Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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segunda-feira, 20 de abril de 2020
Os Poderosos Antivirais
Remdesivir versus COVID-19: o mais duro e surpreendente combate microbiológico que, à semelhança de uma qualquer frente de batalha militar, se enfrentam e debatem por uma vitória. Desta vez, a triunfal e hasteada bandeira de todos as glórias vai para o mais eficaz medicamento (ou droga) que dá pelo nome farmacológico de «Remdesivir», sendo neste momento, a mais poderosa arma na interrupção do mecanismo de replicação do novo coronavírus - COVID-19.
O Mundo está em guerra! Uma guerra Imunológica. Uma guerra que muitos afirmam brutal, mas também visceralmente ancestral na endémica corrente do que já fomos e não somos mais por termos vencido essa guerra. E outras guerras. São eternamente guerras de outras guerras, outras epidemias e pandemias de ontem e de hoje; das pestes e das mortes que a todos colhiam.
Actualmente, na contemporaneidade das nossas vidas - ou naquela que é chamada agora «A Nova Idade do Homem/Antropoceno», os desafios são constantes; as lutas, as demências, além as arrogâncias das viroses e bactérias que se nos tornam a cada dia mais resistentes - e permanentes - de termos de viver ou sobreviver com elas. Mas outras matam-nos. E enquistam-nos todas as esperanças de nos vermos livres delas. Às vezes conseguimos, outras não.
De todos os lados se vê a impressionante e extenuante por certo luta dos cientistas mundiais em busca de um final feliz no combate ao COVID-19. Já o dissemos e enaltecemos.
Por todo o globo, a insistência e efervescência com que os estudos e as descobertas se avolumam deixam-nos perplexos (mas jamais absortos!) de tanta actividade no domínio das ciências biomédicas e dessa tão inescrutável para muitos de nós Medicina Molecular.
Os aplausos, as exortáveis manifestações que possamos fazer em homenagem e fervor para com todos estes homens e mulheres que estudam a agora microbiológica e imunológica essências que compõem não só o COVID-19 mas incansavelmente também muitas outras pestilências virológicas (que este nosso actual mundo infelizmente nos irá «brindar»), nunca chegarão para o tanto que hoje já nos dão em total entrega e despojo de suas vidas.
Muitos não vêem os filhos há semanas ou meses; muitos nem sabem por vezes em que dia da semana estão. Outros tantos deixaram de sentir o conforto do lar, o seu lar, para não fazerem perigar os seus mais queridos ou com quem eles se cruzem. Cientistas, médicos, enfermeiros, técnicos de saúde e demais envolvidos (independentemente da hierarquia em que estejam igualmente acometidos), num afã de se pouparem sofrimentos e, evidentemente, mortes evitáveis.
Nenhum de nós fica indiferente a esta actual azáfama e correria contra um inimigo que claro está, muitos definem como invisível; matreiro e pouco ordeiro com certos princípios virais.
No entanto, investigadores da Universidade de Alberta (Edmonton, Canadá), descobriram recentemente de que um medicamento antiviral poderia dar esperanças nesse sentido; ou seja, de interromper o mecanismo de replicação do coronavírus que causa o COVID-19. E isto, na prossecução do que já haviam observado de como esta droga funcionava ou agia contra o vírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS) - um coronavírus relacionado.
Ainda antes de vos informar sobre esta espectacular descoberta, há que abordar uma outra de não somenos importância assumida por investigadores da Universidade de Melbourne (Austrália) que vem efusivamente demonstrar também que «Um Novo Medicamento Antiviral para a Gripe» pode efectivamente tratar a infecção ao mesmo tempo em que é reduzido o risco de transmissão a outras pessoas.
Esta descoberta, motivada por uma escrutinada investigação, alega que este novo medicamento antiviral pode oferecer sem refutação um poderoso potencial para que possamos mudar a maneira como lidamos com os tão caprichosos surtos de gripe - principalmente em grupos vulneráveis.
