada superficial - permanece aproximadamente a 4ºC apesar da enorme quantidade de energia solar absorvida no Verão!
Nos Oceanos, porém, ocorrem diferenças que afectam a vida no seu seio. As Correntes - tanto quentes como frias - deslocam grandes massas de água por todo o globo. A água fria retém assim mais oxigénio do que a água quente e, portanto, suporta uma maior quantidade de plâncton e de outras formas de vida que dele se alimentam.
Num corpo de água mais pequeno, como um Lago ou um Mar Interior, com pouco movimento de água, observam-se camadas distintas de água que não se misturam. A camada superior tende então a aquecer rapidamente, podendo ser muito mais quente do que as camadas inferiores. No entanto, no Inverno, a camada superior arrefece rapidamente e pode congelar, o mesmo não acontecendo nas camadas inferiores. Estas podem de facto possuir muito pouco Oxigénio!
Imagem fantástica que revela uma estranha morfologia no meio do Atlântico (Belize) em singular «buraco negro oceânico» de 300 metros de diâmetro e 124 de profundidade. A magia aquática que certos mergulhadores têm tentado perfurar com êxito, assim como, outras espécies que entretanto aí se isolam.
A Presença do Sal...
Em terra, a disponibilidade de um fornecimento regular de água constitui um dos factores mais importantes que afectam a presença - ou a ausência - de Plantas e Animais.
A Maioria das Espécies encontra-se em regiões com maior abundância de água. Poucos organismos podem beber água salgada, dado que demasiado sal faz com que inevitavelmente as células sequem.
A Temperatura da Água e é menos importante. Pode ser bastante quente, como é o caso da chuva que cai nas Florestas Tropicais, pode ser fria ou até gelada: alguns animais «bebem» neve e muitos rios que representam a fonte mais importante de água de regiões inteiras são alimentadas pela fusão das neves.
A Maioria dos Lagos contém água doce, mas nas regiões quentes, onde se observam elevados níveis de evaporação, a água apresenta uma concentração superior ao normal de minerais dissolvidos provenientes das rochas circundantes, formando então um Lago Salgado. Estão neste caso o Grande Lago Salgado dos Estados Unidos e o Mar Morto, situado entre Israel e a Jordânia, assim como muitos dos lagos do Rift Valley da África Oriental.
As suas comunidades de Plantas e de Animais estão assim adaptadas aos níveis anormalmente elevados de sal!
Mar Morto - Israel (uma versão muito leve mas bela da grande concentração de minerais e neste plácido mar dissolvidos, provenientes das rochas circundantes, formando então este quase lago salgado...) Neste mar não há o perigo de afogamento devido aos elevados níveis de salinidade.
Metabolismo das Espécies face às circunstâncias...
Quanto mais regularmente um Animal necessita de água, tanto mais próximo precisa de viver na fonte. Muitas Aves conseguem levar a sua existência longe da água porque, os seus metabolismos, assim estão adaptados para a sobrevivência com pequenas quantidades de líquido.
Em contrapartida, os Grandes Animais, tendem a concentrar-se em volta de poços comuns. Se a chuva não for abundante ao longo de todo o ano, um fornecimento sazonal regular torna ainda mais hospitaleira uma região que de outro modo seria completamente árida! A Acidez ou o teor em minerais naturais da água reflecte a do solo circundante.
Como dispõem de tão pouca água, os desertos são ocupados por menos espécies do que os restantes Biomas. No entanto, fornecimentos ocasionais do tão precioso líquido, provenientes das chuvas ou de pontuais enxurradas, podem assim ser suficientes para as Plantas e os Animais se adaptarem a uma quantidade de água limitada ou irregular. Por exemplo, o Escaravelho-da-Namíbia recolhe água das gotículas de orvalho que se formam no seu dorso. Espera então - com o seu abdómen levantado - no cimo das dunas de areia do deserto, que a neblina sopre do mar...
No caso dos Pinguins que habitam os frios Oceanos Meridionais - em particular no Antárctico - o seu Bioma Terrestre revela-se extremamente inóspito. Embora vivam em terra durante a reprodução e quando cuidam dos jovens, têm obrigatoriamente de enfrentar essas tão terríveis condições adversas de temperaturas muito baixas (ou negativas) numa investida em busca de alimento - principalmente peixe - para seu sustento.
E do mar nasceu uma ilha... na maravilhosa imagem captada pelo satélite «Plêiades» em Janeiro de 2015, no Pacífico-sul.
Um Ilhéu em forma de peixe...
Por intervenção e entrada em actividade do vulcão Hunga Ha`apai, no Pacífico-sul, assim como por imagem recolhida pelo atento satélite «Plêiades», a Terra viu-se ornamentada de mais um belo ilhéu que se fez evidenciar em latitude e altitude estranhamente consideráveis.
Este ilhéu ou pequena ilha (como convém registar) apareceu no mar do Pacífico após o vulcão subaquático Hunga Ha`apai ter entrado em erupção em Dezembro de 2014, fazendo emergir uma elevação. A lava expelida foi-se transformando em rocha (após semanas de intensa actividade) e, ao superar a superfície da água, originou esta fantástica formação. É de registar que possui somente 100 metros de altitude.
Houve quem por lá se investisse - ou aventurasse - em peregrina e solitária pesquisa voluntária (e talvez pouco consciente com os perigos que entretanto a actividade vulcânica terá ainda exercido nos momentos seguintes...) reclamando do intenso cheiro «sulfuroso» proveniente do vulcão, assim como de um solo muito quente advindo dessa mesma circunstância.
Esta simbólica mas muito bela região do Pacífico, situa-se na localização geográfica do Reino de Tonga, sendo a 176º ilha deste país da Oceânia, numa zona vulcânica de intensa actividade sísmica, conhecida por: Anel de Fogo do Pacífico!
Litoral Sudoeste Alentejano/Costa Vicentina (Alentejo/Algarve) - Portugal
A Acidez (ou acidificação) dos Oceanos
Torna-se imperativo em maior consciência a redução das emissões de CO2 (dióxido de carbono) resultantes dos lixos tóxicos e demais poluentes sólidos ou líquidos que nos mares o Homem verte sem a noção exacta dessa perigosidade. Ou sabendo, a subestima tragicamente!
A Acidez ou acidificação dos Oceanos cresceu exponencialmente nestes dois últimos séculos, no que os investigadores verificaram ter havido um aumento de 26% nestes últimos 200 anos. E isto, numa repercussão ascendente e, na rapidez sem precedentes, com um impacto variado que nestes mares se reproduz sem remissão à vista. O que, também, se induz acrescentar que é resultante da intensa e prejudicial actividade humana que é assim, na totalidade, o único ou grande responsável pela absorção de CO2 (dióxido de carbono) nos Oceanos da Terra!
Imagem capturada do fundo oceânico: as evidências poluentes de cascos de aviões (barcos e outras maquinarias, além os tóxicos e os dejectos do globo) que se abatem no mar. Visível o processo de estupro marítimo - constante - mas que, por vezes, até serve de refúgio e habitat a certas espécies marinhas sem contudo se esquecer os malefícios destas mesmas ingerências no mar.
CDB e as suas conclusões...
Um relatório divulgado e, publicado por meados de 2014, revelaria então ao grande público dos perigos iminentes dessa atitude e comportamento humanos em face à existencial biodiversidade marinha se não se diminuíssem essas emissões poluentes nos mares.
Este relatório veio assim colocar o dedo na ferida, ou seja, veio com toda a lucidez registar a incisiva e, quiçá de futuro, operacional prerrogativa de algo se fazer. Algo que, os investigadores ligados à Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) - por ocasião da 12ª reunião da Convenção das Nações Unidas (ONU) sobre a Protecção da Biodiversidade - achou por bem abrir mentes e, desferir golpes, sobre a até aqui negligência humana. Refere então:
O «PH» dos Oceanos do planeta Terra aumentou 26% em média nos últimos 200 anos, absorvendo assim mais de um quarto (1/4) das Emissões de CO2 (dióxido de carbono), geradas pela actividade humana. Daí que, será imperativo - ou urgente - a redução dessas emissões de CO2!
