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sábado, 13 de dezembro de 2014

A Leitura da Mente


Cérebro Humano/Mente em Movimento (EEG)

Que energia cerebral é esta que ainda hoje nos confunde mesmo dentro da comunidade científica médica - em que, por vezes, a actividade cerebral continua, além o que é considerado morte cerebral?
Que benefícíos tem o ser humano com a descoberta do já tão propagado EEG, no mundo médico? Poderá a análise da psique humana - Frenologia -  revelar-nos ainda hoje algo que esteja escondido ou no foro secreto da anatomia do ser humano? Que mais descobriremos em poderosa Leitura da Mente, nos anos que se seguem? Que mistérios maiores nos reserva ainda este maravilhoso Cérebro Humano???

Ler a Mente
(Quando a Pseudociência da Frenologia fez furor!)
Os Vitorianos acreditavam que quanto mais pesado e maior fosse o Cérebro, maior a inteligência...!?
Estavam então fascinados pelas medidas dos Cérebros de intelectos famosos. Os do escritor William Makepeace Thackeray e do estadista alemão Otto von Bismarck. Por exemplo, pesavam 1658 e 1907 gramas, respectivamente. No entanto, as medições do Cérebro depois da morte nada significam, porque este aumenta efectivamente então o seu peso com a ocorrência de um Edema (infiltração de fluidos de tecidos).
Nas primeiras décadas e até meados do século XIX, era largamente aceite que estudar as protuberâncias ósseas do crânio de uma pessoa, revelaria então os seus talentos e, o seu carácter. Esta análise da Psique Humana chamava-se de, Frenologia e, foi inventada pelo médico austríaco Franz Joseph Gall, nascido em 1758.
Charles Darwin e muitos outros eminentes cientistas interessaram-se pelas teorias de Gall, e até a Rainha Vitória (Inglaterra) fez observar os filhos por um Frenologista para averiguar as suas hipóteses de êxito no futuro.
Depois de examinar crânios de criminosos e louco, bem como de cidadãos normais, Gall dividiu  crânio em 37 áreas diferentes, localizando assim características-chave, tais como: Firmeza, Auto-estima, e Amor aos pais - na parte superior. Enquanto Secretismo e, Introspecção, se situavam num dos lados. Afirmou que, as Bossas Cranianas reflectiam proeminências, e portanto o maior desenvolvimento de diferentes partes do Cérebro. Contudo, a crença de que era possível «ler alguém como um livro» de acordo com os contornos do crânio, assentava num erro fundamental da Anatomia, mais tarde esclarecido.

Sistema Imperfeito
O Erro de Gall foi acreditar que, o Crânio era moldado por um Cérebro crescente, e que, portanto, os contornos do crânio revelavam faculdades mentais subjacentes.
Sabemos agora que há uma barreira entre o Crânio e o Cérebro, chamado «espaço subararacnoideu», que contém o fluido cerebrospinal que almofada o Cérebro e, o protege do contacto com...o Crânio!
O Cérebro possui de facto diferentes regiões que governam funções - mas não as identificadas pelo sistema de Frenologia de Gall.
A descoberta do Fluido Cerebrospinal, por um médico francês, François Magendie, ocorreu em 1828 - ano em que Gall morreu - mas nem isso desacreditou a teoria de Gall. Ainda em 1907, foi concebido um «Frenómetro» para medir...as Bossas Cranianas.

Ritmos da Mente
(Como Registar a Mente em Movimento...)
Os espectaculares progressos alcançados no campo da observação minuciosa do Cérebro, relegaram para segundo plano as contribuições dadas pelo EEG (Electroencefalograma).
No entanto, na detecção de algumas doenças cerebrais, o EEG pode fornecer informações que mais nenhum aparelho de Radio-diagnóstico iguala!
A Electroencefalografia foi idealizada por Hans Bender, professor de Psiquiatria da Universidade Alemã de Iena, em 1929. Sabia-se há muito, por experiências feitas em animais, que o Cérebro gerava Sinais Eléctricos.
Berger descobrira que, usando um Galvanómetro (aparelho concebido para detectar correntes eléctricas fracas), era então possível captar sinais de, eléctrodos colocados no couro cabeludo.
Quando amplificou estes sinais fracos e com eles alimentou uma máquina que traçava instantaneamente um gráfico, tornou-se assim a primeira pessoa a ver a, impressionante imagem, do maquinismo do Cérebro em acção!

