Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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sábado, 29 de agosto de 2020
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
quinta-feira, 27 de agosto de 2020
quarta-feira, 26 de agosto de 2020
terça-feira, 25 de agosto de 2020
Uma Nova Ameaça
Oragotango de Sumatra do grande grupo dos Primatas. (Imagem: Maxime/Aliaga): Uma das espécies mais ameaçadas de extinção do planeta devido à óbvia desflorestação e mitigação do seu habitat, fazendo recear que dentro em breve nada reste desta outrora farta população que, também vulnerável à infecção por SARS-CoV-2, ditará a redução - ou mesmo a extinção - desta e outras espécies de Primatas.
Vulnerabilidades (humanas e animais)
Até agora, o nosso único alvo ou objectivo comum global foi o de encontrar uma vacina ou um tratamento que ponha fim a todas as nossas humanas angústias de sofrimento e morte provocados pelo ainda acintoso COVID-19 que prolifera no mundo como praga sarnenta - e, para a qual, ainda não há panaceia ou acalmia (mesmo que nasçam todos os dias de forma algo trôpega e azougada as notícias que nos dão conta da evolução dessas ditas vacinas que em tempo recorde (?) se esparramam nacional e internacionalmente em acordos de saúde pública).
Preocupamo-nos assim em defender a nossa antropológica e quase totalitária existência sem que, há que acrescentar, tenhamos a hombridade de olhar com maior deferência para as outras camadas da população animal que, idêntica e infelizmente, sofrem dessa mesma potencial e fatídica ameaça por SARS-CoV-2.
Quem o afirma são os investigadores da Universidade da Califórnia, em Davis, EUA, que após a dissertação científica realizada sobre a análise genómica desta espécie - na análise do ACE2, o principal receptor que o SARS-CoV-2 utiliza para se ligar e entrar nas células, em 410 espécies de vertebrados - nos revelam agora que muitas delas são efectiva e potencialmente susceptíveis à Infecção pelo Novo Coronavírus.
Os estudiosos incluem também «Uma Série de Espécies em Perigo e Ameaçadas de Extinção» - principalmente Macacos e Primatas do Velho Mundo.
Este recente estudo que foi publicado na revista científica «Proceedings of the National Academy of Sciences» no dia 21 de Agosto de 2020, considera também que haja igualmente a revelação de potenciais hospedeiros intermediários e modelos-animais para o vírus.
A União Internacional para a Conservação da Natureza resume de forma pragmática esta análise, afirmando que «Cerca de 40% das espécies potencialmente susceptíveis ao SARS-CoV-2 são classificadas como "ameaçadas", pelo que podem ainda ser especialmente vulneráveis à transmissão Humano-Animal».
Confrontados assim com a inegável ameaça das chamadas doenças zoonóticas e da subsequente transmissibilidade que estas assumem do Homem para o Animal, os cientistas admitem que todas estas novas e actuais informações recolhidas sobre este estudo, venham de futuro a dar frutos numa concentração de esforços objectiva e contínua.
E, para que de futuro também, de acordo com o que enaltecem, se possa planear atempada e adequadamente as medidas necessárias de não-contágio, de não-transmissão, mantendo animais e seres humanos numa igual plataforma de saúde, segurança e bem-estar.
Em 2018, há sensivelmente dois anos portanto, que a secretária executiva do Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, Cristiana P. Palmer, alertou que a perda da Biodiversidade era um «assassino silencioso» e uma ameaça tão séria quanto a Mudança Climática.
Acredita-se que sim. Até porque, muitos têm sido os tristes e nefastos exemplos que nos chegam da Indonésia - e da criteriosa informação do Greenpeace International - que nos afiançam que os fornecedores do óleo de palma (assim como a empresa indonésia receptora deste produto) foram e, continuam a ser desde há muito, os grandes responsáveis pela destruição de quase 25.000 hectares de habitat dos Oragotangos.
"Se algo não for feito para diminuir rapidamente as ameaças à conservação dos últimos remanescentes da floresta, poderemos ver a descoberta e a extinção de uma espécie num curto período de tempo." (As alegações finais dos investigadores num artigo publicado na «Current Biology», aquando se deu a enfática descoberta de uma nova espécie de Oragotango em Sumatra, de seu nome «Tapanuli» ou «Pongo Tapanuliensis»)
Oragotango de Bornéu (Indonésia): uma das espécies em risco e que, desde há três anos (2017), um grupo de Conservação Ambiental tem vindo a alertar para a devastadora desflorestação/desmatamento (quase um quinto da floresta que se estimou em cerca de 340 hectares de área florestal de Samboja Lestari, em Kalimantan Oriental) que serve de santuário aos Oragotangos na parte indonésia do Bornéu. E que foi ultrajantemente ocupado e, danificado, ameaçando os esforços de reabilitação de uma espécie sob ameaça de extinção.
Como se isso já não bastasse, esta espécie vê-se agora perante um outro ultraje: o do SARS-CoV-2. Que fazer então?... Investigar, investir e contribuir para que mais esta tragédia animal não suceda, sobre esta e outras populações de animais que se encontram actualmente sinalizados como de alto risco em que se incluem Mamíferos Marinhos, Baleias Cinzentas, Golfinhos nariz de garrafa ou mesmo Hamsters chineses...
Vasculhando o Genoma
Em termos biológicos, «A Genómica» é o conjunto de disciplinas relacionadas com o Estudo dos Genomas e as suas muitas aplicações na terapia génica ou genética (na terapia de inserção génica ou terapia de inserção de genes), na biotecnologia, etc. De grosso modo, pode dizer-se que a genómica é um ramo que estuda o Genoma Completo de um Organismo.
Foi o que fizeram então os nossos investigadores e reputados cientistas da Universidade da Califórnia, em Davis (UC Davis), envolvendo uma equipe internacional em colaboração entre si, propondo-se a analisar e a comparar dados; neste caso sobre a tal Análise Genómica para assim poderem comparar o principal receptor celular do vírus em humanos - a enzima conversora da Angiotensina-2 ou ACE2 - em 410 espécies diferentes de vertebrados, incluindo pássaros, peixes, anfíbios, répteis e mamíferos.
Esta ACE2 é normalmente encontrada em muitos tipos diferentes de células e tecidos, incluindo células epiteliais no nariz, boca e pulmões. Nos seres humanos, 25 aminoácidos da proteína ACE2 são muito importantes para o vírus se ligar e ganhar desta forma a entrada livre nas células.
Os investigadores utilizaram então essas já mencionadas 25 Sequências de Aminoácidos da proteína ACE2 e a modelagem da sua estrutura da proteína prevista - juntamente com a proteína Spike SARS-CoV-2 - para objectivamente se poder avaliar quantos desses aminoácidos são encontrados na proteína ACE2 nas diferentes espécies.
Joana Damas, a primeira autora do artigo e pós-doutoranda associada na UC Davis, legitima de modo explicativo: "Estima-se que os animais com todos os 25 resíduos de aminoácidos correspondentes à proteína humana correm um maior risco de contrair SARS-CoV-2 via ACE2. Prevê-se que o risco diminua, quanto mais os resíduos de ligação da espécie ACE2 diferirem dos humanos."
Harris Lewin, o principal autor do estudo e distinto professor de Evolução e Ecologia da UC Davis, nos Estados Unidos, arremessa: "Os dados fornecem um importante ponto de partida para a identificação de populações de animais vulneráveis e ameaçadas em risco de infecção por SARS-CoV-2. Esperamos que inspire práticas que protejam a saúde humana e animal durante a pandemia."
Espécies em Extinção: Primatas mas não só. Muitas outras espécies sucumbirão se nada se fazer de contrário; se nada se desenvolver no sentido de protecção e conservação das espécies. Em relação aos Primatas, a dura e cruel estimativa é a de que, mais rapidamente do que supúnhamos ou desejaríamos, muitas destas espécies só possam ser observadas em zoológicos ou reservas naturais. Existe o perigo iminente - em risco elevado - de muitos destes animais não conseguirem sobreviver ao SARS-CoV-2.
Risco Máximo!
Desde há alguns anos que o alerta tem vindo a ser dado sobre a iminência de se perder grande parte destas populações de animais; especificamente as dos Oragotangos no Bornéu e na ilha indonésia de Sumatra, em números de densidade populacional drasticamente menores desde 1970. Classificados como em risco ou em vias de extinção, urgiu proteger estas espécies na Indonésia e na Malásia.
A «Borneo Orangutan Survival Foundation» - uma das várias organizações dedicadas à protecção da espécie (detendo uma concessão por cerca de 60 anos de cerca de 86 mil hectares de floresta no Bornéu) - tem vindo a fazer com muito esforço mas grande empenho a reabilitação destes animais.
No entanto, os ambientalistas estão pessimistas, prevendo que nas próximas décadas uma grande parte das florestas (e habitat natural destes primatas), já tenha sido igualmente extinta, tendo sido convertida em terreno agrícola.
Infelizmente, o até há pouco «Santuário de Oragotangos de Samboja Lestari» situado na Indonésia (Ásia) não foi o suficiente para que outras populações (humanas) se recusassem a invadir este território, criando de novo a incerteza ou... a certeza de um maior risco sobre estas espécies.
O Gorila das Planícies Ocidentais também está em perigo! Ou o Gibão de bochecha branca do Norte, tal como os Oragotangos de Sumatra, prevendo-se assim que várias espécies de primatas possam estar em risco máximo de extinção pelas causas já referidas.
