Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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sexta-feira, 13 de outubro de 2017
A Terra Prometida (II)
O Grande Dilúvio: do colapso à revelação. No início, o castigo, a punição; só depois a bênção da reformulada ou rejubilante reinvenção da Humanidade. Da catarse anunciada à purga planetária na erradicação de uma civilização imperfeita, anómala e perdulária, até ao «perdão» de Deus, ao estímulo de Enki e de outros que continuaram a acreditar ser possível tudo recomeçar...
- O Dilúvio Universal -
E o SENHOR disse: "Eliminarei da face da Terra o homem que Eu criei, os animais domésticos, os répteis e as aves dos céus, pois estou arrependido de os ter feito."
A Bíblia Cristã das Sagradas Escrituras reporta-nos na perfeição essa realidade de uma narrativa cosmogónica que vai da criação à formação do Mundo - e do Homem.
Todavia, após o Grande Criador do Mundo ter reconhecido os erros ou a repercussão errática que estes - homens e mulheres da Terra - estavam a levar em sentido oposto ao entendido por Si (Deus), a decisão foi implacável: O Extermínio! E, segundo a Sua máxima consideração, o ter-se de corrigir esse erro de criação malformada, eliminando de vez esse «furúnculo» que um dia se chamaria de Humanidade.
A malformação congénita universal impõe certas e determinadas regras: uma delas é que não há espaço nem tempo, ascensão ou futuro alguns para os desígnios de um povo, uma identificação civilizacional que não tenha o poder instituído da consciência e da magnificência, à semelhança do seu criador; seja Ele qual for.
Outros dilúvios houveram, e todos se enquistaram e malfadaram de razões para que numa concepção divina ou estelar a Humanidade coalescesse; e isto, sem máculas ou sem retracção alguma de se poder fazer evoluir não transportando em si qualquer metástase cancerígena dessa endogenia celestial e, cósmica, que mais tarde lhes pudesse ser mortal - mais uma vez.
O Livro de Enoque: a revelação sobre o sucedido nos tempos pré-diluvianos de grande destruição na Terra. Gigantes ou heróis pagãos como Hércules e seus opositores, como Gerion ou Anteu. O livro de Enoque sugere também a existência de «Anjos», seres perfeitos que retaliavam a imperfeição dos que habitavam na Terra.
«Génesis, 6, 1-22» (Dilúvio) - «Aconteceu que os homens começaram a multiplicar-se sobre a Terra, e deles nasceram filhas. Os filhos de Deus, vendo que as filhas dos homens eram belas, escolheram entre elas as que bem quiseram, para mulheres. / (...) Naquele tempo, havia gigantes na Terra - e também depois - quando os filhos de Deus se uniram às filhas dos homens e delas tiveram filhos.»
O Livro de Enoque
Nele se fala de Nefilins (Nephilins), os gigantes da Terra (seres míticos ou reais?), homens-selvagens que imponham a sua vontade aos demais. Mas também fala de anjos vindos dos céus, seres celestiais (seres estelares?) que mandavam na Terra, enaltecendo feitos ou abjurando outros, consoante os determinantes desígnios de um ser supremo (Deus ou força maior do Universo?) que lhes ditava o que fazer e que lhes consignava um poder de acabar com o «mal» na Terra. Tê-lo-ão conseguido através do Grande Dilúvio...? Pensamos que não.
Desde os tempos da Atlântida perdida que se ouvem os ecos de uma errática civilização de suma inteligência e alta tecnologia reforçados sobre homens e mulheres que, por avanços sobre si não licenciados ou em si não homenageados (tecnologia executada para o mal?) os devastou - e eliminou! - de uma esfera terrestre não legítima, não merecida sobre quem, hipoteticamente, assoberbou poderes que lhes não foram predestinados. Ou doados de toda a fé pronunciada de outro início, tal como sucedeu com esta outra «Humanidade».
Havendo a corrupção da Humanidade, nota-se que o SENHOR reconheceu que a maldade dos homens era grande na Terra, que todos os seus pensamentos e desejos tendiam sempre e, unicamente, para o mal. Daí que o SENHOR se tivesse arrependido de ter criado Homem sobre a Terra...
Inviolável a Palavra de Deus ou, a Sua Única Verdade que vemos instituída, substanciada e sumamente complementada nos ensinamentos, nos escritos ou nos textos agora invocados, tais como:
Os inseridos na Bíblia Sagrada, na Hebraica, no Alcorão, na Tora, na Mishná, no Talmude, no Bragavad-Gitá, no Rig Veda, nos Brâmanas, nos Upanixades, no Mahabarata, no Ramayana, nos Puranas, nos Tantras, no Tao Te Ching, no Buddha-Dharma, no Dhammapada, nos Mestres de Huainan, no Shih-chi, no Cânone Pali, no Livro de Mórmon, ou no Livro de Enki, entre outros ainda que estarão porventura no grande segredo de outros deuses e, indefectivelmente, na Grande Palavra de Deus que não é mais do que todas estas referências juntas que se implantaram na Terra.
