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quinta-feira, 10 de março de 2016

A Revolução Verde V (Sobre-Exploração de Recursos)


Cataratas de Iguaçu/Iguazu («água grande»), no rio Paraná - Brasil/Argentina

Sem água, um planeta é inviável; inabitável e improvável de qualquer existência de vida. A insubstituível fonte da Natureza em cataratas, rios e mares, absorvem todo um percurso planetário de sustentabilidade de vida. Mas, sê-lo-à nos vindouros séculos em abundância, ramificação e salubridade ou, ao invés disso, a escassez, ou mesmo a sua quase inexistência na impotável ou coliformizada situação de não-consumo em letal veneno?

Sabendo-se das imparáveis acções e práticas de toda uma global Agricultura Industrializada, assim como da consequente erosão dos solos, do excesso de pastoreio dos animais ou mesmo dos ecossistemas que se rompem por vias de inundações das terras pelas albufeiras (a que as barragens dão origem) saberá o Homem - também - ao que lhe será devolvido em praga, maldição ou destino, se continuar a esgotar desta forma feroz e, inusitada, todo o potencial da Terra em sobre-exploração de recursos? Não haverá um sinal, um alarme, ou a imperativa aferição de que, sobre a Terra, se terá de tomar outras medidas, outras urgências, para tal mudar?

A Sobre-exploração de Recursos é, hoje, uma gorda contingência de magra consciência. Desde os valores e recursos naturais aos de mais lata condição dos biomas terrestres ou aquáticos, tudo o Homem põe e, impõe, a sua suja mão em insinuado (ou desenfreado!) desenvolvimento e proliferação.

A Irrigação imoderada (levando ao esgotamento dos lençóis subterrâneos) em breve se traduzirá numa extensa manta de neoplasias terrenas. Ou seja, de anómalo e descontrolado crescimento mas de águas pútridas, fecais, ou com óbvios resíduos tóxicos que dos rios chegam aos mares, quando chegam. E tudo secará. Antes de ser um anunciado Apocalipse, será a efectiva certeza planetária que o Homem - ainda que desperto para o erro - não suplantou. Todavia, ficará sempre a questão: Porque não o fez...???


Erosão dos solos: na imagem, esta óbvia consequência de origem humana em processos de engenharia/desenvolvimento urbano e rural.

Sobre-Exploração de Recursos
A Área da Terra adequada à produção de alimentos é limitada. Cerca de 51% das terras emersas estão cobertas de gelo, neve, desertos e montanhas.
A Maioria da População Mundial vive e é alimentada por 21% das terras. À medida que a população aumenta e a produção de alimentos cresce, essa terra fica sob pressão cada vez maior.

Trinta por cento (30%) da terra arável mundial  está em risco de esgotamento por Excesso de Exploração! Nos países em em vias de desenvolvimento, 65% da terra cultivada actual pode ficar imprópria para a Agricultura dentro de duas décadas.
Tanto a Agricultura Industrializada em larga escala (tal como é praticada nos países desenvolvidos) como a Agricultura de Subsistência em pequena escala (praticada nos países em vias de desenvolvimento) contribuem assim para esta vil degradação dos solos.

A Erosão do Solo é dos principais problemas de Sobre-Exploração. Mais de 20.000 milhões de toneladas de solo perdem-se todos os anos; a China, a Índia, os Estados Unidos e grande parte dos países hoje independentes - mas anteriormente afectos à União Soviética - contam-se entre os países mais afectados.

As Técnicas de Agricultura Industrial - como a Monocultura (plantação de enormes campo com uma única cultura ano após ano) - esgotam deste modo os nutrientes essenciais do solo.


Erosão dos solos: dos Estados Unidos à Ásia, a mesma verdade observada a olho nu.

Explosão demográfica versus Reclamação de terras...
A maioria das culturas não possui raízes fortes para consolidar o solo e os campos são lavrados a seguir às colheitas, sendo então deixados nus antes das novas plantações, permitindo que o solo desapareça sob a acção dos elementos.

Em períodos de seca, grandes regiões podem assim transformar-se em campos de poeira, como aconteceu nas planícies centrais dos Estados Unidos em meados da década de 30, do século XX.
A Agricultura Industrializada também depende muito dos combustíveis fósseis, tornando as reservas de alimentos muito vulneráveis a qualquer escassez.

Nos Países em Vias de Desenvolvimento, o rápido aumento da população está a forçar a reclamação de mais terras e os pequenos agricultores já não deixam pequenas parcelas de pousio, durante vários anos, para recuperarem entre as culturas - massacrando árdua e ferozmente estas.