Mas não só. O período é crítico e o perigo espreita: Existe um Risco Muito Alto de Infecção por SARS-CoV-2 via o seu receptor ACE2 nestes animais. Este recente estudo acentua-lo sem complacência.
Muitos outros Animais têm sido sinalizados como de «Alto Risco» (mamíferos marinhos, baleias, golfinhos e até hamsters). Outros (animais domésticos), apresentaram um «Risco Médio», como por exemplo: gatos, ovelhas e demais gado. Cães, cavalos e porcos apresentaram «Baixo Risco» de ligação de ACE2.
Como isso se relaciona com a Infecção (ou mesmo o grau de risco da doença se poder determinar) é algo que para já terá de fazer um longo caminho, asseveram os investigadores, havendo a necessidade de se fazerem mais estudos, estudos futuros, para que se possa determinar com todo o rigor possível toda essa correlação; todavia, os dados de infectividade agora registados e até aqui conhecidos, mostram que essa correlação é alta.
Em Casos Documentados de Infecção por SARS-CoV-2 em Visons, Gatos, Cães, Hamsters, Leões e Tigres, o vírus pode estar a usar os receptores ACE2 ou podem até usar receptores diferentes de ACE2 para assim obter acesso às células hospedeiras.
De acordo com os investigadores da UC Davis «Uma Menor Propensão para Ligação» pode traduzir-se em menor propensão para a Infecção - ou uma menor capacidade para a infecção se espalhar num animal ou entre animais, uma vez estabelecida.
Por causa do potencial dos animais contraírem o «Novo Coronavírus dos Humanos» - e vice-versa - instituições tais como o Zoológico Nacional e o Zoológico de San Diego, nos Estados Unidos, que contribuíram com poderoso material genómico para o estudo aqui referido, fortaleceram programas com o intuito da Protecção Animal e Humana.
O co-autor do estudo Klaus Peter Koepfli, investigador-sénior da Smithsonian-Mason School of Conservation e ex-biólogo conservacionista (ambientalista/ecologista) do Smithsonian - do Centro de Sobrevivência de Espécies e Centro de Genómica de Conservação (Conservation Biology Institute) - reproduz em jeito de conclusão:
"As doenças zoonóticas e, como prevenir a transmissão de humano para animal, não são um novo desafio para zoológicos e profissionais de cuidados com animais. Esta nova informação vai permitir-nos concentrar os nossos esforços num plano que adequadamente possa manter os animais e os seres humanos seguros."
Os autores do estudo recomendam de forma peremptória o uso de muita cautela contra a «Interpretação Exagerada» (ou abusiva) dos riscos apossados pelos animais e assim previstos com base nos resultados computacionais, observando-se então que - Os Riscos Reais - só podem ser efectivamente confirmados através de dados experimentais adicionais. A lista de animais está registada aqui, aferem os investigadores.
Esta Pesquisa vem mostrar assim que o ancestral imediato do SARS-CoV-2 muito provavelmente foi derivado ou teve como origem-base uma espécie de Morcego.
Descobriu-se aliás, que os morcegos apresentam indefectivelmente um risco muito baixo de contrair o Novo Coronavírus, por meio do seu receptor ACE2 - o que se torna consistente com os dados experimentais reais.
Ainda não se sabe se - Os Morcegos - transmitiram ou não e de forma directa o novo coronavírus aos humanos; ou se ele passou por um Hospedeiro Intermediário. Contudo, o estudo apoia legitimamente a ideia de que um ou mais hospedeiros intermediários estiveram envolvidos neste processo.
Estes agora recentes dados irão permitir revelar de forma sucintamente clara aos investigadores, quais as espécies que podem ter servido como hospedeiros intermediários na Natureza, sendo estes dados uma preciosa ajuda ou auxílio reforçado para que se possa controlar, de futuro, um próximo surto epidemiológico (ou de grave infecção) causado pelo SARS-CoV-2 em populações humanas mas também animais.
(Em referência - os autores adicionais do estudo são: Marco Corbo, da UC Davis Genome Center, USA (EUA); Graham M. Hughes e Emma C. Teeling, da University College Dublin, na Irlanda; Kathleen C. Keough e Katherine S. Pollard, da UC San Francisco, USA (EUA); Corrie A. Painter, Nicole S. Persky, Diane P. Genereux, Ross Swofford, Kerstin Lindblad-Toh e Elinor K. Karlsson, do Broad Institute of MIT e Harvard, Cambridge, no Massachussetts; Michael Hiller, do Institute Max Planck de Biologia Celular Molecular e Genética de Dresden, na Alemanha (UE); Andreas R. Pfenning, da Carnegie Mellon University, em Pittsburgh na Pensilvânia (EUA); Huabin Zhao, da Universidade de Wuhan, em Wuhan, na China; Oliver A. Ryder, do Instituto de Pesquisa e Conservação do Zoológico de San Diego (UC San Diego), nos Estados Unidos; Martin T. Nweeia, da Harvard School of Dental Medicine em Boston, e do Smithsonian Institution, em Washington DC)
A Pesquisa realizada neste estudo foi coordenada como parte da Organização Genome 10K, que inclui o Bat 1K, Zoonomia, o «Vertebrate Genomes Project» e o «Earth BioGenome Project».
(As informações genómicas para o estudo também foram fornecidas pelo GenBank do National Center for Biotechnology Information; pelo «Frozen Zoo» do San Diego Zoo, nos EUA, e pela Smithsonian`s Global Genome Initiative (GGI), também nos EUA. Este trabalho foi financiado pela Robert and Rosabel Osborn Endowment.)
Estando em causa a biodiversidade do planeta e, consequentemente, a extinção de grande parte destas espécies aqui referidas - entre muitas outras que não conseguimos ainda aflorar e desvendar no seu todo, imersas que estão por todo o planeta em áreas muitas vezes inexploradas (de plantas e animais incrivelmente belos e profundos de uma coexistência que nem imaginamos sequer) - está e estará ainda por algum tempo, a sempre presente ameaça de outros perigos, outros vírus, que não apenas os cimentados ou firmados pela mão gananciosa e caprichosa do Homem.
No entanto, e muito pior do que uma qualquer Alteração Climática, como também aqui foi registado, estará a potencialidade desta nova virulência, deste novo coronavírus que a todos apanha, humanos e animais.
O SARS-CoV-2 (causador do COVID-19) não escolhe. É aleatório entre os seres humanos, mas também por entre os animais com maior ou menor incidência de grau de risco. Cabe agora aos cientistas cuidar dos nossos animais e das investigações a eles adjacentes sem desprestigiar ou desconsiderar a situação desses seres sencientes que apenas pretendem viver em paz e equilíbrio no seu habitat natural.
Haverá por certo outra ameaça, outra contingência, ou uma outra epidemia (que não pandemia desejamos todos...) sobre um ou mais vírus em ameaça latente de toda uma fragilidade humana que ainda não conseguimos debelar. Ou evitar. Nem nós nem os animais em transmissão directa dos surtos que nos atacam ou das guerras bacteriológicas e virais com que entretanto temos de lidar.
Para os animais é certamente «Uma Nova Ameaça» como o foi e está a ser ainda para todos nós. Contudo, há que acreditar que a maior ameaça que poderá surgir no planeta não são nem serão nunca as determinações, tal como espaciais missões, que continuamos a estudar, a investigar e a conseguir erradicar (no caso dos vírus) na melhor de todas as hipóteses.
Uma Nova Ameaça só chegará - para humanos e animais - se nos deixarmos desistir e contribuir assim para uma outra extinção: a da nossa própria sobrevivência, desgarrada e descontinuada de todas as outras espécies que connosco partilham o planeta Terra.
Sejamos justos e honestos: façamos reviver a fauna e a flora que perdemos e os deuses ser-nos-ão igualmente justos; de contrário, penaremos todos em larga e conflituosa prisão sobre aquela grande e fortificada ameaça de sermos todos extintos por nossa própria culpa e punição.
Mas quero acreditar que não. E que um dia voltaremos a ser merecedores de tudo em nosso redor... sem ameaças... sem amarras... e com o poder científico cimeiro de também nós, humanos, já não sermos nem podermos ser ameaça para mais ninguém. Muito menos para os animais!!!
segunda-feira, 24 de agosto de 2020
sexta-feira, 21 de agosto de 2020
quinta-feira, 20 de agosto de 2020
Os Raios Assassinos
(Imagem ESO/ALMA): A estrela gigante Betelgeuse (Alpha Orionis), uma das mais brilhantes da Via Láctea que pode ser vista da Terra e que, segundo os Astrónomos, está em vias de colapsar; e isto, num extraordinário evento celestial que anunciará a sua explosão originando então uma Supernova num fenómeno raríssimo na nossa galáxia.
(Imagem da estrela próxima Betelgeuse, vista pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) em 2017, na subliminar observação da superfície desta estrela numa imagem de alta resolução; e na qual, o ALMA também captou o gás quente da cromosfera inferior de Betelgeuse nos comprimentos de onda submilimétricos - onde, temperaturas elevadas localizadas explicam a sua assimetria)
Desde o final de 2019 até ao início do ano de 2020 que os Astrónomos têm vindo a observar uma significativa perda de luminosidade da estrela Betelgeuse (cerca de 70% em registo no mês de Novembro de 2019). O brilho mínimo anterior aconteceu já em Fevereiro deste corrente ano (2020).