O litoral em risco...? Que espécies e organismos vivos se perderão a continuar-se com estas emissões poluentes...? (Portugal, tendo uma faixa litoral de grande dimensão em toda a sua costa, poderá inverter tal?)
A Acidez imparável nos Oceanos...
«É inevitável que entre 50 a 100 anos, as Emissões Antropogénicas de CO2 elevem a acidez dos oceanos, a níveis que terão um impacte enorme - quase sempre negativo, sobre os organismos marinhos e os ecossistemas, assim como os bens e serviços que estes proporcionam». - Afirmação corrosiva de muitos dos cientistas presentes nessa convenção. Todos corroborariam de que a Acidez nos Oceanos estavam a matá-los, obviamente. E que, a muito breve prazo, tal se iria notar sem margem para dúvidas, ante a nossa global ignorância de se continuar a poluir continuamente estes.
«A Acidez dos Oceanos varia naturalmente ao longo do dia, das estações do ano, do local geográfico ou da região em si, mas também em função da profundidade da água - os ecossistemas das costas (das orlas litorais) sofrem sempre de uma maior variabilidade do que os que estão em Alto Mar!» - Asseveram ainda os cientistas.
Alguns trabalhos revelaram que a fertilização de certas espécies é muito sensível à Acidez dos Oceanos, enquanto outras são mais tolerantes.
Os Corais, os Moluscos e os Equinodermos (estrelas-do-mar, ouriços etc.) estão particularmente afectados por esta mudança que reduz o seu ritmo de crescimento e, a sua taxa de sobrevivência; mas, algumas algas e micro-algas, podem com isto beneficiar do mesmo modo que alguns tipos de Fitoplânctons.
Este relatório relata ainda o impacte sócio-económico já estabelecido nalgumas regiões do mundo como exemplos do que está a suceder: na Aquicultura do noroeste dos Estados Unidos e na criação de ostras em várias outras localidades do globo.
Os riscos para as barreiras de Coral nas Zonas Tropicais também são uma profunda preocupação, uma vez que exultam ou envolvem a subsistência de cerca de 100 milhões de pessoas que dependem destes habitats. Daí que haja a urgência máxima, segundo os investigadores, de se suprimir estas emissões de CO2, no que só assim permitirá travar o problema. Ou, pelo menos, supri-lo.
Mapa em registo do Norte de África: a seca iminente ou, a incessante busca pela água...?
Água doce; água potável!
Sabe-se que, mesmo uma região sem qualquer pluviosidade pode suportar uma povoação se se recolher a água da condensação.
Em algumas zonas do Norte de África escavam-se túneis até às colinas com furos de ventilação que chegam à superfície. Os túneis são desta forma mais frescos do que o ar exterior; de modo que o ar que se desloca através dos túneis arrefece e, todo o vapor de água que contém, se condensa!
Um Complexo inimaginável de Túneis pode produzir assim milhares de litros de água potável todos os dias! A Água é desta forma recolhida pelos seus habitantes que, de aldeia em aldeia, vão reconquistando esse poder como o mais abençoado da Terra. Que o é, sem dúvida!
Marte possui moléculas de água na sua composição (salty water ou água salgada) que há pouco revelou na existência de água líquida em suas vertentes captadas na evidência espectral.
Marte tem água...?
Possivelmente, sim! Por evidência espectral para um longo processo ainda de estudo hidrográfico, os astrobiólogos da NASA remetem que haverá por certo água líquida neste planeta vermelho.
Por meio de um avançado e mui inteligível espectrómetro de observação igualmente legível em nítida observação ocular, Marte revela agora essa mui considerável possibilidade.
Os cientistas da NASA estando muito confiantes nessa probabilidade, aferem poder ser uma realidade que a nível futuro para a Humanidade, assim como para uma eventual adaptabilidade (ou habitabilidade em futura colonização terrestre sobre Marte...) haverá uma razoável (mas todavia positiva perspectiva!) disso mesmo. Ou, maior consistência no que agora se descobriu!
Dados recolhidos em análise fundamentada, em 2015, obtidos pelo Mars Reconnaissence Orbiter - o satélite que orbita Marte desde 2006 no estudo e pesquisa sobre a existência de água no planeta vermelho - revelaram algo espectacular que se publicou posteriormente em devida anotação na revista Nature Geosciences. Estes dados aludem então à estrondosa revelação na existência de água em Marte (e do que se observa em 4 locais estratégicos marcianos) mostrando as efectivas Linhas de Escorrência Recorrentes, ou seja, as linhas que mostram onde foram encontrados sais hidratados - os tais sais que contêm moléculas de água na sua composição. Um feito extraordinário! Parabéns aos cientistas da NASA por tal descoberta e revelação!
Nada mais a acrescentar, sendo desde já uma intensa obrigação em referência e créditos humanos, o sermos mais amigos do ambiente e, conscientes de uma nova missão na Terra: o limpar ou reciclar o fundo dos mares e oceanos do planeta! E, se possível, suprimir as emissões de elevado dióxido de carbono não só na atmosfera mas, por todos os mares e oceanos há tanto martirizados por mão humana. Ou, em breve, seremos todos uma imensa lixeira a céu aberto de consequências mais trágicas e, inimagináveis, que nem nos nossos piores pesadelos podemos solver ou sequer admitir a curto prazo ir viver; e, acordados! A Humanidade é mais do que isso, tendo para tal força e motivação para tudo mudar - e actuar - em seu seio, em seu ventre. Façamos por isso!!!
sábado, 23 de janeiro de 2016
A Experiência
Marte: a interposta realidade entre a Terra e o nada...
A última mensagem...
A Terra, a 225 milhões de distância, o que é isso comparável a tudo o que se pode obter em Marte...?
Na vermelhidão do que nos rodeia, no turbilhão do que nos foi usurpado, que mais restará de ti e de mim, que nada somos nesta esfera vulcânica seca, desértica e sem futuro algum. Poderá haver esperança de retornar à Terra...? Tu e eu sabemos que não. Tu e eu sabemos o que nos foi aqui deixado: o túmulo, o secreto e não sagrado túmulo com visão para o planeta azul: o da água, o dos oceanos e mares que também não viste, não abraçaste, não sentiste nem navegaste como eu, por anos e anos de conquistas e desistências mas que, era o meu planeta, a minha terra. E agora...o que nos fica disso tudo...? Nada!!!
Janeiro de 2011 - Planeta Terra
Há dois anos que não sei o que é viver. Fui brutalmente decepada do que mais amava na Terra: a minha família. Sobrei eu. Sobrou o desperdício de mim. Mais valia ter morrido! Fiquei sem nada. Fui espoliada do que me fazia viver, do que me fazia levantar de manhã, sorver o café forte e as torradas meio-queimadas com aquela manteiga esbatida de gorduras poli-insaturadas que os publicitários tanto apregoam em benefícios de saúde complementar. Os lanches escolares, os deveres quotidianos, os risos das crianças, as minhas crianças, e a tua gargalhada matinal mais de desdém do que sensual, entre o que dizias ser obrigação e dever - e nunca o prazer - de se estar a viver não para nós, mas para a descendência em repercussão ancestral do que a Humanidade fazia há séculos: trabalhar como escravos sem lucrar nada com isso! Nem pelo crescimento da tua progénie que amavas sim, mas sem o deleite de te rebolares com eles aos domingos ou aos feriados, pois havia sempre que fazer. Mas éramos felizes, pelo menos penso que éramos felizes nessa época...
A Experiência/Ensaio Clínico
A janela da clínica - mais prisão do que hospital - rejubila de um encanto mórbido por entre as frestas deste cubículo onde me encontro e, onde sou, agora, uma cobaia humana que uns senhores de branco me dizem ser a minha maior obra na Terra: ser o veículo biológico perfeito para a erradicação de doenças, como se eu fosse um gigante linfócito-T humano, na limpeza radical de uns quantos antigénicos assassinos que por aí andam; mas compreendo. Fui eu que quis, ou melhor, fui eu que me deixei sucumbir perante o que ainda poderia restar de mim em benefício da Humanidade.