Imagem do filme Noé (Noah), com o brilhante préstimo de representação no cinema como belíssimo actor que é, Russell Crowe (nascido na Nova Zelândia), onde protagonizaria em 2014, este fantástico filme sobre Noé, dirigido por Darren Aronofsky.
Noé ou Russell Crowe, a mesma identidade!?
Somente a título de curiosidade, Russell Crowe diz ter presenciado um Ovni nos céus australianos em 2013, no ano anterior à rodagem deste filme. Um bom pronúncio ou, apenas, a particularidade «deles» se terem feito mostrar, assinalando-lhe dos céus a sua gentil oportunidade de consolidação (e mesmo apoio!?) sobre a mítica figura de Noé representada depois por si...? Coincidência não terá sido, afirmo eu.
Mas falemos de Noé: Noé, o grande protagonista de um inestimável episódio bíblico, onde nos narra a sua mais eminente missão (estipulada por Deus) na construção de uma portentosa arca que todas as espécies albergue. Deus que, em Sua máxima Palavra e Ordem, invectiva na Terra a destruição de todos os homens e mulheres pecadores que extravasaram e, conspurcaram, tudo o que lhes era devido e sugerido na Palavra do Senhor...
«(...) Constrói uma arca de madeiras resinosas. (...) É que eu vou lançar um dilúvio que, inundando Tudo, eliminará debaixo do céu todos os seres vivos. Tudo quanto existe na Terra perecerá. Contigo, porém, farei a minha aliança: entrarás na arca com os teus filhos, a tua mulher e as mulheres dos teus filhos. / De tudo o que tem vida, de todos os animais, levarás para a arca dois de cada espécie, para os conservares vivos junto de ti: um macho e uma fêmea. (...)»
Uma outra cena do filme de 2014 sobre Noé (Noah): Recomeçar de novo depois de tudo irremediavelmente perdido: quantos de nós o fariam, não desistindo logo...? Poderia Noé desistir? Pensa-se que não; até porque, Noé não era de todo um simples ou vulgar terrestre - ou homem de uma terra só...
Noé: um dos deuses na Terra???
Noé é a excepção. Por que razão Deus o retirou desses pecados terrenos, deixando continuar a vida na Terra? Por que motivo foi Noé distinguido com tamanha honra dos céus se não fosse «um deles», um dos eleitos com iguais poderes celestiais que na Terra vingaria, no bom sentido, fazendo-se estimar e, continuar...?! Sendo que outros mais «Noés» houveram, de outros dilúvios, a História não fica por aqui, no que mais à frente se falará.
Sendo um bom e virtuoso homem que escapou a essa ira de Deus - seguindo estritamente as instruções Dele - construiu uma arca onde se preservou a si e à sua família, composta pela sua mulher e filhos (Sem, Cam e Jafet), assim como as mulheres dos seus filhos, dos animais puros (mesmo «daqueles que não são puros», ter-lhe-à dito Deus), das aves e de todos os seres que rastejavam sobre a Terra, entrando com ele na arca, dois a dois, um macho e uma fêmea, como ordenação maior de todas as espécies se salvarem (um depósito congelado de todo o ADN envolvente sobre todas as espécies...?).
Esta Aliança de Deus com Noé - que preservaria animais e vegetais - irá mais tarde acostar ao monte Ararat, podendo posteriormente, já no pós-dilúvio, Noé libertar todos os animais em cativeiro na famosa arca de sobrevivência e, repovoamento, na Terra.
Os alicerces, a construção, em planificação de uma ancestral engenharia levada a cabo por um só homem e a sua família eleita na reconstrução da vida no planeta. Quem era Noé para tal fazer...? Que poderes, que vontades e engenhos possuiria Noé para tal erguer, para tal suplantar acima de todas as coisas, além as que lhe foram ditas e arremessadas por esse Deus castigador que só a si beneficiou e à restante família (assim como à multiplicidade das espécies) sem outra explicação...? Recorde-se que Noé tinha a bonita idade de 600 anos quando o dilúvio caiu sobre a Terra...
«Génesis, 8, 1-22)» (Pós-dilúvio): «Ao Cabo de sete dias, as águas do dilúvio cobriram a terra, durante cento e cinquenta dias (aproximadamente 5 meses?). Deus recordou-se de Noé e de todos os animais, tanto domésticos como selvagens, que estavam com ele na arca. Por isso Deus mandou um vento sobre a terra e as águas começaram a descer. As fontes do abismo e as cataratas dos céus foram encerradas, e a chuva parou de cair do céu.»
«As águas retiraram-se gradualmente da terra e começaram a diminuir ao fim de cento e quarenta dias (entre o 4º e 5º meses?). No dia dezassete do sétimo mês (17 de Julho?) a arca poisou sobre os montes de Ararat. (...) Decorrido quarenta dias, Noé abriu a janela que havia feito na arca e soltou o corvo (uma das aves autóctones de Ophiussa?!), que saiu repetidas vezes, enquanto iam secando as águas sobre a terra. Depois, soltou a pomba, a fim de verificar se as águas tinham diminuído à superfície da terra. Mas, não tendo encontrado sítio para pousar, a pomba regressou à arca, para junto dele, pois as águas cobriam ainda a superfície da terra. Estendeu a mão, agarrou a pomba e meteu-a na arca.»
