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quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Os Raios Assassinos

Betelgeuse capturada pelo ALMA | ESO Brasil
(Imagem ESO/ALMA): A estrela gigante Betelgeuse (Alpha Orionis), uma das mais brilhantes da Via Láctea que pode ser vista da Terra e que, segundo os Astrónomos, está em vias de colapsar; e isto, num extraordinário evento celestial que anunciará a sua explosão originando então uma Supernova num fenómeno raríssimo na nossa galáxia.

(Imagem da estrela próxima Betelgeuse, vista pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) em 2017, na subliminar observação da superfície desta estrela numa imagem de alta resolução; e na qual, o ALMA também captou o gás quente da cromosfera inferior de Betelgeuse nos comprimentos de onda submilimétricos - onde, temperaturas elevadas localizadas explicam a sua assimetria)

Desde o final de 2019 até ao início do ano de 2020 que os Astrónomos têm vindo a observar uma significativa perda de luminosidade da estrela Betelgeuse (cerca de 70% em registo no mês de Novembro de 2019). O brilho mínimo anterior aconteceu já em Fevereiro deste corrente ano (2020).

Segundo os dados da Astrofísica tudo parece indiciar que esta estrela esteja em fim de linha, pelo que a sua estrutura exterior se começa a afundar na direcção do núcleo, libertando então tanta energia que acabará por explodir e, por se desfazer em pedaços, dando lugar a uma Supernova.

Todavia, mais do que reportar o que provavelmente sucederá a esta Super-Gigante Vermelha (quase mil vezes maior do que o nosso Sol) localizada na constelação de Órion, há que referenciar o que os investigadores da University of Illinois at Urbana-Champaign, News Bureau, EUA, asseveram agora de «Estrelas em Explosão no Universo» terem provocado a extinção em massa na Terra no período Devónico/Carbónico há cerca de 359 milhões de anos.

De acordo com os investigadores deste recente estudo - de um artigo que foi publicado na edição científica de «Proceedings of National Academy of Sciences», 2020, com o título «Supernova desencadeia extinções devonianas finais» - existiram «Raios Cósmicos Assassinos de Supernovas Próximas» que poderão ter sido os grandes responsáveis por, pelo menos um evento de «Extinção em Massa na Terra».

Esta derivação científica foi baseada no que eles, os investigadores da University of Illinois/UIUC encontraram de certos «Isótopos Radioactivos» no registo geológico (nas rochas do nosso planeta) que confirmam na plenitude este cenário catastrófico ancestral.

Muito mais do que um belo e exótico luar que se possa apreciar após este fenómeno estelar, há (ou houve, neste caso) todo um terrífico episódio - ou prelúdio - de um desastre planetário anunciado causado por uma avassaladora e fatal radiação que devasta toda a vida tal como a conhecemos.

A ter acontecido nessa Era ou Período Devónico dos Primeiros Anfíbios (há 408-360 milhões de anos) e o Período Carbónico (Há 360-286 milhões de anos, muito antes ainda do aparecimento dos primeiros mamíferos que só surgiram no Triássico há aproximadamente 248-213 milhões de anos), que expectativa ou esperança adormecida poderemos ter nós, cidadãos comuns, de que algo similar não venha a suceder no futuro?!...

Os especialistas que tudo isto estudam, indiciam-nos de que estamos muito longe ainda de nos depararmos com esse mesmo horrendo e mortal acontecimento de uma extinção em massa, mas, contrariamente a isso, a vivermos «Um Espectáculo Inesquecível para a Humanidade».

Daí se observaria a partir da Terra (a olho nu), um ponto tão brilhante quanto a Lua no céu, fosse dia ou noite, registando-se um eco de luz que se propagaria ao redor, como círculos de água, caso a Betelgeuse nos presenteasse em breve com tão proeminente espectáculo celestial.

Tendo sido observada a «Última Formação de Supernova na Via Láctea» em meados do século XVII (em 1604, ocorrendo a 13 mil anos-luz de distância, 20 vezes mais distante do que a Betelgeuse e hoje reconhecida como a «Supernova de Kepler», ou no ainda anterior registo de um resíduo de supernova, visível a olho nu nos céus em observação captada e relatada criteriosamente à época por astrónomos chineses em 1504), que algo de semelhante não era considerado.

Esta estrela de há «somente» 8-10 milhões de anos está de facto no seu fim, segundo os cientistas. Apesar disso, nada induz a que tal suceda nos próximos tempos, sendo que tal venha a ocorrer daqui a décadas como daqui a 100 mil anos na mais extensa hipótese, como mero enigma que ninguém sabe decifrar.