O Excesso de Pastoreio dos Animais em regiões áridas - e semi-áridas - está a contribuir também de forma exponencial para a destruição da cobertura vegetal, no que se observa a desertificação avançar a um ritmo igualmente extraordinário de 6 milhões de hectares por ano. O que, a tal não se travar, trará graves e sérias consequências, no que muitos investigadores ambientais já aludem ir-se tornar a metástase do século (e dos vindouros) em seca pronunciada de grande calamidade!


Seca, destruição e morte. Plantas e Animais, tudo sofre. A calamidade imparável de quem nada tem para recolher em recursos que escasseiam; a água - esse maior bem de África!

Consumo Excessivo de Água
Se uns países usam e abusam deste precioso líquido, há outros que fenecem por este não ter em seu seio. É o caso de África. Como na imagem acima referida, os solos secos, desérticos, potenciam esta mortandade, sendo que a água da chuva quando ocorre, não é retida nem mantida, o que vem originar a pobreza, a fome e a doença. A eterna tragédia africana...

Sabe-se que, nos países desenvolvidos, a Agricultura consome gigantescas quantidades de água, indo de 41% da utilização total nos Estados Unidos até 87% na China.
A disponibilidade de água é assim crucial para o cultivo de alimentos. Cerca de 40% da População Mundial vive em regiões onde as secas graves são frequentes. Em África, em meados da década de 80 do século XX, a seca matou dezenas de milhares de pessoas de fome e de doença, forçando a migrações em massa de 10 milhões.

A competição em torno do acesso à água está a aumentar de forma a  tornar os povos ainda mais desta dependentes e, de uma maneira geral, até contraproducente. Desde África até à Índia (sem esquecer o Médio Oriente) a água tem sido o motivo da discórdia e da mais influente propriedade planetária se tivermos em conta a sua origem não inesgotável; ainda mais do que a do petróleo!


Uma imagem que vale por mil palavras! A evidência dos dejectos, lixo e cadáveres no rio Ganges, em pústula ornamental (e já vulgarmente observável) por parte de quem passa, se banha ou alimenta dessas pútridas ou infectas águas em tão carismático rio, na Índia.

Conservar/Dispersar Água
Conservar, dispersar - ou desperdiçar - água, é sempre a grande questão, em qualquer ponto do globo terrestre em que nos encontremos. Excessos ou escassez, tem sempre duas faces: haver e não haver água. Um exemplo disso, é no caso da Índia que mantém disputas com os seus vizinhos Bangladesh e Paquistão, sobre os caudais do rio Ganges - e Indo - e ainda o acesso ao rio Jordão, constituindo todos eles a questiúncula política de grande importância no Médio Oriente.

Está a construir-se um número crescente de Barragens e Reservatórios em todo o mundo numa assaz tentativa de assim regular o fornecimento de água às populações.
No entanto, os Reservatórios ficam bloqueados de sedimentos com o tempo e, as inundações das terras pelas albufeiras - a que as Barragens dão origem - rompendo os ecossistemas e obrigando à deslocação de grande número de pessoas. Além disso, as Barragens e os Reservatórios podem, na realidade, fazer diminuir o fornecimento de água porque a taxa de evaporação de uma massa de água estagnada é superior. O que tem sido uma preocupação neste sector do qual não se pode evitar.


Barragem de Alqueva - região do Alentejo - sul de Portugal

Irrigação mais eficiente
Calcula-se que a procura de água para Irrigação das culturas duplique à medida que os países em vias de desenvolvimento tentam aumentar a sua produção alimentar.
Os Métodos de Conservação podem tornar a Irrigação mais eficiente - por exemplo, empregando a rega gota a gota em vez de aspersão de grandes volumes de água e, libertando esta debaixo da terra - junto das raízes - em vez de a depositar à superfície.

Esta e outras técnicas permitiram que Israel reduzisse a perda de água de Irrigação de 84%. O uso pouco eficiente da Água não constitui apenas um desperdício, pode também danificar o ambiente. Sem drenagem adequada, a Irrigação pode dar assim origem à Salinização do Solo, ou ao seu alongamento, e os fertilizantes usados na terra podem ser arrastados para as redes de Água Potável, poluindo-a.