«Aguardou mais sete dias (uma semana, portanto); depois soltou novamente a pomba, que voltou para junto dele, à tarde, trazendo no bico uma folha verde de oliveira (uma espécie arbórea típica dos solos mediterrânicos; o Ocidente peninsular?). Noé soube, então, que as águas sobre a terra tinham baixado. Aguardou ainda outros sete dias (outra semana, a segunda semana); depois tornou a soltar a pomba, mas, desta vez, ela não regressou mais para junto dele.»
«A Arca em terra - no ano seiscentos e um, no primeiro dia do primeiro mês (1 de Janeiro de 601?) ou seja, em 2348 a. C. da data bíblica, exactamente 1652 anos após a criação da terra no ano 4000 a. C. (sendo que Deus avisou Noé 100 anos antes...) e as águas começaram a secar sobre a terra.»
«Noé abriu o tecto da arca e viu que a superfície da terra estava seca. (...) / Noé saiu com os seus filhos, a sua mulher e as mulheres dos seus filhos. Todos os animais selvagens, todos os répteis, todas as aves, todos os seres que se movem sobre a terra, segundo as suas espécies, também saíram da arca. Noé construiu um altar ao SENHOR (...)».
Do Cosmos para a Terra: o que a Cosmogonia Suméria nos dita de todo o seu ancestral esplendor que na Terra se implementou de seres vindos dos céus. Que seres eram esses...? Que nos deram a conhecer...? Que nos fizeram descobrir ; «deles» e de nós, civilização hoje conhecida como Humanidade?! Que terão ainda para nos revelar em toda a grande revelação futura que no passado e na Terra se instou aquando para cá vieram...? Que teremos mais a aprender com «eles»???
O Mito de Atrahasis - 1600 a. C. (Suméria)
Sabe-se hoje que, a Narrativa do Dilúvio, adoptada na Bíblia, possui um antecedente de peso que decerto lhe serviu de base - mais ainda do que de inspiração - de origem mesopotâmica.
Trata-se então da narrativa do «Mito de Atrahasis» que se conhece escrito em tábuas ou tablettes (assim designadas até há pouco) e que foi depois retomado e, editado, designadamente em versão Assíria.
Originalmente a redacção do mito - ou possivelmente da sua coexistência física entre o que foi observado e depois relatado e escrito - remontará a 1600 a. C., ou seja, mil anos antes da redacção do Génesis; ainda que haja outros que a revertam de há 2500-2600 a. C. numa civilização de há aproximadamente 6000 anos, pelo menos, na Terra!
O que então era descrito como Mito, poderá na actualidade e em face aos novos conhecimentos ancestrais, ser denominado de «Evidência», no que muitos investigadores e arqueólogos revertem em aceso debate se, originalmente efectivo na Terra, se, eloquente apenas numa versão repartida e mistificada de uma história lendária sem pré-existência.
É nesta temática que vamos abrindo uma outra «Caixa de Pandora» que nos surpreende em toda a sua majestática magia de haver, ou ter havido, supostamente, muitos mais dilúvios ou assim terem sido relatados segundo a óptica de outros povos, outras civilizações.
Tudo se debate hoje numa imparável profusão desta quase biodiversidade histórica em que até a ciência se enaltece, aquando se atestam, por ensaios laboratoriais e de dissociação química, certos elementos que acabam por datação e rigor históricos nos enunciarem a sua verdadeira história.
O Rei da Suméria. Reis ou deuses que na Antiga Mesopotâmia (hoje Iraque) se prostraram e dignificaram sobre uma civilização que mais não era do que simples escravos na busca do ouro terreno....?! Que reis foram estes...? Que nos ensinaram? Que reis ou que deuses se deram a conhecer, na Terra, vindos de outras epopeias, outros planetas e outras estrelas que não víamos mas sabíamos existirem para lá de todo o horizonte, noutros horizontes que nem suspeitávamos haverem....
«Quando eu me aproximei vi verdes pradarias. Ao meu comando foi dada a ordem para provar se havia água potável. Ao meu comando foi dada a ordem para provar se havia alimento apropriado. Ao meu comando foi dada a ordem para provar se os gases eram respiráveis.»
- Livro de Enki, ou Senhor da Terra -
Os Deuses na Terra!
Enki, filho primogénito de Anu possui uma descendência genealógica narrada nas tábuas de argila encontradas e que entretanto foram reportadas pelas antigas civilizações após a queda do Antigo Império Babilónico e o desaparecimento da civilização Suméria.
Enki ou Senhor da Terra (En: «senhor» e Ki: «terra»), determinado como herdeiro ao trono da Terra (Ki), vem descido dos céus numa carruagem celeste atravessando em largo desafio o: «Bracelete Esculpido» (um canal temporal, buraco de verme ou vórtice cósmico no qual estes deuses seguiram, não sem antes alguma perigosidade e certa coragem havida....?!) com objectivos precisos, tão idênticos ou reais quantos os dos nossos astronautas ou cosmonautas na busca, recolha e análise de elementos desconhecidos de outros planetas; ou seja, algo que só na Lua compusemos mas em Marte desenvolveremos a breve trecho, se nos deixarem...