Segundo os dados da Astrofísica tudo parece indiciar que esta estrela esteja em fim de linha, pelo que a sua estrutura exterior se começa a afundar na direcção do núcleo, libertando então tanta energia que acabará por explodir e, por se desfazer em pedaços, dando lugar a uma Supernova.
Todavia, mais do que reportar o que provavelmente sucederá a esta Super-Gigante Vermelha (quase mil vezes maior do que o nosso Sol) localizada na constelação de Órion, há que referenciar o que os investigadores da University of Illinois at Urbana-Champaign, News Bureau, EUA, asseveram agora de «Estrelas em Explosão no Universo» terem provocado a extinção em massa na Terra no período Devónico/Carbónico há cerca de 359 milhões de anos.
De acordo com os investigadores deste recente estudo - de um artigo que foi publicado na edição científica de «Proceedings of National Academy of Sciences», 2020, com o título «Supernova desencadeia extinções devonianas finais» - existiram «Raios Cósmicos Assassinos de Supernovas Próximas» que poderão ter sido os grandes responsáveis por, pelo menos um evento de «Extinção em Massa na Terra».
Esta derivação científica foi baseada no que eles, os investigadores da University of Illinois/UIUC encontraram de certos «Isótopos Radioactivos» no registo geológico (nas rochas do nosso planeta) que confirmam na plenitude este cenário catastrófico ancestral.
Muito mais do que um belo e exótico luar que se possa apreciar após este fenómeno estelar, há (ou houve, neste caso) todo um terrífico episódio - ou prelúdio - de um desastre planetário anunciado causado por uma avassaladora e fatal radiação que devasta toda a vida tal como a conhecemos.
A ter acontecido nessa Era ou Período Devónico dos Primeiros Anfíbios (há 408-360 milhões de anos) e o Período Carbónico (Há 360-286 milhões de anos, muito antes ainda do aparecimento dos primeiros mamíferos que só surgiram no Triássico há aproximadamente 248-213 milhões de anos), que expectativa ou esperança adormecida poderemos ter nós, cidadãos comuns, de que algo similar não venha a suceder no futuro?!...
Os especialistas que tudo isto estudam, indiciam-nos de que estamos muito longe ainda de nos depararmos com esse mesmo horrendo e mortal acontecimento de uma extinção em massa, mas, contrariamente a isso, a vivermos «Um Espectáculo Inesquecível para a Humanidade».
Daí se observaria a partir da Terra (a olho nu), um ponto tão brilhante quanto a Lua no céu, fosse dia ou noite, registando-se um eco de luz que se propagaria ao redor, como círculos de água, caso a Betelgeuse nos presenteasse em breve com tão proeminente espectáculo celestial.
Tendo sido observada a «Última Formação de Supernova na Via Láctea» em meados do século XVII (em 1604, ocorrendo a 13 mil anos-luz de distância, 20 vezes mais distante do que a Betelgeuse e hoje reconhecida como a «Supernova de Kepler», ou no ainda anterior registo de um resíduo de supernova, visível a olho nu nos céus em observação captada e relatada criteriosamente à época por astrónomos chineses em 1504), que algo de semelhante não era considerado.
Esta estrela de há «somente» 8-10 milhões de anos está de facto no seu fim, segundo os cientistas. Apesar disso, nada induz a que tal suceda nos próximos tempos, sendo que tal venha a ocorrer daqui a décadas como daqui a 100 mil anos na mais extensa hipótese, como mero enigma que ninguém sabe decifrar.
Situada a cerca de 600 anos-luz de distância da Terra (mais exactamente 642,5 anos-luz)- na constelação de Órion - esta Super-Gigante Vermelha brilha intensamente, o que lhe dará certamente uma vida curta.
Estando já no processo de se tornar uma Supernova, é muito natural que toda a comunidade científica (em particular os astrónomos, astrofísicos ou mesmo astrobiólogos) se debrucem sobre as suas particularidades e profundidades existenciais até que tal evento venha a suceder em plena luz do dia.
No Plano Científico, este esfuziante evento propalado pela estrela Betelgeuse a suceder no tempo actual, levaria os Astrónomos - «Pela Primeira Vez na História» - a poderem acompanhar diária e directamente este fenómeno.
Fenómeno este, que os investiria num maior conhecimento sobre as mui diferentes fases dessa dita explosão como uma preciosa ferramenta de precisão e, medição, sobre a Expansão do Universo (sub-entendendo-se também como uma mais-valia na melhor compreensão do que sucederia com essa futura geração de estrelas). Estes, os benefícios. E o contraditório....? Não existe? Nem tanto assim.
Se os investigadores da University of Illinois estiverem certos (e nada o contradiz pelo que as evidências demonstradas são bem uma forte prova de que realmente existiram raios cósmicos assassinos que tudo devastaram na Terra nesses primordiais períodos já aqui referidos), então talvez não seja despiciente de todo o estarmos muito atentos - ávidos ou não - de saber se a Betelgeuse em explosão de Supernova nos será ou não a tal foice mortal na erradicação da vida na Terra.
Por ora, apenas se pode resumir o que em registo na rocha o nosso planeta Terra nos diz, e agora estes investigadores nos afirmam em acirrada pesquisa e aferição, sobre o que para trás ficou em arquivo e também argumentação, pois que o planeta em si guarda tudo por que passou.
«Saber do Passado para melhor compreender o Futuro» é (e será sempre!) o nosso slogan, mesmo que saibamos (ou sintamos) ameaçado este Presente na instabilidade e mobilidade cósmicas.
Por isso é tão importante reconhecermos que nada é imutável, que nada é estatizante e inviolável. Desta vez é a nossa vida que está em jogo. Não só a nossa, mas a de todo o planeta. Urge sabermos de toda a verdade, mesmo que nenhum de nós, ignoto ou sapiente, no-lo saiba responder...
Período Devónico ao Carbónico: o tempo geológico que determina os sistemas, eras, épocas ou períodos na Terra; neste caso o período devónico ao carbónico na existência primordial dos primeiros anfíbios entre as águas e as terras que os sustinham e mantinham. Quando tudo parecia ter um idílico e natural início objectivou-se um fim que veio das estrelas à Terra, numa terrível e inacreditável extinção maciça que nada poupou ou salvou.
Se foi justo...? Acredita-se que não, até porque, começar «tudo de novo» gera sempre maior conflito, maior dificuldade na continuação das espécies. Poderá actualmente ser diferente...? Regista-se que não, mesmo quando, passadas tantas eras, tantos e complexos períodos de recriação e evolução das espécies, se possui uma tecnologia que ainda nos não defende dessa mesma igualitária e totalitária extinção que um dia a tudo ceifou na Terra...
Há 359 milhões de anos foi assim...
De acordo com o estudo agora divulgado pelos investigadores da Universidade de Illinois (UIUC), em Urbana-Champaign, nos Estados Unidos, que explorou a possibilidade de que potenciais eventos astronómicos tenham sido os grandes responsáveis por um evento de extinção em massa há cerca de 359 milhões de anos, a teoria confirma-se; até pela razão da evidência geológica registada nesse sentido, na ocorrência que existiu na fronteira entre os períodos Devoniano e Carbonífero na Terra.
Esta prestigiada equipe de investigadores da UIUC concentrou-se assim na fronteira Devoniana-Carbonífera, porque essas rochas contêm centenas de milhares de gerações de esporos de plantas que parecem ter sido ostensivamente queimados pelo Sol e pela sua luz ultravioleta. - evidência de um evento de destruição de longa duração do Ozono.
"Catástrofes baseadas na Terra, como Vulcanismo em grande escala e Aquecimento Global, também podem destruir a Camada de Ozono, mas, as evidências para essas catástrofes são inconclusivas para o intervalo de tempo em questão. Em vez disso, propomos que uma ou mais explosões de Supernovas, a cerca de 65 anos-luz da Terra, possam ter sido responsáveis pela perda prolongada de Ozono." (A eloquente afirmação de Brian D. Fields, professor de Astronomia e Física da UIUC e principal autor do estudo)
A estudante de graduação e co-autora deste recente estudo - Adrienne Ertel - relatou em termos comparativos: "Para colocar isso em perspectiva, uma das mais próximas ameaças de Supernova hoje, é a da estrela Betelgeuse que está a mais de 600 anos-luz de distância, e bem fora da distância de morte de 25 anos-luz."
Outro estudante de graduação mas também co-autor deste estudo - Jesse Miller - afiança por sua vez: "A equipe explorou entretanto muitas outras relevantes causas astrofísicas para que se tivesse dado efectivamente a «Destruição do Ozono» - como impactos de meteoritos, erupções solares e explosões de raios-gama. Mas esses eventos terminam rapidamente, e é improvável que causem a destruição de longa duração da «Camada de Ozono» que aconteceu no final do período Devoniano."
Segundo os investigadores «Uma Supernova, por outro lado, oferece um golpe duplo.» É-nos então explicado que, a explosão banha imediatamente a Terra com UV, raios-X e raios-Gama prejudiciais. Mais tarde,a explosão de detritos de Supernova atinge então o Sistema Solar, submetendo nessa sequência o planeta a uma longa radiação de Raios Cósmicos acelerados pela Supernova.
