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terça-feira, 4 de novembro de 2014

A Verdade dos Planetas I


Planetas Vizinhos da Terra: Mercúrio / Vénus / Marte

Para nós humanos ainda é impensável haver vida nestes planetas vizinhos, mas será assim efectivamente? Existirá uma outra forma de vida interestelar que os habitem, povoem, visitem ou sequer permaneçam ainda que por breves «momentos»? Sendo todos eles hostis à condição humana de sobrevivência e habitat, sê-lo-à também para os seres estelares do Cosmos ou, ao invés disso, lhes sejam completamente indiferentes - ou mesmo imunes -  na interferência nociva de atmosferas agressivas e temperaturas intoleráveis? Que segredos nos esconde ainda o nosso próprio Sistema Solar em planetas vizinhos da Terra?

O Império do Sol
(Mercúrio: um Inferno de rochas e crateras em solo incinerado, Vénus demasiado quente para a vida, Marte demasiado frio). Restando a Terra, em planeta amistoso à vida no ser humano, será possível esta existir algures noutros planetas? Certamente que sim, mas fora do nosso alcance espacial.
Os planetas vizinhos da Terra, Vénus e Marte, pareciam á priori serem os locais mais prometedores no nosso Sistema Solar, no que se refere a condições apropriadas à vida.
As sondagens espaciais, porém, descobriram que Vénus é demasiado quente (460ºC, em média) e que suporta uma pressão esmagadora: 93 vezes superior à nossa. Quanto a Marte é um planeta gelado (-60ºC, em média) com uma fina atmosfera de dióxido de carbono. Nenhum seria apropriado à vida, ainda que muito primitiva. A Terra, porém, teve sempre um clima suportável: houve sempre água, mesmo quando, há milhares de anos, o brilho do Sol era apenas 70% do actual. A explicação reside na forma como o calor do Sol é captado pelo dióxido de carbono na nossa atmosfera.
Ao longo dos anos, os níveis desse gás ajustaram-se para manter uma temperatura correcta na Terra. Em Vénus, existe sempre demasiado dióxido de carbono; em Marte, nunca há o suficiente. Em relação à Terra, a distância a que esta se encontra do Sol (exactamente a 149,6 milhões de quilómetros) condiciona a sua temperatura máxima que se localiza nos 60ºC (140 F). O perigo que poderiam representar raios saturados de radioactividade é evitado pela existência de um campo magnético, conhecido como o Cinturão de Van Allen, que recolhe esses raios e os conserva retidos no Espaço a uma distância considerável. A inclinação do eixo da Terra origina as estações e a composição da atmosfera - oxigénio, azoto, vapor de água, dióxido de carbono e árgon - fornece os ingredientes vitais para a manutenção da vida orgânica.

Mercúrio - O Planeta de menores dimensões
Mercúrio é o planeta interior de menores dimensões e o que oferece condições menos amenas. Recentemente ainda, supunha-se que o dia em Mercúrio tinha a mesma duração do seu ano - 88 dias na Terra. Os Astrónomos afirmavam que uma face do planeta nunca recebia a luz solar, mantendo-se mergulhada num frio intenso permanente, enquanto a temperatura elevada da outra, constantemente sujeita à acção dos raios do Sol, provocaria a ebulição de metais macios, como o chumbo ou o estanho. Actualmente, porém, está provada a falsidade desta suposição, explicada pela coincidência de Mercúrio apresentar sempre a mesma face voltada para a Terra no mesmo ponto da sua órbita em torno do Sol. Na realidade, a rotação dura apenas 58,6 dias terrestres, em consequência do que todas as zonas do planeta recebem a luz - e o calor - solar.
A temperatura da face de Mercúrio, supostamente gélida, é consideravelmente superior ao que se pensava. Se alguma vez for possível a um Astronauta viajar até este planeta - a distância varia entre 80 e 218 milhões de quilómetros e a viagem demoraria bastante mais de 6 meses - encontrará nele uma temperatura nocturna muito semelhante à de um belo dia de Verão na Terra, ou sejam 22ºC (72 F). Como a órbita que Mercúrio descreve em trono do Sol corresponde apenas a metade da sua rotação, o Astronauta teria de esperar o equivalente a 176 dias  na Terra por uma manhã escaldante. Se, de qualquer forma, tivesse possibilidades de subsistir até ao «meio-dia», a temperatura atingiria 400ºC eo mercúrio dos seus instrumentos ferveria!
Admitindo que, nestas condições, o Astronauta conseguisse sobreviver, o considerável peso do seu equipamento isolador não lhe impediria provavelmente os movimentos, como seria de supor. Devido à reduzida acção da gravidade que se faz sentir em Mercúrio, um homem de 75 kg. pesaria apenas 25.