Enki, EA ou Aya na mitologia Acádia e Babilónica que se distinguiu na Terra como o Deus do Conhecimento e da Sabedoria, portador dos segredos da Vida e da Morte - ter-se-à instalado no planeta com o intuito de exploração mineira (na extracção de pedras e minerais das águas) e, com a exclusividade do ouro.
Talvez por ser uma divindade mitológica suméria ligada às águas, um deus supremo do Abzu das águas doces, dos rios e dos canais mas também da chuva - Enki ou Senhor da Terra - é ainda mais, muito mais do que isso, como símbolo iconográfico: O Peixe, o Carneiro e a Serpente (símbolo efectivo de Ophiussa!) ou o mítico Capricórnio, símbolo astral/astrológico, mas também associado ao Minotauro mitológico que percorreu a Antiguidade.
A Magistral evidência (registada na pedra e sob os solos da antiga Mesopotâmia) do que a suposta civilização das estrelas - os Anunnaki - aventaram na Terra e que, segundo alguns testes laboratoriais hoje vêm demonstrar em descodificação do ADN humano, é que, somos todos (ou parte de alguns de nós) alienígenas...
«O terror que se espalha pelo Universo atinge os próprios deuses... Ishtar, sem dúvida mais assustada que as outras, grita como uma mulher em trabalho de parto. Ela arrepende-se de ter apoiado, talvez mesmo provocado, a decisão dos deuses; não desejava um castigo tão terrível.»
(Mythologie général, F. Guirand)
Enlil, Enki e Ishtar
Na História Antiga, é-nos relatado que os deuses se dividiam em duas estirpes - a dos trabalhadores e a dos governantes. Com a revolta dos deuses «trabalhadores» (no que provavelmente se revoltaram devido à brutalidade do esforço havido sobre as minas nessa extracção mineira), o deus-Enki decide então criar o homem (por início, do género masculino, só depois inventaria uma parceira, supõe-se...), de modo a que este pudesse prover todos os deuses de alimento e bens - um escravo portanto!
No entanto, uma vez que a Humanidade é considerada imperfeita e desordeira (isto de se não ser exemplar já vem dos primórdios, constata-se agora...), um dos deuses - Enlil - decide exterminá-la.
Enki, porém, sabendo dos planos de Enlil, vai instruir um dos homens (considerado sábio de entre os sábios) - de nome Atrahasis - a fornecer alimentos e bens a um único Deus - o deus do Destino, Namtar.
Namtar trava assim os intuitos de exterminação de Enlil, não sem antes algum confronto, induz-se. Porém, continuando a Humanidade a manifestar-se de forma incorrecta e desordeira, e depois de várias tentativas de eliminação, Enlil decide, de vez, exterminá-la lançando sobre o mundo chuvas diluvianas. Perante a iminência do Dilúvio, o deus-Enki volta a a instruir Atrahasis, dando-lhe como missão construir um grande barco onde se refugiasse das águas, com animais e pássaros.
Findo o Dilúvio e com o barco já acostado, Atrahasis prepara um banquete para os deuses, que resolvem, por fim, poupar a Humanidade e os restantes seres criados.
Quanto a Ishtar que em Fenício tem o nome de «Astart ou Asherat (ou Asherat-do-mar; Estrela-do-mar), sendo deusa dos rios e dos oceanos, tal como seu pai Enki - deus do oceano primordial na mitologia assírio-babilónica - é a representação e, personificação mitológicas, da «Dama das Águas» na responsável directa pelo cataclismo terrestre, pelo dilúvio universal.
Nas Mitologias Mais Antigas, diz-se que a chegada de Ishtar ou Astarte ao nosso sistema solar provocou chuvas diluvianas e inundações. Algo que andará por aí ainda em certos cantos do mundo através das inundações terrestres que temos tido ultimamente; não no meu país, feliz ou infelizmente, onde se está, em pleno ano de 2017, em seca extrema...
As tão famosas Tábuas de Argila da Suméria: o que elas nos contam da sua história; de Enlil, Enki e todo o périplo terrestre que dos céus se pronunciou e na Terra se cimentou.
ADN estelar...?
Em relação ao que estes deuses terão feito na Terra de criação e extermínio, há a referir também a manipulação genética em aperfeiçoamento e certo endeusamento à sua imagem ou semelhança (tal como Deus cristão profetizou, na Bíblia Sagrada) e que, por uma actualização contemporânea se vem dar azo e, uso, à imaginação de alguns.
Não sem alguma credibilidade de, possuirmos então no nosso ADN a legitimidade cósmica destes senhores do Universo em viagem e pouso na Terra, sobre inolvidáveis ou mesmo incomensuráveis poderes interestelares de altos conhecimentos tecnológicos (espaciais, geneticistas, de engenharia, arquitectura e por aí fora). Tudo lhes devemos então, até o nosso ADN...
Havendo um tipo de sangue deveras raro mas mui coeso na sua constituição sanguínea ou de uma hematologia assaz ancestral, os investigadores nesta área ter-se-ão debruçado sobre uma análise mais pormenorizada em saber se, existe ou não a influência externa (extraterrestre) nesse contexto, uma vez que só 10 a 15% das pessoas possuem esse tipo de sangue designado como: RH negativo.