Os danos realizados na Terra por esta trágica sequência de eventos e, à sua até aí inviolável Camada de Ozono, podem durar e perpetuar-se até a uma faixa temporal de cerca de 100 mil anos.
De facto, nada é tão radical e cruelmente fatal para o nosso planeta como este fenómeno que, a concretizar-se por exemplo no caso da estrela Betelgeuse (por mais que os cientistas nos afastem essa hipótese e essa imprudência ou temeridade abissal), estar-se-à perante mais uma escalada de destruição maciça na Terra. No entanto, há que ouvir os especialistas e acreditar que nada disto nos atingirá; por enquanto...
Evidências Fósseis: Ou, os actualmente e indesmentíveis factos que, registados na rocha e plasmados que estão de toda uma vivência outrora feliz até que o cataclismo se fez sentir e lhes roubou a vida, estão muitas destas provas que nos mostram de como houve um acentuado declínio da biodiversidade de então. Novamente o registo dos tais «Raios Assassinos» sobre muitas das espécies que precocemente haviam eclodido na Terra...
Múltiplas Catástrofes
A equipe da UIUC envolvida neste estudo acrescenta também (depois de muita reflexão sobre o tema) e, em termos mais explicativos, de que «No entanto, a evidência fóssil indica um declínio de 300 mil anos na biodiversidade apresentada, levando assim à extinção em massa no período Devoniano-Carbonífero», sugerindo-se também a possibilidade de ter havido múltiplas catástrofes, talvez até Múltiplas Explosões de Supernovas.
"Isso é perfeitamente possível. Estrelas massivas geralmente ocorrem em aglomerados com outras estrelas massivas, e outras supernovas provavelmente ocorrerão logo após a primeira explosão." (Relata Jesse Miller)
A equipe afirmou de que «A chave para provar que uma Supernova ocorreu», seria encontrar os Isótopos Radioactivos Plutónio-244 (Pu-244) e Samário-146 (Sm-146) nas rochas e fósseis depositados no momento da extinção. O estudante universitário e co-autor deste estudo - Zhenghai Liu - realça:"Nenhum desses isótopos ocorre naturalmente na Terra hoje, e a única maneira de se chegar aqui é por meio de explosões cósmicas."
"As Espécies Radioactivas nascidas na Supernova são como bananas verdes. Quando você vê bananas verdes em Illinois sabe que são frescas e não crescem aqui. Tal como essas bananas, o Pu-244 ou Sm-146 decaem com o tempo. Então, se encontrarmos esses radioisótopos na Terra hoje, sabemos que eles são frescos mas não são daqui - as bananas verdes do mundo dos isótopos - e, portanto, as armas fumegantes de uma próxima Supernova. (Explica o professor Brian D. Fields)
Quase chegando ao término do que este estudo conclui, os investigadores acharam por bem elucidar o mundo do muito que ainda têm por pesquisar e procurar; ou seja, em termos de tentar encontrar mais vestígios de Pu-244 ou Sm-146 em rochas naquela já mencionada fronteira do período Devoniano-Carbonífero.
Toda a equipe do reputado professor Brian D. Fields reiterou de que este seu estudo teve por missão visar e definir os «Padrões de Evidência no Registo Geológico», que apontariam ou incidiriam (como eventualmente supunham) para as tais Explosões de Supernovas.
"A mensagem abrangente do nosso estudo é que a Vida na Terra não existe isoladamente. Somos cidadãos de um Cosmos Maior, e esse cosmos intervém nas nossas vidas - muitas vezes de forma imperceptível, mas às vezes ferozmente!" (Acentua Fields)
(Em Registo: há que acrescentar que neste estudo houve também a participação de cientistas da Universidade do Kansas, nos EUA; do Kings College, no Reino Unido; da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, na Suíça; do Instituto Nacional de Física, Química e Biofísica, na Estónia; da Academia da Força Aérea dos Estados Unidos, e por último, da Washburn University (WU), em Topeka, no Estado do Kansas, EUA)
O Conselho de Instalações de Ciência e Tecnologia e o Conselho de Pesquisa da Estónia (UE) apoiaram este estudo.
Os autores do estudo são: Brian D. Fields; L. Melott; John Ellis; Adrienne F. Ertel; Brian J. Fry; Bruce S. Lieberman; Zhenghai Liu; Jesse A. Miller e Brian C. Thomas, do estudo com o título «Supernova desencadeia extinções devonianas finais» publicado na divulgação científica «Proceedings of the National Academy of Sciences», 2020.
(Imagem: Hubble Space Telescope): a notável observação realizada pelo telescópio espacial Hubble que mostra uma espécie de nuvem negra - mais exactamente uma enorme quantidade de denso e quente gás em movimento - que começou inexplicavelmente a escurecer no céu.
A teoria mais recente, e que deu brado entre a comunidade científica depois de muita intriga, especulação e falsa afirmação, foi a de que o material foi provavelmente ejectado da superfície da estrela e se resfriou no espaço cósmico, transformando-se depois numa poeira que bloqueou uma parte significativa da luz, impedindo que esta chegasse à Terra.
Um Evento de Pré-Supernova?...
Muitos cientistas admitem já estarmos perante a quase iminência dos factos; ou seja, a da estrela Betelgeuse se estar a preparar para se tornar uma Supernova.
Alguns Astrónomos referenciam mesmo que, este «Escurecimento Repentino», pode querer dizer (ou estabelecer-se) como um evento de pré-supernova. No entanto, admitem também que a probabilidade de a Betelgeuse se tornar uma Supernova em breve é mínima. Será mesmo???
(Em Referência): em termos da Astrofísica, quando uma estrela de mais de 1,4 massas solares - o limite de Chandrasekhar - deixa a sequência principal, expande-se até formar uma Gigante Vermelha. Acaba então por explodir como uma violenta Supernova, expelindo as suas camadas exteriores de matéria para o Espaço.
Nesse processo - o Núcleo - entra de seguida em colapso sob a acção da Gravidade para assim formar uma «Estrela de Neutrões» pequena e extremamente densa. A luminosidade aumenta num factor de 10 (elevado a 8) quando a estrela se transforma em Supernova - de registar que todo este processo dura apenas alguns dias.
Por muito que se especule ou se avente outras hipóteses, não se sabe se, a estrela Betelgeuse, nos danificará ou não o planeta. Se ela ao explodir, resumindo-se numa Supernova, também colocará os seus muitos raios cósmicos assassinos sobre nós, sobre a Terra.
De acordo com as análises e correcções dos especialistas, a Betelgeuse que tem entre 8 a 10 milhões de anos e embora considerada uma «estrela condenada», pelo que o combustível nuclear desta estrela se está a esgotar rapidamente, essa hostil e pungente agonia se não abaterá sobre o nosso planeta devido à distância em que esta está localizada (a cerca de quase 700 anos-luz de distância da Terra).
Em dados prestados à BBC News, em 28 de Janeiro de 2020, Daniel Brown, professor assistente de Astronomia da Universidade de Nottingham Trent, em Inglaterra, revelou que a Betelgeuse também é uma estrela maciça pulsante - o que significa que ela se expande e retrai, pelo que o seu diâmetro pode variar de 550 a 920 vezes o tamanho do nosso Sol (que é bem mais velhinho e tem já 4,5 biliões de anos). Acentuando tudo isto, Brown aferiu:
"Ela é uma candidata a se tornar Supernova. Os modelos actuais sugerem que isso pode acontecer a qualquer momento nas escalas de tempo astronómicas. Mas isso significa nos próximos 100.000 anos."
Emily Brundsen, astrofísica da Universidade de York, no Reino Unido, sugere que ela, a Betelgeuse, é um tipo de estrela cujo brilho se modifica de quando a observamos, tal actriz que compõe vários cenários e actuações consoante os seus desígnios, as suas determinações. E assevera:
"Não há nada sugerindo uma explosão iminente em Betelgeuse. Dito isto, nunca tivemos a chance de observar de perto o processo que leva a uma Supernova. Portanto, há sempre a possibilidade de que (a explosão repentina) aconteça."
Já Daniel Brown realça um tanto eufórico: "Em questão de dias, Betelgeuse tornar-se-ia tão brilhante quanto a Lua cheia. O brilho seria visível até durante do dia."
Como é do conhecimento geral, as Supernovas têm um alto potencial de destruição. Por exemplo, se o nosso tão amado e necessário Sol explodisse, todo o nosso Sistema Solar seria indefectivelmente destruído sem dó nem piedade, arrogam os Astrónomos.
As Explosões Estelares Anteriores foram associadas a aumentos de temperatura da Terra, pelo que se reconhece desde então estas terem o fatal potencial de danificar a nossa Camada de Ozono, deixando-a ainda mais exposta à Radiação Solar.
Daniel Brown perfila também de que nada de terrível nos poderá suceder caso a estrela Betelgeuse expluda numa Supernova, pois está a uma distância consideravelmente segura. Daí que afirme peremptoriamente:
"Qualquer coisa abaixo de 50 anos-luz pode ser um problema. Esse não é o caso da Betelgeuse!" Em admissão do que já foi dito, corroborando do que Daniel Brown afirmou, está um estudo publicado em 2016 na revista científica «Astrophysical» que estimou que seriam necessários cerca de 6 milhões de anos para que as Ondas de Choque e detritos da estrela Betelgeuse chegassem ao Sistema Solar.