Todos sabemos de que - A Gripe - se propaga globalmente em ciclos sazonais de epidemias, as quais provocam anualmente entre 3 e 5 milhões de casos graves da doença; e numa triste e penosa estatística nos estipula o número confrangedor de 250 mil a 500 mil óbitos por todo o mundo - números estes que ascendem por vezes em milhões em casos/anos de pandemia.
Ao longo do século XX ocorreram Três Pandemias de Gripe, cada uma delas provocada pelo aparecimento de uma nova estirpe do vírus em seres humanos, e responsáveis pela morte de dezenas de milhões de pessoas.
Em muitos casos, reconhece-se, As Novas Estirpes de Gripe surgem quando um vírus já existente se propaga para o ser humano a partir de outra espécie animal, ou quando uma estirpe humana recolhe Novos Genes de um vírus que só infecta as aves ou suínos.
Uma Estirpe Aviária denominada H5N1 suscitou algumas preocupações em relação a uma nova pandemia de gripe em finais da década de 1990 (a virar o século portanto), não chegando felizmente a evoluir para uma forma de fácil contágio entre o ser humano. Em Abril de 2009 ocorreu então uma Pandemia de Uma Nova Estirpe (a qual está presente ainda na lembrança de muitos de nós), que combinava genes da Gripe Humana - aviária e suína - denominada H1N1 ou gripe suína.
Em relação ao tratamento, existe o conhecimento factual de que os Antivirais podem ser eficazes; contudo, algumas estirpes são reistentes aos fármacos antivirais mais comuns, havendo a percepção e alguma preocupação relativamente à qualidade da investigação feita sobre os mesmos. Até ao momento.
(Sabe-se que as duas classes de antivirais usadas no tratamento da gripe são os inibidores da Neuraminidase - o Oseltamivir e o Zanamivir - , assim como os inibidores da proteína M2, os derivados de Adamantano)
A Fórmula Mágica: tanto no caso do COVID-19 como no da Influenza, os mais incansáveis investigadores e brilhantes cientistas mostram-nos agora (segundo a sua concepção) os novos modos de acção no combate virológico. A cada Inverno, dezenas de milhões de pessoas contraem gripe, sendo que o número de mortes é por vezes superior a algumas centenas de milhar, o que nos faz relatar a urgência de se buscar uma solução para minimizar a afectação da gripe nas pessoas.
No Mundo Científico a eficácia e segurança são os pontos basilares pelos quais se regem todos os intervenientes nesta batalha microbiológica e imunológica em face a estas doenças que tanto afligem as populações, em particular as que se encontram mais vulneráveis ou expostas: pacientes idosos e com comorbidades (ou comorbilidades) acentuadas como agora se diz.
Influenza: a descoberta!
Gripe Espanhola (Spanish Flu): A grande epidemia do século passado, que se registou como uma das mais honrendas pandemias em extensa calamidade global por volta de 1918 (Abril/Maio) criando grande disseminação e morte nos Estados Unidos e Europa. Em solo americano esta doença teve o seu início através de militares norte-americanos que a transportaram consigo para a sua terra natal aquando serviram na Primeira Guerra Mundial.
Já muito se falou desta doença que dizimou muitos milhões de cidadãos (cerca de 30 a 50 milhões na estimativa mais abrangente) no início do século XX. É uma doença infecciosa causada por diversos vírus ARN/RNA da família Orthomyxoviridae e que afecta, aves e mamíferos - e as suas 5416 espécies - os quais os seres humanos estão incluídos.
Como é do conhecimento geral, a Gripe é transmitida por via aérea através de tosse - ou espirros - os quais propagam partículas que contêm o vírus. O contacto directo com excrementos ou fezes e secreções nasais de aves infectadas também são factores de transmissibilidade ou de maior contágio, não se excluindo um outro factor muito importante como o do contacto com as superfícies contaminadas. (No caso do COVID-19 este factor também é de grande relevância).
A Gripe pode levar ocasionalmente ao aparecimento de Pneumonia como se sabe - tanto viral como bacteriana - mesmo em pessoas saudáveis, daí que o procedimento de lavar sempre muito bem as mãos, ou seja, frequentemente ou em acto contínuo, possa ser um bom e essencial hábito para se evitar futuros contágios.