De proveniência desconhecida, ainda que na Terra estabelecida há 35 mil anos, segundo advogam, este tipo de sangue existente em cerca de 40 a 45% dos Europeus, exulta por evidenciar a posse de um QI mais alto, apresentando nos portadores deste tipo de sangue, uma temperatura inferior do corpo, morfologicamente uma melena avermelhada, ou seja, cabelo ruivo (oriundos dos celtas e estes dos deuses?), além de se mostrarem com uma psique emocional muito mais equilibrada do que os restantes. Por conclusão: hematológica e cientificamente são mais perfeitos ou distintivos nessa deífica performance só cabida aos deuses...
Seja como for, com base ou não nestes testes clínicos de análise forense sobre o nosso ADN ser de origem extraterrestre ou não, o certo é que há sempre a dúvida e alguma insistência (e por vezes inconsistência) se não somos todos ou em parte, os descendentes natos dos que vieram das estrelas...
Outros Dilúvios: do Acádico ao Hindu, Grego, Asteca, etc. A eterna, cruel e idêntica realidade contada milenarmente através dos muitos escritos, dos muitos textos deixados, sobre papiros, pedras, argilas e um sem fim de transcrições dos nossos antepassados que nos quiseram alertar para que nenhum mais se evocasse das trevas de um deus impiedoso. Consegui-lo-emos???
Dilúvio Acádico (1600 a. C.) e outros...
Trata-se de uma adaptação do Mito de Atrahasis, registada pelo grego Beroso, datável de cerca de 1600 a. C. Do mesmo modo os deuses decidem exterminar a Humanidade através de um Dilúvio (nunca nos separamos desta inevitável condenação...), avisando um dos homens de nome Ziusudra de Shurrupak (hoje Tell Fara), o qual constrói uma colossal arca para se resguardar, sobrevivendo assim ao cataclismo. Note-se que a cidade de Shurrupak foi efectivamente destruída por uma cheia por volta de 2800 a. C.
Dilúvio babilónico (em: A Epopeia de Gilgamesh)
Primeiro Milénio a. C.: Outro antecedente resulta de outra adaptação do mito anterior durante o primeiro milénio antes de Cristo. Neste caso, Enlil decide igualmente pela exterminação da Humanidade através de um colossal dilúvio - mais outro! Porém, o deus-EA avisa um dos homens - Utanipishtim, e dá-lhe instruções para construir uma arca cúbica, com 7 andares, onde se acolherá a si e aos seus outros companheiros, bem como aos animais, para garantir a sua sobrevivência.
Refira-se que o nome de Utanipishtim constitui um equivalente de Atrahasis, querendo dizer em acádico «Encontrei a Vida». A Arca acosta por fim num monte de nome Nisir - monte Nisir.
Daí, Utanipishtim envia uma pomba (o símbolo da paz hoje!), uma andorinha e um corvo, para reconhecer o mundo. O Corvo não regressa, pelo que o herói decide repovoar o mundo, contra a ira de Enlil, o nosso carrasco-mor do Cosmos...
A Tradição Mitológica do Dilúvio sempre igual, sempre descrita como lendária e não resgatada aos que os antigos sabiam ter de facto acontecido aos seus de outrora... ou nada disto faz sentido e somos, assim, trasladados para a mais pura das versões numa só, na qual o mundo se transformou e recuperou após a ira dos deuses...???
Tradição Mitológica Hindu (no Rig-Veda; nos Upangas)
Como assinala Nigel Pennyck, na Índia existem efectivamente 5 versões do Dilúvio (não fazem a coisa por menos). Também aqui existe um herói - Manu - constrói um barco para preservar a Humanidade e a Vida na Terra.
A forma como o mito se encontra organizado remete para a sucessão cíclica Indo-Europeia das idades, ou seja, para a Sucessão Cosmológica das Eras - em função de uma interpretação alargada do tempo cósmico, com incidências zodiacais, mormente na duração da Era de dissolução da Humanidade - o Kali-Yuga - que corresponderá ao fim dos tempos, ao Apocalipse, concluído com o cataclismo diluviano.
Todavia, a distinção entre a Tradição Semítica e Indo-Europeia é já sensível, uma vez que aquela fala de um acontecimento quase fatal ao qual se sucede o Resgate da Humanidade, enquanto que a segunda, tendencial e definitivamente catastrófica (embora com variantes e contaminações de diversas fontes), remete, literalmente, para o Fim do Mundo!
Tradição Masdeísta (no Zend-Avesta)
A Tradição Persa ou Iraniana possui o seu mito diluviano, na qual, invariavelmente, o herói Yima, é avisado pelo deus Ahura-Mazda do cataclismo, construindo a seu mando uma barca gigantesca que conserva as sementes da vida (novamente a referência dos compostos genómicos do ADN das espécies), o que permitirá a sobrevivência da Humanidade, sendo avisado por um pássaro enviado pelo Deus de que a Terra se encontrava já em condições de ser reabilitada.
