Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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terça-feira, 20 de março de 2018
Os Segredos da Ilha do Pico
Um dos Mais Bem Guardados Segredos da Ilha do Pico, nos Açores: os Maroiços, ou as agora desvendadas e estudadas pelos arqueólogos - Pirâmides - na Madalena, na ilha do Pico. Contam-se 140 pirâmides em toda a ilha, tendo sido todas elas construídas em pedra basáltica de origem vulcânica conhecida por «biscoitos». De 13 metros de altura e câmaras no seu interior, a surpresa não podia ser maior sobre, quem as pensou, desenhou e edificou em toda a sua magnitude na ilha.
Que civilização perdida é esta que, só por meados do ano 2013 é que excitou e revolucionou as hostes históricas, a arqueologia e a arqueoastronomia, em toda a sua apologia e alguma demagogia (nos Açores, quiçá Atlântida)???
Sendo que uns o negam e outros o sublevam - naquela já incoerente porém reconvertida aprendizagem de que tudo está em aberto, de que tudo pode ser, afinal, tão diferente ou tão urgente quanto o poder da verdade - que mais se descobrirá neste mundo desse outro mundo que também foi nosso?!
Lacrar a História nunca deu bom resultado; sonegá-la ou revesti-la de outras verdades (ou outras inverdades) só nos trará amargos de boca, como diria a minha avó. Quem sobe ao Pico sabe disso. Quando se cheira o ar quase rarefeito da sua brisa, da sua humidade, do sentido de se estar abraçado aos deuses, de se estar confinado a um céu que não é seu mas deles, é que se Descobre a Verdade!
E se por cá andamos há tantos milénios, por que razão mancharemos a nossa lusitana glória - em honra e bandeira, brasão e monarquia, depois república e democracia - se nada esquecerá que foram os Portugueses que «descobriram» os Açores?!
E, mesmo que outros tenham pisado primeiro o Pico, mesmo que outros tenham havido a certeza de que, aquela terra e aquele mar lhes não pertencia (não pertencendo a ninguém, a nenhum ser que fosse humano, a nenhum ser que se julgasse ser mais do que o direito que lhe deram a viver ou a sobreviver sobre o Pico), que mais daí se tirará que não só a Verdade dessa outra verdade sobre a mesma História...?!
A Ilha do Pico: há quem afirme ser uma ilha que os deuses inventaram só para si. E que, no longínquo dos tempos e do que as águas afundaram, se vislumbra ainda a Atlântida perdida, aquela tão mágica ilha que Platão um dia anotou, de ter sido a ilha dos que tudo sabiam, menos de que um fim aí viria ou de um destino que a morte lhes daria, sobre o superior interesse dos deuses, daqueles que não mais queriam o Homem sobre o seu espaço, a sua ilha...
- A Ilha do Pico -
A Ilha dos Deuses
Solitário, assim se define o Pico. No meio do Atlântico, erigido e solto, como se nada nem ninguém lhe pudesse amarrar os intentos de um dia poder zarpar.
E se as narrativas e as lendas o não contam, é porque querem silenciar e talvez ofuscar o que ainda hoje se fala em sussurro de uma mítica Atlântida, bem mais presente hoje que na Antiguidade; bem mais real hoje que na ancestral vivência ou suposto imaginário de cada um.
Chaminé de um vulcão extinto (mas quiçá não totalmente morto...) em entranhas que não rugem mas se não domesticam à passagem de caminhantes e fervorosos exploradores - ou à circunstância e turbulência dos movimentos tectónicos que aí têm lugar - este «enfant terrible» vulcânico, despejado num arquipélago que mergulha no mar, faz-se assim elevar, endeusar talvez, nos seus 2351 metros de altitude, naquela que é a Montanha Mais Sagrada no ponto mais alto de Portugal.
Muitas vezes rodeado ou mesmo coroado por um manto de nuvens - brancas e subtis, mas por vezes azuladas, negras e ameaçadoras como qualquer um de nós em bom ou mau dia - olhar para o Pico, constitui um gesto habitual de todos nós se considerarmos o tempo que irá fazer.
