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quarta-feira, 14 de março de 2018

Uma Mente Brilhante!

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Stephen Hawking (Cambridge, Reino Unido, 14 de Março de 2018): A Morte anunciada ao mundo do tão famoso físico, astrofísico, professor e pensador britânico, Stephen Hawking.

A Sua Morte, confunde quem pensa que já partiu uma das mentes mais brilhantes dos últimos séculos, na Terra. Não foi embora, apenas se despediu por breves momentos, ressoando uma iluminada alma que, pela infinitude do Universo, se distinguirá como uma das maiores forças vivas, inteligíveis e vívicas desse mesmo Universo. Novamente... «A Morte é apenas o início!»

"Inteligência, é a capacidade de se adaptar à mudança" (Uma das mais célebres frases de Stephen Hawking)

Indubitavelmente «Uma Mente Brilhante!»
Stephen Hawking não raras vezes baralhou todo o sistema pré-instituído de quem não se habitua ou se não verga à mudança. Declinou sempre quem se limitava simplesmente a observar sem questionar ou a ensinar sem reformular; quem se acomodava, no fundo, com a clássica e imutável aprendizagem de, mesmo na inconstância, ser tudo delinear.

Avisou para riscos e alertou para avanços (das alterações climáticas ao desejo de se encontrar outras civilizações no Espaço, ou ainda sobre a IA, Inteligência artificial)), os quais, o Homem não estaria ainda preparado. Registou do alto da sua sapiência e alguma paciência, que o ser humano ainda que ambicioso e certamente guloso pelas novas tecnologias agora adquiridas, se venha a perder no mesmo limbo cósmico da sua própria peculiar essência de dar um passo maior do que a perna (em óbvia metáfora mas real anátema).

Na Web Summit, em Lisboa (Portugal), numa intervenção online e sob a minha nação portuguesa (2017) pronunciaria: "Estamos no limiar de um novo mundo encorajador." Contudo, evidenciaria em desprimor da já passada Era Industrial e a favor de uma nova Era Espacial e futurista em que a IA se assume - não tão exploradora, homofóbica e puritanamente déspota como a anterior - na erradicação da doença e da pobreza:

"Sou um optimista e acredito que podemos criar Inteligência Artificial para o bem do mundo. Que possa trabalhar em harmonia connosco. Só temos de estar cientes dos perigos, identificá-los e empregar a melhor prática - e gestão - e preparar as consequências do seu avanço com bastante antecedência.»

«Uma Breve História do Tempo» (o best-seller que vendeu mais de 10 milhões de cópias), além de muitos outros livros de sua autoria, sabedoria e consciência, deixar-nos-ia em recordação mas também interiorização num total de 25 milhões de livros vendidos, de que o poder do cosmos - em espaço e em tempo - teriam surgido através de uma abençoada explosão de vida de seu nome: Big Bang. Assim... simplesmente assim...

E não fosse «A Teoria de Tudo» ter vindo ainda baralhar mais as já atormentadas e por vezes ignorantes mentes de outros, e tudo se resumiria a mais uma teoria de somenos importância, pois que para o provar não bastam só as alquimias astrofísicas, quânticas e matemáticas de uns cérebros que não dormem - ou se dormem - são requisitados por outros, mais lestos e mais inteligentes, superiores e quase insanos para a compreensão dos demais.

(Desses outros ou dos tantos de nós, que, apenas fazem contas de dividir que não de somar, para que o parco ordenado lhes chegue ao fim do mês sem preocupações de maior - a saber, se o Sol vai ou não rebentar ou a Terra igualmente implodir num dia destes...).

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Uma Grande Mente que não mente: do projecto Breakthrough Listen em compromisso assumido de se encontrar vida extraterrestre (através do SETI), até à mais contraditória concepção havida de que se estaria a lidar com algo de muito tenebroso, enquistado e malformado, se acaso as entidades inteligentes então buscadas, nos fossem hostis e fatais sobre a Terra...

