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terça-feira, 10 de novembro de 2020

Há Vida lá Fora! E agora...?

 

Planetas habitáveis: mundos como o nosso, sistemas sustentáveis e provavelmente tão idênticos e fulgurantes em manancial de vida orgânica e biológica como o planeta Terra, o berço da Humanidade. 

Pensar que existe vida lá fora é algo que todos já admitimos - mesmo que sob outra óptica, concepção e evolução de outras selectivas formas vigentes de seres viventes - pelo que Kepler nos tem presenteado ao longo destes anos com a descoberta de Planetas Rochosos iguais à Terra. Estaremos no limiar de descobrir vida nesses planetas...? Ninguém sabe. No entanto a suspeita é digna de consideração e a sua envolvente portentosa de argumentação.

Segundo a NASA, cerca de metade das estrelas semelhantes em temperatura e essência ao nosso Sol poderá efectivamente possuir um planeta rochoso com a capacidade de suportar água líquida na sua superfície - o que consubstancia assim e de forma inegável, a sustentabilidade de vida tal como a conhecemos na Terra. Mas será mesmo assim?...

Estes planetas potencialmente habitáveis poderão eclodir de vida. Seja ela qual for, como for e que forma adquirir em quantificada massa orgânica (ou inorgânica, pois há que relativizar também este factor em termos de uma inteligência artificial «ou normal» para os ditames planetários específicos desse seu processo evolutivo) no desenvolvimento selectivo ou aleatório das espécies.

O telescópio espacial Kepler em exaustivo trabalho de «caça-planetas» que foi nestes últimos anos, sugere-nos esse facto. A pesquisa então jamais parou. Desde há muito que os Astrónomos cogitavam poder haver vida para lá dos nossos telúricos horizontes, pelo que se veio a confirmar com sucesso a presença de planetas além o nosso Sistema Solar (exoplanetas), inferindo ou insinuando-se na Humanidade a grande questão de quantos poderiam albergar vida.

Mesmo os cépticos ou todos aqueles que não apreciam de todo as teorias de «Há Vida no Universo» em múltiplas versões e cenários de coabitante vida cósmica - em fervor antropocêntrico de sermos os únicos seres a propalar vida - têm agora a generosa oportunidade de mudarem de ideias, sendo que para haver esse confronto ou essa jactância interestelar de interacção e conexão haja ainda um longo caminho a percorrer. 

Porém, essa consciência e essa esperança mantêm-se. Haverá mesmo «Vida lá Fora»...? Esperemos que sim. Até porque, sozinhos nunca iremos a lado algum...

Seres do Universo: seres desconhecidos ou que receamos conhecer. Seres hostis ou amistosos em relação ao ser humano e à vida na Terra. Seres de outros seres, neutros, amigos ou contrária e despoticamente invasivos e destruidores perfazem todo o nosso imaginário e corolário de todos os sonhos ou pesadelos; em particular dos que se dizem e sentem abduzidos desrespeitosamente também. Seres que hipoteticamente serão como nós. Ou não. Um dia iremos descobrir...

O que a NASA descobriu...

De acordo com uma nova investigação elaborada pela NASA (do Centro de Pesquisa Ames) - e pelo já referenciado telescópio espacial Kepler - estamos a um pequeno passo, muito pequeno mesmo, de encontrar essa tal resposta de se saber se existe de facto «vida lá fora». 

Havendo milhares, milhões e biliões de estrelas lá fora, além de outros tantos planetas e galáxias no cosmos, não é de estranhar que essa possibilidade se coloque a cada dia mais exigente (e mesmo iminente!) de se descobrir de Toda a Verdade!

Só na nossa galáxia - a bela Via Láctea - há cerca de pelo menos 300 milhões desses mundos potencialmente habitáveis, pronunciados agora, mesmo com a substancial e ortodoxa base na interpretação mais conservadora dos especialistas. 

Os resultados esses, são provenientes de um novo estudo a ser publicado na revista científica «The Astronomical Journal» com o título «A ocorrência de planetas de zona habitável rochosa ao redor de estrelas semelhantes ao Sol, de Kepler Data», 2020.

De acordo com este estudo, os investigadores aferem que muitos desses Exoplanetas podem até ser nossos vizinhos interestelares com a potencialidade - pelo menos - de 4 a 30 anos-luz de distância do nosso Sol, sendo que o mais próximo possa estar, provavelmente, a cerca de 20 anos-luz de nós, Terra. Haverá espaço para mandarmos já os foguetes de artifício...?