Eu, que abomino seringas! Eu, que odeio hospitais! Eu, que tenho asco a tudo o que cheire a éter, ver-me assim seduzida, abduzida e, estropiada, em consubstancial análise laboratorial, só porque não tenho já nada a perder! Sou um anti-viral bacteriológico ambulante que me aferem vir a ser precioso, segundo as contingências biológicas (e biotecnológicas) futuras; e eu acredito. Estúpida e desinteressadamente até acredito, ou finjo acreditar. Não me interessa. Não quero saber.
Poder-se-à fazer uma lobotomia da alma...? Esquecer-se tudo...?
Ainda sinto o cheiro a óleo derramado no alcatrão... o cheiro incinerado dos pneus do automóvel em relincho de metal e desintegração com os nossos corpos lá dentro. Depois um zumbido; forte, muito forte, e depois o silêncio. O Fim. Acabou tudo. O que podia ter sido, o que devia ter sido, e jamais será agora. Fiquei só. Fiquei morta por dentro e, amaldiçoando um Deus que já não era o meu, desejei ter sido eu a morrer. Mas não morri, e odiei-me por isso. Deus (ou quem tenha sido...) levou-me a família, levou-me tudo de mim; e eu, inerte, seca por dentro e por fora, louca em mim e de tudo o mais, fui-me fazendo sobreviver só com a noção de que um dia, em breve, com eles estaria: com os meus meninos, com aquele que eu escolhera para envelhecer e talvez odiar ou amar ainda mais, quem sabe...? Mas Deus interpôs-se (maldito seja!)
Deus foi o meu pior inimigo no que me ceifou, no que me dilacerou, no que me coarctou de tudo isso viver de bom ou de mau, na vida de todos nós. Que Deus pode ser este que a minha alma arrancou...? (ah, como o odiei!) E mais ainda, na hedionda seara que fez das almas inocentes da minha família que tantos projectos, tantos planos, tantas ambições eu construíra naquele tão alto e belo castelo de cartas que agora ruía. Deus não era bom; não podia ser bom! Deus era o Demónio; eu... não tinha mais Deus! E se para tal lhe tinha de provar o quanto estava com Ele magoada, eu Lho provaria, sendo a mais descrente ao cimo da Terra e, no que ainda nem suspeitava fora desta e, para todo o sempre! Mas sempre, é muito tempo...
E os ensaios clínicos continuaram...
Fui injectada (como clinicamente se diz, por intravenosa) milhares de vezes, analisada, vigiada, inspeccionada, virada do avesso em quase tortura maquiavélica (será que Maquiavel tal terá alguma vez pensado nisto...?) e, não fosse ser isenta da dor, ou talvez daquela outra em que a provocamos só para nos sentirmos vivos, sacamos dos nossos piores brios pessoais e usamos de sarcasmos - ou sadismos ainda mais corrosivos, tentando que nos matem à força! Eu quase consegui.
Mas sobrevivia. Enquanto outros voluntários morriam como tordos, eu sobrevivia a todas as patologias apresentadas e, reiteradas ou inferidas, no meu sistema imunitário. Sentia-me uma bomba atómica clínica ou quiçá tangencial granada de mão que ao mínimo toque, explode. Mas aguentei. Era por uma boa causa, diziam-me; os ensaios estava a correr bem (porque mentiam...?) e eu aceitava de bom grado mas não de boa condição, pois só desejava que estes falhassem, tal como teste negativo de histocompatibilidade, como se fosse um rim ou pulmão rejeitados de um qualquer cadáver ainda quente. Mas nem isso me era permitido; tinha de sobreviver, asseveravam-me. E de novo, eu acreditava. Também já nada importava...
Até que os pronúncios se tornaram óbvios e tão claros como água em cascata: eu estava a liderar a coisa: aquela estranha e fúngica coisa clínica de estar a superar toda e qualquer taxa de mortalidade (ou de sobrevida após intensa ou difícil cirurgia de ablação) do que me instavam em corpo e mente. Porque, aliás, também a nível neurológico as coisas não andavam bem: não no âmbito clínico mas no psicológico; algo que os investigadores científicos não queriam saber: eu era o cidadão-alvo perfeito em género universal feminino para estas experiências - não tinha família, não tinha responsabilidade oficial ou legal de outrem que me pudesse dali retirar. Eu era escória clínica, lixo tóxico; até para os que me rodeavam. Quem se importaria com uma bomba-relógio de ninguém...? E tudo continuava...
Eu era o que se podia chamar de: a senhora Imunoglobulina, criando anticorpos (em todo o lado!) sobre os restantes que entretanto por mim iam passando; uns porque rejeitavam o tratamento ou terapêuticas abusivas em si, ou porque, a determinada altura, lá achariam que a compensação monetária ou pecuniária não seria tão substancial assim, que merecessem perder a vida ou o que restaria desta em saudável relação até aí. Nem mesmo, pelos esforços encomendados de laboratórios e farmacêuticas sobre pobres almas penadas, que não tiveram a sorte ou a desdita de se terem feito sobreviver pelos êxitos entretanto havidos e, sobre determinadas doenças terminais.
Tudo passava por mim: a dor, a descrença, a desesperança e a morte! E eu, a tudo assistia. E de novo me retratava letárgica, absorta e tão fantasmagórica em versão zombie, como os desencarnados desta nova era cinéfila que agora se assiste, e eu me via como passageira de um tempo que já não era o meu. Ser-se moribundo ou tombar perante o estertor da morte em completo alheamento, talvez seja bem pior do que a morte em si; eu sentia-o. E vivia-o na plenitude; e pior, parecia estar a adaptar-me a isso e até a gostar, deliciosamente, de estar a viver aquele mais penoso inferno em vida! Tal como o meu sangue que, da mais pura essência vermelha em natural hematologia eu via secar (ou empedernir!) como se soda caustica fosse. As minhas tão martirizadas veias - outrora as vias de uma vida saudável - foram de seguida os meros afluentes secos de rios poluídos, de enchentes anómalas de vírus, bactérias, e demais agentes patogénicos de um sem número de segmentos malucos que devem ter confundido o meu ADN, como se estivesse em plena mutação constante. Sentia-me o «Hulk». E os médicos sabiam disso!
7 de Janeiro de 2016
Irónico, não é...? O meu sangue já não me fervilha nas veias; nem o resto! Os cobertores térmicos (portugueses!) são o que de melhor se fez, ou já estaria morta por aqui. Felizmente que anteciparam a produção e ainda me foi possível trazer alguns para este cubículo cavernoso de Marte. Estão quase -70º C (estamos no Inverno) e por mais que o meu companheiro de viagem e infortúnio me faça realçar as belezas nocturnas deste céu marciano, eu continuo com raiva, com ódio, e com muita mágoa de mim própria por ter sido a cabra mais estúpida à face da Terra!
Talvez seja bom explicar: depois de ter perdido toda a família, de ter sentido que não era mais do que uma simples e estuporada carcaça humana, deixando-me invectivar de micróbios e toda a panóplia de microrganismos internos para a investigação pormenorizada de terapias que o não eram, fui literalmente coagida, influenciada e, minuciosamente encriptada, para uma futura missão suicida. O que se seguiu, é digno de registo: fui pré-concebida para enfrentar os piores desígnios atmosféricos, climáticos e de prospecção no terreno fora do planeta! Fora da Terra!
De início, julguei que estavam a gozar comigo. Depois pensei que tinham ensandecido numa loucura alucinogénica espacial (ou de alto índice psicotrópico), em que o comum e desgraçado peão que eu era, lhes ia dar uma mão cheia de nada, se anotarmos a total ignorância dos meus conhecimentos e, vivências, aparte este mundo; o meu mundo. Pensei mesmo tratar-se de uma partida de Carnaval (mas este ainda ia longe...) ao que tive de ouvir e submeter-me, confidencialmente, aos seus ditames bacteriológicos com finalidades muito sectoriais ou centradas no Espaço - mais concretamente em Marte. Só podiam estar a gozar!
Por mais magnificente que eu fosse (ou me induzissem majestosamente nessa velada mentira...) em inoculada terráquea de escudo e fortaleza contra todas as bactérias nocivas marcianas, eu ainda era uma pessoa. E com direitos!? Ou não...? A resposta foi imediata: Não!
Diário de Bordo (em Marte!)