Registe-se que, o Monte Ararat, é uma das montanhas sagradas da Tradição Masdeísta! Antigamente chamado «Koh-i-noor, ou Montanha da Luz, encontra-se relacionado com a tradição religiosa dos Sikhs, que deram este nome à sua jóia sagrada.
Imagem da ESA/Mars Express em que se evidencia uma cratera (até em Marte!) onde os cientistas estabelecem ter havido um grande dilúvio ou tsunami de grandes proporções. Na foz de Kasei Valles (ao se posicionar em Chryse Planitia) os investigadores afirmam que uma combinação de vulcanismo, actividade tectónica, colapso e afundamento na região Tharsis, levaram à libertação de enormes massas de água subterrânea de Echus Chasma, que subsequentemente inundou a região Kassei Valles há aproximadamente 3,6 - 3,4 biliões de anos.
Tradição Grega
Na Mitologia Grega, é a Deucalião, filho de Prometeu, que cabe a tarefa de salvar a Humanidade - e a vida - através da construção de uma grande arca, na qual se refugia com a sua mulher Pyrra, sendo ambos avisados por Deus do dilúvio.
Tradição Escandinava (relatada nos Edda e no Voluspa)
A Mitologia Escandinava de extracção norueguesa regista a vinda do «último dia» ou Ragnaroc, que constitui, efectivamente, um «Fim do Mundo», em que a Humanidade sobrevive em terra infértil.
Tradição Asteca, Mixteca, Zapoteca e Thascalan, na América Central
Tradição Maia (no Popol-Vuh): ainda segundo Nigel Pennyck, na América Central a mitologia regista um dilúvio, sendo a Humanidade e a vida na Terra salva por um valente marinheiro - Coxcox - que constrói uma barca que por fim acostará à Montanha Sagrada de Colhuacan.
Versões do Dilúvio encontram-se na América entre as tribos dos Chipewa (o «Noé»-índio chama-se Menaboshu, o da tribo Delaware (o herói é Nanabush); o de Mandan (com o herói Numohkmuchanah) de Iroqueses, Sioux, Chikasaws e Okanaguas.
Voltando a Noé: Que lhe disse o SENHOR após tão redentora missão, tão dolorosa experiência e provação por que Noé passou sem um lamento, sem uma contradição?! E para onde foi com os seus...? E para onde se radicou na Terra, se tudo agora lhe era aberto e virginal, sem mácula ou pecado de outros homens que não os seus filhos, a sua descendência algures num paraíso inventado agora por si...?!
«Génesis 9, 1-29» (Bênção renovada e Aliança)
Deus abençoou Noé e os seus filhos, e disse-lhes: «Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra. Sereis temidos e respeitados por todos os animais da terra; por todas as aves do céu, por tudo quanto rasteja sobre a terra e por todos os peixes do mar, ponho-os à vossa disposição.»
Noé, o respeitoso, assim fez! Noé esse deus na Terra!
Noé viveu 350 anos abençoados então, mesmo depois do cataclismo, do ímpio dilúvio que tudo levou. Ainda a vida de Noé foi prolongada nuns belos 950 anos, segundo o Génesis; depois morreu.
De facto, de pouco se poderia queixar Noé, se Deus tanta longevidade a si lhe deu. Ou ele a conquistou por mérito próprio, disseminando a espécie, recolhendo depois os louros da sua tão vasta e prolífica progénie então.
Noé deixou descendência: Sem, Cam e Jafet. Nasceram-lhes filhos após o dilúvio por outros que mais haveriam, nos povos eleitos sobre a Terra. Dos filhos de Jafet contam-se: Gomer, Magog, Madai, Javan, Tubal, Méchec e Tiras.
Deles, de todos eles, nasceram os povos que se dispersaram por países e línguas, por famílias e nações. «São estas as famílias dos filhos de Noé», segundo terá afirmado Deus sobre os céus e sobre a Terra, além as suas genealogias e respectivas nações.
Delas descendem os povos que se espalharam após o Grande Dilúvio, sobre a Terra. E então Deus assim terá fechado o ciclo cósmico sobre as terras e sobres os mares, na sua magna postura de magnificente, de Todo-Poderoso.
De Noé ou de todos os outros, os descendentes fizeram-se viver: Os de Atrahasis ou de Ziusudra; de Utanipishtim ou Manu; de Yima ou Deucalião; de Coxcox ou Menaboshu, Nanabush ou ainda Numohkmuchanah, entre todos os que assim ouviram a voz e o som determinado do seu Deus na Terra!
Deus ou demónio sobre a Terra...? Que desígnios foram esses que nos quiseram exterminar da face da Terra? Que poderes teve esse Deus para o fazer? Que magia ou elementar agonia será a sua também para nos eliminar, para nos não poupar ao seu tão vil escrutínio divino ou estelar de sermos defeituosos, malfeitores e escabrosos que só a morte comporia, matando o mal pela raiz...?!
As Descobertas Científicas
Nas últimas décadas os Historiadores embrenharam-se numa correria, em empenho e quase confraria, no que só eles sabiam estar a invocar, mexendo com a religiosidade humana numa teologia endémica que se não apaga de um dia para o outro e, uma vertente histórico-científica que teria de mostrar tudo, pôr tudo a nu, numa inexorável revelação na perseguição da Verdade. E assim se fez!