Situada a cerca de 600 anos-luz de distância da Terra (mais exactamente 642,5 anos-luz)- na constelação de Órion - esta Super-Gigante Vermelha brilha intensamente, o que lhe dará certamente uma vida curta.

Estando já no processo de se tornar uma Supernova, é muito natural que toda a comunidade científica (em particular os astrónomos, astrofísicos ou mesmo astrobiólogos) se debrucem sobre as suas particularidades e profundidades existenciais até que tal evento venha a suceder em plena luz do dia.

No Plano Científico, este esfuziante evento propalado pela estrela Betelgeuse a suceder no tempo actual, levaria os Astrónomos - «Pela Primeira Vez na História» - a poderem acompanhar diária e directamente este fenómeno.

Fenómeno este, que os investiria num maior conhecimento sobre as mui diferentes fases dessa dita explosão como uma preciosa ferramenta de precisão e, medição, sobre a Expansão do Universo (sub-entendendo-se também como uma mais-valia na melhor compreensão do que sucederia com essa futura geração de estrelas). Estes, os benefícios. E o contraditório....? Não existe? Nem tanto assim.

Se os investigadores da University of Illinois estiverem certos (e nada o contradiz pelo que as evidências demonstradas são bem uma forte prova de que realmente existiram raios cósmicos assassinos que tudo devastaram na Terra nesses primordiais períodos já aqui referidos), então talvez não seja despiciente de todo o estarmos muito atentos - ávidos ou não - de saber se a Betelgeuse em explosão de Supernova nos será ou não a tal foice mortal na erradicação da vida na Terra.

Por ora, apenas se pode resumir o que em registo na rocha o nosso planeta Terra nos diz, e agora estes investigadores nos afirmam em acirrada pesquisa e aferição, sobre o que para trás ficou em arquivo e também argumentação, pois que o planeta em si guarda tudo por que passou.

«Saber do Passado para melhor compreender o Futuro» é (e será sempre!) o nosso slogan, mesmo que saibamos (ou sintamos) ameaçado este Presente na instabilidade e mobilidade cósmicas.

Por isso é tão importante reconhecermos que nada é imutável, que nada é estatizante e inviolável. Desta vez é a nossa vida que está em jogo. Não só a nossa, mas a de todo o planeta. Urge sabermos de toda a verdade, mesmo que nenhum de nós, ignoto ou sapiente, no-lo saiba responder...

Devonian by atrox1.deviantart.com on @deviantART | Prehistoric ...
Período Devónico ao Carbónico: o tempo geológico que determina os sistemas, eras, épocas ou períodos na Terra; neste caso o período devónico ao carbónico na existência primordial dos primeiros anfíbios entre as águas e as terras que os sustinham e mantinham. Quando tudo parecia ter um idílico e natural início objectivou-se um fim que veio das estrelas à Terra, numa terrível e inacreditável extinção maciça que nada poupou ou salvou.

Se foi justo...? Acredita-se que não, até porque, começar «tudo de novo» gera sempre maior conflito, maior dificuldade na continuação das espécies. Poderá actualmente ser diferente...? Regista-se que não, mesmo quando, passadas tantas eras, tantos e complexos períodos de recriação e evolução das espécies, se possui uma tecnologia que ainda nos não defende dessa mesma igualitária e totalitária extinção que um dia a tudo ceifou na Terra...

Há 359 milhões de anos foi assim...
De acordo com o estudo agora divulgado pelos investigadores da Universidade de Illinois (UIUC), em Urbana-Champaign, nos Estados Unidos, que explorou a possibilidade de que potenciais eventos astronómicos tenham sido os grandes responsáveis por um evento de extinção em massa há cerca de 359 milhões de anos, a teoria confirma-se; até pela razão da evidência geológica registada nesse sentido, na ocorrência que existiu na fronteira entre os períodos Devoniano e Carbonífero na Terra.

Esta prestigiada equipe de investigadores da UIUC concentrou-se assim na fronteira Devoniana-Carbonífera, porque essas rochas contêm centenas de milhares de gerações de esporos de plantas que parecem ter sido ostensivamente queimados pelo Sol e pela sua luz ultravioleta. - evidência de um evento de destruição de longa duração do Ozono.