A luz solar faz milagres, assim como a utilização de desinfectantes e detergentes no quotidiano de todos nós, no que havendo um exercício de limpeza e higienização constantes haverá por certo uma menor incidência de se contrair este vírus.
A existência de uma vacina eficaz contra a gripe foi sempre uma das lutas dos cientistas. No mundo dito desenvolvido esta já se encontra comercializada, sendo a mais comum a «Vacina Trivalente» que contém antígenos purificados e neutralizados de três estirpes virais. Esta vacina geralmente inclui material de dois subtipos de Influenzavirus A e uma estirpe de Influenzavirus B. (De registo: a vacina trivalente não apresenta qualquer risco de transmissão da doença).
Abordado que está pela rama esta doença (Gripe), há que reportar agora o que os investigadores australianos da Universidade de Melboune descobriram, e que admitiram entretanto, o medicamento antiviral - Baloxavir (com o nome comercial de «Xofluza») - aferir em enorme potencial como o «Primeiro Tratamento para a Gripe» que se revelou com um novo modo de acção a ser licenciado em quase 20 anos.
O Medicamento Antiviral «Baloxavir» foi aprovado na Austrália em Fevereiro em 2020 pela Therapeutic Goods Administration (TGA), tendo sido igualmente usado e administrado para tratar a gripe na nação nipónica (Japão), nos Estados Unidos e em muitos outros países desde 2018.
Investigadores do Centro Colaborador da OMS para Referência e Pesquisa sobre a doença da Gripe no Instituto Peter Doherty para Infecção e Imunidade (Doherty Institute - uma joint venture entre a Universidade de Melbourne e o Royal Melbourne Hospital) - e o Imperial College London, testaram se o Baloxavir poderia ou não impedir a propagação do vírus Influenza num modelo-animal em condições que imitavam os ambientes domésticos, incluindo o contacto directo e indirecto.
Os investigadores fizeram essa comparação também em relação ao Oseltamivir (o nome comercial de «Tamiflu») - um antiviral influenza prescrito.
Publicado em 16 de Abril de 2020 no «PLoS Pathogens», o estudo vem pormenorizadamente reportado em relatório igualmente detalhado. Nele se diz o estudo ter sido realizado em furões - considerado então o modelo-animal ideal ou padrão-ouro na avaliação da gripe - detalhando de facto de como o «Baloxavir» reduziu a transmissão da gripe em todas as situações executando-o imediatamente.
Por outro lado, de acordo com a visão e conhecimento dos cientistas, o Oseltamivir, não reduziu a transmissão da gripe para os outros furões.
O primeiro autor - Leo Yi Yang - cientista-médico do Centro Colaborador da OMS para a Referência e Pesquisa sobre a Influenza acredita que os resultados são um avanço importante para com a nossa compreensão de como saber gerir, coordenar ou controlar tudo o que envolve o vírus Influenza.
"A nossa pesquisa fornece as evidências de que o Baloxavir pode ter um efeito duplo drástico: uma única dose reduz a duração da doença da gripe, ao mesmo tempo em que reduz a chance de transmiti-la a outras pessoas." (A pronta afirmação do Dr. Leo Yi Yang)
Mas o Dr. Yang explica-nos mais: "Isso é muito importante, porque os medicamentos antivirais actuais tratam apenas a doença da Influenza no paciente infectado. Se você deseja reduzir a disseminação da Influenza a outras pessoas, estas (pessoas) em contacto próximo precisam tomar medicamentos antivirais para evitar a infecção."
A autora-sénior - A Professora Wendy Barclay - chefe do Departamento de Doenças Infecciosas do Imperial College de Londres afirmou que «Se os resultados do estudo forem replicados em seres humanos, a descoberta poderá ser um divisor de águas na prevenção de surtos de Influenza, principalmente entre grupos vulneráveis».