A Ilha do Pico tem Vida! E assume-se, prepotentemente em toda a sua imponência altiva, na instabilidade aí sentida que se mede pelos sinais que vêm do céu - mas também pelos que vêm da terra e pelas cores da própria montanha.
A Humidade entra-se-nos nos ossos. E o frio também. Não é uma ilha receptiva mas tão bela como uma égua selvagem. E domá-la querem-na todos, mas nem todos o conseguem... nem todos o merecem...
Uma Ilha que é mais, muito mais do que parece à priori. A Ilha do Pico é talvez o último bastião dos deuses, na Terra. E, quem lá vive, reconhece isso. Numa paisagem indómita mas de uma beleza de cortar a respiração, os caminhantes atravessam-na até ao topo, até ao cume de todas as emoções, de todas as provações, sentindo que os deuses os chamam e lhes pedem para ficar... para sempre talvez...
O Apelo da Montanha
Um poder sensitivo. Uma experiência metafísica. Ou algo mais que será indescritível e imemorável de se viver: o subir-se ao ponto mais alto de Portugal que é a ilha do Pico, que é, assomar-se à divina ou estelar condição de um encontro com a Natureza, com um encontro com Deus (mesmo que Nele se não acredite ou sobre Ele se não encime o poder da vida).
Poder-se-à ir de mochila às costas, botas de montanha, casaco impermeável e um sem número de aquisições e mantimentos que nem todos chegarão (ou noutros casos sobrarão) para o tanto que se quer ver - e sentir! - sem a matilha do peso e da consciência de que nenhuma máquina fotográfica poderá captar na perfeição o que olhos seus observarão. (Nem ao Everest se concederia tamanha submissão, não aqui, no Pico da Montanha, no pico do vulcão, no pico do Pico em que se está sensivelmente a 2351 metros acima do nível médio do mar...).
Na Reserva Natural da Montanha do Pico é tudo tão natural como se lá tivéssemos nascido ou parido outras dores; mais suaves e mais cândidas, daquelas que, mesmo sem preparação física mas, apenas, em verdadeiro e puro estado de alma - propício a enfrentar a adversidade - se remete ao mais celestial confronto com o desconhecido. (Ou, com o que um qualquer outro profeta, mensageiro ou messias, se veria congregar, como quem vai buscar outros mandamentos, outros seguimentos para o Homem, na Terra).
No Cabeço das Cabras começa a provação. De facto, a ascensão (que muitos revertem de «Ascensão da Atlântida») inicia-se sempre a cerca de 1000 a 1100 metros de altura; este, o único lugar a que acedem as viaturas motorizadas.
(Pela modernidade e ocasionalidade de um maior afluxo de forasteiros e visitantes, o percurso está projectado num oficial trilho a partir da Casa da Montanha ou pelo trilho «Vinhas da Criação Velha» até à Madalena).
Há que ter em conta as condições climatéricas favoráveis, pois que de contrário, por ocasião de mau tempo ou de tempestade alheia à vontade dos caminhantes, o trajecto poder ser deveras dificultoso de se percorrerem 6 quilómetros em 4 horas.
A Meta: A Montanha! Ou, o Alto do Pico ou Piquinho, como lhe chamam. Como um farol, um ponto geodésico ou simplesmente uma coordenada estelar na Terra que se pronuncia de uma altivez ímpar, observando tudo e todos, em particular, os caminhantes exaustos mas felizes em seu seio negro como útero vulcânico seco. Ou não... (No cimo: a ostentação do que já foi em actividade vulcânica activa e eruptiva que hoje está adormecida; por baixo: a sulfurosa e adstringente profundidade do subsolo profundo).
Chegar ao Piquinho...
O último trecho: chegar ao Piquinho! Depois de se galgarem mais de 2000 metros, é quase sempre o mais difícil, não apenas porque quase sempre o cansaço se apodera dos aventureiros, mas também porque, o derradeiro caminho, que dá acesso ao marco de altitude máxima, corresponde a uma inclinação de cerca de 45º (é o chamado Piquinho).