Mudar Padrões
Berger descobriu que as mensagens eléctricas do Cérebro são, às vezes, sincronizadas em padrões de ondas distintos, que variam de velocidade segundo a idade do paciente, o estado do Cérebro e ainda, a actividade que exerce.
Nos adultos saudáveis, o padrão de onda dominante num EEG, é ritmo-Alfa. A sua velocidade é de 10 ciclos por segundo e, é melhor detectado, se o indivíduo está a descansar e de olhos fechados.
Enfrentar qualquer desafio mental reduz as Ondas-Alfa, bloqueando-as por vezes completamente.
O resultante padrão de onda de frequência irregular é chamado: Bloqueio-Alfa. Com o início do sono e à medida que se vai tornando mais profundo, as Ondas do EEG ficam mais longas e, de menor frequência - são dominantes as Delta, cuja frequência é de apenas um a dois ciclos por segundo.
O EEG do cientista Albert Einstein ilustra o fenómeno das Ondas-Alfa, embora não seja um exemplo típico. Enquanto executava cálculos complicados que, contudo, não lhe colocavam qualquer desafio, a sua Mente estava relaxada e, apresentava um Ritmo-Alfa contínuo.
De súbito, as Ondas-Alfa desapareceram e ele pareceu inquieto. Ao perguntarem-lhe se algo corria mal, Einstein respondeu então que encontrara um erro nos cálculos que fizera na véspera e que, desse modo, precisava de telefonar para a Universidade de Princeton a comunicar o erro.
Os Ritmos-Alfa de Einstein haviam sido substituídos por Ondas Irregulares (Bloqueio-Alfa) por causa do desafio mental do erro.

Tempestade Cerebral
O EEG é ainda útil para detectar e observar a Epilepsia, que é de facto, uma séria tempestade eléctrica no Cérebro - e talvez o seu maior êxito neste campo tenha sido, o ampliar da definição da doença. Em finais dos anos 40, as investigações por EEG revelaram um estado inteiramente novo - a Epilepsia do lobo temporal. O doente não cai, não tem convulsões e pode até ser capaz de caminhar - e falar - durante o ataque, mas apresenta um comportamento confuso e, muitas vezes estranho, do qual a seguir não se recorda.
Cabem neste tipo de Epilepsia estados de despersonalização, alucinações e outros fenómenos estranhos.