E esclarece-nos: "Sabemos que a gripe pode ter resultados graves e devastadores para pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, como aqueles verificados em instituições de saúde e hospitais, onde é essencial encontrar mais maneiras de se reduzir a transmissão."
Actualmente, está a ser realizado um Ensaio Clínico para testar então e eficácia do «Baloxavir» na redução da transmissão entre contactos humanos domésticos - tratando desta forma indivíduos infectados com a Influenza - sendo que se vai monitorizando também a infecção em membros da família.
"Se outros ensaios forem bem sucedidos, o Baloxavir poderá mudar drasticamente a maneira como lidamos com os surtos sazonais de Influenza e Influenza Pandémica no futuro." (A final conclusão da Drª Barclay)
Remdesivir: o medicamento-maravilha que recentemente os cientistas admitiram este poder ser na concepção e, potencialidade havida na mais alta eficácia, na interrupção do mecanismo de replicação do coronavírus que causa o COVID-19. Esta investigação teve honras cimeiras ao ter sido publicada no «Journal of Biological Chemistry» em 13 de Abril de 2020.
Este estudo da Universidade de Alberta (da Faculdade de Medicina e Odontologia) no Canadá, conclui assim que o «Remdesivir» é perspicaz ou letalmente eficaz contra uma enzima-chave do coronavírus que causa o COVID-19. Esta fantástica descoberta seguiu de perto (ou as pisadas) de todas aquelas que haviam já demonstrado de como a droga funcionava contra o também terrível vírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS) - um coronavírus relacionado.
(Em registo: O artigo seguiu de perto e, em particular, a investigação publicada pelo mesmo laboratório no final de Fevereiro de 2020)
O «Mágico» Remdesivir
É do conhecimento geral que existe sempre, inevitavelmente, um enorme custo financeiro envolvido no desenvolvimento de Novos Medicamentos. Sempre assim o foi e será pelas óbvias inerências e por vezes aderências a que todos estes medicamentos estão sujeitos até que se estabeleçam no mercado farmacêutico. Disto ninguém tem dúvidas.
À parte esta reiteração que todos sabemos indissociável de uma realidade sempre presente para que haja a efectiva celebração da eficácia total do medicamento, há também uma urgência (nem sempre compreendida ou entendida pelos demais) que por vezes não se compadece com estes timings.
Neste específico caso, o Remdesivir talvez que quebre um pouco essa regra mas não esse empenho científico, pelo que hoje sabemos e, reconhecemos, de quão necessário este e outros medicamentos serão no futuro para que haja uma luz na escuridão.
Escuridão essa, que muitos de nós se viram de certa forma embrenhados e perdidos... e por vezes, determinadas vezes, sem aquele alcance ou a consciência exacta das muitas outras horas perdidas dos envolvidos nestas investigações para que houvesse uma solução, uma quase beatificação destas laboratoriais panaceias medicamentosas.
"Estávamos de facto optimistas de que veríamos os mesmos resultados contra o vírus SARS-CoV-2. Obtivemos resultados quase idênticos aos relatados anteriormente com o MERS; portanto vemos que o Remdesivir é um inibidor muito potente das polimerases de coronavírus." (A explicação de Matthias Götte, presidente de Microbiologia Médica e Imunologia da Universidade da Califórnia, nos EUA)
O novo artigo do Dr. Matthias Götte demonstra assim como o «Remdesivir» - desenvolvido em 2014 para combater a igualmente temível epidemia do Ébola - funciona em detalhes. Este prestigiado cientista compara então a Polimerase ao mecanismo do vírus, responsável pela síntese do genoma do vírus.
De acordo com as sábias palavras de Götte «O trabalho realizado no laboratório mostra de como o Remdesivir engana o vírus imitando com rigor os seus blocos de construção», pelo que nos diz:
"Se você atingir a polimerase, o vírus não se pode espalhar, por isso é um alvo muito lógico para o tratamento. Essas polimerases de coronavírus são desleixadas e são enganadas, então o inibidor é incorporado muitas vezes e o vírus não se pode mais replicar."