Ou seja, chegado ao que se julga ser o Topo da Montanha, existe este suplemento de montanha, o verdadeiro pico do vulcão - ainda por vencer! ( E ele lá do alto sorri para nós...).
Note-se que, entre os mais de 2500 metros de altitude e o mar, a distância é pouco mais de 5 quilómetros, o que acrescenta de certa forma algum dramatismo ao por si já grandioso cenário do Alto do Pico.
Antes porém, já se terá passado pela bordeira do grande cone vulcânico, surpreendendo-se no seu recôncavo as neves que ali permanecem. Todavia, o Pico é um vulcão há muito adormecido mas não completamente morto! (Quem assim pense, é que morto está, há quem diga...).
O espelho reflector do bem e do mal, do mundo inferior e do mundo superior, do Yin e do Yang; no fundo, da polaridade feminina e da polaridade masculina em vórtices apresentados e, aqui espelhados, do que uma alma pode ser, ainda que humana e terrena, sob os auspícios de uma Natureza vulcânica que a tudo abraça e contempla.
Os Segredos e Mistérios do Pico
O Pico foi formado há mais de 300 mil anos (ainda que seja a ilha mais jovem de todas as que compõem ou constituem o arquipélago açoriano). No concelho da Madalena, junto à costa oeste da ilha, encontram-se firmadas pirâmides num raio/área de 6 quilómetros quadrados, outro grande mistério que a população da região nestes últimos dois séculos - baseada na tradição e memórias populares - reconhecia como «maroiços».
Hoje, por intervenção de sondagens no terreno a cargo, responsabilidade e autorização do Governo Regional dos Açores e da Direcção Regional da Cultura, estas dezenas de pirâmides estão a ser estudadas com toda a atenção, mais especificamente a partir do ano de 2013. Mas já lá vamos.
Chamados de «Mistérios» pela população local - «os picarotos» - às manifestações vulcânicas da ilha, são quase sempre envoltos em certa temeridade e algum susto, os abanos ou tremores de terra, assim como as emissões que aparecem sob a forma de fumarolas, dando cor e relevo ao misticismo já revelados pelas populações e gerações ao longo dos tempos.
Entre os mais recentes fenómenos deste tipo conta-se uma erupção com emissão de lava em 1562 que afectou a zona da Prainha. Também em São João e Silveira (respectivamente entre 1718 e 1720) ocorreram significativas erupções e derrames de lava.
A Ilha, como é bem de ver, é em grande medida formada pelos resultados em extensão destes derrames de lava e, a sua superfície, encontra-se marcada pelo basalto arrefecido que outrora, incandescente, descia dos picos e vulcões activos (lajido).
Formação basáltica «Cabeça de Cão» na ilha do Pico. Uma das principais atracções do concelho da Madalena (o mesmo concelho que possui as pirâmides hoje localizadas e estudadas em pormenor) e que, segundo consta do lendário popular «É o Cão que vigia a Ilha!»
Um pouco de História...
O Povoamento, que se operou desde o século XV - quando é concedida a capitania do Pico a Álvaro d`Ornelas e depois a Jos d`Utra (mas sobretudo a partir do século XVI) - respeitou a inclemência do Pico e dispôs-se, naturalmente, em seu redor - perto das zonas mais planas e do mar.
Os Primeiros Povoadores vieram da ilha Terceira, dos Açores. Foram assim estes, os fundadores mais que prováveis das primeiras povoações ou aglomerados - Santa Cruz das Ribeiras e São Roque, e já mais tarde, São Mateus. Mas terão sido mesmo estes os primeiros povoadores...???
Quando se perscruta uma tão grande Concentração de Pirâmides no concelho da Madalena,na ilha do Pico, poder-se-à negar que outra ou outras civilizações Pré-Portuguesas aí se tenham estabelecido?!