Em Busca da Sede da Alma
Os Médicos e Filósofos antigos devem ser perdoados por localizarem o Intelecto e, a Consciência, ou...como diziam na época, a «Sede da Alma», em todas as partes do corpo - excepto no Cérebro.
Afinal, o Cérebro Humano é comparativamente pequeno, pesando em média 1,5 Kg.
Numa inspecção superficial, a textura gelatinosa fornece pouca evidência da complexidade das suas operações como impulsionador das funções do corpo.
O desconhecimento de Anatomia nos tempos antigos levou à crença, por exemplo, de que as Secreções Nasais vinham directamente do Cérebro e, de que este era composto quase só por mucosidades. Assim, a «Sede da Alma» foi atribuída a órgãos mais interessantes, como o...Coração, o Fígado ou os Rins.
Expressões como: «Coração destroçado», são relíquias destas crenças. Embora Hipócrates - baseado nas suas observações da Epilepsia em fins do século V a. C. - tivesse situado o Intelecto na cabeça, Aristóteles, um pouco mais tarde, localizou-o no...Coração, rejeitando assim o Cérebro como um órgão que «arrefecia o sangue». No século II, o anatomista grego Galeno, descobriu algumas funções do Cérebro - mas as opiniões de Aristóteles reinaram ainda mais 1500 anos.
As doutrinas de Aristóteles só declinaram, quando, por volta de 1628, o médico inglês William Harvey descobriu a circulação do sangue e, mostrou que o Coração é uma Bomba Muscular! Mesmo então, atribuíam à «Sede da Alma» várias localizações, excepto na massa cinzenta do Cérebro: os Ventrículos, os espaços ocos no centro do Cérebro e, as Meninges, membranas que o cobrem, eram as preferidas.
Descartes, filósofo francês do século XVII, escolheu a Glândula Pineal - do tamanho de uma ervilha - como o ponto de contacto entre...o Corpo e a Alma, por ser efectivamente no Cérebro, um órgão singular e não par de outro, mas Anatomistas ficaram consternados ao verificarem nas autópsias que, a «Sede da Alma», estava calcificada!
Foi então deste modo que, Franz Joseph Gall - o tal dotado Anatomista austríaco especializado no Cérebro (antes de se desviar para a pseudociência da Frenologia) - quem, em finais do século XVIII, seguiu a origem dos nervos até ao Cérebro. Localizaria assim o Córtex Cerebral, a camada de matéria cinzenta que cobre todo o Cérebro - como Sede das mais elevadas funções! O pioneiro, portanto!

Existem hoje - no mundo moderno - ainda muitas questões subjacentes ao mundo cerebral, neurológico e de actividade imparável, mesmo para além do que se obsta em paragem cardíaca e de todos os outros órgãos em falência múltipla ou generalizada.
Indivíduos em estado comatoso - em determinados graus de actividade cerebral - vão-se debatendo pela vida que escasseia, no que, em actividade cerebral, lhes comanda essa réstia ou fio de vida. Mas, para além de tudo isso, há sempre o registo de algo mais que, nem com toda a tecnologia possível e existente na actualidade, se poderá determinar na sua totalidade. Não muito longínquo ou tão distante assim no tempo e no conhecimento humano, se enterravam seres humanos devido à inércia física apresentada que, não se denotando vida (ou sinais vitais muito ténues nessas épocas), se julgavam mortos; e, como tal, a sepultura era iminente. Uma tragédia para quem, ao fim de dias ou semanas acordaria em susto, horror e total impotência de se fazer ouvir, acabando por falecer devido à falta de oxigénio e outros meios para dali sair, obviamente. Um horror, de facto! Hoje, toda a tecnologia moderna que reveste todos os núcleos intervenientes médicos e locais de hospitalização se nutrem por uma impecável assistência de tratamento, recobro ou simplesmente vigília desses dados no ser humano. Mas, algo permanece ainda obscuro na sabedoria e poder total de um conhecimento maior, ao afirmar-se conhecer-se já hoje toda a exponencial orgânica e anatómica do Cérebro, algo de muito questionável complexidade e, reiteração...supõe-se. Há mesmo quem se interrogue se, a Consciência Humana, vai muito para além da morte física...da morte anunciada e firme em não-actividade cerebral. Algo que, estando ainda no segredo dos deuses ou...no de uma Ciência ainda por descobrir e revelar ao mundo, da qual ainda ninguém atingiu - por muito que as sessões psiquiátricas de regressão ou progressão o afirmem, nada é em absoluto! Pelo menos...em absoluta consciência no que hoje reportamos, apesar dos muitos avanços tecnológicos e outros, sobre o ser humano!
Seja como for, que num futuro próximo a tudo possamos (todos) - nós, Humanidade - ascender a esse mesmo conhecimento, além o espaço Físico e mesmo Mental que agora nos é dado conhecer. A bem desse conhecimento, tudo nos seja ofertado em bênção e agrado destes novos tempos. Assim seja!

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