O Dr. Götte explicou também que as evidências registadas por este seu grupo - que esteve envolvido nesta pequisa - associadas aos estudos publicados anteriormente em modelos de cultura-animal e celular, veio dar resposta a que o Remdesivir possa vir a ser classificado como um «Antiviral de Acção Directa» contra o SARS-CoV-2 - um termo usado pela primeira vez para descrever novas classes de antivirais que interferem com as específicas etapas do ciclo de vida do vírus da Hepatite C (HCV).
Götte afirmou ainda que a descoberta dessa acção directa reforça indubitavelmente a promessa de Ensaios Clínicos para o Remdesivir em pacientes com COVID-19; ensaios clínicos estes que já estão por conseguinte em andamento - ou em experimentação - um pouco por todo o mundo.
Embora Götte tenha aferido que as evidências justificam os ensaios clínicos, ele alertou também em relação aos mesmos de que estes ou, os resultados deles obtidos no laboratório, não podem de forma alguma ser usados para prever de como o medicamento funcionará com as pessoas.
"Precisamos ser pacientes e aguardar os resultados dos ensaios clínicos randomizados", disse Götte, cuja investigação foi financiada pelos Institutos Canadianos (ou Canadenses) de Pesquisa em Saúde, pelo «Major Innovation Fund» de Alberta e pela Gilead Sciences que fabrica o tão proclamado «Remdesivir».
O Remdesivir: a grande promessa e esperança biomédicas no tratamento ou terapêutica eficaz a aplicar em pacientes com COVID-19. Anteriormente experimentada em macacos, esta nova droga induz e seduz pelos efeitos benéficos e de largo espectro que agora se observam e que, a breve prazo, poderão mesmo realizar êxitos consideráveis em relação aos seres humanos.
Perseverança e Planeamento
Estas duas palavras acopladas podem não ter grande significado, mas, se as traduzirmos em toda a linha do grande projecto que agora se impõe de se esperar bons resultados através do Remdesivir - futuramente em humanos, ainda que isso leve algum tempo - e o planeamento expansivo que se deduz que haja perante tamanha eficácia deste medicamento experimental, então o caminho está livre para se ser, ou para se estar, ainda mais esperançoso de um sucesso à partida garantido. Há que esperar. Só mais um pouco.
Existe a percepção de que - O Laboratório Götte - trabalhou (e trabalha ainda hoje!) arduamente para isso. Já anteriormente a sua laboração foi efectiva na luta que travou em face ao vírus da Imunodeficiência Humana (VIH/HIV) e HCV. Todavia, há já alguns anos que fez uma certa mudança na actividade para se poder concentrar mais nos vírus com maior potencial epidémico.
A OMS/WHO - Organização Mundial de Saúde ou «World Health Organization» e que teve a sua fundação em 7 de Abril de 1948, sendo a sua sede em Genebra, na Suíça - divulgou a sua lista dos principais patógenos que suscitavam a probabilidade de causar surtos, incluíndo o Ébola, Lassa e Corornavírus. Isto, em 2015.
"Nesse sentido, fomos preparados porque o meu laboratório é especializado em polimerases virais", afirmou peremptoriamente o Dr. Götte, acrescentando que o seu próximo passo será o de usar as ferramentas do seu laboratório para avaliar outros promissores antivirais.
Götte está assim optimista de que, a quantidade de investigações sem precedentes e já em andamento, ou em prossecução em todo o mundo, assim como o alto nível de cooperação apresentado por todos os investigadores envolvidos, levará supostamente à descoberta de um ou mais tratamentos eficazes para o COVID-19.
"Estamos desesperados, mas ainda assim temos que manter a fasquia alta por tudo o que colocamos nos ensaios clínicos." (Insistiu Götte)
De acordo com o que proferiu, o Dr.Götte acrescentou de que o Remdesivir é um dos vários medicamentos que estão neste momento a ser acelerados em ensaios clínicos (testados em experiência quase à velocidade-cruzeiro) pela OMS/WHO. Através deles se comparam tratamentos ou potenciais terapêuticas em pacientes hospitalizados com COVID-19 numa dúzia de países, incluindo o Canadá.
