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quinta-feira, 16 de julho de 2015

Astrofísica Estelar IX (Na Sequência Principal)


NGC 2237 - Nebulosa da Roseta

Da mais doce designação que resulta da Nebulosa da Roseta ao Sete-Estrelo - o enxame de estrelas das Plêiades (ou M 45) - emergindo das nuvens que lhes deram origem, haverá no seu longo caminho e individualidade estelar, essa mesma idêntica repercussão (e destino) que a Humanidade segue...?

Longo também o caminho, mas correcto e pujante de uma similar correspondência científica, segundo o próprio Sthepen Hawking, (que igualmente corrobora das efusivas descobertas da NASA sobre Plutão em maior dimensão, características e análises morfológicas do que se observa de suas montanhas, planícies e não-crateras em si; além de Caronte que exulta nessa mesma proporção), no vasto mas obreiro caminho estelar do Homem, sobre o conhecimento da formação de planetas, assim como de estrelas, nebulosas e maravilhosos enxames que se captam ante miraculosos telescópios.

Mas será finito, ocluso, insubstancial - ou mesmo inócuo - tanto esse saber como essa avassaladora extensão de território cósmico, no que hoje se detém de estrelas e a sua formação e vivência, que vai muito além este conhecimento humano astrofísico mas que, inexoravelmente, nos mantém reféns desse outro saber...do que as faz unir (às estrelas), desunir, associar e dissociar em comunhão ou diferença no que (igualmente) suporta o ser humano em destino e caminhos próprios?

Na Sequência Principal
À medida que as Proto-estrelas acumulam cada vez mais massa, a temperatura e a pressão nos seus centros vai sempre subindo até forçarem os Protões a aproximarem-se o suficiente para que a Fusão Nuclear ocorra.
Inicia-se assim o processo pelo qual a estrela gera energia e, a Proto-estrela, começa a entrar na Sequência Principal do diagrama de Hertzprung-Russell.
No entanto, antes de se poderem estabelecer em estrelas estáveis de «meia-idade», têm de ajustar o processo nuclear que agora tem lugar no seu núcleo. Esses processos provocam uma pressão que impele a matéria para o exterior.

A Gravidade, que governou a formação da estrela até aí, é eventualmente equilibrada pela pressão do gás quente do interior da estrela e...a estrela interrompe o colapso. Enquanto tem lugar a Equalização da Pressão, a estrela sofre então uma drástica e imprevisível variação da sua  luminosidade e de Ejecção de Matéria.
Esse comportamento também pode assim excitar pequenas regiões na Nuvem Molecular circundante, fazendo com que esta emita radiação. Essas regiões de Emissão, com um aspecto nodoso característico, chamam-se corpos de: Herbig-Haro.


A Nebulosa da Roseta em observação do aglomerado NGC 2244

A Massa de uma Estrela
As massas das estrelas formadas com os fragmentos em colapso dependem de muitos factores, como a massa da matéria contida nos fragmentos, assim como o ritmo a que a matéria se acumula nas proto-estrelas.
Em qualquer Nuvem em Colapso, as estrelas formadas podem variar de tamanho, desde as maiores às mais pequenas massas estelares conhecidas.
Em geral, as Estrelas Menos Maciças são produzidas em número muito maior que as estrelas de massa elevada. Ao longo da Classificação Espectral «OBAFGKM», as estrelas mais abundantes são as Anãs Vermelhas dos tipos espectrais K e M.

As Estrelas de Massa Elevada, de alta luminosidade e de curto período de vida dos tipos O e B são muito pouco numerosas, contudo, são de facto muito importantes para a evolução da região formadora de estrelas!
Essas Estrelas são prodigiosas na sua libertação de radiação, gerando ventos estelares intensos - partículas subatómicas que são então ejectadas e, aceleradas, ao longo de linhas do campo magnético das estrelas. A Radiação ioniza o hidrogénio nas camadas circundantes, criando assim electrões livres e protões. Quando essas partículas se voltam a transformar em átomos de hidrogénio, libertam radiação electromagnética.

Um dos Comprimentos de Onda mais comuns para a Emissão, situa-se na região vermelha do espectro visível e, por isso, as Nebulosas de Emissão, muitas vezes designadas de regiões H II, brilham intensamente com uma cor vermelha característica.
Para além de ionizarem as regiões circundantes, estas Estrelas de Massa Elevada do tipo O e B também afastam a matéria que as rodeia. Este facto provoca a Compressão da Nuvem Molecular nas suas proximidades e, por isso, inicia o processo de colapso noutras regiões. Deste modo, o processo de Formação de Estrelas propaga-se através de uma Nuvem Molecular Gigante com regiões mais antigas. Dá-se-lhe então o nome de: Associações OB.


Mapa Estelar das Plêiades ou M 45

Enxames de Estrelas
A Massa de uma Estrela determina sempre o intervalo de tempo durante o qual permanece na Sequência Principal.
As Estrelas Mais Maciças  utilizam o seu combustível a ritmos tão acelerados que possuem hidrogénio somente para algumas dezenas de milhões de anos.
As Estrelas de Menores Massas, apesar de possuírem menos hidrogénio para a fusão, permanecem na Sequência Principal  durante muito mais tempo porque consomem esse hidrogénio a uma cadência muito mais lenta. Uma estrela do tipo G - como o Sol - funde hidrogénio, transformando-o  em hélio, durante cerca de 9 mil milhões de anos.
Uma Estrela Anã Vermelha, que consome muito lentamente, permanecerá na Sequência Principal durante muitas dezenas de milhares de milhões de anos!