A Irrigação Imoderada, mesmo em áreas onde a água disponível é aparentemente abundante, leva inevitavelmente ao esgotamento dos lençóis subterrâneos, uma das mais importantes fontes de Água Doce do Planeta, que só muito lentamente e restaurada.
O Norte da China, partes da Índia e do México e mesmo no Sudoeste dos Estados Unidos, correm, todos eles, o risco iminente de esgotamento das águas subterrâneas. Se o esgotamento dessas águas for muito grave, em particular próximo do litoral, a água salgada pode começar a infiltrar-se e desta feita a contaminar a água doce.

Este problema tem sido uma constante (em especial ou mais comum) em redor do Golfo Pérsico; o que traduz uma urgência de tal se evitar ou tentar diminuir em risco elevado de, um dia destes, termos os solos todos salinizados sem probabilidades de consumo. Por muitos métodos ou processos de desalinização que actualmente já se produzem no globo, há que ter em conta de que a água das chuvas é - e será sempre - a mais saudável, a mais fiável desse consumo, por muito que haja igualmente um tratamento adequado por mão humana sobre esta, até que chegue ao consumidor final.


«Maria e José» (cidadãos anónimos) de outros nomes, outra etnia, religião ou cultura, provavelmente, mas sempre iguais no seio de uma sofrida África. E, no seio da maior secura e pobreza sobre a Etiópia - um dos países mais vulneráveis que se encontra, na actualidade, a passar um dos mais graves registos da sua história, após os anos 80 do século XX.

África: o eterno flagelo da seca...
O Chifre de África sofre hoje como nunca. Ou como tempos idos e outros que, ciclicamente, sempre voltarão para si, para as suas gentes e, quotidianos martirizados pela fome, pela seca, pela doença e mesmo pelas guerras infinitas que se destilam por toda a África.
Somália, Djibouti, Quénia, Uganda e Eritreia ou outros. Dentro e fora do já denominado «Chifre de África». Entre eles, a Etiópia, na parte mais oriental do Continente Africano. A calamidade continua... e o mundo assiste...

Tempestades de areia, nuvens de pó e e sofrimento que tudo varrem, nas alterações climáticas impiedosas ou, inclementes, que se abatem por todos estes seus povos sobre uma África massacrada de doenças e guerras; mais a fome e o desespero, de tudo isso ver terminado sem fim à vista.


Gunga: o animal resistente de terras de África. Foto tirada em Angola, nesta belíssima imagem de vida selvagem (e igual secura dos solos da qual Angola também sofre, não estando imune ou afastada desta tragédia).

Condições Locais: resistir, é preciso!
Em certas aldeias da Mauritânia, nas margens do deserto do Sahara (por ocasião dessas funestas tempestades de areia), observa-se então que, a terra tão degradada que está, que o solo simplesmente voa. É esta, indefectivelmente, a suma consequência do excesso de pastagem que nestes locais se acerva ou faz em prejudicial fruição dos solos, em particular por parte de espécies não nativas de Gado Bovino, que não estão adaptadas às condições locais.

Este Gado não possui imunidade natural às doenças envolvidas e, como tal, tende a comer toda a cobertura vegetal desses solos.
A Criação de Espécies Selvagens Nativas - como o Gunga - permite que mais animais possam ser suportados pela mesma terra sem tanta degradação.


Caça às Baleias, nas ilhas Faroé, na Dinamarca (UE) no que se apelida de «festival Grindadáp» (pedindo desde já desculpa pela brutalidade da imagem).

O Extermínio de uma espécie por outra...
Esta mortandade sanguinária (como o são todas) exibe-se aos nossos olhos em impressionante espectáculo de dor e morte, dos quais o Homem ainda hoje se gaba de cumprir; e pior, por países ditos desenvolvidos e cientes de toda a modernidade e, exequível determinação, de se fazerem prosperar em maior rentabilidade e progresso. Será esta imagem digna disso...? Penso que não!

As ilhas Faroé ou Féroe - em arquipélago pertencente à Dinamarca - localizadas entre a Islândia e a Noruega (mais exactamente entre as costas da Islândia e da Escócia), são dos locais mais belos e bucólicos do mundo (se registarmos o que o mundo nos trouxe destas, pela rodagem do filme do «Senhor dos Anéis» em que vimos suscitar, Hobbites, Elfes e Duendes...) mas que, na actualidade, é o circuito mais horrendo que por mão humana se cumpre em total despojamento e, exibição, em que até crianças participam em total desfasamento da realidade no sofrimento acometido sobre estes grandes animais marinhos. Ilhas Faroé, ilhas de sangue, que ninguém parece importar-se em estancar, numa desinteressada ou amorfa condição de se olhar para o lado em total e abominável estupidificação de massas, ante esta chacina por mares e terras adentro. Uma vergonha!