Estou a elaborar uma espécie de «diário de bordo», se é que posso ousar e, utilizar, este termo. Não comando nem navego; não ordeno nem distingo - apenas ouço, escuto e faço o pouco que me é dado aqui consultar e objectivar, agora, o que comigo ficou.
Ninguém acreditará em mim, na Terra. Nem eu acreditaria! Do meu lado, no momento actual que agora vivo, enrosca-se nas minhas pernas algo a que se poderia chamar um cão (mas, acreditem, não o é... antes um ser desconhecido, peludo e afectuoso, mais parecido - ou perceptível de o ser - só comparável a um Tardígrado gigante). Para quem não saiba, um tardígrado, é um ser microscópico que existe há mais de 600 milhões de anos na Terra, mas que possui menos de um milímetro de comprimento e que resiste a temperaturas extremas muito baixas. Neste caso, é exactamente igual mas tendo a dimensão ampliada numa macro-anatomia dinâmica que o faz assemelhar a um canídeo, ainda que possua um só olho. Foi o nosso «bombeiro»de salvação - o nosso guardião-mor - ou já estaríamos ambos soterrados numa imensa cratera cravejada de poeiras e pó, devido à enorme tempestade de areia que por aqui se levantou. Pensei tratar-se do último dia da minha vida. Mas não foi! Foi só... o início; de quê, é que eu ainda não sei... mas não estou só. O «Blue», como eu lhe chamo (pois não é terráqueo como eu, mas advindo desta minha igual má-sorte de termos sido ambos abandonados ao nosso marciano destino, e que, idêntica e cumplicentemente, me acompanha neste périplo sobre os solos de Marte. Irreal, não é? Também me pareceu, ou não estaria aqui e agora...
Os módulos em Marte que a Space X para aqui mandou (o que na Terra não sabem e apenas perspectivam para 2020...) já aqui chegou. Foi para estes que me integraram, depois de ter feito exercícios inumanos de anti-gravidade, suspensão, sustentabilidade e suporte de vida igualmente sobrenaturais! Eu não sou astronauta nem o poderia ser... nunca! Mas eu tinha para eles algo de especial, de morbidamente especial para eles usarem através de mim: a análise prospectiva de solos à superfície e, biologicamente falando, saber se haveria maior nocividade de implosão anatómica sobre o meu metabolismo humano de terráquea que sou. Penso que não foi só e, apenas, a displicência (ou maledicência!) de me enumerarem virtudes que mais tarde se me afiguraram como amplitudes falsas - ou mesmo fraudulentas - face à minha expectativa mas, também, perspectiva de eu poder ser imune a todas as ocorrências de vírus ou agentes patogénicos marcianos. Nem tudo foi erro ou engano, ou já estaria no mundo dos mortos!
Mas houve desvios; em particular, nas evasivas do que me não queriam aprofundar em realidade efectiva - e não virtual - dos potenciais riscos que correria neste exótico ambiente de Marte. Algo que depressa reconheci, mesmo sabendo das enormes defesas inseridas em mim de grande e óbvia espectacularidade, revestidas também de acções complementares algo anómalas, no que biotecnologicamente se consumou na minha pessoa. Práticas estranhas - alteradas e manipuladas - que de mim fizeram um autêntico tanque blindado celular de estranha compleição molecular em espaços hostis. O que me dignavam poder ser uma heroicidade e, superioridade vigente, eu senti (logo depois...) a exactidão da profusa confusão em que estava metida. Eu era e, sou (para todos os efeitos e efectivos), um blindado terráqueo de condição suprema de capacidades máximas, do que pode levar um ser humano a executar; assim como na sustentação de sobrevivência (e alguma subsistência) duma espécie de arrasto de super-batalhão de imunidade bacteriológica que sobrevive às condições mais inóspitas, rudes, ou mesmo letais, para o comum cidadão terrestre. Agora, eu era o Rambo no feminino (senti). Ou seja, foderam-me, e eu deixei que o fizessem...
A noite, hoje, está brava! Mete medo (mais do que o costume!) mas eu aguento. Tenho de aguentar. O Blue diz-me que temos de ir para as regiões equatoriais (onde estão os calorosos e, mui positivos,20ºC...) no que, se o conseguirmos atingir, poderemos ter a resquícia esperança de sobrevivermos a estas intempéries marcianas. Não vai ser fácil, mas não posso desesperar. Tenho de o prometer a mim própria e, querendo agora acreditar que tenho anjos a velar por mim (naqueles que Deus me levou) também olham pelo Blue e até pela coisa esquisita que só falta abanar a cauda. E, através deles, dos meus anjos e dos que me acompanham, saberei o caminho certo para lá, para essa tão abençoada zona sem que me regelem mais as mãos que há muito não vejo sem as luvas do fato completo. Preciso de um banho. O Tardígrado também. Eu chamo-lhe o «mister T». E ele vem; só não ladra. É um bom amigo!
Temos de nos aproximar dos vales para reactivar a água que está gelada nos seus canais. A informação apesar de escassa, veio em nosso auxílio, aquando julgávamos impossível que houvesse água líquida no fundo ou no cimo das ravinas, pelo que a NASA/ESA nos facultou em assimilação científica dessa possibilidade ser-nos só uma miragem; assim como a atmosfera que todos declinávamos em adaptabilidade ou consistência de habitável convívio com a nossa morfologia humana. Esse, um dos maiores embustes talvez (quem o saberia, sem estar devidamente equipado?), mas também, aqui, uma das maiores revelações, pois que, a atmosfera, sendo numericamente 100 vezes menos densa do que a da Terra, também nos não é completamente adversa, a não ser quando surgem as nefastas tempestades de areia em ciclos ininterruptos ou quase contínuos de pó e poeiras. Tirando isso, estamos bem. Ou, pelo menos, ainda não morremos! Estamos a tentar romper as estatísticas que nos dão como mortos e, a estabelecer outras que nos irão dar, num futuro próximo, como os heróis mais parvos que sobreviveram em Marte! Não quero lápides nem homenagens, só quero justiça! Acima de tudo, pelo que nos fizeram aos dois (ao Blue e a mim) destituindo de forças e de conceitos de direitos universais espaciais, no caso do Blue, interestelares) de nos deixarem morrer à míngua, ao frio glaciar - e à solidão - em contar os dias e as horas até ao término do último segundo como cepos gélidos sem história. Nunca lhes perdoarei! Não estamos perdidos em Marte, porque - abrupta e rudemente - fomos ambos deixados à nossa sorte, intencionalmente! Desta vez, numa outra experiência sem fim à vista...
De que me vale agora ser um torpedo à prova de bala geneticamente alterado, se nem posso fazer uso das prescientes experiências neurológicas que na clínica iam dando comigo em doida?! Bem posso resumi-lo ao Blue, que ele faz por entender mas que, sem serem necessárias grandes telepatias, ele me incita a esquecer por me ver sofrer; o que já é mais um ponto acumulado: o Blue sabe o que é sofrimento e isso aproxima-nos. Mas até que sinta o que eu sinto, vai uma distância ainda maior do que da Terra a Marte...
Resta-me pouco oxigénio, o que me pode ser fatal. Tenho de ser prática; ou isto rende ou estou lixada! Felizmente que o Blue deste não necessita ou então teríamos de fazer uma espécie de roleta-russa para ver qual viveria mais um segundo que fosse. O «mister-T» também não, o que me confunde por vezes, tal é a sua habilidade de movimentos, inteligência e práticas absolutamente indistintas a qualquer animal comum na terra. Só lhe falta falar; é um ser estrondosamente diligente e muito útil. Chega a ser comovente a forma como me trata, até mesmo em deferência ou em relação ao Blue; talvez porque seja um tardígrado canino macho ou, então, um espécime deveras especial que se preocupa de facto com o meu bem-estar neste sórdido lugar de ninguém! Dou-lhe festas, por mais que o tacto não seja rigoroso devido às minhas luvas mas também pelo que observo deste seu pêlo algo complexo e de textura desconhecida, por tão espesso ser e, de certa forma, tão impenetrável ou isento de neste se perfurar qualquer objecto ou substância estranha: da pulga marciana ao mais inacreditável micro ou macro-organismo; até porque «mister-T» não deixaria...