"Catástrofes baseadas na Terra, como Vulcanismo em grande escala e Aquecimento Global, também podem destruir a Camada de Ozono, mas, as evidências para essas catástrofes são inconclusivas para o intervalo de tempo em questão. Em vez disso, propomos que uma ou mais explosões de Supernovas, a cerca de 65 anos-luz da Terra, possam ter sido responsáveis pela perda prolongada de Ozono."         (A eloquente afirmação de Brian D. Fields, professor de Astronomia e Física da UIUC e principal autor do estudo)

A estudante de graduação e co-autora deste recente estudo - Adrienne Ertel - relatou em termos comparativos: "Para colocar isso em perspectiva, uma das mais próximas ameaças de Supernova hoje, é a da estrela Betelgeuse que está a mais de 600 anos-luz de distância, e bem fora da distância de morte de 25 anos-luz."

Outro estudante de graduação mas também co-autor deste estudo - Jesse Miller - afiança por sua vez: "A equipe explorou entretanto muitas outras relevantes causas astrofísicas para que se tivesse dado efectivamente a «Destruição do Ozono» - como impactos de meteoritos, erupções solares e explosões de raios-gama. Mas esses eventos terminam rapidamente, e é improvável que causem a destruição de longa duração da «Camada de Ozono» que aconteceu no final do período Devoniano."

Segundo os investigadores «Uma Supernova, por outro lado, oferece um golpe duplo.» É-nos então explicado que, a explosão banha imediatamente a Terra com UV, raios-X e raios-Gama prejudiciais. Mais tarde,a  explosão de detritos de Supernova atinge então o Sistema Solar, submetendo nessa sequência o planeta a uma longa radiação de Raios Cósmicos acelerados pela Supernova.

Os danos realizados na Terra por esta trágica sequência de eventos e, à sua até aí inviolável Camada de Ozono, podem durar e perpetuar-se até a uma faixa temporal de cerca de 100 mil anos.

De facto, nada é tão radical e cruelmente fatal para o nosso planeta como este fenómeno que, a concretizar-se por exemplo no caso da estrela Betelgeuse (por mais que os cientistas nos afastem essa hipótese e essa imprudência ou temeridade abissal), estar-se-à perante mais uma escalada de destruição maciça na Terra. No entanto, há que ouvir os especialistas e acreditar que nada disto nos atingirá; por enquanto...

As principais 'extinções em massa' na Terra
Evidências Fósseis: Ou, os actualmente e indesmentíveis factos que, registados na rocha e plasmados que estão de toda uma vivência outrora feliz até que o cataclismo se fez sentir e lhes roubou a vida, estão muitas destas provas que nos mostram de como houve um acentuado declínio da biodiversidade de então. Novamente o registo dos tais «Raios Assassinos» sobre muitas das espécies que precocemente haviam eclodido na Terra...

Múltiplas Catástrofes
A equipe da UIUC envolvida neste estudo acrescenta também (depois de muita reflexão sobre o tema) e, em termos mais explicativos, de que «No entanto, a evidência fóssil indica um declínio de 300 mil anos na biodiversidade apresentada, levando assim à extinção em massa no período Devoniano-Carbonífero», sugerindo-se também a possibilidade de ter havido múltiplas catástrofes, talvez até Múltiplas Explosões de Supernovas.

"Isso é perfeitamente possível. Estrelas massivas geralmente ocorrem em aglomerados com outras estrelas massivas, e outras supernovas provavelmente ocorrerão logo após a primeira explosão." (Relata Jesse Miller)

A equipe afirmou de que «A chave para provar que uma Supernova ocorreu»,  seria encontrar os Isótopos Radioactivos Plutónio-244 (Pu-244) e Samário-146 (Sm-146) nas rochas e fósseis depositados no momento da extinção. O estudante universitário e co-autor deste estudo - Zhenghai Liu - realça:"Nenhum desses isótopos ocorre naturalmente na Terra hoje, e a única maneira  de se chegar aqui é por meio de explosões cósmicas."

"As Espécies Radioactivas nascidas na Supernova são como bananas verdes. Quando você vê bananas verdes em Illinois sabe que são frescas e não crescem aqui. Tal como essas bananas, o Pu-244 ou Sm-146 decaem com o tempo. Então, se encontrarmos esses radioisótopos na Terra hoje, sabemos que eles são frescos mas não são daqui - as bananas verdes do mundo dos isótopos -  e, portanto, as armas fumegantes de uma próxima Supernova.     (Explica o professor Brian D. Fields)

Quase chegando ao término do que este estudo conclui, os investigadores acharam por bem elucidar o mundo do muito que ainda têm por pesquisar e procurar; ou seja, em termos de tentar encontrar mais vestígios de Pu-244 ou Sm-146 em rochas naquela já mencionada fronteira do período Devoniano-Carbonífero.