William Ryan, o grande percursor desta investidura geológica-arqueológica em componente máxima sobre a existência ou não do Grande Dilúvio, conseguiu então detectar a existência de um evento de grandes proporções que poderá ter estado na origem das narrativas orientais do Dilúvio.
Analisando por carolagem os extractos geológicos do fundo do mar Negro e os respectivos sedimentos (e estudando a composição do mar que possui uma camada «anóxica», a cerca de 200 metros de profundidade por baixo das camadas oxigenadas, resultante da intromissão de água salgada, mais pesada, especialmente em zonas aprofundadas junto à costa), veio a verificar-se a possibilidade de o Mediterrâneo ter sido originário do degelo resultante do fim da Era Glaciar.
Mediterrâneo esse que se encontrava separado do Mar Negro - na altura um grande lago - ter ultrapassado há cerca de 8300-7500 anos uma barragem natural rochosa no actual estreito do Bósforo, invadindo com fulgor e num período muito curto, toda a bacia do Mar Negro - isto é, num tempo «histórico» perceptível pelos homens, e não num período longo e lento, ou seja, «geológico» imperceptível pela Humanidade que ali habitava.
No entanto, sendo esse cataclismo na realidade uma consequência a longo prazo do degelo glaciar, o certo é que os homens através dos tempos o registaram em memória e evento real, muito antigo, que muitos ainda afirmam serem simplesmente... Mitos.
Mitos ou a irrefutável verdade do que os Antigos contam sobre as cidades Babilónicas, Sumérias e Assírias, nos existenciais e terrenos objectos de toda a indomável fúria dos deuses???
Para lá do Mito...
Memórias há da inundação do actual golfo Pérsico, há cerca de 15000 anos. Outros haverão, certamente. Ou do enchimento das terras baixas dos deltas dos rios Eufrates e Tigre, bem como as inúmeras cheias do curso do Tigre e do Eufrates, sucessivas e frequentes no Neolítico antigo dessa zona; e, inevitavelmente também, na repercussão originária (real ou não) de todos estes eventos diluvianos sobre todas estas cidades babilónicas, sumérias e assírias, pontuamos nós. Entre outras mais ocidentais que também lá terão a sua história diluviana...
Por toda a Ásia (mas também América Central) estes registos são-nos dado como referências exactas e factuais do que então sucedeu na Terra. Por degelos naturais ou pela ira devastadora dos deuses, é algo que ainda estará no limbo de todas as más memórias ou recordações desses mesmos deuses que, arrependidos de tal acto, os mantêm fechados sem o conhecimento humano. Ou não, existindo uma qualquer brecha, intacta ainda, por onde se esgueira a contingência de que até os deuses podem falhar... ou necessitar do nosso «perdão» humano...
Quanto ao nosso amigo Noé, o grande patriarca Noé da Bíblia cristã (retratado por muitos atlantólogos como uma metáfora) explicam que se tratou, talvez, «de um povo» sobrevivente ao Dilúvio (terá sido perto de Ophiussa, no Ocidente atlântico e peninsular que dá pelo nome hoje de Portugal?!) - o que é o mesmo que dizer sobrevivente ao afundamento catastrófico de Atântida, que depois se espalhou pelo mundo. Rebuscada este tese...? Nem tanto.
Vejamos então: Dos sete filhos e netos de Noé muitos se espalharam pelos sete campos do mundo em descendência e herança genética da época pós-diluviana com uma missão civilizadora.
Plantador de vinha como o refere a Bíblia (e como são notáveis ainda hoje as grandes vinhas lusitanas herdeiras dessa concessão de Noé...!) terá sido também o responsável pela Invenção da Agricultura e pelo grande salto civilizacional do Neolítico (ou pela revolução económica do Neolítico!).
Península de Setúbal: A baía peninsular de Tróia, em Setúbal - Portugal. Uma das mais maravilhosas relíquias que a natureza nos deu em solo português, em que o turismo se faz florescer como então as uvas nas profícuas vinhas de Noé.
«E posto que lhe chamem Tróia não se deve crer que alguns troianos povoaram ali, porque não há autor que tal escreva, nem conjuntura que o faça crer, nem prove que vieram cá troianos. (...) Assim que era costume dos antigos sacrificar e louvar a Deus nos lugares altos; e, por isso, Tubal quando aportou em Setúbal sacrificou e deu louvores a Deus naquele monte de Palmela e pôs-lhe o nome de Palmira que quer dizer louvor de Deus; e pelo muito tempo, mudando-se duas letras, chama-se agora Palmela. / Da terra de Setúbal, onde Tubal estava de assento, mandou ele as outras terras seus filhos e companheiros a povoá-las.»
- O Mito de Portugal, de José Eduardo Franco -
Eu, descendente de Tubal...
E se mais não fosse o que me corre nas veias, dir-se-ia que o vejo ao longe (a Tubal), que o sinto ao perto e me revejo como sobrevivente dessas águas, desse dilúvio e dessa opção de vida que se planificou depois pelo meu Ocidente Atlântico, pelo meu Ocidente Peninsular que, talvez, tenha mesmo desembocado nas belas praias de Setúbal com a serra da Arrábida por abraço de uma terra que a todos abarca...