O evento mais recente que foi observado a olho nu - a chamada Supernova 1987A - foi detectado na galáxia vizinha da Grande Nuvem de Magalhães, a cerca de 168 mil anos-luz de distância. Segundo os Astrónomos, apesar da grande distância registada, ela foi a «Supernova Mais Próxima observada desde a de Kepler».
"Betelgeuse está assim a fornecer-nos uma oportunidade de observar todo o processo de evolução e morte de uma estrela e, entender, muito mais sobre o Universo", afirmou a astrofísica Emily Brundsen, anotando ainda: "Se explodisse agora, seria um pesadelo para todos os Astrónomos em termos de volume de trabalho, pois teríamos que repensar tudo o que sabemos sobre as estrelas. Seria um evento fascinante!"
Daqui se pressupõe que, por vezes a morte, não é de todo uma fatalidade. Neste caso a «Morte de Estrelas», se tivermos em conta a exuberância e relevância para os Astrónomos dessa realidade, que embora documentada e observada ao longo da nossa História, nunca foi seguida de perto - ou tão entusiasticamente e a nível tecnológico disponível - como a que agora se expõe nesse sentido.
Confrontados com essa outra realidade de «Raios Cósmicos Assassinos» sobre outras estrelas que nos pudessem estar mais próximas e prejudicar ferozmente, estão banidos os nossos receios por agora, de uma outra e nova extinção em massa que tudo levasse a perder em termos planetários de razia total.
No entanto, «Outros Raios Assassinos» poder-nos-ão ainda fazer sombra ou ensombrar os nossos dias e as nossas noites, ainda que sejam somente nuvens passageiras (de gás e poeira) que não do intenso pesadelo de uma energia incontrolável e abismável que tudo colha.
Sendo o Cosmos ainda tão desconhecido para nós (apesar de todas as infindáveis descobertas e reveladoras promessas sobre o que o Universo nos comporta), confiemos então que ele nos seja benevolente e não atroz, ou teremos os dias contados que não daquela luz intensa que nos dita sermos ou querermos ser imortais...
Mas somos, e isso por si só já é importante demais para se ser esquecido ou apagado da memória cósmica de quem um dia pensou por nós, falou por nós, agiu por nós e nos deu vida. Por «eles» e por nós, penso que só isso basta!
quarta-feira, 19 de agosto de 2020
terça-feira, 18 de agosto de 2020
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
quinta-feira, 13 de agosto de 2020
AeroNabs: O Escudo Protector
AeroNabs: a já testada formulação de aerossol que, auto-administrada com um simples spray nasal ou inalador, poderá fornecer a eficaz, poderosa e confiável protecção contra o temível SARS-CoV-2 até que uma vacina (devidamente ensaiada e licenciada para que seja aceite à escala global) esteja disponível no mercado.
Havendo a persistente investigação e a contínua alocação de experiências, testes e dados científicos que determinam que este novo coronavírus tenha os seus dias contados (mesmo que o cepticismo tome conta de alguns que afirmam esta pandemia ser eterna ou, como afere a OMS, se tornar endémica e quase sistémica nalguns locais do mundo), há também a certeza de se não deixar morrer a esperança sobre um antídoto ou uma forma de tudo estancar.
Algo que os investigadores/cientistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA) afiançam, pelo que recentemente desenvolveram uma «Nova Abordagem» para travar ou conter a disseminação do tão falado SARS-CoV-2 que causa o COVID-19.
Os Investigadores desta tão reputada Universidade Norte-Americana projectaram assim e de acordo com todas as práticas estabelecidas, em laboratório, uma molécula totalmente sintética (e pronta para a produção) que protege a máquina crucial do SARS-CoV-2 que permite ao vírus infectar as nossas células.
Numa Formulação de Aerossol que rigorosamente os cientistas envolvidos testaram, houve a verificação de que essas moléculas poderiam efectivamente ser auto-administradas com um mui simples ou comum spray nasal ou inalador. Boas notícias, portanto.
É certo que muito ainda há por descobrir e reportar sobre esta pandemia ou esta louca mania de nada parecer mais importante do que os dados estatísticos mundiais sobre os infectados e mortos que este vírus já causou, provocando o delírio e o pânico em todo o mundo (desprezando-se outros números, outras estatísticas identicamente ou ainda mais fatais sobre outras doenças, outros patógenos e virulências que deveriam também e de igual forma nos fazer interessar e preocupar).
Contudo, nada de desprestigiar ou negligenciar todas estas revelações científicas que, ancoradas sobre uma e só relevância no combate ao vírus, se estimam (e prodigalizam!) para que este novo coronavírus se não instale como epidémico e visceral imperador no reino da virologia em demencial cleptocracia nos nossos corpos.
Por muito que haja por batalhar, há que acreditar que um dia a vitória é nossa. Mesmo que perdidas algumas esperanças e tantas outras cobranças que ele nos faça em vidas que se foram sobre outras que ficam igualmente desavindas.
Espelhados por esta agora notável tecnologia, por outras que vão surgindo quase que estóica e miraculosamente mas por detrás de muito empenho, trabalho e horas sem dormir, os nossos cientistas asseguram-nos de que o cerco está feito; agora é só esperar que o vírus morra ou parta de vez como forasteiro que não é bem-vindo ou hostil invasor de outras terras, outros mares e outros céus; biológicos ou não...
Imagem microscópica do SARS-CoV-2 (NIAID). A surpreendente impressão digital deste SARS-CoV-2 que se fez identificar em mais de 150 mutações genéticas diferentes (em Portugal) no conjunto de todos os genomas sequenciados no INSA - Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge entre Abril e Maio de 2020.
A Artificial Molécula
Enquanto todo o mundo anda louco à procura de uma vacina para controlar a pandemia por COVID-19, a qual terá de ser baseada no conhecimento mais pormenorizado e real sobre o SARS-CoV-2 e a sequenciação do seu genoma, faz também com que muitos outros investigadores - como os cientistas da UC San Francisco - se empenhem por desenvolver uma nova abordagem para conter a propagação deste coronavírus.
Sem relativizar o potencial de uma ou mais eficazes e seguras vacinas (sejam estas profilácticas ou terapêuticas) - como preparação biológica que é, essa vacina, fornecendo uma contemplativa «Imunidade Adquirida Activa» neste e noutros vírus ou doenças - é mais razoável afirmar-se de que a solução poderá chegar mais em forma de tratamento adequado ou, adaptado, do que propriamente por esta, ainda que a Rússia tenha recentemente apregoado ao mundo tê-la em seu poder com eficácia inquestionável (???)
Esta Nova Abordagem - liderada pelo estudante de graduação da UCSF, Michael Schoof (de uma investigação que compõe uma vasta equipe da UC San Francisco) - projectou uma molécula totalmente sintética que protegerá a crucial máquina do SARS-CoV-2 que permite ao vírus infectar as células. Travar este processo é o objectivo.
Conforme está expressamente relatado no bioRxiv, estas experiências, estes ensaios usando «vírus ao vivo», mostram que a molécula em questão se situa entre os Antivirais SARS-CoV-2 mais potentes já descobertos.
Numa Formulação de Aerossol de seu nome - AeroNabs - que os investigadores testaram e assim denominaram, houve a demonstração de que essas moléculas poderiam ser auto-administradas com um spray nasal ou um inalador. Em utilização única diária (uma vez ao dia), esta formulação de aerossol poderá, de acordo com as palavras dos cientistas, fornecer «protecção poderosa e confiável contra o SARS-CoV-2 até que uma vacina esteja disponível».
Neste momento, esta equipe de investigação está numa acesa mas espera-se produtiva e activa discussão com vários parceiros comerciais, para deste modo poderem estabelecer contactos e assim aumentar a fabricação e os testes clínicos deveras positivos dos AeroNabs.
Se estes testes persistirem no sucesso já admitido, os cientistas pretendem tornar o «AeroNabs» amplamente disponível (e esperemos que acessível...) como um medicamento de venda livre e a baixo custo (barato, portanto) para a prevenção e o tratamento do COVID-19. Boas notícias, então!
O Co-inventor do AeroNabs - Peter Walter - PhD, e professor de Bioquímica e Biofísica na UCSF, assim como investigador do Howard Hughes Medical Institute, explica sucintamente:
"Muito mais eficazes do que as formas vestíveis de equipamentos de protecção individual, pensamos nos AeroNabs como uma forma molecular de PPE que pode servir como um importante paliativo até que as vacinas forneçam uma solução mais permanente para o COVID-19."
Para aqueles que não tenham acesso ou não respondam positivamente às vacinas do SARS-CoV-2, o professor Walter acrescentou de que - Os AeroNabs - poderiam muito bem ser uma linha de defesa mais permanente contra o COVID-19.
"Reunimos um grupo incrível de bioquímicos talentosos, biólogos celulares, virologistas e biólogos estruturais para fazer o projecto do início ao fim em apenas alguns meses", disse Michael Schoof, membro do laboratório Walter e co-inventor do AeroNabs.
Nanocorpos versus AeroNabs: a sublime inspiração que dos Nanocorpos se sublevou para que houvesse a criação dos Aeronabs. Desde a sua descoberta num laboratório situado na Bélgica (UE) - no final da década de 1980 - que as propriedades distintas e impressionantes dos Nanocorpos têm intrigado os cientistas em todo o mundo.