Quando as Estrelas emergem das Nuvens que lhes deram origem, estão em geral associadas em agrupamentos chamados «Enxames de Estrelas».
Um bom exemplo disso mesmo, é o jovem enxame de estrelas denominado: Plêiades (o Sete-Estrelo). À medida que estes enxames descrevem órbitas em volta do Centro Galáctico, as estrelas individuais vão-se separando gradualmente, podendo acabar por perder a sua associação umas às outras.
No caso do Sol, por exemplo, é agora impossível os cientistas determinarem quais foram as estrelas com que se formou. A análise demonstrou, no entanto, que a maioria das estrelas que formam a constelação da Ursa Maior estão associadas entre si e, formaram-se ao mesmo tempo.


Estrelas da Morte na Nebulosa da Roseta?

Estrelas da Morte: a investigação
à medida que o tempo passa, os Ventos Estelares das Estrelas do tipo O e B empurram a matéria circundante. A Nebulosa da Roseta é assim uma nuvem de poeira e de gás com uma extensão de 100 anos-luz. A matéria expulsa pelas Estrelas Centrais fez com que as outras regiões entrassem em colapso. Assim, glóbulos de Bok escuros rodeiam a cavidade central.

A bela Nebulosa da Roseta ou NGC 2237 está efectivamente a 100 anos-luz em berçário gigante estelar, localizado na constelação de Unicórrnio a 4500 anos-luz do nosso Sistema Solar!
Observa-se nas imagens que advêm desta exuberante nebulosa que se assemelha a uma linda rosa da flora terrestre, a localização de um aglomerado conhecido como NGC 2244.
Essas brilhantes estrelas formaram-se há 4 milhões de anos, a partir do material da nebulosa e dos ventos estelares que estão a clarear, ou seja, a abrir um buraco no centro da nebulosa - isolado por uma camada de poeira e gás e gás quente.
A Nebulosa da Roseta especifica-se assim num diâmetro de 100 anos-luz, localizando-se aproximadamente a 5000 anos-luz de distância da Terra, podendo ser captada até por telescópios pequenos que sejam apontados na direcção do Unicórnio - Monoceros.

Em relação às Estrelas da Morte, sabe-se que grandes eventos astronómicos podem trazer más notícias para a possibilidade de vida: explosões de Supernova descarregam um nível de radiação inimaginável para a vida; Asteróides podem gerar nuvens devastadoras para a vida num planeta, assim como Buracos Negros podem inclusive sugar tudo ao seu redor.
Observa-se então que, a simples localização de um planeta próximo das estrelas muito grandes, podem evaporar-se com ele, antes deste se formar.

Astrónomos da Universidade do Arizona (EUA), têm pesquisado milhares de estrelas localizadas na Nebulosa da Roseta, no que terão detectado que muito provavelmente esses planetas (os que se localizavam próximos das estrelas do tipo O), foram destruídos sem nenhuma hipótese ou chance potencial de se virem a tornar planetas!

Estrelas do tipo são muito mais brilhantes e por conseguinte muito mais quentes, que as estrelas da Sequência Principal! Podem ser centenas de vezes maiores e milhares de vezes mais brilhantes do que as estrelas do tipo G, como é o caso do Sol.
O trabalho recente mostra ventos massivos e radiação emanadas dessas fontes super-brilhantes que podem de facto devastar o disco de poeira que envolve as estrelas jovens, disco esse que possui o material responsável para a Formação de Planetas. Para se atingir uma ideia mais plausível sobre a radiação envolvida, há que referir que a zona de perigo se estende por 1,6 anos-luz de distância na estrela!

Os Cientistas dizem então, em jeito de conclusão que, um planeta já formado, poderá mesmo sobreviver a essa influência da Estrela da Morte; contudo, nada é ainda comprovado nesse sentido.
Não se considerou até ao momento, que qualquer objecto, corpo ou matéria estelar que pudesse chocar (ou entrar em colisão) com esse pequeno pedaço de rocha, o vaporizaria de imediato, destruindo assim qualquer hipótese de vida.
Anui-se, portanto, que o espaço de pesquisa por planetas interessantes, ignorará efectivamente qualquer coisa que esteja dentro dessa zona de perigo!

Por uma questão de sublimada urgência ou vitalidade estelar, consignar-se-à que todos os corpos celestes são, antes de mais, companheiros para toda a vida. Podem unir-se ou dissociar-se mas talvez nunca apartar-se do que lhes deu origem em parte comum. Talvez também a Humanidade se componha desta mesma essência e verdade única de um Cosmos tão surpreendente quanto inimaginável, se tivermos em conta todas as recentes descobertas sobre estrelas, planetas ou de como a sua própria acção nuclear se baseia e, reproduz, em todo o Universo.
Aprendamos com as estrelas, sejamos como elas e...se os Universos nos deixarem...sejamos parte integrante do seu Todo, pois que somos um só nesta imensidão estelar à qual a Humanidade também pertence. E vivamos felizes por isso!

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