"Não há questão maior. Está na hora de nos comprometermos a achar a resposta, a procurar vida fora da Terra. Estamos Vivos. Somos Inteligentes. Precisamos saber." (Stephen Hawking, 21 de Julho de 2015, após o convencional compromisso do Projecto Breakthrough Listen, em 20 de Julho de 2015)

«A Morte é apenas o início...»
Alguém o disse sem crendice ou lamechice. Por apetência teológica ou sequência filosófica, o Homem tenta procurar sempre o ilimitável no prenúncio da imortalidade ou, daquela eternidade há tanto prometida. Não se quer despedir do que entende como seu nem imperiosamente não voltar ao que se agarrou com unhas e dentes; e isso, numa ferocidade férrea de descobrir o elixir da permanência, mesmo que isso lhe seja vedado por outras circunstâncias, por outros ordenamentos.

Penso que Hawking há muito descobriu essa vertente, esse vórtice cosmológico do racional e do pensamento, elencados ambos na entropia desse todo desordenado movimento das partículas, procurando o equilíbrio perdido, buscando a compreensão do Universo; e tudo isso, sobre um sintomático sistema termodinâmico muito para além da inteligência humana.

Hoje, mais próximo e mais afecto a Albert Einstein (naquele abraço físico da Teoria da Relatividade e da Física Quântica) desse grande seio interestelar de poeira cósmica e fusão nuclear na intermitente ou quiçá consequente evolução estelar (mas também sobre o que se conhece actualmente das Teorias Gerais da Unificação, assim como das manifestações dessa «Superforça»), haverá hoje esse seu outro sorriso - que não esgar de desconfiança ou rasgar de liderança - sobre o que, eventualmente, o Universo/Universos suspende em si.

E tudo interagindo entre todas essas forças - em energia e matéria - descrita que está a tão complexa e inoperantemente humana Mecânica Quântica (para muitos de nós), Stephen Hawking anda, rodopia, corre e valsa por entre as estrelas, por entre todos os sistemas solares do cosmos, sentindo que tudo valeu a pena, simplesmente porque, em dimensão e em extravasamento, a sua alma não lhe ser pequena dentro do pequeno mundo de onde viera. Do microcosmos para o macrocosmos, Stephen Hawking sabe hoje que estava certo; pena que o não tivessem ouvido...

Enfrentando todos os mistérios, enigmas ou medos sobre os Buracos Negros, este brilhante físico britânico desafiou tudo e todos do alto da sua cadeira móvel, do alto da sua doença neurodegenerativa (ELA) que jamais o deixou estático ou acéfalo, amorfo ou quebrantado de poder dizer ao mundo de que havia mais - muito mais! - para lá desses outros mundos das mentes fechadas ou oclusas mentes que se demitiam de ver mais além.

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A Busca pelo Entendimento; a busca pela compreensão do Universo. Todos lhe devemos essa incessante perseguição do conhecimento científico/astrofísico de que muitos se alheiam ou buscam em vão. Stephen Hawking deixa hoje um indelével marco no mundo de que, há sempre mais, algo mais, sobre a existência do Universo.

"O meu objectivo é simples.Um entendimento completo do Universo, a razão pela qual existe, e pela qual existe sequer." (Stephen Hawking, numa das suas mui enfáticas frases deixadas ao mundo)

O Universo é o limite...
Este reputado professor deixa-nos então um inestimável legado ao mundo, ao nosso pequeno mundo, um legado que não tem dimensão! Sendo uma inspiração - hoje  e sempre! - para milhões de pessoas em todo o mundo, Stephen Hawking não será esquecido (não só na Universidade de Cambridge, na qual Hawking terá trabalhado até ao dia da sua morte, contando 76 anos), mas por todo o globo onde, suponho, se lamenta a morte de tão afamado génio, de tão Brilhante Mente na Terra!

Na geração que deixa sobre o planeta - em três filhos e três netos - A Esperança Não Morre! E não se faz desistir; não sobre um nome ou um incomensurável poder da Ciência que tudo move, que tudo gera. E, ouvindo-o nós agora sobre uma memória que se não esvai - ou esquece - daquela sua entrecortada/ computadorizada voz (e sobre o sintetizador que lhe dava essa mesma voz), o oiçamos ainda dizer em jeito de saudosa despedida, em jeito de grandiosa investida:

"O Universo não seria grande coisa se não fosse o lar das pessoas que nós amamos." Concorda-se em absoluto. Até porque, Uma Mente Brilhante como a de Stephen Hawking, nunca se deixaria enganar... na Terra, ou fora dela....

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