A Inspiração nos Nanocorpos
De acordo com os especialistas, existem por vezes inspirações que nem sempre se imagina poderem dar luz a futuros projectos, futuras experiências. Uma delas está aqui retratada. Embora se saiba projectados, concebidos e realizados inteiramente em laboratório, os AeroNabs foram basicamente inspirados nos Nanocorpos - proteínas imunes semelhantes a Anticorpos que ocorrem naturalmente em Lamas, Camelos e animais relacionados.
"Embora funcionem de maneira muito semelhante aos anticorpos encontrados no Sistema Imunológico Humano, os nanocorpos oferecem uma série de vantagens exclusivas para uma terapêutica eficaz contra o SARS-CoV-2", explicou por sua vez o co-inventor dos AeroNabs, Aashish Manglik, Md, PhD - professor assistente de Química Farmacêutica que frequentemente emprega nanocorpos como útil ferramenta nas suas pesquisas sobre a «Estrutura e Função das Proteínas» que enviam e recebem sinais através da membrana celular.
Os Investigadores referem em exemplo demonstrativo: «Por exemplo, os nanocorpos são uma ordem de magnitude menores do que os anticorpos humanos, o que os torna mais fácil de manipular e modificar em laboratório. O seu pequeno tamanho e a sua estrutura relativamente simples também os tornam significativamente mais estáveis do que os anticorpos de outros mamíferos».
E acrescentam de modo explicativo: «E além disso, ao contrário dos anticorpos humanos, os nanocorpos podem ser produzidos em massa de maneira fácil e barata: ou seja, nós, os cientistas, inserimos os genes que contêm os projectos moleculares para construir nanocorpos em E. coli e levedura, transformando assim esses micróbios em fábricas de nanocorpos de alto rendimento».
Segundo os investigadores, há que registar que este mesmo método tem sido usado em segurança por várias décadas para produzir Insulina em massa.
Mas, tal como o professor Manglik observou: "Os nanocorpos foram apenas o ponto de partida para nós. Embora atraentes por conta própria, pensamos que poderíamos melhorá-los por meio da engenharia de proteínas. Isso acabou por levar ao desenvolvimento dos AeroNabs."
A luta dos cientistas no combate ao COVID-19. De início as grandes questões, sendo que muitas delas já reveladas ou desmistificadas pelas muitas descobertas efectuadas sobre estudos programados, vêm agora dar resposta ao que se supôs ser «apenas» uma coroa; não de rei ou rainha mas uma coroa de espinhos em projécteis afiados de infecção e contaminação. Os cientistas chamam-lhe «spike» - a chave para a infecção. Anulá-los ou desactivá-los é agora o alvo.
Uma Coroa de «espinhos»...
Não é exacto que assim seja, como uma coroa de espinhos, mas assim parece. Cientificamente, os homens e mulheres que trabalham afincadamente nestes laboratórios dão-lhe o nome de «Spike», como a chave para a infecção.
De acordo com os especialistas, o SARS-CoV-2 depende muito das suas denominadas «Proteínas de Pico» para infectar desse modo as células. Essas pontas, tal navalhas afiadas, perfuram a superfície do vírus conferindo uma aparência semelhante à de uma «Coroa» quando observadas através de um microscópio electrónico - daí o nome «coronavírus» para a família viral onde se inclui o já mencionado SARS-CoV-2.
As pontas aguçadas são, no entanto, muito mais do que um simples ornamento de biológica decoração, arrogam os cientistas - são, exímia e ferozmente, de acordo com a concepção científica, a chave essencial que permite que o vírus entre ostensivamente nas nossas células.
Tal como uma qualquer ferramenta retráctil, os tais picos podem passar de um estado fechado e inactivo para um estado aberto e activo.
Quando qualquer um dos aproximadamente 20 picos de uma partícula de vírus se torna activo, os três «Domínios de Ligação ao Receptor» desse pico - ou RBDs - ficam expostos e são preparados para se anexar ao ACE2 (pronuncia-se «às dois») - um receptor encontrado nas células humanas dessa linha e que são respectivamente o pulmão e as vias respiratórias.
Por Meio de uma Interacção do Tipo-chave e fechadura entre um receptor ACE2 e um pico de RBD, o vírus ganha entrada na célula (tal visitante a quem o porteiro deixa entrar...) onde então transforma o seu novo hospedeiro num hediondo fabricante de coronavírus.
Os Investigadores acreditavam piamente que, se pudessem encontrar nanocorpos que impedissem as Interacções Spike-ACE2, poderiam também e assim impedir que o vírus infectasse as células. Afinal querer é poder. E acreditar nisso é sempre uma mais-valia!
Coroa/coronavírus: o SARS-CoV-2 depende como se sabe das proteínas de pico para infectar as nossas células. Estas pontas, semelhantes a uma coroa (não de flores mas da mais caprichosa e muitas vezes letal infecção), são a chave essencial que permite assim ao vírus entrar nas células. Para combater ou por fim dar um pouco de luta a esta situação, os cientistas experimentaram os nanocorpos que, eficazmente, desabilitaram os tais picos prevenindo desta forma as eventuais infecções.
O Feroz Combate dos Nanocorpos!
Segundo os investigadores da UC San Francisco, nos EUA, para se encontrar candidatos eficazes houve um trabalho minucioso e árduo. Eles tiveram então de analisar de modo quase exaustivo uma mui desenvolvida e proeminente biblioteca (num programa intensivo) que os manteve ocupados em estudos recentes; estudos esses efectuados no laboratório do professor Manglik que integrou mais de 2 biliões de nanocorpos sintéticos. É obra!
Após sucessivas e por certo extenuantes rodadas de testes, durante as quais eles impuseram a si próprios critérios cada vez mais rigorosos para eliminar possíveis candidatos fracos ou ineficazes, os cientistas finalizaram a sua investigação com 21 dos nanocorpos que impediram uma forma modificada de pico para poder interagir com o ACE2.
Outras experiências, outros ensaios - incluindo o uso de microscopia crio-electrónica para visualizar a interface nanocorpo-pico - mostraram que os nanocorpos mais potentes bloquearam as Interacções Pico-ACE2 ao se anexarem forte e directamente aos RDBs do pico. Em registo está o facto desses nanocorpos funcionarem um pouco como uma bainha que cobre a «chave» RBD, impedindo que ela seja inserida numa fechadura ACE2.
Com estas descobertas em mãos, os investigadores ainda precisavam de demonstrar que esses nanocorpos poderiam inclusive impedir que o vírus real infectasse as células.
Veronica Rezelj, PhD, virologista do laboratório de Marco Vignuzzi, PhD do Institute Pasteur em Paris, (UE) testou os três nanocorpos mais promissores contra o SARS-CoV-2 vivo, e descobriu que os nanocorpos são extraordinariamente potentes, prevenindo assim a infecção mesmo em condições extremamente baixas; ou seja, mesmo em doses reduzidas.
O Mais Potente desses Nanocorpos (tal Hércules encarnado) no entanto, não actua apenas como uma bainha sobre os RBDs, mas também como uma ratoeira molecular, prendendo então o pico no seu estado fechado e inactivo, num somatório de uma camada adicional de protecção contra as Interacções Pico-ACE2 que levam à infecção.
De Nanocorpos a AeroNabs: o passo seguinte foi rápido. Os cientistas desenvolveram então de modo eficaz e pronto esse nanocorpo de dupla acção de várias maneiras (ou formas) para torná-lo um antiviral ainda mais potente. Num conjunto de experiências ou ensaios, eles transformaram cada um dos blocos de construção de Aminoácidos do Nanocorpo - que entra em contacto com o pico - para descobrir finalmente duas mudanças específicas que produziram um aumento de cerca de 500 vezes na potência.
Num outro conjunto separado de experiências, os investigadores projectaram também uma cadeia molecular que poderia ligar três nanocorpos. Conforme observado, cada pico de proteína possui três RBDs, onde qualquer um dos quais se pode enfim anexar à ACE2 para assim permitir a entrada do vírus na célula.
«O Nanocorpo Triplo Vinculado» desenvolvido pelos investigadores garantiu então que se um nanocorpo se anexar a um RBD, os outros dois anexar-se-ão aos RBDs restantes. Os cientistas envolvidos descobriram desta forma de que, este Nanocorpo Triplo, é 200.000 vezes mais potente do que um único nanocorpo sozinho!
Há que referir ainda com alguma reflexão que, quando os investigadores tiraram os resultados de ambas as modificações, ligando então três dos poderosos nanocorpos mutantes, os resultados foram sem dúvida surpreendentes: ou seja, «fora dos gráficos», segundo as palavras do professor Walter que enfaticamente ainda proferiu: "Foi tão eficaz que excedeu a nossa capacidade de medir a sua potência."
«Fácil de Administrar como um Aerossol», admitiram. Esta construção de nanocorpo de três partes ultra-potente formou a base para os AeroNabs, segundo os especialistas.
Num derradeiro ou final conjunto de experiências, os investigadores colocaram os nanocorpos de três partes numa série de testes de stress, submetendo-os então a altas temperaturas, transformando-os depois num pó estável e produzindo um aerossol.
Há que anotar que cada um destes processos é altamente prejudicial para a maioria das proteínas. Todavia essa premissa, essa constatação científica, os investigadores tiveram a preocupação de banir maiores receios elucidando-nos.