Não será isto caso de maus-tratos...? Violência gratuita e anormalidade ou enviesada realidade sobre uma espécie e outra, qual delas a que terá de ser mais protegida...?!

Desgraça de se ter rumado à Dinamarca...
Estas Infelizes Baleias são ainda caçadas por métodos tradicionais, por todo o Atlântico Norte. Todavia, a exploração industrial das baleias por todo o mundo (incluindo no Japão, onde se faz a incessante perseguição marinha desta espécie) colocou estes animais à beira da extinção.
Outras Espécies Marinhas também estão a desaparecer do globo terrestre em suas águas salgadas, devido ao impressionante excesso de captura e pesca. Outra calamidade!

Este espectáculo macabro de matança sem limites - ou contemporização mais consciente de tal se anular em breve - faz da população desta região e área, uma massa de gente sem escrúpulos e sem sentimentos, para quem extrair os recursos vindos das baleias, é algo muito natural e, sequencial, de toda esta mortandade no Norte da Europa.
Sendo um dos rituais mais bárbaros que nesta era moderna, era actual, se perfila - em barbárie inacreditável - este povo e esta terra punge-se de sangue, dor e morte, sem fim à vista. Estima-se que, por ano e em média, sejam mortas 1000 Baleias. Um absurdo! E uma tragédia marinha que convém parar. Já!!!


Uma festividade: A Matança das Baleias! Dá para acreditar... em pleno século XXI???

O Festival do Sangue e da Morte!
Há o registo de 4500 Baleias mortas durante este Festival de Carnificina que, nos tempos que correm, não se compagina ainda existirem onde povoação e, festividades, se confundem com o avassalador massacre das pobres baleias que se não podem defender de tão vis actos de gente que parece viver ainda na Idade-Média.

E se tantos se queixam dos povos do Daesh, em fundamentalismos exacerbados ou radicalismos não temperados que degolam e decepam cabeças dos seus semelhantes, que dizer deste «supra-sumo arquipélago» qual, ilhas malditas, que esventram, profanam e matam sem piedade alguma os infelizes cetáceos que são espécie a proteger - e não a abater - em tão cruéis actos demonológicos que só elas sabem dizer. Onde começa a loucura e acaba sanidade nestes actos, alguém o sabe...?

Uma Vergonha! Uma Grande e jocosa Vergonha, senhores das ilhas Faroé! Afinal, quem são os bárbaros... os do Médio-Oriente (apenas e só...?) ou todos vocês, que fazem da morte um festival de cantorias e folguedos sem estribeiras de se comoverem com os gemidos angustiados de quem sofre e morre nas vossa praias de sangue...? Para quando uma sanção a vós...? Afinal, no coração da Europa, somos todos iguais ou não? Ou uns são mais primitivos do que outros, aí, pelo sanguinário reino da Escandinávia...?! Para quando o término ou de novo a imposta sanção económica à vossa ignorância, à vossa ignomínia. Para quando...???


Baleia, nos Açores. A pacífica viagem sobre os mares que já não são de ataque mas de alegre convivência com o ser humano. Um exemplo que o resto do mundo deveria seguir...

A Actual Realidade nos Açores
Posso não me orgulhar do meu país (Portugal) por tão mal ser conduzido - social e politicamente - por quem só quer usar-se dos cargos políticos e não o contrário como deveria de ser e, como certo dia J.F.K. pronunciou: «Pergunta o que podes fazer pelo teu país e não o que o teu país pode fazer por ti!» Estava certo; certíssimo! Perante todos aqueles que, inversamente, extraem destes supremos lugares parlamentares, a magnitude não exemplar de estar acima do cidadão comum. E lamento por isso. Como por estarmos a viver (em Portugal) - novamente - um declínio pejorativo e descendente de esforços financeiros para pagarmos a nossa tão grande dívida de déficite orçamental excessivo; entre outras coisas. No entanto, apraz-me dizer, pronunciar e mesmo evidenciar, de que o meu pequeno e endividado país, foi um dos primeiros a nivel mundial que aboliu não só a pena de morte sobre o Homem, como, neste específico caso, o ter abolido A Caça à Baleia, nos Açores - arquipélago e ilha insular de Portugal.

E muito que isso nos custou em desfavor económico nas ilhas que só por si, isoladas e afastadas de tudo, no meio do Atlântico, em fervor e economia de subsistência, tinham até então nestas caçadas e pescarias de alto mar, os proventos e uma igualmente isolada abastança de ilhéu, em bens sacados das Baleias. Acabou, e ponto final. Felizmente!