Enfatizando (ou tentando ver pelo lado positivo!) algo que seria supostamente traiçoeiro e até mortal mas que agora eu vejo, em mais detalhada observação, do que a hospitalidade de Marte (ou falta dela) talvez não seja assim tão agreste. Apesar da crosta marciana ser composta por basalto vulcânico, a sua superfície repõe outros componentes que mais tarde nos serão úteis: o seu manto é coeso de «peridotito» ou seja, na área geológica, é o que se determina por uma rocha composta por silício, oxigénio, ferro e magnésio o que, com as capacidades sobrenaturais estelares de Blue, vamos em breve conseguir o elemento indispensável para recuperar certos aparelhos que ficaram mudos de repente. Não sei como Blue o faz, mas as suas azuis mãos (também encobertas pelo fato espacial) são magistrais. Consegue criar a magia necessária para recalibrar o seu computador pessoal (que ele me diz não ser um computador, pelo menos na percepção que eu tenho destes...) mas que o encaminha na direcção do que nos irá ser a vida nos próximos tempos. E que, apesar de Marte não ter magnetosfera - ou campo magnético similar à Terra - ainda assim tem espaços e locais pontuais (cerca de 10 vezes mais magnetizados do que qualquer medida na Terra) onde esta ainda se faz sentir, que, tal como bússola quinhentista (devido a esse seu magnetismo) nos irá dar o vector principal para uma outra saída, uma outra solução compartimentada em espaço modular de uma civilização alienígena já extinta (ou de rumo a outras paragens cósmicas) que entretanto deixaram em Marte. É a nossa última esperança: sem o «mister-T» e o Blue, eu estaria perdida, irremediavelmente perdida, no que a traição e a condenação terrestres da «Inter-Exobiology» fizeram de mim.
Meu Deus, tenho de o admitir, que burra fui, ao acreditar estar a salvar a Humanidade em prol do conhecimento dos solos, das superfícies, e mesmo do mapeamento marciano em paralelismo com uma certa inocuidade minha por invasiva bacteriologia (ou agentes patogénicos desconhecidos que me manteriam incólume ou imune) e que eu subvertia. E faria sobreviver (o que até aqui se regista, de facto!) e o meu corpo exibe - eu, que não era ninguém, que não sou ninguém, ter ficado convencida de que iria ser rotulada de heroína a título póstumo por tão bem ter defendido a espécie humana em possível colonização de terrestres ou estúpidos terráqueos em Marte! Tão longe que eu estava de saber que, se a Terra não pertence aos terrestres, muito menos Marte lhes pertence ou a outros que não os seus naturais ou nativos, como na Terra sempre dizemos... e não fosse eu ir parar ao outro lado (pela lei da gravidade marciana que roça os 37% em relação à Terra) e exultaria em festejos e saltos sobre Marte, pois que é de morrer a rir quando nos dizem, na Terra, que em breve haverá naves terrestres tripuladas, como se, as já não houvessem por aí tantas e em tantos recantos, pelas outras que são dos próprios e não se deixam colonizar... mas quem sou eu? Eu, que para aqui fui despejada como micro-nada de coisa nenhuma, não é mesmo «mister-T»...? E agora vou dormir, velando-me o sono, Blue, que não dorme mas sabe das minhas muitas debilidades e urgências humanas... Boa Noite, Blue, Boa Noite «mister-T» e por favor... não ressones (o «mister-T» dorme, mas com meio olho acordado...) Boa noite, Marte!
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
Energia e Ciclos VI (O Ciclo do Urânio)
Foto/Imagem de Ufo (captada por soldado no solo) no Afeganistão, em Maio de 2015.
«A Verdade nunca triunfa; os seus inimigos é que acabam por morrer.» - Max Planck -
Sendo a Terra uma gigantesca experiência biológica - realizada ao longo dos milénios por seres fantásticos inteligentes - poderá ser admissível (e por esta mesma razão muito mais inquietante), que o interesse destas visitas estelares não seja propriamente o Homem, mas, prioritariamente, as nossas capacidades minerais terrestres? E, estando «eles» em toda a parte (desde as guerrilhas na Síria ou Afeganistão, até às menores questiúnculas regionais ou locais de qualquer zona do globo), a sua presença é inevitável e mesmo observável a partir da Terra. Que desejarão, que comandarão então...?
A radioactividade do Urânio foi descoberta no século XIX - o que nos remete para a nossa mais pura insignificância de poderes legítimos e, audazes, de roçarmos a tangível inteligência de quem nos prospecta dos céus. Sabe-se (em relato e documentação) das consequências imediatas de quem se chegue perto destas naves dos céus ou pior ainda, quem tenha a pouca sabedoria de nestas tocar em contacto directo - e fatal - de queimaduras de segundo e terceiro graus. O que nos indicia desde logo, a suposta radiação nociva que no ser humano estas encimam. E, não raras vezes, nos matam!
Sendo observadas a sobrevoar - ou «a planar» - sobre centrais eléctricas, nucleares e outros potenciais locais de alta compleição industrial (assim como sobre vulcões, placas tectónicas ou mesmo na profusão oceânica por onde mergulham tal como submarinos aéreos), haverá ainda a dúvida ou a resquícia indução do que estes seres estelares vêm fazer à Terra...? E finda essa prospecção, essa permanente angariação de certos minérios raros, certas colheitas terrestres (numa objectividade clara de investigação e análises científicas que extraem do nosso planeta carpe diem) que nos restará depois dessa invasão, dessa conclusão estelar imemorial???
Futura tecnologia na Terra de origem extraterrestre...? Ou, sabiamente, o que já por cá se faz em pleno assumo militar de uma «Nova Ordem Mundial» que tudo vê, que tudo comanda, que tudo ordena e tudo conquista...?!
Irá ser o nuclear, a energia do futuro...?
O Homem tenta criar defesas sobre o que desconhece - por outros mais arrojados e mais cientes de uma outra realidade - que compactuam, interagem e se conectam perante novas tecnologias na Terra apresentadas. Por vezes, horrorizamo-nos com o atómico, o nuclear (desde a razia de Hiroshima e Nagasaki, até aos eflúvios actuais que eventualmente poderão eclodir no Irão, Paquistão, ou mais recentemente na Coreia do Norte), em ataques-surpresa através da tão obsequiada bomba atómica de grande potência de avassaladoras proporções na Terra. Mas, poderemos nós recuar ante tamanha perspectiva energética expansiva já no planeta...?
E, por muito que se tente enunciar as «beatitudes» do nuclear numa energia mais limpa do que as que emitem poluentes de ar (como o dióxido de carbono, o óxido de azoto ou o dióxido de enxofre), poder-se-à com toda a certeza continuar neste caminho de negligente sentido de se não procurar outras alternativas, outras energias que nos não possam - infalivelmente - erradicar do mapa humano, se acaso houver em breve um ou mais acidentes nestas Centrais Nucleares em assombração viral?
Contudo, e tal como tudo indica, sobreviverá o Homem a um qualquer outro holocausto cósmico, se nos negarmos a ser saqueados nos elementos e compostos orgânicos ou químicos em mineração terrena e, sobre princípios físicos que não dominamos (ou mesmo controversas leis da Natureza) diferentes das nossas???
Ovnis/Ufos em alocução aérea sobre a Terra (que desde a Idade Média têm sido avistados até aos nossos dias). Recentemente as luzes de Phoenix, nos EUA, na Bélgica (muito semelhante ao desta imagem) e em Portugal, entre outras observações, outros avistamentos por todo o globo nesta invasão extraterrestre. Será...? Que teremos a temer...?
Que são os Ovnis...? Que quererão da Terra...?
Legítimos ou não como eventuais seres microscópicos que possamos ser (nós, seres humanos, e mesmo os restantes animais da Terra) sobre a sua consideração civilizacional estelar (nos tantos seres que percorrem o Cosmos) seremos então, possivelmente, considerados nano-bactérias humanas ou outra qualquer nano-coisa viva dentro de um meio cósmico - galáctico e universal - mas que, só agora, furtiva e casuisticamente vamos aprendendo a pertencer. Então impõe-se a questão:
Ser-nos-à dado o beneplácito de continuarmos a existir, a inovar, a acreditar que nos será possível desenvolver faculdades e, capacidades cognitivas e de inteligência superior (semelhante aos demais estelares que nos visitam...) ou, nada disso, sendo despojados do pouco que já conseguimos, que já ostentamos em resplandecente magnitude civil e militar, sobre os céus e sobre a terra? Que se nos afigurará em correspondência e, intra-ligação estelar em toda esta preeminência metafísica da Terra?