Não sei, mas bem que merecemos esta alegria; ou seja, que daqui a uns anos (e não séculos) venhamos a ter uma surpresa de como estávamos tão perto - e nos sentíamos tão longe - de saber que existem outros como nós... mesmo que diferentes ou com objectivos não partilhados; ou talvez não exactamente ainda tão compreendidos ou inseridos no projecto humano.

Estes são assim os números mínimos desses planetas - afiançados por este estudo da NASA - com base na estimativa mais conservadora de que, 7% das estrelas mais semelhantes ao nosso Sol, hospedam de facto esses mundos; mundos iguais ao nosso. Serão expectativas a mais...? Não creio. No entanto, à taxa média esperada de 50% poderão haver muitos mais, acrescentam os investigadores.

Este estudo é da autoria de eminentes cientistas da NASA que trabalharam arduamente na missão Kepler ao lado de colaboradores de todo o mundo. 

A NASA retirou então este telescópio espacial em 2018 devido a este ter ficado sem combustível, não obstante ter reconhecido a gigante tarefa até aí executada por ele. Nove anos de observações do Kepler mostraram aos cientistas da NASA que existem indefectivelmente biliões de planetas na nossa galáxia - mais planetas do que estrelas.

Esta Pesquisa da NASA ajudou assim a entender o potencial desses planetas para ter os elementos para sustentar a vida. «Esta, é uma parte essencial da Astrobiologia, o estudo das origens e do futuro da Vida no nosso Universo», consignam os especialistas e nós corroboramos na totalidade.

Steve Bryson, investigador do Ames Research Center, da NASA - no Vale do Silício (Silicon Valley) na Califórnia, Estados Unidos - afirma:

"O Kepler já nos disse que havia biliões de planetas, mas agora sabemos que uma boa parte desses planetas pode ser rochosa e habitável. Embora este resultado esteja ainda longe de ser um valor final, e a água na superfície de um planeta possa ser apenas um dos muitos factores que sustentam vida, é extremamente emocionante calcular que esses mundos são (ou possam ser) tão comuns com tanta confiança e precisão."

Para Fins de Cálculo dessa taxa de ocorrência, a equipe analisou então os Exoplanetas entre um raio de 0,5 e 1,5 vezes o do planeta Terra, estreitando-se ou cingindo-se sobre os planetas que provavelmente são rochosos. Os investigadores também se focaram sobre as estrelas semelhantes ao nosso Sol em idade e temperatura, mais ou menos (ou aproximadamente) até 1.500 graus Fahrenheit.

Segundo a explicação científica «Trata-se de uma ampla gama de estrelas diferentes, cada uma com as suas próprias e particulares propriedades, influenciando assim se os planetas rochosos na sua órbita são capazes ou não de suportar a água líquida». 

Estas complexidades são, em parte, o motivo pelo qual é tão difícil calcular quantos planetas potencialmente habitáveis existem, mesmo quando - e mais especificamente - os nossos telescópios mais poderosos o fazem, mal conseguindo detectar esses pequenos planetas, admitem os investigadores. Foi talvez por este facto que a equipe de pesquisa adoptou uma nova abordagem desta vez.


Repensando como «Identificar a Habitabilidade»: ou mais exactamente como de futuro o faremos, nós, seres humanos, em face a todo um outro ou outros novos mundos recém-descobertos, expostos que estarão (ou ficarão) a nossos humanos olhos de uma eventual e futura habitabilidade. Será pura e tonta demagogia?... Talvez. Por enquanto...

A serem desabitados, esses planetas, o sonho humano de colonização prevalece; a serem habitados por nativos planetários, a coisa será bem diferente... melhor ou pior, consoante os objectivos, inteligências e circunstâncias a que esses seres se determinarem perante nós, os vulgares e ainda tão púberes humanos (em termos de expansão e exploração espaciais mas também sobre a presciente sabedoria, vivência e eloquência desses ditos seres, superiores ou não...)

Repensando a «Identificação da Habitabilidade»

De acordo com os cientistas, esta Nova Descoberta é um passo por demais significativo em direcção à missão original do Kepler de, assim se poder entender ou compreender melhor, quantos serão os mundos potencialmente habitáveis que proliferam em toda a nossa galáxia.