As Sondagens Arqueológicas autorizadas reportam-no (de artefactos ou utensílios aí existentes feitos de basalto, fragmentos de peças de cerâmica, anzóis, pontas de metal, ossos, conchas, pesos de redes de pesca, etc.), e que vieram à luz do dia por meio de escavações arqueológicas. Poder-se-à ignorar o que esta outra História nos conta agora...? Penso que não.
O Cardápio vinícola da bela região insular da ilha do Pico. (Da Cooperativa Vitivinícola do Pico, ao Curral de Atlântis, Insula Vinhos e Vinho Czar, todos eles, na amostra perfeita do que os deuses deixaram na Terra, e nós, insulares portugueses, fazemos deles a nosso gosto...). Mesmo que outros tenham anteriormente pisado este açoriano solo, foi um Português que para lá levou o vinho...
Dos Deuses e não só!
O Vinho! Mais do que um néctar dos deuses, é a sua origem e proveniência. A introdução de vinho na ilha do Pico terá sido da responsabilidade de um padre - frei João Gigante - que em 1460, levou os bacelos para aquele território insular, vindo da ilha da Madeira.
Já o Vinho Verdelho teria sido uma importação de Itália - de Roma, segundo dizem as crónicas - e que aqui neste solo insular se foi adaptando.
O Vinho do Pico é de dois tipos: o Comum e o Passado, sendo o primeiro seco e o segundo produzido a partir de uvas passadas e demasiado maduras.
O Esforço dos Homens para domesticar esta Paisagem - uma vez que não se pode, propriamente, falar de terra - é um dos factos mais admiráveis de todo este conjunto. Aqui não se cria terra partindo pedra: É a pedra ela mesma a matéria onde se planta a vinha.
De facto, o Vinho é plantado nas fendas e fissuras do chão de lava que se estende até ao mar e que por ele é banhado. Todas as dependências agrícolas, bem como uma boa parte das habitações daqueles que exploram as plantações situam-se numa linha média, acima do mar, numa coroa envolvente a meia altura de toda a ilha, espojando-se depois por esta «falsa» encosta basáltica... As Vinhas! Terá sido Baco que por ali andou...? Acreditamos que sim.
Os típicos «Maroiços» (do século XVII a XIX, na necessária construção para a limpeza dos solos para a agricultura. Será mesmo? Quão consistente poderá ser esta a função, substância e origem das agora pirâmides versus maroiços???)
A arqueóloga Anabela Joaquinito - que estudou a indústria lítica (tecnologia de trabalho da pedra) e é Directora do Departamento de Pré-História da APIA - sublinha que há outros indícios arquitectónicos da Origem Pré-Portuguesa das Pirâmides do Pico, tais como:
"A existência de degraus e a decoração com pináculos no topo." (No topo de uma das construções estudadas também foi encontrado um piso circular que parece ser a base de uma habitação).
Hoje, já mais contemporizados com uma outra realidade de sua origem e desvelo do que terão sido ou para que terão servido, estas pirâmides, são-nos um dos segredos mais guardados ou, inviolados, da História - sobre os solos e céus dos Açores, na ilha do Pico.
Muito Antes dos Portugueses (muito antes de 1427...)
A bafienta e conservadora comunidade histórico-científica (ou parte dela) não consegue lidar bem com estes novos tempos de uma outra versão da História.
Tal como Cristóvão Colombo não ser genovês ou de origem genovesa mas sim português, catalão, galego, ou o que se quiser (e não ter descoberto ou pisado a América em primeiro, mas sim os Vikings ou outros) este é mais um caso em que se tem de debruçar sobre a veracidade do que se arroga na História de, terem sido ou não os Portugueses, os primeiros a pisarem solo açoriano; neste caso, a ilha do Pico.
Penso que é legítimo dar-se a medalha de ouro aos Portugueses (em 1427) - tal como se dá a semelhante honra e primor a James Cook, na descoberta da Austrália (falando-se também de terem sido os Portugueses a descobri-la, por mão dos irmãos Corte-Real, e não o navegador e cartógrafo britânico Cook, mas enfim...) no que a História nos diz nem sempre ser correcta a sua analogia ou, simpatia daquilo que nos conta - ou assim se institui (e esconde) por esconsos interesses capitais, estabelecidos desde sempre.