Será que, como muitos aludem, se tratará de igual, recíproca, ou total interacção entre o Homem-ser cósmico, e um outro, profundamente supra-inteligente, supra-tudo, em que «eles» nos dão tecnologia e nós, Humanidade, lhes damos o que do ventre da Terra sai em cirurgia exótica do que nos não foi dado e arremessado de livre e espontânea vontade?! Estaremos assim a cavar a nossa própria sepultura, na Terra, do que dos céus vem em «sagrada» - e camuflada dinâmica pagã e demonológica - nessa aferição que tanto nos vai custar a assumir e, a reintegrar? Que estará o Homem a planificar, se «eles» tomarem uma outra consciência de já não precisarem de nós (Humanidade) para nada...??? Quem nos salvará disso???
Observação/Captação de Ufo/Ovni numa foto registada em Agosto de 2007 no céu nocturno da Terra.
O Ciclo do Urânio
Para se tentar compreender toda a exultante e consubstancial importância do que na Terra existe - em substâncias e elementos químicos naturais - há que estudar o que este planeta compõe de vital e suma condição não só para a subsistência da Humanidade, como para eventuais interesses que entretanto surjam de fora, num maior conhecimento e acção sobre estes. Ou seja, estamos a viver uma era de total deslumbramento e, conhecimento, que outrora nos era vedado pela simples razão de não o termos ainda desvendado.
É de mencionar o facto de que, só aos monges e aos do clero (ou quando muito a alguns nobres mais letrados) era facultado o acesso à leitura ou a livros antigos, na Idade Média. E nesse conhecimento através de livros ou obras vedadas e, oclusas aos restantes, era assumida uma outra postura de sapiência quase mágica que superiorizava os de então, os escolhidos, os sabedores de práticas antigas que o tempo não apagou. A todos os outros cidadãos, a escuridão, o negrume da ignorância e do secretismo que ainda hoje fazem mossa a quem o assume - e lidera - nessa mesma reiteração divina de se sentir especial. Algo que deve fazer pensar, se referirmos que ainda hoje se denota essa mesma inclusão de espaços seus ou uma não interferência sobre arquivos secretos - ou malditos - que o comum cidadão não pode espiar... ou sequer espreitar...
Mas os tempos são outros; felizmente! Muito se investiu nesta área do ensino e da aprendizagem ou do enorme interesse pelas Leis da Física e tudo o que compõe este nosso mundo terrestre; para além de uma incessante busca pela verdade. A Era Industrial depressa passaria para uma outra de índole Espacial e, como tal, o Homem depressa mas nem sempre bem, aprendeu a reconhecer outras vertentes, outros espaços num espaço que não era só seu. Mas primeiro, teve de começar por estudar os seus minerais e, exultar, o que destes provinha.
Daí que não seja de difícil memorização de que, à semelhança do Carvão, do Azoto e de outras substâncias químicas naturais, o Urânio seja um elemento que se encontra na superfície da Terra. No entanto, ao contrário daqueles, não desempenha qualquer papel nos processos biológicos e, em grandes quantidades ou em forma concentrada, pois é muito perigoso para os Organismos Vivos!
Assim acontece porque, o Urânio, o elemento natural mais pesado, sofre Desintegração Radioactiva, libertando desse modo uma intensa radiação que pode ionizar os átomos das substâncias através das quais passa. Este facto pode, indefectivelmente, provocar sérios distúrbios metabólicos nas células vivas, provocando assim - subsequentemente - doenças por radiação (muitas delas do foro oncológico) ou seja, em muitos casos, a ocorrência de cancro.
Central de Energia Nuclear
Energia Nuclear
A Radioactividade do Urânio foi descoberta no final do século XIX, e na década de 40 (do século XX), os cientistas tinham aprendido a forma de provocar a cisão do Átomo do Urânio em partes aproximadamente iguais - Fissão - bombardeando-o com um neutrão.
Esta Fissão põe em marcha uma reacção em cadeia que liberta enormes quantidades de energia e, se o Urânio estiver disposto com uma densidade suficiente, provoca uma: Explosão Nuclear.
Alternativamente, se a reacção em cadeia for controlada, o calor pode libertar-se pouco a pouco, sendo depois utilizado (eventualmente) na produção de vapor para accionar uma turbina; este fenómeno tornou assim possível o desenvolvimento da Moderna Indústria da Produção da Electricidade em Centrais Nucleares.
Fissão Nuclear (disparando um neutrão num único núcleo de Urânio 235; de seguida o Urânio passará para o número atómico 236 (ficando assim instável, fazendo-o actuar em fissão): dados recolhidos de uma Central Nuclear, no Brasil.
Como é do senso comum, a Energia Nuclear é muito dispendiosa (e perigosa!) no que envolve tecnologia complexa, segundo os entendidos. Todavia, necessita apenas de pequenas quantidades de combustível: meio quilo de Urânio pode produzir tanto calor como 1400 toneladas de carvão!
Uma parte desse combustível pode então ser reciclado e, reutilizado. O Ciclo do Urânio, embora seja um ciclo tecnológico, representa por isso um componente importante a ter em consideração na avaliação dos efeitos da Actividade Industrial nos ciclos naturais da Terra!
Reactor Nuclear - RPI (Reactor Português de Investigação): Física Nuclear; Física de Neutrões; Física da matéria condensada; Engenharia Nuclear, etc. - a versatilidade incontestável do RPI!
Dados recolhidos sobre o que se passa em solo português.
O Mistério do Urânio!
O minério do Urânio extrai-se na Austrália, França, América do Norte, África do Sul e Portugal, entre outros. Um minério tão misterioso quanto magnânimo, se se tiver em consideração a sua utilidade com objectivos precisos - ou assimilados para o bem e nunca para o declínio da Humanidade; algo que se tenta induzir ou fazer reconduzir esta civilização da Terra para uma mais pura energia sem vilipendiar os princípios por que se rege.
O teor de Urânio do minério é inferior a 1%; o restante fica nas minas na forma de escórias. O Urânio existe então em duas formas: Isótopos - o Urânio 235 e o Urânio 238.
O Urânio 235 é mais físsil e, portanto, um combustível melhor; mas o Urânio natural contém menos de 1% de Urânio 235.
O Urânio minerado sofre por isso um processo de enriquecimento que se destina a aumentar essa proporção, convertendo-o à forma gasosa, separando depois os Isótopos por Centrifugação e, Difusão, ou por separação a Laser.
Reprocessamento do Combustível Nuclear
O Urânio Enriquecido é transformado em combustível na forma de varetas que são colocadas no Núcleo do Reactor, onde geram calor durante cerca de 7 anos, tornando-se cada vez menos eficiente à medida que uma parte do Urânio se desintegra dando origem à formação de outros elementos, muitos dos quais (como o Plutónio e o Estrôncio) altamente radioactivos e tóxicos!
As Varetas gastas de Combustível podem então ser levadas para uma instalação de reprocessamento, onde são dissolvidas num ácido forte e cerca de 96% de Urânio restante é recuperado para uso posterior.
Como se aferiu, as Varetas de Urânio são colocadas no interior do Reactor Nuclear. A Reacção de Fissão em Cadeia é atenuada descendo varetas de controlo (feitas de boro do núcleo do reactor) e, acelerada, fazendo-as subir.
O calor da reacção é então extraída do Núcleo por meio de um arrefecedor (água, gás ou água sob pressão) e usado para produzir vapor no Exterior do Reactor.
As Varetas de Combustível Gastas são altamente radioactivas, como já aqui foi referido. São por esse facto armazenadas debaixo de água para arrefecerem e deste modo perderem essa Radioactividade!
A Água que circula em volta das varetas absorve então o calor, actuando como barreira. Uma parte do combustível pode assim ser recuperada por meio de Reprocessamento com mais frequência, no que as varetas são então armazenadas na Central Nuclear.