Toda a equipe do reputado professor Brian D. Fields reiterou de que este seu estudo teve por missão visar e definir os «Padrões de Evidência no Registo Geológico»,  que apontariam ou incidiriam (como eventualmente supunham) para as tais Explosões de Supernovas.

"A mensagem abrangente do nosso estudo é que a Vida na Terra não existe isoladamente. Somos cidadãos de um Cosmos Maior, e esse cosmos intervém nas nossas vidas - muitas vezes de forma imperceptível, mas às vezes ferozmente!"   (Acentua Fields)

(Em Registo: há que acrescentar que neste estudo houve também a participação de cientistas da Universidade do Kansas, nos EUA; do Kings College, no Reino Unido; da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, na Suíça; do Instituto Nacional de Física, Química e Biofísica, na Estónia; da Academia da Força Aérea dos Estados Unidos, e por último, da Washburn University (WU), em Topeka, no Estado do Kansas, EUA)

O Conselho de Instalações de Ciência e Tecnologia e o Conselho de Pesquisa da Estónia (UE) apoiaram este estudo.

Os autores do estudo são: Brian D. Fields; L. Melott; John Ellis; Adrienne F. Ertel; Brian J. Fry; Bruce S. Lieberman; Zhenghai Liu; Jesse A. Miller e Brian C. Thomas, do estudo com o título «Supernova desencadeia extinções devonianas finais» publicado na divulgação científica «Proceedings of the National Academy of Sciences», 2020.

Mysterious dimming of Betelgeuse explained? | Space | EarthSky
(Imagem: Hubble Space Telescope): a notável observação realizada pelo telescópio espacial Hubble que mostra uma espécie de nuvem negra -  mais exactamente uma enorme quantidade de denso e quente gás em movimento - que começou inexplicavelmente a escurecer no céu.

A teoria mais recente, e que deu brado entre a comunidade científica depois de muita intriga, especulação e falsa afirmação, foi a de que o material foi provavelmente ejectado da superfície da estrela e se resfriou no espaço cósmico, transformando-se depois numa poeira que bloqueou uma parte significativa da luz, impedindo que esta chegasse à Terra.

Um Evento de Pré-Supernova?...
Muitos cientistas admitem já estarmos perante a quase iminência dos factos; ou seja, a da estrela Betelgeuse se estar a preparar para se tornar uma Supernova.

Alguns Astrónomos referenciam mesmo que, este «Escurecimento Repentino», pode querer dizer (ou estabelecer-se) como um evento de pré-supernova. No entanto, admitem também que a probabilidade de a Betelgeuse se tornar uma Supernova em breve é mínima. Será mesmo???

(Em Referência): em termos da Astrofísica, quando uma estrela de mais de 1,4 massas solares - o limite de Chandrasekhar - deixa a sequência principal, expande-se até formar uma Gigante Vermelha. Acaba então por explodir como uma violenta Supernova, expelindo as suas camadas exteriores de matéria para o Espaço.

Nesse processo - o Núcleo - entra de seguida em colapso sob a acção da Gravidade para assim formar uma «Estrela de Neutrões» pequena e extremamente densa. A luminosidade aumenta num factor de 10 (elevado a 8) quando a estrela se transforma em Supernova - de registar que todo este processo dura apenas alguns dias.

Por muito que se especule ou se avente outras hipóteses, não se sabe se, a estrela Betelgeuse, nos danificará ou não o planeta. Se ela ao explodir, resumindo-se numa Supernova, também colocará os seus muitos raios cósmicos assassinos sobre nós, sobre a Terra.

De acordo com as análises e correcções dos especialistas, a Betelgeuse que tem entre 8 a 10 milhões de anos e embora considerada uma «estrela condenada», pelo que o combustível nuclear desta estrela se está a esgotar rapidamente, essa hostil e pungente agonia se não abaterá sobre o nosso planeta devido à distância em que esta está localizada (a cerca de quase 700 anos-luz de distância da Terra).

Em dados prestados à BBC News, em 28 de Janeiro de 2020, Daniel Brown, professor assistente de Astronomia da Universidade de Nottingham Trent, em Inglaterra, revelou que a Betelgeuse também é uma estrela maciça pulsante - o que significa que ela se expande e retrai, pelo que o seu diâmetro pode variar de 550 a 920 vezes o tamanho do nosso Sol (que é bem mais velhinho e tem já 4,5 biliões de anos). Acentuando tudo isto, Brown aferiu:

"Ela é uma candidata a se tornar Supernova. Os modelos actuais sugerem que isso pode acontecer a qualquer momento nas escalas de tempo astronómicas. Mas isso significa nos próximos 100.000 anos."