Vamos a factos: Das 140 pirâmides observadas, muitas já se encontravam parcial ou totalmente destruídas/derrubadas por acção da actividade sísmica apresentada na ilha ou por mão humana.
A Prospecção Arqueológica não tem sido fácil, no que a Câmara Municipal da Madalena se prontificou de imediato a apoiar e a verificar no terreno, com o auxílio e empenho de dois arqueólogos da Associação Portuguesa de Investigação Arqueológica (APIA), Nuno Ribeiro e Anabela Joaquinito.
Pirâmide do Etna, na Sicília, Itália. Visivelmente derrubada e muito mal preservada, esta pirâmide tem movido acções de protesto e ultimatos em favor da sua preservação, na Itália. Como será com os Açores...? Ficará no esquecimento ou no tal «Segredo dos Deuses» que, como sempre, aniquila qualquer pretensão de sobrevivência e protecção sobre uma outra História?!
Paralelos Arquitectónicos
Só no Mediterrâneo se encontra este paralelismo arquitectónico, segundo os entendidos que desde há cinco anos vêm estudando estas pirâmides. Como se vê na imagem, a pirâmide siciliana na região vulcânica do Etna, na Itália, encontra-se nesse parâmetro arqueológico/arquitectónico.
O que faz com que os estudiosos e investigadores acreditem poder tratar-se de uma qualquer civilização antiga que tenha pactuado das mesmas origens, assim como da sua vivência geográfica em comunhão e interacção de interesses.
Muito semelhante aos «Maroiços» açorianos (que significa um monte de pedras associado à limpeza de terrenos agrícolas), nem sempre esta alusão será a mais correcta no que se visualiza de todas as estruturas. Uma delas, segundo Nuno Ribeiro, é um Complexo Arquitectónico que inclui edifícios piramidais de forma a criar uma grande praça.
Este investigador afirmou peremptoriamente de que: "Esta afirmação do espaço não pode ser explicada apenas como a limpeza dos terrenos, pois terá envolvido um grande planeamento e um trabalho colectivo que demorou alguns anos a construir, seguindo sempre o mesmo projecto arquitectónico."
E acrescentaria ainda: " Mais espantoso é o facto de estas estruturas obedecerem às mesmas orientações das outras pirâmides, com aparentes motivações astronómicas e sugerindo rituais funerários", as sábias palavras do arqueólogo Nuno Ribeiro, ao Expresso, em 2013.
(Em 2013): Os Arqueólogos Portugueses, Nuno Ribeiro e Anabela Joaquinito na constatação in loco destas pirâmides açorianas que chegam a ter 13 metros de altura. Em pleno ano de 2018, esperamos por resultados, do que há cinco anos se propagou em informação pública excepcional. Agora... resta-nos o silêncio sobre as conclusões das escavações e do que elas terão sugerido...
Um Arqueólogo que se não deixa intimidar...
Romeo Hristov é o nome que se segue. E falou sem temor ou restrição do que viu ser idêntico no México (aquando visitou em 2012 os maroiços açorianos), segundo palavras de Romeo Hristov, arqueólogo da Universidade do Texas, em Austin (EUA), ao afirmar: «Sinto-me no México!»
Hristov pertence à corrente académica que defende a existência de contactos regulares entre as antigas civilizações do Mediterrâneo e da América. Sem pretensão de silenciar o que testemunhou, Hristov explicaria em bom rigor:
"As estruturas do Pico são muito perfeitas, implicam uma enorme quantidade de trabalho que não se justifica apenas pelas necessidades da actividade agrícola. Por outro lado, há uma orientação astronómica rigorosa, rampas de acesso e escadas associadas ao conceito de estrutura sagrada."