Götte disse também que podemos estar confiantes; ou seja, podemos esperar resultados de Importantes Ensaios Clínicos já em Abril ou Maio. Assim seja, dizemos nós...
O Dr. Matthias Götte não quis dar por finda a sua análise ou quiçá argumentação científica, sem nos dizer de como para ele foi e continua a ser decepcionante que «Os Antivirais descobertos no momento do surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) de 2003 - que também poderiam ter sido eficazes contra o COVID-19 - nunca tenham sido traduzidos em tratamentos amplamente disponíveis, em grande parte devido ao enorme custo exigido e, envolvido, no desenvolvimento de novos medicamentos».
"Desta vez, é óbvio que temos que cruzar a linha de chegada! Dez biliões de dólares, parece muito, uma quantia enorme. Mas, no contexto desta pandemia, e nos custos associados a esta pandemia, não é nada!" (O remate final do Dr. Matthias Götte)
Em Final Registo há que acrescentar também de que - A Gilead Sciences - está no momento a utilizar o medicamento experimental «Remdesivir» no tratamento do COVID-19, apoiando seis ensaios clínicos em diversos pontos do globo, dois dos quais se espera a premente divulgação de resultados ainda neste mês de Abril.
Até ao momento, a empresa Gilead Sciences disponibilizou o tratamento para os pacientes que desejam usar este medicamento experimental no carácter de «uso compassivo». Segundo a empresa divulgou em meados de Março de 2020, este medicamento foi fornecido então em regime de «Emergência» a centenas de pacientes nos Estados Unidos, na Europa e também no Japão.
A Empresa Gilead em comunicado oficial anunciou então: «A Gilead continua a permitir o acesso ao seu medicamento experimental para o COVID-19, apoiando seis ensaios clínicos em todo o mundo, os quais estão agora a inscrever os participantes. Devido à grande demanda, estamos no processo de transição do nosso programa de «acesso compassivo» para programas de «acesso expandido» o mais rapidamente possível.»
«Os Programas de Acesso Expandido» consistem no procedimento acelerado de acessabilidade para com os pacientes mais graves, permitindo assim à empresa em questão recolher os dados de todos os pacientes nestes programas envolvidos. Estão assim em desenvolvimento supersónico, numa rapidez jamais vista, mas consertada com reguladores por todo o mundo.
Um outro registo que nos deixa de certa forma algo perplexos mas que nos dá a certeza de que «ninguém está sozinho» e que todos temos de ser de facto «todos por todos», foi o pedido de autorização de fabricação e produção que a Indústria Farmacêutica Chinesa de seu nome «BrightGene Bio-Medical Technology» fez há cerca de um mês (em Março de 2020 portanto) à Gilead Sciences.
Nele constava a permissão e, concessão, de produzir em larga escala este tão milagroso - ainda que experimental medicamento - o «Remsedivir».
Nada mais a dizer que não seja «Bem-aventurados os que não viram e creram!» (trecho bíblico; João 20:29).
Ou, de uma forma menos eclesisástica e razoavelmente agnóstica, acrescentar que, com Fé ou sem ela, creditados os benefícios e as alegorias científicas de todos estes antivirais em futura e eficaz terapêutica nos pacientes com COVID-19, está o mundo a postos, nas trincheiras que não guaritas, e na frente de todas as batalhas com uma das mais poderosas armas contra o inimigo invisível.
Se os Poderosos Antivirais que hoje dispomos forem esse grande sucesso contra o COVID-19 (e tantos outros vírus que entretanto surjam) então penso que já podemos dizer com toda a convicção possível de que estamos perto, muito perto de ganhar esta guerra. Mais uma.
Não será a última por certo, mas será aquela que, por muitos e muitos anos ainda, nos irá fazer recordar de que por uma vez, uma só vez, estivemos todos unidos no mundo: contra o COVID-19! Oxalá assim estejamos mesmo para além dele; para além de todos os desafios, para além de todas as outras guerras, virológicas e não só. Vamos vencer!!!
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