Emily Brundsen, astrofísica da Universidade de York, no Reino Unido, sugere que ela, a Betelgeuse, é um tipo de estrela cujo brilho se modifica de quando a observamos, tal actriz que compõe vários cenários e actuações consoante os seus desígnios, as suas determinações. E assevera:

"Não há nada sugerindo uma explosão iminente em Betelgeuse. Dito isto, nunca tivemos a chance de observar de perto o processo que leva a uma Supernova. Portanto, há sempre a possibilidade de que (a explosão repentina) aconteça."

Já Daniel Brown realça um tanto eufórico: "Em questão de dias, Betelgeuse tornar-se-ia tão brilhante quanto a Lua cheia. O brilho seria visível até durante do dia."

Como é do conhecimento geral, as Supernovas têm um alto potencial de destruição. Por exemplo, se o nosso tão amado e necessário Sol explodisse, todo o nosso Sistema Solar seria indefectivelmente destruído sem dó nem piedade, arrogam os Astrónomos.

As Explosões Estelares Anteriores foram associadas a aumentos de temperatura da Terra, pelo que se reconhece desde então estas terem o fatal potencial de danificar a nossa Camada de Ozono, deixando-a ainda mais exposta à Radiação Solar.

Daniel Brown perfila também de que nada de terrível nos poderá suceder caso a estrela Betelgeuse expluda numa Supernova, pois está a uma distância consideravelmente segura. Daí que afirme peremptoriamente:

"Qualquer coisa abaixo de 50 anos-luz pode ser um problema. Esse não é o caso da Betelgeuse!" Em admissão do que já foi dito, corroborando do que Daniel Brown afirmou, está um estudo publicado em 2016 na revista científica «Astrophysical» que estimou que seriam necessários cerca de 6 milhões de anos para que as Ondas de Choque e detritos da estrela Betelgeuse chegassem ao Sistema Solar.

O evento mais recente que foi observado a olho nu - a chamada Supernova 1987A - foi detectado na galáxia vizinha da Grande Nuvem de Magalhães, a cerca de 168 mil anos-luz de distância. Segundo os Astrónomos, apesar da grande distância registada, ela foi a «Supernova Mais Próxima observada desde a de Kepler».

"Betelgeuse está assim a fornecer-nos uma oportunidade de observar todo o processo de evolução e morte de uma estrela e, entender, muito mais sobre o Universo", afirmou a astrofísica Emily Brundsen, anotando ainda: "Se explodisse agora, seria um pesadelo para todos os Astrónomos em termos de volume de trabalho, pois teríamos que repensar tudo o que sabemos sobre as estrelas. Seria um evento fascinante!"

Daqui se pressupõe que, por vezes a morte, não é de todo uma fatalidade. Neste caso a «Morte de Estrelas», se tivermos em conta a exuberância e relevância para os Astrónomos dessa realidade, que embora documentada e observada ao longo da nossa História, nunca foi seguida de perto - ou tão entusiasticamente e a nível tecnológico disponível - como a que agora se expõe nesse sentido.

Confrontados com essa outra realidade de «Raios Cósmicos Assassinos» sobre outras estrelas que nos pudessem estar mais próximas e prejudicar ferozmente, estão banidos os nossos receios por agora, de uma outra e nova extinção em massa que tudo levasse a perder em termos planetários de razia total.

No entanto, «Outros Raios Assassinos» poder-nos-ão ainda fazer sombra ou ensombrar os nossos dias e as nossas noites, ainda que sejam somente nuvens passageiras (de gás e poeira) que não do intenso pesadelo de uma energia incontrolável e abismável que tudo colha.

Sendo o Cosmos ainda tão desconhecido para nós (apesar de todas as infindáveis descobertas e reveladoras promessas sobre o que o Universo nos comporta), confiemos então que ele nos seja benevolente e não atroz, ou teremos os dias contados que não daquela luz intensa que nos dita sermos ou querermos ser imortais...

Mas somos, e isso por si só já é importante demais para se ser esquecido ou apagado da memória cósmica de quem um dia pensou por nós, falou por nós, agiu por nós e nos deu vida. Por «eles» e por nós, penso que só isso basta!

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