"E no complexo que liga vários edifícios piramidais encontram-se elementos comuns a pirâmides em todo o mundo, como uma praça ampla para cerimónias. Mas uma conclusão definitiva sobre a origem das estruturas vai depender das escavações arqueológicas que são fundamentais."
- A Regularidade na Orientação das Pirâmides -
Por sua vez, o Director do Departamento de Arqueoastronomia (APIA) - Fernando Pimenta - esclarece que nesta primeira fase de investigação, concluiu que as Pirâmides se encontravam orientadas no sentido Sudeste/Noroeste, no que utilizou ferramentas de informação geográfica. No que anteriormente já havia esclarecido do que então suspeitava:
"O que mais me impressionou foi a regularidade da orientação das pirâmides do Pico, embora acredite que nem todas foram construídas na mesma época. Esta regularidade é evidente no mapa com a sua localização feita pela Câmara da Madalena." Em relação à orientação, identifica:
"Sudeste, é a direcção do Vulcão da Ilha do Pico; e Noroeste, corresponde ao acaso do Sol no Solstício de Verão - que acontece sobre a ilha do Faial, muito próxima do Pico. Quanto às restantes Pirâmides, têm uma orientação perpendicular às primeiras."
"Parece ser intencional - e não apenas uma coincidência - a orientação geográfica das construções e a escolha do local para a sua implantação", admite Fernando Pimenta.
O Arqueoastrónomo adianta também que, As regras de Orientação, parecem obedecer a princípios que incorporavam algum ritual relacionado com o Solstício de Verão."
Lagoa do capitão, na ilha do Pico, Açores. Há quem lhe chame a réstia da Atlântida perdida; há quem lhe entregue a alma, sentindo que um dia por ali viveu e naufragou sobre águas não suas que vieram dos céus. Há quem lhe estime outros ventos e outros mares, também estes nunca antes navegados por gentes de outras terras, outras almas talvez... E tudo ficará no cofre sagrado dos especialistas ou dos entendidos, que, por outras vontades, outros interesses, não abdicam do que estimam e usufruem, não se sabendo nunca da verdade...
Para Quando a Verdade...???
Passaram-se quase cinco anos desde então. Das Pirâmides da Ilha do Pico pouco ou nada se sabe, adensando-se um mistério ou aquele Grande Segredo (mais um...) na louca aventura arqueológica mas também arqueoastronómica de se toldar a visão e a mente de quem pensa por si; de quem, mesmo não estando envolvido nas escavações, sinta que há sempre algo mais, muito mais, do que nos dizem, do que nos revelam.
Sendo oculto o saber, será omisso o conhecimento e o desenvolvimento futuros de uma História que ainda tem muito por nos contar. Escondê-lo é crime; sonegá-lo ou omiti-lo, é uma afronta à Humanidade e à cognição de um maior entendimento sobre o que se passou há séculos, há milénios na Terra; e sobre outras civilizações.
Não são só as raízes de um Povo que está em questão... É Toda a Humanidade! Se os artefactos falam por si nos testes laboratoriais que acertam na datação correcta ou nos dão a percepção do que foi a vida sobre si, então caminharemos para um pico mais alto que o Mais Alto do Pico, nos Açores: o Pico do Conhecimento!
A prova definitiva da Origem Pré-Portuguesa das Pirâmides só se revelará (acredito), não só pela datação inequívoca dos materiais encontrados, mas, pela vontade dos homens na Terra que, não subestimando o valor dos achados (ou não se sobrevalorizando sobre interesses seus, pessoais ou políticos e governamentais), se venha a concluir que não foi só uma página apagada da História Açoriana mas, a de todo o resto do globo que merece saber da verdade.
Doa a quem doer, haja o que houver. A não ser assim, Portugal ficará mais pobre e mais entristecido sob aquela ignota névoa do esquecimento e, do ignominioso desalento, de não sermos ou não termos aproveitado a oportunidade de mostrar ao mundo Quão Grandes Somos... tão grandes, quanto os Segredos ainda guardados, lacrados ou deturpados, na Ilha do Pico...
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