Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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segunda-feira, 10 de agosto de 2015
A Era Genética IV (Duplicação da Mensagem)
A Molécula da Vida - ADN
Que maravilhosa escada de corda enrolada é esta (a dupla hélice) que nos determina o ser, a génese, e toda uma estrutura molecular própria, exultante de energia, movimento e vida? Que inteligência suprema cósmica pensou, semeou, plantou - e por fim colheu - estes seus frutos planetários de tão criteriosos modos de vida, recrudescidos por um ou mais ADN`s no Universo?
Será pura ilusão ou especulativa demagogia científica (talvez na mais tangível verdade) haver a plena consciência de uma outra realidade e de outras estruturas similares ao ADN no Cosmos - conjuntamente com outros (ADN) distintos e quiçá muito diferentes do nosso - em progressiva ascensão estelar numa ramificação de vida impressionável?
Será o nosso ADN humano «clonado» no Espaço em vertentes tridimensionais (e múltiplas) ou apenas surpreendentemente reorganizado e emparedado noutras esferas planetárias, sendo nós - Humanidade - a réplica ou a profusão perfeita (num outro desenvolvimento, modificação ou mesmo adaptação interestelar) essa mesma estrutura molecular que nos repartirá e, replicará, num ou mais universos que nos acolhe?
Conexão do Homem e seu ADN no Universo
Duplicando a Mensagem
Embora o ADN não seja uma molécula particularmente complexa, guarda toda a Informação Genética de uma espécie.
Esta Informação está armazenada na forma de um código que pode ser «lido» pela célula e utilizado para a produção das substâncias químicas necessárias à estrutura da célula e que controlam as suas actividades. As Bases dos Nucleótidos ao longo da molécula de ADN funcionam como um código.
Um erro na sequência, pode inevitavelmente impedir a síntese de uma substância vital para a sobrevivência da célula, de modo que é essencial que, na altura da Divisão Celular, se fabriquem cópias exactas do ADN que é transmitido a todas as Células-filhas.
Uma Parte do ADN contém o código que determina assim o início da sua própria replicação. Esta é controlada por uma série de moléculas proteicas especiais. Algumas são Enzimas - proteínas que funcionam como catalisadores biológicos, contribuindo para acelerar as reacções.
O Emparelhamento das Bases dos Nucleótidos constitui a chave da replicação do ADN. As bases estão unidas por fracas ligações de hidrogénio. Se estas ligações se romperem, as Bases dos Nucleótidos adequados - presentes na solução circundante - são atraídas para emparelharem com as bases agora livres. As bases presentes no núcleo encontram-se nos nucleótidos, formados por uma base, desoxirribose e três grupos-fosfato associados.
Quando a Base de um Nucleótido emparelha com a base exposta da cadeia de ADN-modelo, dois grupos fosfato são então removidos pela enzima Polimerase do ADN. A energia libertada serve para formar a «espinha dorsal» do ADN composta por açúcares e fosfatos.
Replicação do ADN/dupla hélice (ao lado)
Replicação do ADN (semiconservativa)
As Bases do ADN ficam expostas quando as proteínas denominadas Histonas - que mantêm o ADN numa espiral apertada - se dissociam, fazendo por sua vez com que a espiral da cadeia do ADN se desenrole e se abra.
As cadeias simples funcionam como molde para a síntese de novas cadeias com as bases correspondentes. As Proteínas de ligação unem-se às cadeias simples de ADN para impedir que se voltem a juntar.
A Enzima Polimerase do ADN liga as bases de novos nucleótidos às bases expostas na cadeia simples, formando então uma nova molécula de Cadeia Dupla.
A Energia para desenrolar a Espiral provém de uma outra molécula com três grupos-fosfato, o Trifosfato de Adenosina (ATP). Nas células Eucarióticas (nas quais o ADN está contido num núcleo), o desenrolar inicia-se em vários pontos ao longo da molécula de ADN, propagando-se assim em ambas as direcções até que as secções recém-sintetizadas se unam. Este processo dá origem a moléculas-filhas de ADN, cada uma das quais contêm uma das cadeias originais e uma célula recém-sintetizada. Este processo tem o nome de Replicação Semiconservativa.
ARN/ADN
Os Ácidos ADN e ARN
O núcleo possui o seu mecanismo próprio de correcção de erros da replicação do ADN. Uma Enzima de Reconhecimento pode detectar o local onde uma base danificada ou mal inserida perturba a forma «espiralada» do ADN. Outras enzimas removem-na e a Polimerase do ADN substitui-a por uma base correcta. Em média, por cada 100 milhões de Nucleótidos acrescentados a uma cadeia de ADN em crescimento, apenas um erro escapa à correcção.
As Bactérias possuem uma única molécula circular de ADN de cadeia dupla. Durante a Replicação, o desenrolar inicia-se num ponto único do ADN e continua até estarem completas duas novas cadeias circulares. O ácido ribonucleico (ARN) também está presente nas células. É mais pequeno que o ADN, a sua cadeia é simples e a sua «espinha dorsal» é constituída pelo açúcar Ribose em vez de Desoxirribose, contendo Uracilo em vez de Timina.