Estimativas anteriores de toda a frequência - também conhecida como «Taxa de Ocorrência» - de tais planetas, ignoravam a relação entre a temperatura da sua estrela e, os tipos de luz emitidos pela estrela e absorvidos pelo planeta.

A Nova Análise releva ou leva agora em conta essas relações, fornecendo assim uma compreensão muito mais abrangente ou completa de, se um determinado planeta pode ou não ser capaz de suportar Água Líquida (essencial à vida humana) como a suma potencialidade de sustentação de vida.

Esta Nova Abordagem só foi possível tendo em conta a combinação que se fez sobre um conjunto de dados finais - como já mencionado, obtidos pelo tão especial telescópio espacial Kepler - de sinais planetários, com dados sobre a produção de energia de cada estrela de um extenso acervo de dados da missão GAIA da agência espacial europeia (ESA). Um orgulho!

O autor responsável por este artigo e cientista da NASA Goddard Space Flight Center, em Greenbelt, no Estado de Maryland - Ravi Kopparapu - anuncia:

"Sempre soubemos definir habitabilidade simplesmente em termos da distância física de um planeta de uma estrela, para que não fosse muito quente ou frio, o que nos deixou a fazer muitas suposições. Os dados de GAIA sobre as estrelas permitiram-nos assim olhar para esses planetas e as suas estrelas de uma maneira totalmente nova."

GAIA forneceu desta forma inestimáveis informações sobre a Quantidade de Energia que cai num planeta advinda da sua estrela hospedeira (como fonte-mãe energética), com base no fluxo de uma estrela, ou na quantidade total de energia que é emitida numa determinada área durante um certo tempo.

De acordo com a explicação dos cientistas, isso veio permitir de forma absolutamente irrefutável, o poder-se a partir daqui abordar essas suas análises de uma forma que reconhece a Diversidade das Estrelas e Sistemas Solares na nossa Galáxia. "Nem todas as estrelas são iguais", disse Kopparapu. "Assim como nem todo o planeta."

Embora o efeito exacto esteja a ser investigado mais em pormenor, sabe-se desde já que a «Atmosfera de um Planeta» calcula de facto quanta luz é necessária para permitir que a água líquida chegue à superfície de um planeta também.

Usando para isso uma «Estimativa Conservadora do Efeito da Atmosfera», os investigadores ultimaram então uma Taxa de Ocorrência de cerca de 50% - ou seja, cerca de metade das estrelas semelhantes ao Sol possuem planetas rochosos capazes de hospedar água líquida nas suas superfícies. Uma definição alternativa optimista da Zona Habitável estima assim cerca de 70% de hipóteses dessa viabilidade.


O Legado de Kepler: ou tudo o que lhe devemos em observação e captação de planetas e exoplanetas; dentro e fora do nosso sistema solar. Há dois anos que deixou de o fazer, sem que com isso o tenhamos esquecido ou não reconhecido pelo tanto que nos deu sobre uma nova imagem do cosmos em que todos vivemos; nós, e eles... os outros. Descobri-los é agora a nossa missão; ou «eles» a nós...

O Legado de Kepler

Inevitável não falarmos dele, deste tão importante telescópio espacial que teve o seu fim em 2018. No entanto, nada pode ser esquecido ou não-emitido pelo tanto que nos ofertou em maior conhecimento espacial, em maior aferimento cósmico de um todo ao qual também nós, humanos da Terra, pertencemos. Aqui fica a minha humilde homenagem a todos os colaboradores e exímios cientistas envolvidos na missão Kepler. Bem-Hajam!

O resultado deste estudo da NASA baseou-se num longo - e por certo árduo legado - em persistente trabalho de análise de dados recolhidos pelo Kepler, para que se pudesse ter obtido assim a já referida Taxa de Ocorrência, preparando desta forma o terreno para «Futuras e Informadas Observações de Exoplanetas», segundo os especialistas.

Este trabalho de análise irá revelar então ao nosso mundo quão comuns esperamos que esses mundos rochosos e potencialmente habitáveis sejam.

"Saber quão comuns são os diferentes tipos de planetas é extremamente valioso para o projecto das próximas missões de descoberta de exoplanetas. As pesquisas destinadas a pequenos planetas potencialmente habitáveis em torno das estrelas semelhantes ao Sol, dependerão em muito de resultados como estes para maximizar a sua chance de sucesso."

