Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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quarta-feira, 6 de maio de 2015
A Exultante Datação
Sudário de Turim/Datação por Carbono Itália - (UE)
Poderá a datação por carbono - na mais exímia análise tecnológica moderna - relatar-nos toda a veracidade deste Sudário de Turim? Haverá uma conclusão única sobre o que este manto de linho compõe, em toda a sua enigmática consistência? Será de facto Jesus Cristo que aqui vemos retratado ou simplesmente um mero cidadão que, a ter sido igualmente crucificado, aqui deixou o seu testemunho científico numa compleição distinta mas muito parecida com o Salvador? Das imensas e intensas averiguações forenses que se fizeram sobre este Sudário de Turim, qual delas se deverá ostentar a verdade enunciada ao mundo? Poderemos, com toda a fiabilidade tecnológica (do que hoje se conhece e alcança através dessas inúmeras análises forenses) atingir a datação correcta ou...a verdadeira identidade de quem neste sudário exibe as marcas de todo o seu suplício? Descobriremos algum dia essa verdade...? Querê-la-à o Vaticano? E, presumindo que essa verdade em datação e identidade nos seja imposta (ou reposta), apaziguaremos a alma por tudo o que ainda não sabemos, ainda não exultámos - ou conhecemos - por detrás de toda esta mesma verdade???
«O Sudário remonta ao Primeiro Século, depois do nascimento de Cristo, isto é, numa época (ou datação) não medieval! E, a ausência de pigmento não foi revelada, ou seja, não foi feita por mãos humanas. Todos os fragmentos que temos encontrado são de origem orgânica, neste caso, sangue.»
- Citação em 2011 na revelação da criteriosa pesquisa (elaborada ao fim de longos cinco anos) pelos Cientistas da Agência Nacional de Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Económico de Itália (UE). - Por conclusão assumida enunciaram então:
« A Relíquia Cristã do Santo Sudário ou Sudário de Turim não é uma falsificação medieval!»
Espectrómetro de Massa de Ionização Térmica (TIMS)
Detectives Atómicos
(De que modo os Químicos identificam diferentes elementos e moléculas...)
Em 1989, os Cientistas conseguiram determinar a verdadeira idade do Sudário de Turim - uma relíquia sagrada que anteriormente se julgava ter 2000 anos de idade.
Utilizando a Datação por Carbono, descobriram que o tecido tinha, na realidade, sido fabricado havia apenas 800 anos.
A Datação por Carbono é uma das muitas e eficientes técnicas espectroscópicas que permitem assim aos Cientistas, olhar directamente para as propriedades dos Átomos.
A Espectrografia tem diversas aplicações: é utilizada pelos Químicos para identificar substâncias desconhecidas e, além disso, para verificar a pureza dos compostos; assim como para os Astrónomos (na sua máxima importância de pesquisa e análise) na investigação da estrutura e da composição de Galáxias distantes! A Espectrografia é assim, na actualidade, um meio de atingir fins insubstituível, na procura da verdade científica no envolvimento dos átomos.
O Miraculoso Espectrómetro de Massa
A Identidade de uma substância desconhecida pode ser investigada de várias maneiras. Pode ser tratada com Reagentes Químicos para dessa forma revelar o modo característico na formação de ligações - ou como estas forma.
Em alternativa, pode também utilizar-se a reacção dos seus Átomos e forças externas, por exemplo, à luz ou ao magnetismo, para revelar as suas propriedades físicas únicas.
Ambas as componentes de um Átomo - o pesado núcleo e os leves electrões que giram à sua volta - produzem sinais reveladores que podem ser utilizados para identificar uma amostra.
Os Átomos e as Moléculas têm uma massa característica que pode ser medida num instrumento sofisticado chamado: Espectrómetro de Massa.
Os Átomos a estudar começam por ser transformados em Iões, ao serem bombardeados com Electrões de Alta Velocidade. Estes Iões são em seguida acelerados em direcção a um forte campo magnético, que desvia as suas trajectórias, fazendo com que os Iões se desloquem em arco. De notar que, as Trajectórias dos Iões Pesados, que têm uma grande «inércia», são menos desviadas do que as dos Iões leves. Assim, o ângulo de desvio de cada Átomo ou Molécula é conhecido.
A Medição do Número de Átomos que se deslocam em cada ângulo, permite assim determinar a composição precisa de uma amostra muito pequena.
Espectrometria de Massa e Separação
Ler o Arco-Íris
Um Electrão só pode ocupar determinadas órbitas à volta do seu núcleo, correspondendo cada uma delas a um nível energético específico. Quando um Electrão salta de um para outro destes níveis, liberta ou absorve um Fotão (um «pacote» de luz) de um comprimento de onda directamente relacionado com a diferença de energia entre os dois níveis.
Uma vez que as Órbitas dos Electrões de elementos diferentes têm energias diferentes, os comprimentos de onda - e, consequentemente, as cores - da luz emitida por cada elemento são diferentes, podendo ser utilizados para identificação.
Quando se faz passar uma corrente através de uma amostra de gás no tubo de descarga, os Electrões saltam para Órbitas Energéticas mais elevadas. Ao regressarem às órbitas mais baixas, os Electrões libertam Fotões de comprimentos de onda característicos.
Num Espectrómetro, esta luz emitida passa através de um Prisma ou de uma Rede de Difracção - separando-se nas cores que a compõem. Mede-se a Intensidade da Luz em cada parte do espectro, o que produz uma «Impressão Digital» (única), do elemento em questão.
Inversamente, se se fizer passar Luz Branca (uma mistura de todas as cores) através de uma amostra, alguns comprimentos de onda são absorvidos, impelindo os Electrões dos elementos presentes para...Energias mais elevadas, enquanto outros passam através dela. Neste caso, utiliza-se a ausência de certas partes do espectro para determinar a composição.