Os diferentes tipos de ARN compreendem o ARN mensageiro (ARNm), que transporta a Informação do ADN - do núcleo para outras partes da célula - dirigindo a síntese das proteínas; o ARN de transferência (ARNt), que transporta as subunidades básicas das proteínas, os aminoácidos, para os locais onde tem lugar a síntese das proteínas; e o ARN ribossómico (ARNr), que dirige a síntese das proteínas e perfaz mais de metade da massa dos...Ribossomas!
XNA - Vida Extraterrestre? (ADN/XNA)
Replicação/Hereditariedade/ Evolução
Uma fantástica equipa de Biólogos descobriu (nesta segunda década do século XXI) que seis novas moléculas poderiam armazenar e, transmitir, poderosa Informação Genética.
A conclusão a que chegaram é que não se tem obrigatoriamente de passar pelo ARN e pelo ADN (ou ser este o único elemento-base) do princípio da vida, ou seja, poderá ter havido outros genes- alternativos na transmissão genética desses genes e de sua descendência.
«Esta capacidade única de de ADN e ARN codificar a Informação, pode ser implementado noutras cadeias maiores!» - Afirmação regida por Philipp Hollinger - do Laboratório de Biologia Molecular do MRC, em Cambridge, no Reino Unido.
A prestigiosa equipa de Hollinger tem-se concentrado assim no estudo e investigação desses seis (6) XNAs (análogos de ácidos nucleicos). Os 6 XNAs possuíam todos diferentes açúcares, sendo alguns substituídos por moléculas completamente diferentes.
O desafio mais importante para esta proeminente equipa de biólogos consistiu na ideia de se poder criar (e copiar) uma molécula de ADN-XNA, no que se revestiu de um processo ímpar em que Hollinger afirma terem-se projectado Enzimas que ajudaram a montar esses seis tipos de mensagens genéticas, jogando inclusive com esse XNA.
As Enzimas transcrevem nesta experiência biológica o ADN em vários XNAs e, em seguida, criar assim novas cadeias de ADN - imitando muitas das suas propriedades.
«Este ciclo, é como a de um retrovirus, alternando entre ARN e ADN!» - acrescentou efusivo, Hollinger. Seria corroborado nessa tese, por Jack Szostak, da Universidade de Harvard, em Boston - Massachusetts. que igualmente aferiu:
- "Pela primeira vez, isso confirma que a Replicação, a Hereditariedade e a Evolução, são possíveis nessas redes de «backbone» (espinha dorsal ou suporte principal) alternativas ."
XNA... no Cosmos?
Outras Formas de Vida no Cosmos
"Isto realmente nos surpreendeu de encontrar vida extraterrestre baseada em ADN e ARN. O mais provável, porém, é encontrar-se num (ou em mais planetas diferentes) um global XNA!"
Estas convictas palavras de Philipp Hollinger seriam determinantes na conclusão encontrada sobre essa replicação, hereditariedade e evolução da pesquisa.
A Transmissão Genética de sucessivos ciclos de XNA-ADN, permitiu assim aos pesquisadores seleccionar apenas aqueles que aderiram ao XNA de certas proteínas-alvo de um grupo de amostra aleatória, sendo um processo semelhante ao da Evolução - ao longo de várias gerações!
Muitos Biólogos suspeitam que as primeiras formas de vida utilizando ARN e ADN talvez tenham sido adoptadas mais tarde.
A Vida poderá ter começado com ARN, pela óbvia razão da sua existência (em grande número) na primitiva Terra, em armazenamento de informação e como catalisador de reacções úteis. Hollinger mostrou que uma das suas XNAs (ácido nucleico 1,5 «anhydrohexitol», ou anidro-hexitol, HNA) pode efectivamente ser dobrado em três dimensões o que une então as Moléculas-alvo específicas. E isto, foi o primeiro passo para se tornar uma Enzima. O mesmo foi feito anteriormente por Ácido Treonucleico (ATN ou TNA em sigla inglesa).
Tudo isto sugere que, o ADN, poderá de facto formar a base de vida noutros planetas, em diferentes ambientes...regidos por diferentes compostos e bases químicas. Daí que seja natural o entusiasmo de Hollinger quando afirma peremptoriamente que é provável, sem sombra de dúvida, que haja um ou mais planetas diferentes entre si, nos quais haja a possibilidade da existência de XNA nestes!
Nada mais se subleva destas descobertas científicas em biologia surpreendente - ou triunfal astrobiologia e cosmologia - sobre tudo o que se compõe ou decompõe em análise e sumária investigação dos homens da Ciência, no que hoje se repercute em vida extraterrestre e, para lá de todos os nossos horizontes.
Haja empenho, estudo e credibilidade, ao verificar-se a constatação (ou real hipótese) de vida lá fora. Vida essa, interestelar, no que todos nós Humanidade só teremos a ganhar, se sentirmos que também somos parte integrante deste belo Cosmos em que estamos inseridos e, no que esta Nova Era Genética - idêntica e profusamente - nos revela a cada dia que passa.
Sejamos então abertos de mente e íntegros desse imenso Universo - ou Universos - onde seremos provavelmente todos nós...muitas outras partes de um «eu» que se não acaba nunca em difusão cósmica - ou de uma cosmogonia estelar que só agora se dá a conhecer. Sejamos então sabedores e, acolhedores, dessa outra nova realidade...
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