A Catástrofe de Chernobyl em Maio de 1986, na infeliz Ucrânia. Décadas depois, a imagem dantesca da destruição, solidão e morte, de paredes que ainda hoje nos falam dessa tragédia na Central Nuclear de Chernobyl!
Os Perigos do Nuclear
Quando o espaço escasseia, torna-se necessário encontrar um novo sítio e, efectuar o seu transporte arriscado. E este, é um dos problemas urgentes e talvez o mais premente em maior consciencialização (não só para se evitar essa perigosidade de locomoção ou vazamento nas terras) como também de todos os outros riscos associados à Energia Nuclear. Todos temos bem presente na memória e na preocupação evidentes que isso gerou, na terrível explosão (seguido de um grave incêndio) em Fukushima, no Japão; para além do anterior em Chernobyl de consequências ainda hoje muito graves em solo ucraniano.
A Explosão do Reactor Nuclear de Chernobyl (na Ucrânia, em 1986) foi um dos pioneiros nessa tão terrífica destruição de consequências muito graves - devido à radioactividade sentida - numa das piores passagens da História Moderna (em relação ao nuclear) que obrigou à evacuação da área circundante e à inevitável ou consequente selagem durante décadas.
A Energia Nuclear em si constitui uma fonte relativamente limpa de energia; As Centrais Nucleares não emitem poluentes do ar como o Dióxido de Carbono, o Óxido de Azoto ou o Dióxido de Enxofre. No entanto, produzem uma grande quantidade de resíduos altamente contaminantes.
Os Resíduos de «baixo nível» - ou lixos levemente radioactivos - podem ser armazenados em tambores e incinerados em aterros superficiais, mas grande parte dos Resíduos das Varetas de Combustível, assim como o equipamento do próprio reactor, podem permanecer altamente radioactivos, perigosos e quentes, durante centenas ou até milhares de anos!
Este material extremamente radioactivo tem de ser obrigatória ou crucialmente selado e, armazenado de tal modo que, não haja de todo o perigo de a radiação escapar para o ambiente (solos, atmosfera e tudo em volta). Por este facto, é, muitas vezes, colocado em herméticos contentores de Aço Inoxidável - rodeados de uma cobertura de cimento - ou transformado em bolas de vidro e depositado em tambores de aço.
As Indústrias Nucleares têm procurado assim há já várias décadas, lugares geologicamente estáveis onde possam sepultar os tambores em segurança durante milhares de anos. Do mesmo modo, o Reprocessamento é dispendioso - e arriscado - sendo que, inevitavelmente, o transporte das Varetas Gastas de Combustível também é perigoso para o Ambiente.
Forte Explosão/Incêndio no Reactor Nuclear de Fukushima, no Japão, em Março (12) de 2011, após um Tsunami aí verificado (na cidade de Okuma) atingindo ferozmente a Central Nuclear, provocando uma avaria no sistema de refrigeração.
Embora os Resíduos de Nível Baixo não sejam um problema tão grande quanto os outros (no armazenamento dos lixos de alto nível), tenta-se que estes sejam de facto enterrados em aterros superficiais, muito embora se verifique também que que essas instalações de armazenamento em profundidade sejam efectivamente melhores para evitar fugas para a Atmosfera.
Já no caso de Lixo de Alto Nível e do seu armazenamento, os problemas são efectivamente maiores, não tendo sido ainda completamente resolvidos, uma vez que exigem o acondicionamento devido por um longo período de 10.000 anos antes da desintegração da maior parte do seu conteúdo radioactivo... uma tragédia ambiental se, por acaso, algo se vertesse destes!
Os Resíduos Sólidos são colocados então em tambores e enterrados em profundidade. Estes Jazigos são por conseguinte revestidos de cimento e, selados. Torna-se então premente, cada vez mais, localizar sítios ou locais adequados que sejam geologicamente estáveis. E, em prole de tudo isto, vai-se acumulando, por terra e por mar, resíduos tóxicos que empestam o planeta e todos os organismos viventes se, um dia, um fatídico dia, alguns destes resíduos se activarem em disseminação planetária, o que seria absolutamente trágico para o ambiente, assim como para todos nós...
Há que referir, por solicitude do que ainda nos recordamos do terrível acidente na Central Nuclear de Fukushima, no Japão, por meados de Março de 2011, em que se verificou uma explosão devido à influência do Sismo e, Tsunami, que na véspera se fizeram sentir.
Quase de seguida e por danos obviamente provocados por esse Tsunami, no dia 12 de Março aconteceu o pior: Uma avaria no Sistema de Refrigeração que se registaria devido ao abrupto corte de electricidade, impedindo assim a recuperação desse sistema, permitindo ainda que os bastões de combustível continuassem a aquecer, aumentando a pressão e originando consequentemente a explosão. Uma outra tragédia ou não fossem os esforços imediatos de se conter esta hemorrágica aflição de todos quanto participaram na extinção desse incêndio e, desse derrame, pagando com a própria vida. A todos eles, a minha sentida homenagem!
Evidência ufológica de Nave Estelar/cósmica, filmada ou captada pelo Google e, divulgada pela CNN. Ilusão óptica ou, invariavelmente, a incontestável ocorrência observada nos nossos céus...?
A Preparação da Humanidade...
É sabido (por muito que muitos o neguem ainda...) de que estas ocorrências ufológicas se retratam na Terra por algo que, insuspeito ou não, se vão fazendo ante a nossa ingénua e mui genuína condição de terrestres meio aparvalhados sem objecção alguma. Até porque, não somos levados em conta nesta peregrina incursão aérea pelos nossos céus.
Estando a Humanidade sobejamente ignorante dos factos verdadeiros e talvez mais incipiente dos motivos obreiros que os leva a virem à Terra, também se sabe que não estamos minimamente preparados para essa «invasão» ou essa desmistificação estelar que, por vezes, até parece filme de ficção científica e nada natural com o que nos rege em consistência psíquica e, cognitiva, de atrasados mentais que todos (os humanos) lhes parecerão.
Sendo perceptível ou não essa consistência cognitiva e de suma-inteligência a anos-luz de tais distintos seres fantásticos, que lhes lembraremos nós... macacos, meros símios que só há pouco se começaram a mover erectos em duas pernas ou penadas de se fazerem sobreviver? Ou pior, meras amibas ou desprezíveis nano-coisas que, em volátil psicocinese «eles» nos movem (tais marionetas sem vontade e sem vida própria...?) ou em telepercepção inaudível consoante os seus desejos ou mero impacte de superioridade suas na Terra. Seja como for, a assim ser, estamos tramados!
A Unicidade do Homem está em causa (o que desde há algumas décadas já o invectivámos...) e, acima de tudo, a preeminência universal da sua razão que, segundo J. Scornaux e C. Piens num seu livro há muito escrito: «À Descoberta dos Ovnis», se arrogam afirmar que tudo isso nos conduzirá a uma verdadeira angústia metafísica! Seja como for, novamente, teremos sempre o beneplácito da dúvida (e Deus queira que da fuga...) para encontrarmos essa verdade. Fugindo ou não dessa outra realidade, há que assumir de peito aberto que não estamos, de todo, sós! Para o melhor ou para o pior... e, como ambos ainda referem: « Já não seria o medo perante o Desconhecido, mas perante o Incognoscível!» - A ambos terem razão nestes novos tempos, continuamos sem respostas...
Edward Snowden versus EUA/NASA/NSA/...?
A Verdade a vir ao de cima...?
A eloquência ou exorbitância do que, na actualidade, percorre as redes sociais, Internet e demais redes sociais envolventes neste mundo cibernáutico é de facto estrondoso!
Os ditos «Wikileaks» sendo uma realidade, estão a tornar-se efectivamente um fenómeno intransponível - e por demais transbordante - de massas! Não as italianas, mas as do mundo, do nosso mundo. E temos de viver com isso!
Edward Snowden oscilando entre o vagabundo ou o desbocado das altas elites da Informação e, da Espionagem Norte-Americana, veio atear muitas fogueiras; não as da Inquisição medieval mas outras, talvez piores, do saque de informações secretas e, sigilosas, dos altos comandos e esferas militares dos Estados Unidos. A não ser a fogueira deste novo mundo em que vivemos, não sei que mais lhe irão fazer, para além do degredo actual a que este está submetido por vias de andar fugido destas andanças que, anteriormente, lhe deram guarida, casa e comida e agora... punição, severo castigo e pena de prisão efectiva ou perpétua, pois que a morte já era demais... convenhamos. Ou não; sabe-se lá por que se regem estes senhores ditos donos da verdade cósmica sobre os nossos céus.