A plácida e calma felicidade de quem nada teme nos mares dos Açores: Baleias, Golfinhos e todas as espécies envolventes marinhas em franco desenvolvimento, paz e harmonia, que só os visitantes e turistas desassossegam, sem que estes seres se escondam.

Açores: a bonança dos mares...
Parece que, em países ditos desenvolvidos (para quem esta carnificina parece ser mais de índole festiva do que propriamente económica...) continua a fazer-se sem ordem nem concílio de uma Europa sempre existente mas igualmente sempre ausente destes tristes casos - e regras - a reiterar. Oxalá me ouçam... um dia destes... oxalá não se percam em meandros golpistas de bastidores e façam ouvidos de mercador ou de cisternas invisuais para o que não querem ver ou tentam deixar passar ao lado, perpetuando no tempo estas atrocidades... o que se lamenta. E se desdenha. E pior, se invecta de se estar a ter dois pesos e duas medidas em face ao sofrimento e, à eliminação permanente de espécies em vias de extinção. E isso, eu não compreendo e muito menos aceito; eu, que não sou ninguém... mas tenho na palavra a minha única arma de arremesso para com tão vis actos de uma civilização que se diz evoluída e, a cumprir desígnios de um ou mais deuses, consoante lhes apraz ou se reverte então sob crenças ou religiosidades de muita, pouca ou nenhuma fé.

Fé nos homens... algo que eu não tenho nem posso ter, a continuar-se desta cruel forma a cometer estas horrendas cenas planetárias de uma Humanidade sem coração, sem cabeça... e pior, sem réstia alguma de alma, essa mesma alma que se apregoa aos céus quando esta se vê a braços com a morte que, por sinal, nunca ou quase nunca, é tão sanguinária e tão maldita quanto a destas pobres baleias dos nossos tão tingidos mares de vermelho-sangue. Um horror! E que nada nem ninguém parece assumir-se, responsabilizar-se, ou postar-se numa outra atitude de regras e legislação, sobre a anulação do que ainda se faz no mundo. É triste. Muito triste.


Cataratas no Brasil (Rota de Caparaó): as nascentes naturais de um belo planeta que urge não estragar.

Ser mais puro... e fazer por isso!
Se a Humanidade um dia acordar e vir, pasmada, que tudo em seu redor pereceu na deformidade ou informe circunstância do que empestou, envenenou e encimou ao seu redor, sem nada que lhe valha de arremesso ou de tal inverter no «Fim dos Dias» - ou no fim de alguma coisa que lhe não dê esperança de ainda ir a tempo de tudo mudar - será breve a sua causa na Terra.
Muito do que fizemos e fazemos hoje em dia, ser-nos-à devolvido em maior ou menor envergadura planetárias sobre o que neste impusemos de nós, e em nós.

Para o bem ou para o mal, do ar que se respira, dos solos que se pisam (e se extrai o alimento), às águas que se bebem, às outras por onde nadamos e nos banhamos na sublime condição de seres não aquáticos mas de perene ansiedade de neles nos fazermos ao mar, que todos devemos ampliar a certeza de estarmos a contribuir para algo mais ténue mas mais limpo - e não o oposto - em envenenamento das espécies vivas, desta maravilhosa Terra que é de todos nós.

Compete-nos, a todos, instaurar essas mesmas leis sobre rios, mares e oceanos; cascatas de água pura, ou simples poços esventrados no areal seco de uma qualquer terreola perdida no meio de nenhures. Em todos os locais, em todas as frestas do planeta, há a existência de águas subterrâneas que não convém conspurcar mais; à Terra o devemos, ao seu chão o teremos de incrementar, para que nada, um dia, nos seja reposto mas em agonia e toxicidade fatais. O Homem tem de ser mais do que isso e, perceber, que o seu semelhante, ser humano ou espécie vigente da Terra, é afinal o seu seguidor, o seu impulsionador e gerador de outras condições, outras gerações.

« Que não separe o Homem o que Deus uniu», sê-lo-à em conjugalidade ou quiçá em anúncio do que este deve ou não fazer na Terra. Só lhe cabe agora, a si se julgar, no bem ou no mal que nesta (Terra) imputou, executou ou alvitrou. Um dia, em breve talvez, ser-lhe-à pedidas contas de tudo isso... e que dirá ele, o Homem então...? Não o sei, mas suspeito que nada de bom. O que se lamenta!

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