Um Passeio por Mercúrio
Um passeio por Mercúrio revelaria um solo bastante queimado e desprovido de mares ou rios que impedissem um veículo de percorrer a distância de 16 000 km que constitui a sua circunferência.
Descrevendo Mercúrio uma órbita mais clíptica do que a de outro qualquer planeta, à excepção de Plutão,  a temperatura varia de um dia mercuriano para outro. Num dos dias mais quentes, deparar-se-ia ao visitante uma paisagem rochosa e de crateras, sob a luz ofuscante de um Sol enorme. De noite, uma vez que Mercúrio não possui qualquer satélite, apenas seriam visíveis as estrelas e a distante luminosidade de Vénus e da Terra.

A Verdade acerca de Vénus
Embora Vénus se encontre consideravelmente mais perto do Sol do que a Terra - respectivamente - 108 e 149 milhões de quilómetros - a sua superfície é protegida do calor escaldante por uma nuvem densa e permanente. Apenas há 70/80 anos os Astrónomos imaginavam, sob esta nuvem, um planeta palpitante de vida: uma espécie de floresta tropical e saturada de vapor, que alguns astrónomos mais imaginativos viam percorrida por monstros semelhantes a dinossauros - enquanto outros interpretavam o halo luminoso (que por vezes se avista em torno de Vénus) como o brilho de cidades durante a noite.
Agora que as nuvens venusianas foram atravessadas por Sondas Espaciais Americanas e Russas, as construções fantasistas ruíram, vindo a provar-se que a realidade é muito diferente. O planeta, cuja temperatura à superfície é de 500ºC (932 F), está envolvido por um gás venenoso - o dióxido de carbono. Poeiras e cristais de gelo fundem-se conjuntamente num «smog» amarelado, que só ocasionalmente é atravessado por uma pálida luz solar, que empresta às rochas um brilho avermelhado. Em torno tudo é areia juncada de calhaus, que as constantes tempestades de pó moldaram em formas estranhas. O calor asfixiante não permite o desenvolvimento de qualquer espécie de vida conhecida. As partículas de gelo existentes na nuvem derretem-se e transformam-se em vapor muito antes de, sob a forma de chuva, poderem cair na superfície do planeta.
As dimensões de Vénus, cujo diâmetro é de 12 104 km e cuja força de gravidade é ligeiramente inferior à da Terra, quase equivalem à deste planeta com um diâmetro de 12 756 km. O movimento de rotação de ambos os astros processa-se em sentidos opostos, pelo que um homem a quem fosse dado aterrar em Vénus e descortinar o Sol através da nuvem de smog que o encobre, veria esta estrela nascer a oeste e pôr-se a leste. Não existem estações em Vénus, e como o planeta necessita de 242 dias para completar um movimento de rotação e apenas de 225 dias para descrever uma órbita em torno do Sol, um dia venusiano é mais longo do que um ano.

Vida em Vénus?
Um dos problemas de mais difícil resolução que os cientistas teriam de enfrentar antes de lhes ser possível ventilar sequer a hipótese da possibilidade da concretização de um voo de três meses até Vénus, seria o da enorme pressão atmosférica de 105,4 kg, por centímetro quadrado, 100 vezes superior à exercida pela atmosfera terrestre. Assim, mesmo que um Astronauta pudesse sobreviver a todos os outros perigos, seria mortalmente esmagado - a menos que dispusesse de equipamento de protecção adequado.
Apesar do carácter pouco atraente da realidade sobre Vénus revelada pelos astrónomos modernos, este planeta desde sempre excitou as imaginações fantasiosas. Mas só se o seu permanente invólucro de nuvens se dispersasse, permitindo à água atingir a superfície e, libertar oxigénio na atmosfera, se tornaria possível que este sombrio Inferno sem vida sofresse uma transformação, aproximando-se de algum modo do sonho de muitos dos escritores de ficção científica.