Snowden para uns é um língua-barato; para outros, um herói. Seja o que for, Snowden deu uma achincalhada no mundo global e terrestre, ao invocar certas informações do tipo X-Files, para denunciar a existência efectiva (ou o conhecimento desta) por parte das altas entidades norte-americanas. Este simpático e ainda mui púbere ex-analista da CIA - Agência Central de Inteligência - terá revelado (à revelia destes seus superiores), algo muito auspicioso mas muito sensível também em face à opinião pública na existência de vida inteligente que nos visita. E que, por vias dos mesmos, se faz um encobrimento - ou camuflagem perfeita na Terra - do que se quer esconder, sonegar, omitir ou mesmo negar em seu controle (dos EUA) que querem assim ser os senhores do mundo ou «senhores disto tudo...» como convém recolocar a questão.
Snowden não se calou (fazendo perigar a sua vida ou integridade física como agora tão bem se reproduz em melhor linguística humana) e vai daí, desbocou o que há muito se suspeitava: Os EUA possuem alta informação, altas provas sobre os Ovnis/Ufos! E tudo isto, para além de já ter referido que os Estados Unidos estariam também a usar um requintado ou exímio Software, designado por: «PRISM» para monitorizar, espionar ou mesmo confiscar dados de todo o tráfego de informação que circula agora por todo o globo terrestre. Um mimo! É destes homens que se faz a matéria-prima humana na Terra, não acreditam...? Eu sim. E gabo-lhe a coragem! Desta vez, nem os tais «Homens de Negro ou Homens de Preto (como acharem melhor...) o caçaram! É obra, senhor Edward Snowden! Oxalá assim se mantenha, pois que fazer de herói morto não nos adianta de nada...
A Verdade da mentira ou, a temeridade e alucinação da população em confronto com as suas crenças, as suas ideologias reverberadas em si ao longo dos séculos?
Naves do Espaço versus «fantasmas» de outro mundo...?
Segundo um eminente Astrofísico Francês, o doutor Jacques Vallee, o paganismo aliado ou de braço dado com a demonologia (nas tais teorias endémicas de teor pagão mas com a determinada tendência para os comportamentos atípicos advindos das crenças demonológicas) refere que, em vinte anos de estudo efectivo, se aprovou concluir de que este fenómeno se traduz em manipulação psicológica e social. Ou seja, oscila entre ambas as vertentes - a pagã e a demoníaca - de revelação não cósmica mas antes de cariz paranormal ou de suma espiritualidade interior. E ambas, experienciadas no ser humano, vão criar neste a exigência (ou consciência) de estar a viver em futuro próximo, uma nova realidade de profundo «Mundo Novo» mas, de âmbito terrestre, numa espécie de empreendimento mundial de sedução subliminar (criando assim uma nova forma de crença).
«Estamos a tratar com um nível desconhecido de consciência - independente do Homem - mas ligado de perto com a Terra.» - Afirmação do Dr. Jacques Vallee.
Muitas são as figuras grotescas, animalescas ou mesmo anómalas, conotadas como monstros ao olho humano. Mas sê-lo-ão de todo...?
Estes seres especiais (que não espaciais mas de uma outra dimensão...?) afere ainda Vallee, serão, porventura, as criaturas disformes mas inteligentes, exultas de um fenómeno ocultista ou, como alguns se deixam seduzir, na «Nova Ordem Mundial» em absolutamente Nova Era concreta, específica e, científica, além todas as eras. O que, inversamente, se poderá traduzir de um bem terreno ou terrestre de paraíso pronunciado...
Regista que, estas Naves Alienígenas, podem muito bem ser naves criteriosamente manipuladas também (tal como os nossos actuais drones) sem haver necessidade de tripulação vigente, sendo comandadas à distância por seres excepcionais mas, de estranhos ou quiçá dúbios objectivos na Terra, e sobre a Humanidade. E que, todavia, muitas destas ditas «Naves Extraterrestres» ou estrangeiras do foro interestelar (no que muitos assim acreditam), não serem mais do que actuais naves de fabrico terrestre que industrial e cientificamente o Homem conseguiu atingir e, superar, num intenso estudo e desenvolvimento desde o tempo do Nazismo de Hitler.
Foto obtida no Estado do Ohio, nos Estados Unidos, em Agosto de 2015. É visível a esquadra aérea no céu nocturno deste estado norte-americano. De origem estelar ou terrestre, é o que se questiona...
Haverá semelhante tecnologia para tal igualar? E assim sendo, qual a razão de tanto secretismo militar...?
Tecnologia Estelar na Terra?
Por muito que se negue tal profusão de fenómenos e ocorrências ufológicas nos céus, haverá sempre a eterna questão de se saber se o Homem evoluiu de forma tão exponencial ou super-dinâmica quanto os seus vizinhos cósmicos. Ou, se através destes e na Terra, lhe foi dada a honra e o prestígio de o deixarem construir (ao Homem) naves idênticas de propulsão electromagnética em energia assumidamente extraordinária ou de essência ainda mais mirabolante e fantástica que nem sequer sonhamos existir. Seja como for, estas esquadras aéreas que nenhuma aviação comercial ou militar poderá autenticar e, igualar, seja nas distâncias havidas, seja nos métodos energéticos adquiridos em velocidades supersónicas, são indefectivelmente fenomenais!
O que se pode resumir de tudo isto, que nos irá certamente entusiasmar ou fazer recear (se acaso a finalidade de tanto incomensurável voo estelar em frotas hiper-dinâmicas não resultar de um farto e amistoso relacionamento de companheirismo entre «eles» e o Homem...) e, como tal, haver a sapiência ou paciência de em breve sermos elucidados sobre o que por aqui estes fazem.
Quanto à motivação - ou possível extracção de minérios e de todos os outros recursos terrestres - que «eles» à Terra vêm buscar e sanar de qualquer outro compromisso que não seja o saque do nosso espólio planetário, então que mais nos ficará, se, em breve, soubermos desses seus desígnios estelares de nos deixarem só com a camisa no corpo (ou sem esta...) e sem nada mais que não seja um planeta careca, esventrado de tudo o que é seu? E, além disso, não sabendo nós, humanos, de toda a inferência ou influências elementares dos nossos compostos (na recolha selectiva dos mesmos sobre o Urânio, o Silício, o Carbono e tantos outros mais no fundo da nossa ignorância química) que restará então?
Imagem captada pela ISS (estação espacial internacional) e NASA, onde se obtém uma magnífica visão do fenómeno observado no Espaço (visualização de suposta nave charutóide de grandes dimensões). Os Astronautas fazem o seu percurso espacial - Barry Wilmore e Terry Virts - na longa missão na ISS.
Poderemos assim não ter a simples pretensão de conhecer todas as utilizações possíveis (seja a dos elementos químicos, dos minerais ou das energias que envolvem as ditas naves estelares) mas, com toda a certeza, saberemos chegado o momento de tal adquirir sem inferioridade ou diminuição de activos (componentes da Terra ou mesmo o próprio Homem...) se tivermos em conta que, ainda há pouco, nem suspeitávamos da nocividade da radioactividade em absurda reiteração aquando a sua descoberta! Para quê minimizarmos o que nos poderá a breve prazo ser inevitável e de certa positividade se o soubermos merecer...?
Se o Homem não esquecer antes de mais os benefícios que não os prejuízos ou mortandade do que vai descobrindo, talvez seja este o tempo de se dar conta de que, o nuclear (entre outras energias mais limpas), talvez lhe possa ser um amigo e não um inimigo; algo que os seres inteligentes há muito sabem mas não sei se connosco o privam; vá-se lá saber por quê... ou talvez o saibamos, pois o Homem não é de confiança. Ou apenas alguns o sejam, destituindo todos os outros naquela outra facção da Humanidade que em nada disto acredita... para o bem ou para o mal! Acreditando ou não, que o seja para o bem, sempre para o bem!
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