Como tal, viriam a confirmar que graças à estabilidade inerente dos nanocorpos, não houve perda de potência antiviral na forma aerossolizada, sugerindo antes de mais que, os AeroNabs, são um irrefutável e potente antiviral SARS-CoV-2 que pode ser muito prático na sua administração por meio de um Inalador estável ou um vulgar Spray nasal. Tão fácil assim...? Os cientistas dizem que sim.
O professor e co-inventor dos AeroNabs, Aashish Manglik, reitera em tom pragmático:
"Não estamos sozinhos em pensar que os AeroNabs são uma tecnologia notável. A nossa equipe está em discussões contínuas com potenciais parceiros comerciais interessados em fabricar e distribuir os AeroNabs; e esperamos começar em breve os testes em humanos. Se os AeroNabs forem tão eficazes quanto previmos, eles podem ajudar a reformular o curso da pandemia em todo o mundo."
(Em referência dos co-primeiros autores do manuscrito: Michael Shooft; Bryan Faust; Reuben A. Saunders; Smriti Sangwan e Rezelj. Peter Walter, Aashish Manglik, M. Shooft, B. Faust, Reuben A. Saunders e Nick Hoppe são os agora publicitados inventores de uma patente provisória que descreve «Os nanocorpos anti-Spike» - em texto documentado no bioRxiv - e exemplarmente reportado pela Science Daily de 11 de Agosto de 2020, em divulgação expressa feita pela Universidade da Califórnia, em São Francisco, EUA)
(Sem desprestígio para com todos os outros autores adicionais aqui deixamos a sua referência: Bryan Faust; Reuben A. Saunders; Smriti Sangwan; Nick Hoppe; Morgane Boone; Christian B. Billesbolle; M. Zimanyi; Ishan Deshpand; J. Liang; Aditya A. Anand; Niv Dobzinsky; Beth S. Zha; Benjamim Barsi-Rhyne; Vladislava Belyy; S. Nock e Y. Liu da UCSF; Camille R. Samoneau; Kristoffer Leon; Nevan J. Krogan; Danielle L. Swaney e Melanie Ott, do Instituto de Biociências Quantitativas da UCSF (QBI) e dos Instituos J. David Gladstone; Andrew Barile-Hill, da Cytiva Life Sciences; S. Gupta e Corie Y. Ralston, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley; Kris M. White e Adolfo García-Sastre, da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai; e o QBI Coronavirus Research Group Structural Biology Consortium)
A todos, o nosso global e mui afectuoso agradecimento pelas inestimáveis dádivas de conhecimento, descoberta e fundamento - em realização e efectivação dos dados científicos recolhidos - em prol e benefício da Humanidade.
Que os AeroNabs possam ser uma realidade rapidamente exposta e plasmada a todos quanto deles necessitem, sendo que em espécie de «escudo protector» ou abençoado mediador de tantos males nos possa garantir, de futuro, com eficácia e segurança, a bonomia e esperança há tanto procurada.
Fiquem bem. Sejam felizes e mantenham-se saudáveis, ainda que vigilantes e distantes uns dos outros, pois que ainda há escudos que nos não protegem e, para esses, ainda não existem AeroNabs. Infelizmente, há que o dizer.
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
terça-feira, 11 de agosto de 2020
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
sábado, 8 de agosto de 2020
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
quarta-feira, 5 de agosto de 2020
Repensando Marte
Marte: os seus mistérios, ou os seus ainda muito lacrados segredos e outros tantos degredos planetários que se desejam brevemente revelados (possivelmente no ano de 2031 através das amostras recolhidas de um robô) de uma missão da NASA que se almeja de grande sucesso em termos de se saber, de vez, se Marte possuiu ou não há alguns milhares de anos vida em si.
No entanto, e apesar das expectativas serem altas, existe um sem número de contingências e muitas outras referências a nível científico que se vão desnudando.
Rios, mares e oceanos à imagem e semelhança da Terra poderiam ter sido iguais aos do nosso planeta. Mito ou realidade? Deixemos que os cientistas no-lo digam. Todos eles, os que acreditam e os que não acreditam que será possível «fabricarmos» uma outra casa fora da casa-mãe como esfuziantes noivos que procuram liberdade e propriedade inequívocas fora do berço materno, fora do colo quente da Terra.
Mesmo em relação à actual missão de Perseverance - que se estima ir procurar sinais de vida numa área em que existia um lago há cerca de 3 biliões de anos - os cientistas vêm agora pôr água na fervura; ou seja, dizerem-nos com toda a sumidade possível de que Marte nos seus primórdios estava efectivamente coberto de Mantos de Gelo e não, como se supunha, por fluentes rios.
Investigadores da Universidade da Colúmbia Britânica (University of British Columbia) descobriram recentemente de que, um grande número de redes de vales que escavam a superfície de Marte, é assim apresentado ou como que esculpido pela água devido ao processo natural do derreter do Gelo Glacial.
Poder-se-à dizer que se trata de um verdadeiro «balde de água fria» ou mesmo logro, sobre o que se especulava existir em fluentes rios que, em imaginação mais caridosa e fértil, imaginámos este planeta interior do nosso sistema solar (e nosso vizinho) ter sido, em todo o seu planetário esplendor numa identidade ou especificidade quase idêntica à da Terra.
Mas nada de desmoralizar, pois o Planeta Vermelho ainda tem muito para nos contar; se não por agora talvez daqui a alguns anos (2031) onde certamente o estudo geológico das amostras recolhidas nos dará algumas respostas ainda não havidas.
Marte poderá não ter sido confortavelmente «Quente e Húmido» num manancial robusto de um planeta coeso de flora e fauna tal como no nosso planeta, todavia, o grande sarcófago que Marte nos é ainda, poderá sem sombra de dúvida fazer-nos suspeitar de que valerá de facto a pena explorá-lo. Investigá-lo. E, se os «deuses» deixarem... estudá-lo então um pouco mais para que sintamos e saibamos se devemos ou não fazer dele uma nossa futura casa ou não...
Lançamento do foguetão Atlas V que levará o veículo robótico Perseverance até Marte. Perseverance partiu do Cabo Canaveral, na Florida (EUA) no dia 30 de Julho de 2020, pelo que chegará ao Planeta Vermelho por volta do dia 21 de Fevereiro de 2021 com a magna missão de encontrar sinais de vida; sejam eles quais forem...
«A Recolha de Amostras e a Produção de Oxigénio» são agora as funções destinadas ao mais recente robô da NASA, que foi publicamente anunciado como «Perseverance», ou seja, Perseverança em português. Este robô (e um pequeno helicóptero de prospecção territorial) irão de forma exemplar tentar encontrar vestígios de vida microbiana ou qualquer réstia da existência de vida biológica que tenha porventura existido neste. Teremos em breve uma surpresa...??? Oxalá que sim!
Mantos de Gelo e não Rios...
Se aqui colocássemos um emoji certamente seria um dos que choram; ou dos que se lamentam, pelo que as noticias científicas nos divulgam agora de estarmos perante uma alusão e não uma ilusão utópica sobre Marte.
Como desejámos que Marte fosse como nós, Terra... mas não o sendo, segundo o mais actual estudo dos investigadores da Universidade da Colúmbia Britânica, poderemos desistir já deste planeta?... Penso que não, ainda não é hora de deitarmos a toalha ao chão ou virarmos costas ao nosso até agora único ponto referencial de conquista (e presumível segunda casa em expansão, exploração e possível colonização) sobre este ainda ignoto mártir Planeta Vermelho.
Este estudo que foi publicado na revista científica «Nature Geoscience» do dia 3 de Agosto de 2020 e que tem por título «Formação de GR Valley no início de Marte por erosão subglacial e fluvial», sendo da responsabilidade dos investigadores da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), revela-nos agora de que Marte não foi de todo - como supúnhamos - aquele «El dorado» idêntico à Terra.
Desenvolvendo e utilizando novas técnicas para poderem ter a faculdade de examinar milhares de vales marcianos, assim como fazendo a comparação dos vales marcianos aos canais subglaciais do arquipélago do Árctico Canadiano ou Canadense, os investigadores descobriram semelhanças impressionantes.
Daí terem concluído que a afirmação dominante de, no Antigo Marte (no seu início), este ter sido «Quente e Húmido» poder afinal estar errada; ou seja, chuvas, rios e oceanos podem ser apenas uma miragem de todos nós sobre este planeta vizinho.
A principal autora do estudo, Anna Grau Galofre, ex-aluna de doutorado no Departamento de Ciências da Terra, Oceânicas e Atmosféricas, esclarece:
"Nos últimos 40 Anos, desde que os vales de Marte foram descobertos pela primeira vez, era de que rios já fluíram em Marte, corroendo e originando todos esses vales. Mas existem centenas de vales em Marte, e eles parecem muito diferentes uns dos outros. Se você olhar para a Terra a partir de um satélite vê muitos vales: alguns deles feitos por rios, outros feitos por glaciares/geleiras, outros feitos por outros processos, e cada tipo tem uma forma distinta.
Galofre enfatiza ainda: " Marte é semelhante, pois os vales parecem muito diferentes uns dos outros, sugerindo que muitos processos estavam em jogo para esculpi-los."