Marte e os seus Canais
Poderá acontecer que o primeiro visitante de Marte traga consigo uma espécie da única vida orgânica que existe no Sistema Solar fora do nosso mundo - provavelmente uma espécie primitiva de musgo.
A noção de que as condições em Marte eram tão semelhantes às da Terra que aquele planeta poderia ser habitado por uma raça de homens persistiu até ao fim do século XIX.
Recebeu um poderoso incentivo quando, em 1877, o milanês Giovanni Schiaparelli anunciou a descoberta de linhas estreitas e regulares que atravessavam os desertos marcianos, que assinalou no mapa que traçara do planeta e às quais chamou «canali» - ou seja, canais em italiano.
Embora Schiaparelli nunca afirmasse peremptoriamente que estes canais eram construídos artificialmente, a palavra «canais» causou impacte e, alimentada por piadas de music-hall e pela ficção científica, a imaginação popular facilmente concluiu que a existência de canais implicava a dos respectivos construtores. Estaria assim tão errado Schiaparelli? Haverá alguma sustentação no que este defendeu em canais, túneis ou sequer estruturas que algo - ou alguém - assim e aí determinou em solo marciano? Do que se sabe hoje por vias de naves,sondas e robôs - em particular do Robô Curiosity Rover em Marte na actualidade (2014) sobre outras (sondas e imagens recolhidas) - no que prospectam, recolhem e mandam analisar na Terra, (havendo imagens da NASA/ESA sobre suspeitas estruturas aí montadas) que objectivamente intrigaram o mundo.Será que poderá ter tido algum fundamento o que Schiaparelli registou? Mas continuemos na fulgurante descrição sobre estes ditos canais em Marte.
Também o astrónomo americano Percival Lowell, a quem foi dado observar os «canali», defendeu a teoria de que estes eram prova de existência de vida, argumentando que os Marcianos, dotados de inteligência, tinham aberto esse vasto sistema de canais para irrigarem os desertos, aproveitando os reservatórios de humidade existentes na camada polar marciana de gelo.

A Negação da existência de Marcianos
As teorias de Lowell contribuíram para a idealização do quadro fascinante de um mundo onde existia uma raça (ou espécime) altamente culta, vivendo em paz e trabalhando na prossecução de projectos, que permitissem a conservação da água.
Estas teorias encontraram, porém, oposição. Objectou-se que, a extrema finura das camadas polares de gelo - que provavelmente não excediam alguns centímetros - só dificilmente lhes permitiria serem a fonte de um vasto sistema de irrigação e bombagem que cobrisse todo o planeta. Além disso, outros observadores - utilizando telescópios tão grandes e potentes como os de Lowell - ou não conseguiram ver os canais ou, opinaram que estes, eram apenas formações naturais.
As pesquisas realizadas nos últimos 80 anos anularam, finalmente, a teoria do homem marciano. Mas outras emergiram. Não havendo vida em Marte à superfície, haveria vida no centro em periférica e subterrânea condição de sobrevivência? Ou estaremos perante mais uma alucinação de massas que quer a todo o custo exigir vida neste planeta? E havendo de facto, por que se não mostram? Mas continuemos com a descrição deste planeta vermelho.
Os canais são apenas fissuras geológicas, que astrónomos imaginativos transformaram em longas linhas rectas. As condições em Marte são, na realidade, mais agrestes para a vida orgânica do que o Sahara ou a Antárctida. De qualquer modo, o primeiro homem a quem for dado visitar Marte, contemplará um mundo desconhecido e fascinante - mais semelhante à Terra do que qualquer outro dos planetas solares - daí a teoria de podermos nós na Terra sermos todos ou em parte provenientes de Marte, por surgimento de um grande impacte (Meta-meteorito) sobre Marte, tendo esta população fugido para a Terra onde provavelmente se terá instalado, adaptado e desenvolvido até aos nossos dias. Apenas mais uma teoria. Como tantas outras.
Marte tem atmosfera, embora não susceptível de ser respirada por um ser humano. O ar, mais rarefeito do que no pico do monte Evereste, é principalmente constituído por dióxido de carbono, com uma escassa parcela de oxigénio. Observado através desta atmosfera, o Céu surgiria Azul-escuro. Este planeta está mais distante do Sol (228 milhões de quilómetros) do que a Terra (149 milhões), razão por que, observado de Marte, o Sol pareceria mais pequeno.
Enquanto o dia marciano é meia hora mais longo do que o da Terra, o ano tem quase o dobro do nosso - 23 meses terrenos. O fenómeno da gravidade reduziria o peso de um Astronauta em Marte a pouco mais de um terço do normal. Uma viagem completa em torno do planeta seguindo o seu equador, corresponderia a uma distância superior a 20 800 km.

