Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
Translate
quinta-feira, 18 de junho de 2015
A Era Cosmológica XII (Interacção de Galáxias)
Galáxias Espirais em processo de Interacção
Entrando em órbita em redor uma da outra, as galáxias, nesse processo espiral interactivo, vão libertando jactos de estrelas, em suma, vão criando assim um circuito de vida estelar; não será efectivamente, o que se passa a nível conceptivo ou mesmo gestacional entre humanos...? Por muito que esta comparação possa ser (ou parecer) absurda, será também inevitável, se tivermos em conta toda a luz e toda a vida que, similar e reciprocamente - nas galáxias ou na criação de vida humana - esta mesma miríade de estrelas compõe em si?
Haverá assim tão grande distância de comparação e, coincidência, no «motor» que tudo gera e impulsiona e activa todo o Universo...? Mesmo reconhecendo-se um paralelismo algo inusitado, não se poderá suspeitar sequer de que, a união e interacção de galáxias possa ser - por muito que se estranhe tal - essa idêntica génese cosmológica e terrestre, no que se sente em poder criador de vida? Teremos em comum - nós, humanos, e as galáxias - esse igual poder de colidir, interagir e, no fundo, criar luz de estrelas, criar luz de vida por todo o...Universo???
Interacção de Galáxias
As Galáxias num enxame estão constantemente em movimento (devido à força gravitacional mútua entre elas e os seus vizinhos) e, por isso, de tempos a tempos, talvez uma vez em cada vários milhões de anos, passam tão perto umas das outras que podem acontecer Interacções dramáticas.
Se as duas galáxias forem de massa semelhante, os resultados da Interacção são muito diferentes dos que acontecem quando uma galáxia é muito maior do que a outra.
A Proximidade das Galáxias também afecta o resultado final. Algumas galáxias passam umas pelas outras e fazem a sua presença sentir-se à distância, ao passo que outras aproximam-se muito e...fundem-se!
NGC 6621/NGC 6622 - Um par de Galáxias em forte interacção gravitacional
Processo de Colisão e Interacção
Se duas Galáxias Espirais de massa semelhante se encontrarem, à medida que se aproximam começam a perturbar mutuamente o seu conteúdo estelar. Arrancam estrelas uma à outra das suas órbitas e, lentamente, as galáxias vão perdendo assim os seus padrões espirais.
Algumas dessas Estrelas são afastadas das Galáxias e formam longas «caudas» através do espaço intergaláctico. Outras estrelas são desaceleradas e começam a cair na direcção do Centro de Massa das duas galáxias.
Se as Galáxias passarem suficientemente perto, fundem-se e tornam-se uma só! Quando as Galáxias colidem deste modo, as estrelas que elas contêm não tocam, na realidade, umas nas outras; os espaços entre as estrelas são tão grandes que as probabilidades de colisão - mesmo numa fusão galáctica - são, de facto, muito pequenas.
Se as duas Galáxias em Colisão forem de dimensões muito desiguais, então uma é altamente perturbada e a outra permanece quase intacta.
Se uma Galáxia Pequena e Compacta passar perto de uma grande espiral, a Galáxia Espiral é relativamente pouco afectada e a pequena galáxia compacta é radicalmente...alterada!
Se, porém, a Galáxia Compacta passar, na realidade, através da Galáxia Espiral, faz com que esta última (a galáxia espiral) tome a forma de um anel.
Galáxia M82
Surto de Formação de Estrelas
O Efeito das Interacções Galácticas nas nuvens de gás contidas nas galáxias é muito diferente. Com muita frequência, as novas forças gravitacionais que actuam nas nuvens provocam colapsos que conduzem a um surto extremamente vigoroso de formação de estrelas - um fenómeno chamado: Surto de Formação de Estrelas.
Um bom exemplo é a Galáxia M82, que foi gravitacionalmente perturbada pela Grande Galáxia Espiral Próxima M81! Embora a galáxia mais pequena tenha sido significativamente distorcida, está a sofrer um rápido processo de formação de estrelas - próximo do seu centro.