             (A afirmação da co-autora do estudo, Michelle Kunimoto, que trabalhou incansavelmente neste artigo após ter terminado o seu doutorado em «Taxas de Ocorrência de Exoplanetas» na Universidade de British Columbia, tendo recentemente ingressado na equipe «Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Cambridge, Massachusetts, nos EUA)

Depois de terem sido revelados pelo Kepler mais de 2.800 planetas fora do nosso sistema solar, os dados recolhidos por este magistral telescópio espacial Kepler continuam ainda hoje a produzir fantásticas e mui importantes Novas Descobertas sobre o nosso lugar no Universo.

Embora o campo de visão de Kepler tenha coberto apenas 0,25 % da dimensão do céu ou da imensa abóboda celeste que hoje temos a noção de existir para lá de todos os nossos horizontes - pelo que muitos clamam ser quase ou exactamente em termos metafóricos a mesma área que seria coberta por uma nossa mão caso a pudéssemos segurar com o braço estendido em direcção ao céu - há a realçar sem margem para dúvidas que, os seus dados, permitiram que os cientistas extrapolassem (ou sugerissem agora com maior afinco e determinação) o que os dados da missão significam para o resto da galáxia.

"Para mim, este resultado, é um feliz exemplo de como ou o quanto fomos capazes de descobrir apenas com aquele pequeno vislumbre além do nosso sistema solar. O que vemos agora é que a nossa galáxia é fascinante, com mundos fascinantes e alguns que podem não ser muito diferentes do nosso." (Remata Steve Bryson, investigador do Ames Research Center de Silicon Valley, na Califórnia, EUA)

Há que referir de forma relevante de que, este trabalho, continua assim activo com o TESS - o actual telescópio de «caça-planetas» da NASA (numa versão muito mais feliz do que um qualquer «caça-fantasmas» de todos os delírios cinéfilos ou imaginativos de nossa humana contemplação) em exaustivo furor espacial de nos presentear também ele, agora, com uma ou mais surpresas planetárias de habitabilidade, existência de vida ou probabilidade desta acontecer.

Ou ainda, há que o dizer sob os auspícios da nossa mais pura ingenuidade humana (imperceptível ou insensível a todos os outros receios de um cosmos não tão benevolente e receptivo assim nas suas gentes planetárias e exoplanetárias), a esperança de um dia virmos a conhecer os nossos vizinhos, a saudá-los e, a partilhar com eles, esse mesmo espaço de onde porventura viemos e somos constituídos por todas as mais ínfimas partículas ou nano-partículas subatómicas de um Universo que é de todos nós; ou assim deveria ser...

Há vida lá fora. Cientificamente alude-se a tal. As mesmas condições atmosféricas de vivência e sobrevivência das espécies. Além a subsistência de não somenos importância. Se elas existirem. Se elas coabitarem e se reproduzirem tal como nós, humanos, mas também nas outras condições vegetais e animais. Será sonho ou especulação? 

Talvez estejamos muito perto, perto demais de se saber da resposta; essa e outras. Por enquanto a sugestão é apenas «Há vida lá fora», muito bem. E agora, que fazer?... 

Aprimorar e empoderar conhecimentos que nos levam até a esses mundos ou simplesmente esperar e ignorar que pode mesmo existir vida lá fora, planetas como o nosso, vida como a nossa, mas jamais destapar o véu de todas as exigências, de todas as contingências e mesmo veemências, de se saber se somos ou não os únicos seres pensantes do Universo...? 

E quem acredita nisso quando existem biliões e biliões de perspectivas e mundos por anunciar, e descobrir, e realizar, e tanto mais que nada poderá ser como antes.

E sendo, por que esperamos então numa inércia incompreendida e imerecida, pois que outrora também houve mundos por descobrir e assim fizemos. Mesmo com erros, arrependimentos, recuos e avanços, desvios e adiamentos sob muitos outros processos com retrocessos e sucessos, nada nos fez parar e negar todas as evidências de vida exterior - à da nossa terra, à dos nossos mares, à do nosso chão ou céu. À da nossa alma.

Um dia saberemos da verdade, de «Toda a Verdade»; e se ela nos liberta, então por que temos tantas amarras, tantos encobrimentos e fingimentos de quem tudo ou em parte sabe??? Talvez seja hora de o descobrir também agora...

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