Vida em Marte?
O explorador de Marte aterraria numa superfície aparentemente desprovida de vida, revestida de poeiras acastanhadas e perfurada por crateras, em que as montanhas se erguem a alturas equivalentes, talvez, ao triplo do Evereste.
Perto do equador, o Astronauta encontraria uma uma temperatura amena, de cerca de 22ºC. Verificaria que os pólos não são revestidos de uma camada de gelo, mas de uma camada fina de dióxido de carbono, que na estação quente se transforma em vapor. Com a mudança de estações, ventos fortes sopram da atmosfera polar, mais fria, para substituírem as massas gasosas ascendentes da zona equatorial.
A Primavera Marciana seria a estação indicada para o primeiro explorador partido da Terra, procurar então... encontrar vida. Por essa altura, quando a camada de gelo recua, observadores na Terra têm visto áreas escuras que se expandem e parecem mover-se em direcção ao equador de Marte.
É possível que o explorador transmitisse pela rádio o seu desapontamento. Chegou a pensar-se que estas áreas escuras eram cinturas de vegetação, que variavam com as estações. Mas uma explicação mais aceitável é a de que são apenas rochas de terras altas que os ventos fortes varrem de poeiras. No entanto, seria talvez dado ao astronauta que se encontrasse em Marte descobrir os robustos líquenes que, segundo crêem alguns cientistas, aí se desenvolvem, extraindo do vapor que se desprende a água necessária à sua vida - ou indo mesmo buscá-la a reservas que existem abaixo da superfície ressequida. Novamente se instaura a elucubração de vários cientistas sobre uma potencial vida subterrânea - e emergente - em seres vivos ou habitantes deste planeta. Há ainda a referência de que, seja mesmo possível que estas «pedras» existentes entre os líquenes sejam, na realidade, animais de corpos arredondados e desprovidos de membros, capazes de extraírem água do óxido de ferro existente nas poeiras vermelhas do planeta.
Esta era a hipotética insinuação bacteriológica de então, há décadas. No que, na actualidade, se veio desmistificar e mesmo comprovar os cientistas estarem certos dessas suas teorias de então, sobre os múltiplos organismos refugiados nas profundezas do interior do planeta. Muito se esventrou até aos dias de hoje por tantas perseguições e recolhas dos robôs aí instalados - em Marte - sob a perspectiva e óptica de novas e mais avançadas tecnologias. Sabe-se hoje que, objectos em forma de verme - semelhantes às nanobactérias terrestres (com cerca de 3400 milhões de anos) - aí existem, assim como estruturas moleculares orgânicas em forma de anel, típica da desintegração dos microrganismos terrestres. Há finas cadeias cristalinas que se assemelham às bactérias magnetostáticas da Terra. Possuem uma estrutura magnética, sendo capazes de se orientar como uma bússola no campo magnético terrestre. Existem nanobactérias que vivem no interior das pedras - como já inicialmente se suspeitava - sem depender da energia solar. Observou-se também que, as bactérias expelidas de Marte (por violento impacte) nos fragmentos que trouxeram consigo em organismos vivos (bactérias) estas tinham resistido à viagem no Espaço. Por conseguinte, há quase a certeza de ter havido vida em Marte sob rios, mares e lagos há 4000 milhões de anos neste planeta. Quanto às bactérias sobreviventes em Marte - e mesmo as outras, resistentes no Espaço - só vem confirmar ou reajustar talvez, a teoria de certos cientistas de que, muito provavelmente, havendo vida neste planeta mas por perigo eminente da sua destruição por Cometas, Meteoritos gigantes ou mesmo um qualquer outro planeta invasivo no seu, tenha havido certa e ponderada sobrevivência além este. Se as bactérias resistem à viagem espacial, porventura também os seus habitantes terão procurado outras paragens antes do grande impacte. Ou, como se já referiu, se tenham deslocado para o interior do planeta. Não se sabe. Quanto ao meteorito de Marte, o designado ALH 84001, (1994 na Antárctida) encontraram-se pequenas esferas de carbonato (mineral cálcio) que se formaram organicamente - nos tais microrganismos desenvolvidos em Marte! Apesar destas nanobactérias sobreviventes que não necessitam de energia solar para se reproduzirem, Marte continua a ser assim, um planeta gelado!

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