Sei que, ainda hoje se ouvem por lá os cânticos que o vento e o mar vêm trazendo de um Noé entusiasmado pela beleza e, fertilidade, na fecunda terra-mãe que Deus lhe deu para semear; pelas outras que talvez já não vendo (Setúbal), se fez ramificar na desenvoltura e assento de Tubal, um dos seus descendentes, seu neto, filho de Japeto então, na idêntica e garbosa amostragem de se fazer perpetuar, tendo ancorado nesta língua de mar que lhe ditou os seus descendentes serem um povo amado de terra e de mar...
De Noé a Tubal, seu sucessor...
Noé terá desembarcado no Ocidente, nessa tão frutuosa e aromática terra das uvas e das amêndoas e de uma luz tão especial que parecia Deus cumprimentá-lo, ao amanhecer e ao entardecer, sobre uma terra de cultivo e cultura que ainda não exibindo (logo após o dilúvio) Noé já assomava, inclinado para o cheiro do seu chão agora mais seco - e não contaminado pelo sal do mar - além a fertilidade dessa Terra-Mãe das costas ocidentais.
Aí promoveu a educação ou reeducação da Humanidade, concedendo-lhe os dons para a domesticação dos animais e da agricultura: Noé e Tubal, filho de Japeto, um dos seus três filhos.
E Tubal, sendo neto de Noé, os passos lhe seguiu - e a intuição! - e todo aquele amor à terra e ao pasto e, assim, sobre uma terra peninsular abraçada ao mar (de terra e de mar), Tubal, deu nome e honras a uma terra portuguesa que ainda hoje sobressai e se eleva dos meandros dessa ancestralidade perdida - mas não esquecida - por onde ainda andam os descendentes do velho Noé; meus antepassados, meus conterrâneos do dilúvio que lutaram por se fazerem vencer, por se fazerem viver numa nova e reestruturada Humanidade.
Praia dos Galapagos - Setúbal, Portugal. Ladeada pela maravilhosa serra da Arrábida e um mar atlântico soberbo, a cidade de Setúbal, a terra de Tubal, neto de Noé, emergiria de todas as iras de Deus na Terra em consonância e prazer paisagísticos que fazem de Portugal um paraíso à beira-mar plantado...
«(...) Porém, depois do dilúvio sabemos, por certa fama e escrituras de bons autores, que um neto de Noé chamado Tubal, filho de Japeto, foi o primeiro que começou a povoar a Hespanha. A qual, então, ainda não tinha esse nome, nem o teve daí a muito tempo. Mas logo no princípio se chamou «Tubália», porque a povoou Tubal. E os homens dela se chamaram Tubales, segundo diz Josefo no livro das Antiguidades.»
- História de Portugal, de Fernando Oliveira (c. 1581?)
Setúbal: a terra de Tubal!
A província que agora chamamos de Alentejo já outros chamaram de Gália, porque eles se chamavam «Galos». Outros ainda chamaram de «Galécia», segundo o historiador medieval Fernando Oliveira que também afirma: «Outra Lusitânia, outra Ibéria, outra Celtibéria.»
Mas mais diria: «Veio Tubal a esta terra, duzentos anos depois do dilúvio, segundo Beroso; e veio por mar, porquanto vinha das ilhas, que ele e seus irmãos, filhos de Japeto, povoaram, segundo se lê na Sagrada Escritura aos dez capítulos do Génesis. E mais, segundo parece, veio pelo mar Oceano Atlântico, porque os autores dizem que Japeto povoou as partes ocidentais da África, onde está o Monte Atlante, e seus filhos deviam povoar as ilhas adjacentes que estão na paragem daquele monte, que são ou as de Cabo Verde, ou as que agora se chama Canárias, e antigamente se chamavam «Bem-Afortunadas».
Florião do Campo - cronista dos Reis de Castela - assevera com toda a presunção mas clarividência já à época que, Tubal, veio aportar no rio de Setúbal que quer dizer «assento de Tubal» e que lhe puseram este nome porque, Tubal, fez ali assento e morada.
Contemplando em profundo êxtase esta analogia histórica, só me resta a todos eles considerar a minha bênção, a minha gratidão por saber que, por Setúbal ou por Tróia (na sua beleza peninsular de língua roubada ao mar...) ou por toda a minha costa oceânica atlântica, Noé, Tubal e tantos dos seus, se banharam e sonharam nestas águas de um outro deus, de um outro Enki, para finalmente se poder dizer com toda a aferição: valeu a pena! As águas e a catarse...
E Setúbal é a prova disso mesmo, onde começa um paraíso de Terra Prometida e se estende outro por um mar adentro que tantos segredos ainda nos esconde... e, onde eu me sinto observada por eles, pela sua prole, digna e robusta, sentindo-lhes o cheiro a maresia, ao aroma da vinha e do céu, numa bendita fragrância divina que foi Deus que nos deu esta condição; e Tubal assiste... de longe, pela serra da Arrábida, tocando o céu, por onde os deuses também andam quando se não deixam olhar ou observar tal como eu...
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