A Semelhança entre Muitos Vales Marcianos e os canais subglaciais da ilha de Devon, no Árctico Canadiano, motivou então os autores deste estudo a conduzi-lo num modo de comparação.
"A ilha de Devon é um dos melhores análogos que temos para Marte aqui na Terra - é um deserto frio, seco e polar, e a glaciação é amplamente baseada em frio." (A afirmação do co-autor do estudo da UBC, Gordon Osinski, professor do Departamento da Western University que coordena as Ciências da Terra e do Instituto de Exploração da Terra e do Espaço)
No Total, os investigadores analisaram então mais de 10.000 vales marcianos, usando para isso um Novo Algoritmo para inferir assim nos seus processos de erosão subjacentes.
Mark Jellinek, professor do Departamento de Ciências da Terra, Ciências Atmosféricas e Oceânicas da UBC, afirma de forma categórica:
"Estes resultados são a primeira evidência de Erosão Subglacial Extensa, impulsionada esta pela drenagem canalizada de água desse derretimento sob uma camada de gelo antiga em Marte."
Mas Jellinek acrescenta: "As descobertas demonstram que apenas uma fracção das redes dos vales corresponde a padrões típicos de erosão das águas superficiais - o que contrasta fortemente com a visão convencional. Usando a Geomorfologia da Superfície de Marte para reconstruir rigorosamente o carácter e a evolução do planeta de forma estatisticamente significativa, pode-se afirmar que o caminho é francamente revolucionário!"
A Teoria da Anna Grau Galofre também ajuda a explicar de como os vales se terão formado há cerca de 3,8 biliões de anos num planeta mais distante do Sol do que a Terra (este é o quarto planeta a contar do Sol, estando assim mais afastado da dita zona habitável para a vida) durante um período em que provavelmente o Sol era menos intenso do que o verificado agora.
Daí que Anna Galofre (actualmente bolsista/bolseira de pós-doutorado em Exploração do SESE na Arizona State University) especifique:
"A Modelagem Climática prevê que o clima antigo de Marte era muito mais frio durante o tempo da formação da rede do vale. Tentámos juntar tudo e levantar uma hipótese que realmente não havia ainda sido considerada: Que as redes de canais e vales podem muito bem formar-se sob camadas de gelo, como parte do sistema de drenagem que se forma naturalmente sob uma camada de gelo quando há água acumulada na base."
Colonizar Marte? Talvez. Mas não é fácil, nada fácil tal feito. Terraformar Marte é complexo, já o sabemos; todavia não impossível apesar dos contras (muitos!) que a futura população humana lá irá encontrar. Os espinhos serão bem mais do que as rosas, isto é, se um dia nos for possível fazer algo mais de Marte do que uma mera plataforma para outros voos, outras ambições interplanetárias e não só...
Para começar, a necessidade de haver um «Escudo Magnético Protector» que, criado artificialmente, nos bafejasse com a sorte de não sermos esmagados e de imediato mortos pelas excessivas cargas da radiação ionizada ou do enorme impacto provocado também pelos potentes ventos solares. Nada em Marte é simples; e se o foi há muito que está esquecido...
A Conclusão: Marte não é para velhos!
Sem querer menosprezar ou mesmo relativizar o que esta faixa etária nos dá e sempre deu em sabedoria, paciência e alegoria na Terra, há que convir que Marte não é para eles como não o é para ninguém que se fizesse de peito aberto e sem protecção rigorosa para enfrentar os tantos desafios que nele se encontram.
Em Primeiro: astronautas, médicos e engenheiros técnica e excelentemente preparados e só depois, muito depois, a populaça que, em comunidade viral, se faria reproduzir e desenvolver numa sociedade por certo bem diferente daquela que apresentamos no nosso planeta-mãe.
Mas isso já todos sabemos, sendo do conhecimento geral que as agruras, as dificuldades, muitas, não serão prontamente debeladas ou agilmente aceites ou torneadas de forma expedita como um bónus ou umas férias de prazer, mas antes, uma difícil e complexa missão que irá estruturar e complementar muitas das infraestruturas que hoje temos na Terra e, só lá instaladas, nos poderão dar a habitabilidade necessária. E a segurança ou fiabilidade para continuarmos.
Voltando ao nosso estudo, há que dizer que os investigadores da Universidade da Colúmbia Britânica reconhecendo a importância de haver um futuro em Marte, se não coibiram de nos mostrar aliás o seu passado, o passado antigo de Marte.
Revelam-nos assim de que o Planeta Vermelho nesses ambientes atrás referidos também suportariam melhores condições de sobrevivência para possíveis vidas antigas em Marte. Ou seja, nada seria incompatível com essa vida.
De acordo com os investigadores da UBC «Uma camada de gelo daria mais protecção e estabilidade à água subjacente, além de fornecer Protecção Contra a Radiação Solar na ausência de um campo magnético - algo que Marte já possuiu mas que, infelizmente, se fez desaparecer ao longo dos muitos milhares ou biliões de anos.
Enquanto a pesquisa de Grau Galofre foi focada em Marte, as ferramentas analíticas que ela desenvolveu para este trabalho podem ser aplicadas para descobrir mais sobre a História Inicial do nosso próprio planeta.
O Professor Mark Jellinek afirma neste artigo, notavelmente concebido pela Science Daily de 3 de Agosto de 2020 que tem por título «O início de Marte estava coberto de Mantos de Gelo, não rios que correm...», de que pretende utilizar estes Novos Algoritmos para analisar e explorar os recursos de erosão que sobraram da História Primitiva da Terra.
"Actualmente podemos reconstruir rigorosamente a História da Glaciação Global na Terra que remonta a cerca de um milhão a cinco milhões de anos. O trabalho da Anna vai-nos permitir explorar o avanço e a retirada das calotas de gelo de há pelo menos 35 milhões de anos atrás - até o início da Antárctida ou ainda mais cedo - naquele tempo, bem antes da «Idade» dos nossos Núcleos de Gelo mais Antigos que nos serão como ferramentas analíticas muito importantes."
(Refª da revista Nature Geoscience, 2020 «Formação de GR Valley no início de Marte por erosão subglacial e fluvial» Os seus autores são: Grau Galofre; A. Jellinek; AM e Osinski)
Repensando Marte. Ou mais exactamente, repensando o muito que ainda teremos de calcorrear e entender sobre este e muitos outros desconhecidos trâmites planetários do início até agora; em Marte, mas também na Terra.
Compreender o Passado é vital e mesmo crucial para podermos criar, inventar ou reinventar um Futuro; em Marte, ou em qualquer outro lugar que nos seja ainda incognoscível mas a ele tenhamos acesso e positivismo de um dia alcançarmos mais do que somente dentro de portas, dentro do nosso sistema solar. Consolidar vida e ser vida. E usar da tecnologia, dos avanços e da sabedoria de outros tempos que não lembrando sabemos terem existido...
"No Futuro, é bem possível que ela, a tecnologia, possa gerar um campo magnético de 1 a 2 Teslas contra o vento solar" (Jim Green, da Divisão de Ciência Planetária da NASA em afirmação pública em 2017)
Uma Magnetosfera Artificial é essencial (algo que os investigadores da NASA já têm em laboração, assim como a projecção de vários processos que implementem o aumento da temperatura marciana para criar um efeito de estufa que por sua vez vai fazer aumentar a temperatura até se alcançar as condições compatíveis com a presença de água no estado líquido).
2040 (ou em 2034 como Elon Musk tanto nos apregoa, enviando cerca de 10 mil pessoas até ao ano de 2050) mostrará subsequentemente um novo planeta Marte. Possivelmente uma Atmosfera Marciana com maior temperatura e pressão (na já referida subsistência de água em estado líquido na superfície do planeta vermelho em quantidade suficiente para assim se poder garantir a sustentabilidade de vida humana nessa dita exploração e colonização).
E cidades. Cidades de Marte. Cidades em cúpula, em pequenos (ou grandes) satélites habitacionais, laborais e laboratoriais em coesos aglomerados previamente considerados sobre quem neles habita, trabalha e pesquisa, numa contemplação urbanística marciana que só atingíamos em visão e explanação de ficção científica ainda há poucos anos.
Green afiançou há cerca de 3 anos de forma convicta «Se for criado um campo magnético artificial as novas condições em Marte permitirão que os investigadores e os exploradores estudem o planeta com muito mais detalhe. E se isso for alcançado... a colonização de Marte não estará muito longe."
Acreditamos que sim. Como acreditamos que hajam também grandes massas de água gelada nas calotas polares de Marte e, talvez, mesmo que certos investigadores o contradigam, água líquida à superfície (mera utopia ou o devaneio de vermos férteis os escombros geológicos de Marte?!) em possibilidade de um dia podermos ver e, viver, um outro Marte tão igual a nós, Terra.
Temos de Repensar Marte, pois temos. Começando por repensar tudo o que nos move e faz crescer e engrandecer na Terra.
Temos de saber do Passado, do Presente e até do Futuro de todos nós, repensando que talvez não seja mau de todo, o termos de ir pensando numa nova casa, num novo lar, embora esse lar, esse aconchego que ainda o não é, nos dite que são tenebrosos os caminhos. Mas até lá, vamos acreditando que é possível, que é perfeitamente credível que sejamos todos marcianos... um dia...!
terça-feira, 4 de agosto de 2020
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
sábado, 1 de agosto de 2020
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