Santo Sudário de Turim/Datação por Carbono
Datação por Carbono
O carbono aparece na Natureza em três pesos atómicos - ou isótopos. O carbono 12 e o carbono 13 são estáveis, mas o carbono 14 (14C) é radioactivo, desintegrando-se em azoto com um período de semidesintegração - o tempo que metade dos átomos da amostra demoram a desintegrar-se - de 5730 anos.
Um Organismo Vivo é composto em grande parte por compostos de carbono. Possui em si os três isótopos numa proporção constante porque, o carbono está constantemente a ser reposto, quando o organismo se alimenta. Mas, quando o organismo morre, a quantidade de carbono 14 vai-se reduzindo constantemente à medida que os átomos se vão desintegrando, enquanto as quantidades dos dois isótopos estáveis permanecem constantes. Descobrir a proporção das massas dos três isótopos numa amostra arqueológica - por exemplo, um Osso, Madeira ou Tecido - é, assim, uma maneira de determinar a sua idade.
O Processo de Datação
A Datação por Carbono efectua-se tradicionalmente por contagem do número de átomos de (14C) - carbono 14 - que se desintegram num determinado período de tempo. Dado que o período de semidesintegração é tão longo que apenas se verificam algumas desintegrações por minuto, esta técnica só funciona para espécimes com menos de 40.000 anos. Acima desta idade, a quantidade de carbono 14 existente na amostra...é quase impossível de detectar!
Uma outra técnica - mais recente - consiste em separar os diferentes isótopos pelas suas massas, utilizando então um Espectrómetro de Massa de Aceleração. Esta, por sua vez, conta directamente o número de Átomos de Carbono 14 e Carbono 12 existentes numa amostra, sendo muito mais sensível do que a contagem de desintegrações muito raras.
O Espectrómetro de Massa de Aceleração aumentou o leque de idades que podem ser medidas com precisão até...75.000 anos! O desenvolvimento desta surpreendente técnica levou também à detecção de outros Isótopos Radioactivos que, podem desta forma ser utilizados para datar espécimes muito mais antigos, com idades compreendidas entre alguns milhares e, milhões de anos! Surpreendente, de facto!
A Imagem (ou face) de Cristo...?
Datação de uma Relíquia
O Sudário de Turim é um pano de linho que, aparentemente, apresenta a imagem de um homem crucificado. Muitos julgam tratar-se do pano em que o corpo de Cristo foi envolvido - tendo sido exposto pela primeira vez na década de 1350.
Actualmente encontra-se na Catedral de Turim, em Itália. As dúvidas quanto à sua origem só serão dissipadas (na sua totalidade) se, acaso se provasse radical e comprovadamente que este pano de linho possui em si 2000 anos de idade!
A Datação por Carbono permitiu assim que fosse efectuado um cálculo científico da idade do pano, mas as técnicas mais antigas exigiam a destruição de uma grande porção do sudário poder ser utilizada numa amostra.
A amostra - muito mais pequena - e, necessária para o efeito, ou seja, na perspectiva de uma exímia Espectrometria de Massa de Aceleração (em apenas alguns centímetros quadrados), tornou a datação possível. Para além de uma observação mais cuidada sobre o mesmo.
Em 1988 cortou-se uma amostra do pano que então foi dividida em três partes e, assim enviadas para três partes distintas de três laboratórios diferentes no Reino Unido, nos Estados Unidos da América e na Suíça. Cada um deles datou o pano pelo método do carbono e, por meio de um Espectrómetro de Massa de Aceleração, comparou depois o resultado obtido com outras três amostras - duas da Idade Média e uma do século I d. C.
Os três laboratórios concluíram então (com aproximadamente 95% de certeza) que o sudário datava do período entre 1260-1390 d. C. - o que perfazia a condição de ser impossível (por lógica histórica subsequente de pertencer a um outro período) que este sudário fosse aquele que tinha acolhido Cristo na sua dor e morte. Mas, como em tudo na vida, mais investigações, análises e muitas outras ponderações se realizaram sobre este hipotético Santo Sudário, no que, como no texto inicial se traduz, houve mais debate, polémica e acesa perturbação sobre este pano de linho em toda a sua linha de eminente importância.
Incontestável é a certeza porém, de toda uma proeminente tecnologia que, à luz dos acontecimentos e de toda uma intensa e árdua investigação forense, se vem a diferenciar, declinando a errónea consistência de datação (em muitos casos) pela devida autenticidade sobre o que lhe é requerido.
Contudo, muitos defendem outras teses e, neste específico caso do Santo Sudário, há mesmo quem defenda a sua identidade de ter pertencido e, acolhido, Jesus Cristo.
Elaboraram-se novos exames, novas análises que revelaram igualmente uma descontextualização e mesmo o surgimento de novos elementos que contestavam essa veracidade. Por outros que o corroboravam, insistindo na irrefutável crença deste pano de linho ter sido mesmo o último berço de Cristo. Seja como for, há que respeitar crenças sim, mas não sem antes se reportar à realidade da Ciência actual (mas, rejeitando isso...) ignorar, sonegar ou sequer encobrir e mentir sobre factos apresentados não é de todo o caminho! Sem dispensar a tecnologia - como complemento e aferição dessa verdade - será sobre essa mesma égide científica que todos desejamos profícua, mais lúcida, mais transparente e nunca ausente da verdade, que o Homem despertará! A Humanidade só avançará se a verdade científica recrudescer e não o contrário. Por vezes, Fé e Ciência têm de dar as mãos...no que a Humanidade só terá a ganhar!
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