Quando as Galáxias se Fundem, perdem então a poeira e o gás que vão assim formar de seguida outras estrelas! Os Sistemas Fundidos são portanto incapazes de gerar novas estrelas. Os movimentos das estrelas também são perturbados, de modo que se torna impossível esses sistemas estabilizarem num regime ordenado necessário para um Disco Galáctico.
A natureza aleatória das Órbitas das Estrelas tende a tornar as galáxias resultantes...em elípticas. Se são Esféricas ou Elípticas depende de quão apertadas são as Órbitas Estelares.
Se as Inclinações das Órbitas forem totalmente aleatórias, o sistema galáctico é uma Esfera; se se verificar uma tendência para a Inclinação Orbital, a galáxia ganha então a singela forma de...um ovo!
Colisão entre Galáxias (imagem de 2011) - Galáxias VV 340a e VV 340b
(Dados da NASA)
A Surpreendente Imagem!
A NASA divulgou em meados de Agosto de 2011, a surpreendente imagem da Colisão entre Galáxias no complexo chamado: VV 340 ou Arp 302. Quanto às galáxias intervenientes são elas: VV 340a e VV 340b que, sendo observadas no início deste processo de Interacção, nos veio dar uma das mais belas imagens até hoje captadas.
A Interacção deste tipo de Galáxias tem como resultado a fusão desses corpos celestes no igual processo geracional (ou que fez identicamente gerar) a nossa Via Láctea e a de Andrómeda, como se conhece e determina hoje.
VV 340 fica então (segundo dados da generosa NASA), a 450 milhões de anos-luz de distância da Terra. Ainda que longínqua...é uma maravilha de observar!
O Código Genético é a chave da linguagem dos genes. A informação total do código genético de um organismo constitui, por sua vez, o seu genoma. Neste mesmo plano do código genético de um organismo - inscrito nas moléculas de ADN das suas células - no que, subsistindo ou coexistindo um todo de informação (ou conjunto de instruções) para a produção de todas as características de uma espécie (assim como da organização do seu crescimento e reprodução), haverá tão radical diferença no que move também estas energias galácticas no que hoje se conhece de si?
Talvez não seja muito razoável fazer-se esta comparação entre o Cosmos e um simples terrestre em toda a sua analogia, conceptualidade e, mortalidade. Contudo, há que expor que, mesmo em processo molecular ou de divisível metamorfose celular, o certo é que tudo se baseia nessa mesma identidade de união, colisão, interacção ou reacção conjunta que acaba, inevitavelmente, por gerar vida. Ou não.
Não se pretende, contudo, efabular ou elucubrar pantominas celulares e anatómicas correlacionadas com as galáxias. No entanto, há que ter em conta todo um impulso energético e de vida que essas mesmas galáxias do Universo suscitam em interacção efectiva, desmembramento, separação ou em proliferação de estrelas que terão vida própria após essa colisão. Sem querer gerar polémica ou invasão de espaços que são meramente do foro científico na área astrofísica (que não filosófica...), reconheço hoje que tudo está efectivamente mais perto, muito mais perto de nós, planeta Terra, do que há uns anos - pelo menos em observação espacial e empenho extraordinário de investigadores e estudiosos que perdem (ou ganham...consoante os seus desígnios pessoais) muitas horas do seu tempo a surpreenderem-nos com estas maravilhas do Espaço.
O Universo é um Todo que não nos deixa ficar indiferentes a si; tal como a Humanidade. Sendo esta uma sua ínfima parte desse Todo, só teremos de fazer igualmente a nossa parte em cumprimento de dever e, sabedoria, pelos conhecimentos que os cientistas e todos os envolvidos na causa cosmológica e astrofísica têm para nos ofertar. E nós, Humanidade, só temos a agradecer. Inquestionavelmente!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário