Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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quinta-feira, 30 de abril de 2020
quarta-feira, 29 de abril de 2020
terça-feira, 28 de abril de 2020
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Todos contra o COVID-19!
COVID-19: a mais destruidora pandemia que na actualidade se vive - com efeitos verdadeiramente nocivos e letais - no ser humano. Mesmo na sobrevivência, as sequelas são determinantes e muitas vezes flagelantes e, redutoras, de se voltar a ter uma vida normal.
O Mundo está em suspenso. Estamos todos contra o COVID-19; em batalha e em guerra aberta, como tantas vezes é sugerido e implacavelmente debatido por todos os órgãos de comunicação social do nosso mundo - mundo esse que se confronta e espartilha, por vezes, entre o que é verdade ou mentira.
E até vergonhoso, de raramente chegarmos a uma efectiva conclusão de qual das partes este novo coronavírus faz parte. Os pulmões colapsam e a economia mundial também; além a nossa saúde mental de um confinamento à escala global absolutamente inviolável se quisermos não morrer. É o que nos dizem, é no que confiamos ser verdade...Mas sê-lo-à???
Exigimos saber da sua origem (COVID-19) - se natural como afiançam alguns se artificial como especulam outros - esta última inflamada que está na sua pandémica proveniência e ingerência de conveniência laboratorial local que, por acidente ou aferição intencional, nos faz a todos interrogar de quem lucraria com isso, de quem beneficiaria com tamanha mortandade à escala global.
Demitirmo-nos de nos questionarmos sobre esta e muitas outras inquirições seria o mesmo que enterrar a cabeça na areia, ou simplesmente abandonarmo-nos à crença de que outros poderão viver por nós, sentir por nós; no entanto, poder investigar e esperar que nos dêem uma resposta plausível e concretamente sustentada é também admissível com o que nos faz ser gente e ser responsável - se não por nós, pelas futuras gerações que nos sucederem e sobreviverem.
Na tentativa global de se conhecer em pormenor este agora novo coronavírus, investigadores de várias instituições e universidades espalhadas pelo mundo encontraram finalmente os alvos-preferenciais (os tipos específicos de células) que são - ou parecem ser - os objectivos-alvo do coronavírus SARS-CoV-2 que está a causar a pandemia deste tão temido COVID-19.
De acordo com os especialistas na área médica e biomédica, os pacientes que sofreram um quadro clínico severo atingidos que foram por este novo coronavírus - e assim sendo se encontraram a lutar pela vida com a permanência e auxílio através de ventiladores - não raras vezes se vêem limitados e com sequelas agravadas como cicatrizes nos pulmões, risco de enfarte cardíaco e até problemas cerebrais. Este COVID-19 deixa marcas. Muitas. E para o resto da vida.
Conhecê-lo é chegar mais perto, é tentar dar-lhe chama para se queimar. É tentar dar-lhe muitas outras razões para partir, para não mais voltar, tal como um (ou uma) qualquer amante traidor e agressor que nos enganou, bateu, violou e mesmo sequestrou até às nossas mais ínfimas forças para o travar, para o fazer parar, para o neutralizar.
Não há limites quando se quer atingir um fim, mesmo que por enquanto seja ele, o COVID-19, o nosso fim. Mas não desistimos. Sabemos as causas e as consequências, tentemos agora conhecer-lhe as manhas, os alvos a que se destinam.
Quando tudo soubermos dele, então o fim estará perto - o seu e não o nosso - pois que a Humanidade não se deixa amedrontar assim mesmo que encerradas todas as portas. As da nossa casa e as da Ciência. Até que haja uma por abrir, estaremos sempre nessa luta, nessa perseguição e prossecução, pois delas dependerá a nossa sobrevivência, e o COVID-19 sabe disso...
As muitas consequências do COVID-19 que, em muitos casos também, infelizmente, finalizam na morte dos pacientes. As consequências deste novo coronavírus para o Sistema Respiratório são trágicas, dependendo em muito das comorbilidades havidas, as patologias associadas ou doenças crónicas que o paciente apresente de seu quadro clínico.
Sabemos que o nosso organismo tenta não ceder e tudo faz para que os vírus não levem a melhor, muitas vezes infrutiferamente, apesar do nosso Sistema Imunológico dar uma incessante e inquebrantável luta que se revela não raras vezes em rasa glória contra a infecção.
Em relação às consequências, as mais documentadas têm por hábito ser mais evidenciadas pela falta de ar ou uma certa asfixia devido ao colapso dos pulmões nos quadros clínicos mais graves, existindo porém outras sintomatologias e muitas outras consequências de grande relevância que acabam por limitar a qualidade de vida do doente, se sobrevivente a tamanha provação instada e provocada pelo COVID-19.
Causas e Consequências
De acordo com os especialistas, as permanentes lesões nos pulmões são evidentes. E ficam para a vida toda. A maior parte dos vírus que atingem o trato respiratório infecta sobretudo a parte traqueobrônquica. Contudo, observou-se que o novo coronavírus era diferente, porque invadia o organismo através de uns receptores (as enzimas ACE2) que estão essencialmente localizados na periferia do pulmão, onde ficam os alvéolos.
Muitas causas estão subjacentes e muitas consequências também. A Fibrose Pulmonar é uma delas. No entanto, no que respeita à reconstrução das regiões destruídas dos pulmões que o organismo efectua em cicatrização, há que referir, essa recuperação pulmonar faz-se à custa de grandes zonas de Fibrose Pulmonar.
Há a acrescentar que, a intensidade dessa lesão - e os efeitos que terá na qualidade de vida do paciente - dependerá da severidade com que foi atingido pelo COVID-19. Por vezes, esta fibrose (num claro e identificativo sinal de que aconteceu uma lesão), é mais frequente nos doentes que têm de ser ventilados em Cuidados Intensivos. Nem todos os doentes terão esta lesão, afirmam os especialistas, num outro claro sinal de esperança e renovação.
Segundo as palavras de João Cardoso - director do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) e professor na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, Portugal, em referência ao «Observador»: "Nem todos os doentes com COVID-19 ficarão com sequelas. (...) Mas nas pessoas que estiverem ventiladas, a probabilidade de ficarem com essas lesões já é maior."
Nos pacientes com COVID-19 e com quadros clínicos mais ligeiros, regista-se que o vírus não danifica significativamente essa zona dos pulmões. O nosso Sistema Imunitário está de facto habilitado para combater essa infecção, mesmo que potencializado através da medicação. No entanto, quando esse mecanismo de defesa falha, os doentes entram num estado considerado mais grave; ou seja, a infecção chega aos alvéolos dos pulmões que se enchem de um líquido, dificultando assim a oxigenação do sangue.
"Nesses casos, é comum que as radiografias mostrem umas condensações, isto é, umas manchas mais claras onde o pulmão não está cheio de ar." (A descrição exacta do professor João Cardoso)
Nos exames imagiológicos realizados nos pacientes com COVID-19, é comum detectar-se os muitos sinais de agressão que os pulmões sofrem, uma vez que o sistema imunológico quer de facto combater o vírus mas está incapacitado para o fazer, o que vai logicamente causar danos estruturais nos pulmões. Tudo isso se reflecte então como danos colaterais da perturbante batalha do nosso organismo contra este terrível invasor.
Segundo a experiência médica, muitos pacientes apresentam a partir daí muitas limitações, ainda que os seus pulmões tenham cicatrizado - uma vez que o organismo vai tentar reconstruir as regiões destruídas dos pulmões. Essa cicatrização forma então uma «fibrose», um sinal de que aconteceu uma lesão. Esta recuperação faz-se à custa de grandes zonas de Fibrose Pulmonar.
"Nos casos mais extremos de Fibrose Pulmonar, os pacientes podem sofrer uma limitação de actividade mais vigorosa até uma fase de incapacidade quase total para a execução de esforços mesmo que limitados. Exercícios cardiovasculares - como correr ou uma caminhada mais rápida - podem tornar-se impossíveis para estes doentes. E até caminhar pode ser difícil."
(Carlos Robalo Cordeiro, director da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e director do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Portugal)
Todavia, não são só estes os limites e consequências do COVID-19. O sistema nervoso também é atingido. Segundo afirmou ao Observador a Drª Isabel Luzeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Neurologia:
"A doença pode afectar o sistema nervoso central, os nervos periféricos e ainda os da fibra muscular. A falta de paladar (Ageusia) e de olfacto (Anosmia), de que alguns pacientes se queixam como sintoma da doença, é um sinal de que foram afectados alguns dos nervos cranianos. Os receptores com que o SARS-CoV-2 entra nas células também existem no cérebro, nervos periféricos e músculos - daí que todos estes compartimentos possam ser atingidos pela doença."
O Vírus SARS-CoV-2 tem efectivamente uma afinidade particular para os sectores ACE2 - que existem por todo o corpo (incluindo no cérebro, nervos periféricos e músculo). Daí se supor em termos médicos de que todos estes compartimentos possam ser atingidos por este novo coronavírus.
Segundo a Drª Luzeiro: "Durante a fase aguda o vírus pode ainda provocar, em cerca de 16% dos casos, dores de cabeça e tonturas; e mais raramente pode até acontecer perda de consciência»: A falência respiratória súbita pode também ser devida à falência dos centros respiratórios do cérebro, o que é relativamente raro."
Encefalites, crises epilépticas e os quadros encefalopáticos - muito potenciados pela hipoxémia grave e pela falência multi-orgânica associada ao carácter sistémico da infecção pelo vírus - também são quadros existentes nesta «tempestade» que afecta o cérebro e na subsequente reacção inflamatória que este vírus desperta em danos para o Sistema Nervoso, mas também, na produção massiva de mediadores inflamatórios que atingem o cérebro humano.
O Surgimento de Problemas de Memória, alterações cognitivas e micro-enfartes cerebrais - por obliteração dos vasos sanguíneos - também se repercutem nesta já extensiva lista de factores que contribuem para a diminuição de faculdades no paciente. Não se sabendo ainda a longo prazo que outras repercussões neurológicas poderão surgir, existe a infeliz perspectiva de que o COVID-19 possa revelar nos doentes paralisia e stress pós-traumático.
Miopatia dos Cuidados Intensivos - uma atrofia muscular que pode surgir nos pacientes que estão imobilizados e são ventilados ainda que não por muito tempo - é outra das consequências registada nos doentes que passaram pelas Unidades de Cuidados Intensivos.
"Isso traz problemas graves, como dificuldades em caminhar e perda de autonomia motora. Estes doentes precisam de reabilitação. Algum tempo após a recuperação dos doentes, é também possível que surja a Síndrome de Guillain-Barré, uma paralisia de carácter ascendente, que surge de facto quando o sistema imunitário ataca o Sistema Nervoso Periférico. Outras sequelas podem ser o problema de memória, alterações cognitivas e micro-enfartes cerebrais." (A elucidativa explicação da neurologista)
Os pacientes que tiveram COVID-19 poderão vir a desenvolver também quadros de ansiedade e elevados níveis de stress, depressão e pânico, segundo a Drª Luzeiro que nos acrescenta: " São problemas psiquiátricos graves. A recuperação vai depender da capacidade de cada um para lidar com este problema e arranjar estratégias para ultrapassar todas estas limitações."
O Coração também é afectado. Nesta enorme batalha orgânica nenhum se encontra de fora deste registo em que o COVID-19 é rei e senhor. Regina Ribeiras, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia - em referência ao Observador - legitima por sua vez:
"O músculo do coração também tem as enzimas que o SARS-CoV-2 utiliza para se introduzir nas células. Quando se ligam, o vírus provoca uma lesão miocárdica, mesmo nas pessoas que não têm doença cardíaca prévia. E quem já sofre com essas complicações coronárias, terá uma probabilidade muito elevada de não sobreviver."
A Drª Ribeiras explicou-nos então de que o ataque do novo coronavírus ao coração possui dois níveis de agressão. Numa primeira fase, o vírus liga-se aos receptores ACE2 nas células do miocárdio promovendo uma inflamação.
Nesses casos, as análises de sangue detectam uma subida gradual e ligeira nos níveis de Troponina - uma substância envolvida na contracção do coração e que entra em circulação quando o músculo cardíaco é danificado - ao longo de 10 dias. "Normalmente são estes os casos que precisam de internamento. "
Sendo um quadro que pode também ocorrer com outros agentes patogénicos, como algumas bactérias e até mesmo com o vírus da gripe, a Drª Ribeiras induz: "A inflamação do miocárdio provocada por este vírus é bastante exuberante, a lesão é muito marcada e muito intensa." E especifica ainda: "A generalidade das pessoas que precisa de internamento sofre realmente uma lesão cardíaca mas não é tão intensa e parece não deixar sequelas nem limitações no dia-a-dia."
Todavia, se o paciente entrar na segunda fase de agressão que ocorre quase sempre numa situação de lesão cardíaca generalizada, dificilmente há recuperação, de acordo com o que nos profere em rigoroso conhecimento a reputada cardiologista. Afere então: "O corpo entra numa «Tempestade de Citocinas», moléculas envolvidas na comunicação entre as células quando o organismo desencadeia uma resposta imune."
Os Níveis de Troponina sobem assim e, subsequentemente, em flecha. De 5 em 5 dias. O coração que já estava efectivamente muito debilitado ou fragilizado à partida, deixa de ter capacidade para suportar o ritmo de trabalho que o organismo lhe exige. De seguida, perante estes pressupostos, entra em falência.
Segundo a cardiologista Regina Ribeiras, mais de 85% dos pacientes que sofre esta lesão adicional acaba por falecer nos Cuidados Intensivos dos Hospitais. Os que sobrevivem, são os casos que, mais tarde, chegam aos relatórios científicos como «casos pontuais ou excepcionais».
"As pessoas estão a respirar mal, têm menos oxigénio no sangue e isso pode, indirectamente, criar condições para que as pessoas tenham um enfarte secundário. E quem tem placas nas artérias coronárias (depósitos de gordura ou tecido fibroso nas artérias que fornecem sangue ao coração), também pode ter um enfarte do miocárdio." (Victor Gil, presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia)
Tanto Victor Gil como Regina Ribeiras recordam que não há ainda evidências científicas suficientes para que se tirem conclusões (que se não desejam precipitadas), sobre o que sucede efectivamente a nível cardíaco após a recuperação do COVID-19.
Ainda assim, Victor Gil, o presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia refere com muita apreensão que está deveras preocupado com os doentes cardiovasculares. Diz então: "Dentro das morbilidades, são quem tem uma maior mortalidade a seguir aos idosos com mais de 80 anos. Uma análise feita a 45 mil casos na China sugere que, entre estes doentes, a taxa é de 10,5%."
Também a Drª Regina Ribeiras insiste que: "Quem já tem algum grau de disfunção do músculo cardíaco, terá um percurso clínico péssimo caso fique infectada pelo novo coronavírus. Têm muitas complicações e têm uma probabilidade muito elevada de não sobreviver."
Por último mas não menos importante há que ter em registo o Fígado e Rins: órgãos que neste devasso périplo instado pelo COVID-19 também não ficam de fora de serem molestados por este agora tão arrasador novo coronavírus.
Um estudo publicado em meados de Março de 2020 na revista científica «Liver International» sugere que o Fígado também pode ser atingido pelo novo coronavírus, não apenas pelo ataque directo do SARS-CoV-2, mas igualmente pela causa directa também da medicação que pode ser administrada ou prescrita aos pacientes. Em casos considerados mais graves, o paciente pode mesmo entrar em Insuficiência Hepática.
À Semelhança do Fígado - que parece assim estar mais vulnerável ao vírus por ser altamente vasculado - os Rins também podem, eventualmente, vir a sofrer a mesma contingência aplicada no caso do fígado. Dizem-nos os especialistas que, o coronavírus que provocou o SARS em 2003, causou danos renais muitos graves que se registaram em cerca de 6% dos pacientes, segundo um estudo publicitado pelo «El Mundo» de Espanha.
Todavia, ainda não se sabe se o mesmo sucede com o SARS-CoV-2, mas uma investigação chinesa sugere que cerca de 26% dos pacientes internados em Wuhan apresentaram um quadro clínico de certa forma preocupante na evidência de «Sérios Problemas Renais» desenvolvidos após a infecção provocada pelo COVID-19.
22 de Abril de 2020: Investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA, identificaram agora os específicos tipos de células que parecem ser os alvos do coronavírus SARS-CoV-2 que está a causar esta terrível pandemia do COVID-19.
As Células-alvo do COVID-19
Esta última descoberta feita por investigadores do Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT) não deixa ninguém indiferente. Desta vez estes garbosos e mui reputados cientistas do MIT, mas também do Instituto do Ragom (MGH); MIT e Harvard, em associação com colegas de todo o mundo, identificaram os mais precisos ou específicos tipos de células que parecem ser os alvos preferenciais do coronavírus que está a causar a pandemia por COVID-19.
Este estudo revelou assim ter encontrado células específicas ou determinantes nos Pulmões, Passagens Nasais e nos Intestinos que são, por assim dizer, os mais susceptíveis à infecção.
Usando os dados existentes sobre o ARN/RNA encontrado em diferentes tipos de células, os investigadores tiveram eles também a capacidade extraordinária de procurar e, encontrar células, que expressam assim e de forma mui pragmática as duas proteínas que ajudam o vírus SARS-CoV-2 a entrar nas células humanas.
Os Investigadores descobriram então os vários subconjuntos de células no pulmão, nas vias nasais mas também nos intestinos, onde se observou estes expressarem o ARN/RNA para essas duas proteínas muito mais do que o verificado noutras células.
Assim sendo, estes estudiosos esperam convictamente que estas suas descobertas ajudem a partir daqui a orientar todos os cientistas que estão neste momento a trabalhar nesta causa, ou seja, no desenvolvimento de Novos Tratamentos com Medicamentos; ou mesmo os que estão a testar os medicamentos já existentes que poderiam ser reaproveitados para o tratamento do COVID-19.
"O nosso objectivo é divulgar informações para a comunidade e partilhar assim dados o mais rápido possível humanamente, para que possamos ajudar a acelerar os esforços em andamento nas comunidades científica e médica."
(Afirmação da Alex K. Shalek, professor associado da Pfizer-Laubach Career Development, membro central do Instituto de Engenharia e Ciência do Departamento de Química (IMES) do MIT, e também como membro extra-mural do Instituto Koch de Pesquisa Integrativa do Cancro (câncer), além de membro associado do Instituto Ragon e no Broad Institute)
O professor Shalek e José Ordovas-Montanes, um pós-doutorado do MIT que agora dirige o seu próprio laboratório no Hospital Infantil de Boston, nos Estados Unidos, são os principais autores e responsáveis deste estudo; um estudo que foi divulgado na revista científica «Cell» no dia 22 de Abril de 2020.
Os Principais Autores do artigo publicado na Cell - alunos de pós-graduação do MIT - são: Carly Ziegler; Samuel Allon e Sara Nyquist; e também Ian Mbano, investigador do «Africa Health Research Institute» (Instituto de Investigação e Saúde de África) em Durban, na África do Sul.
Imagem IOC/Fiocruz: captada através de microscopia electrónica de transmissão que mostra em detalhe, o momento exacto em que uma célula é infectada pelo novo coronavírus - o SARS-CoV-2. No detalhe da imagem, é possível observar a acção do patógeno a iniciar o processo de infecção.
Vasculhando dados...
De acordo com o que nos é reportado na página da Science Daily de 22 de Abril de 2020, pouco tempo após o início do surto de SARS-CoV-2, os cientistas descobriram de forma esfuziante de que, a proteína-chave (ou proteína-«pico») viral, se liga a um receptor em células humanas conhecida como «Enzima de Conversão da Angiotensina 2 ou ACE2».
Outra Proteína Humana, uma enzima denominada como TMPRSS2, que se sabe ajudar a activar a proteína-chave ou proteína de pico do coronavírus, vai permitir assim a entrada de células. A ligação e a activação combinadas vão permitir de forma absolutamente eficaz que o vírus entre nas células hospedeiras.
"Assim que percebemos que o papel dessas proteínas tinha sido bioquimicamente comprovado, começámos a procurar onde esses existentes genes estavam nos nossos conjuntos de dados. Estávamos numa boa posição para começar a investigar quais as células que esse vírus pode realmente atingir." (Proferiu o pós-doutorado do MIT, Ordovas-Montanes)
O laboratório do professor Shalek, assim como muitos outros laboratórios em redor do mundo realizaram exaustivos estudos em larga escala de dezenas de milhares de células humanas - primatas não-humanas e de pequenos roedores (camundongos) - nas quais os investigadores utilizaram a avançada tecnologia do sequenciamento de ARN/RNA unicelular para determinar quais os genes que são activados num determinado tipo de célula.
Desde o ano passado (2019) que se sabe Nyquist ter construído um banco de dados com parceiros do Broad Institute para dessa forma poder armazenar uma enorme colecção desses conjuntos de dados num único local, para que se pudesse permitir também que os investigadores estudassem os possíveis papéis dessas específicas células na estrondosa variedade de doenças infecciosas.
Muitos dos dados vieram de laboratórios pertencentes ao projecto «Human Cell Atlas», cujo objectivo é catalogar os distintos padrões da actividade génica (relativo aos genes) para cada tipo de célula no corpo humano. Os conjuntos de dados que a equipe do MIT usou, incluíram centenas de tipos de células dos pulmões, das passagens nasais e do intestino.
Sabe-se contudo, que os investigadores escolheram esses órgãos para o estudo do COVID-19 porque, as evidências anteriores registadas, indicaram que o vírus pode infectar cada um deles. Por conclusão, os investigadores só tiveram de comparar então os seus resultados em face aos tipos de células dos órgãos não-afectados.
"Como temos esse incrível repositório de informações, pudemos começar a examinar o que seria provável ou expectável para que as células-alvo fossem infectadas. Embora esses conjuntos de dados não tenham sido projectados especificamente para estudar o COVID-19, esperamos que tal nos tenha dado um bom começo para identificar algumas coisas que podem ser relevantes lá." (Explicou Shalek)
Nas Passagens Nasais (das cavidades ou fossas nasais), os investigadores descobriram que as células secretoras de cálices, que produzem muco (o fluido visco-elástico de origem biológica que vulgarmente se apelida de «ranho»), expressam ARNs/RNAs para ambas as proteínas que o SARS-CoV-2 usa para infectar células.
Nos pulmões, os investigadores anotaram ter encontrado os RNAs dessas proteínas principalmente em células chamadas «Pneumócitos tipo II». Essas células revestem portanto os alvéolos, os sacos de ar dos pulmões, sendo responsáveis por mantê-los abertos.
Em relação ao Intestino, os investigadores descobriram que as células chamadas de «Enterócitos absorventes», responsáveis pela absorção de alguns nutrientes, expressam os RNAs dessas duas proteínas mais do que qualquer outro tipo de célula intestinal.
"Esta pode não ser ainda a história completa, mas definitivamente mostra uma imagem muito mais precisa do que a área anterior. Agora podemos dizer com algum nível de confiança que esses receptores são expressos nessas células específicas desses tecidos." (Conclusão de Ordovas-Montanes)
Combate à Infecção: a exploração cada vez mais funda e profunda na abordagem da experiência científica (sob criteriosos ensaios clínicos) que levam a muitas outras descobertas; desta vez, de como o Interferão/Interferon agia ou actuava demonstrando os seus inúmeros efeitos benéficos nesse combate infecciológico.
Combate à Infecção!
Nunca uma batalha foi tão acirrada e mundialmente tão combatível quanto esta sobre o COVID-19, a qual se inserem muitos milhares de cientistas que procuram respostas para as ainda incongruentes vertentes ou intrincáveis caminhos pelos quais se move este novo coronavírus.
No estudo da revista científica Cell, os investigadores não lhe deram tréguas, pelo que urgem soluções que se espaçam no tempo e se prolongam nele, sem que saibamos na totalidade de quais armas ou ferramentas se poderá usar para melhor o combater, para melhor o derrubar.
No entanto, surpreendentemente, eles, os investigadores do MIT, do Instituto Ragon do MGH, MIT e Harvard, do Broad Institute of MIT e Harvard (além de todos os seus associados e colegas afectos a este estudo que juntamente reuniram dados neste mesmo sentido), observaram um fenómeno raro: A expressão do gene ACE2 parecia estar correlacionada com a activação de genes que se sabe serem activados pelo Interferon - uma proteína que o nosso corpo produz em resposta à Infecção Viral.
Surpreendente, sem dúvida! Para que tal fosse alvo de uma exploração ainda mais profunda, os investigadores de Massachusetts e todos os outros empenharam-se na realização de mais e novas experiências, nas quais trataram as células que revestem as vias aéreas com Interferon, descobrindo depois que o tratamento realmente ligava o gene ACE2.
O que os cientistas nos explicaram foi que - O Interferon - ajuda de facto a combater a infecção, interferindo assim na replicação viral, assim como vai também ajudar a activar as células imunes. Activa igualmente um conjunto distinto de genes que auxiliam as células a combater a infecção.
Estudos Anteriores sugeriram então que o ACE2 desempenhava um papel deveras importante no auxílio às células pulmonares para tolerar danos; no entanto, esta é a primeira vez que o ACE2 é de facto conectado à resposta do Interferon.
A descoberta sugere de forma inegável que - Os Coronavírus - podem ter evoluído para aproveitar as defesas naturais das células hospedeiras, sequestrando assim algumas proteínas para uso próprio.
"Este não é o único exemplo disso. Existem outros exemplos de coronavírus e outros vírus que realmente têm como alvo os genes estimulados pelo Interferon como formas de entrar nas células. De certa forma, é a resposta mais confiável do hospedeiro." (Afiança Ordovas-Montanes)
A explicação é clara: Como o Interferon possui tantos efeitos benéficos contra a Infecção Viral, às vezes é utilizado para tratar infecções tais como a Hepatite B e a Hepatite C.
As Descobertas feitas por toda a fantástica equipe do MIT, sugerem agora que o potencial papel do Interferon no combate ao COVID-19 pode ser de certa forma complexo. Estima-se que, por um lado, possa vir a estimular os genes que combatem as infecções ou ainda, a ajudar as células a sobreviverem aos danos, mas, por outro lado, pode também vir a fornecer alvos-extra que ajudam o vírus a infectar mais células.
"É difícil tirar conclusões amplas sobre o papel do Interferon contra esse vírus. A única maneira de começarmos a entender isso é através de ensaios clínicos cuidadosamente controlados. O que estamos a tentar fazer é divulgar as informações, porque existem muitas rápidas respostas clínicas que as pessoas nos vão dando. Estamos a tentar consciencializá-las de coisas que possam ser relevantes." (Afirma com toda a veemência científica mas também humana, o professor Shalek)
Actualmente, o professor Shalek pensa começar a trabalhar com mais colaboradores para traçar modelos de tecidos que incorporam assim as células já identificadas neste estudo. Tais modelos podem ser usados para testar Medicamentos Antivirais existentes, prevendo então de como eles podem afectar a infecção por SARS-CoV-2.
A Equipe do MIT e os seus colaboradores ou associados neste estudo, disponibilizaram de forma completamente altruísta todos os dados que utilizaram no referido estudo (e investigação em curso), para desta forma facilitar ou tornar acessível a outros laboratórios os dados e resultados do mesmo, caso desejem usá-los; ou neles se basearem para fomentar outros estudos e investigações.
"Muitos dos dados usados neste estudo foram gerados em colaboração com os investigadores ou pesquisadores de todo o mundo que assim estiveram verdadeiramente dispostos a compartilhá-los." (Palavras de Shalek)
"Houve um incrível derrame de informações da Comunidade Científica para com as várias partes interessadas que queriam contribuir para a batalha contra o COVID de qualquer maneira possível. Foi incrível ver um grande número de laboratórios de todo o mundo a se unirem para tentar resolver isso de forma colaborativa." (Finaliza com um rasgado sorriso o digníssimo professor Alex K. Shalek)
Esta brilhante investigação foi financiada por: Searl Scholars Program; Beckman Young Investigator Program; Pew-Stuart Scholars Program for Cancer Research; Sloan Fellowship in Chemistry; National Institutes of Health; Aeras Foundation; Bill and Melinda Gates Foundation; Richard and Susan Smith Family Foundation; mas também pelo Instituto Nacional de Ciências Médicas Gerais; do Centro UMass para o programa-piloto de projectos de Ciências Clínicas e Translacionais e o Gabinete do Secretário-assistente de Defesa para os Assuntos de Saúde. A todos se agradece desde já pela prestimosa contribuição tendo por objectivo a saúde e o bem-estar humanos.
Mesmo que hajam falhas, fracassos, recuos e investigações que por vezes desdigam e contemporizem de forma menos positiva determinadas conclusões que nem sempre vão de encontro ao desejado, não se pode nem deve esmorecer a esperança de se encontrar uma ou mais soluções para a erradicação deste novo coronavírus e não só.
(Como por exemplo na obsoleta eficácia registada através do medicamento «Remdesivir», um antiviral desenvolvido pela Gliead Sciences para tratamento de doenças como a MERS e o Ébola, e que actualmente se traduziu não naquela tão endeusada fórmula mágica contra o COVID-19 mas como um verdadeiro fiasco segundo o registo ou coordenação autenticada pela China...)
Seja como for, em recuo ou avanços lá haveremos de chegar; a essa tão íngreme e inóspita montanha mais alta e ainda mais inacessível do que o Everest.
Não há tempo para parar. Para desistir. Para não acreditar que será, indubitavelmente, pela força brutal de empenho das mais nobres mentes científicas a nível internacional, que se encontrará uma cura, uma quase absolvição de todos os nossos erros ou pecados terrenos que vêm em nome de vírus.
Sentindo também que é louca a corrida, que é por demais exigente e, evidente, toda a nossa mundial aflição na busca de uma vacina, um antiviral, ou qualquer outro medicamento ou terapia ocasional que nos imunize a todos. E algo chegará. Em triunfo. Em expectativa. Em vitória final. Porque ele - o tão temível COVID-19 - está sozinho. E nós, humanos, estamos todos contra ele!
E a união faz a força, alguém disse. Assim é e assim continuará a ser: Todos por Todos! Ou talvez todos juntos contra o COVID-19! E outros que se lhe juntem. Não desistiremos!!!
domingo, 26 de abril de 2020
sexta-feira, 24 de abril de 2020
quinta-feira, 23 de abril de 2020
quarta-feira, 22 de abril de 2020
terça-feira, 21 de abril de 2020
segunda-feira, 20 de abril de 2020
Os Poderosos Antivirais
Remdesivir versus COVID-19: o mais duro e surpreendente combate microbiológico que, à semelhança de uma qualquer frente de batalha militar, se enfrentam e debatem por uma vitória. Desta vez, a triunfal e hasteada bandeira de todos as glórias vai para o mais eficaz medicamento (ou droga) que dá pelo nome farmacológico de «Remdesivir», sendo neste momento, a mais poderosa arma na interrupção do mecanismo de replicação do novo coronavírus - COVID-19.
O Mundo está em guerra! Uma guerra Imunológica. Uma guerra que muitos afirmam brutal, mas também visceralmente ancestral na endémica corrente do que já fomos e não somos mais por termos vencido essa guerra. E outras guerras. São eternamente guerras de outras guerras, outras epidemias e pandemias de ontem e de hoje; das pestes e das mortes que a todos colhiam.
Actualmente, na contemporaneidade das nossas vidas - ou naquela que é chamada agora «A Nova Idade do Homem/Antropoceno», os desafios são constantes; as lutas, as demências, além as arrogâncias das viroses e bactérias que se nos tornam a cada dia mais resistentes - e permanentes - de termos de viver ou sobreviver com elas. Mas outras matam-nos. E enquistam-nos todas as esperanças de nos vermos livres delas. Às vezes conseguimos, outras não.
De todos os lados se vê a impressionante e extenuante por certo luta dos cientistas mundiais em busca de um final feliz no combate ao COVID-19. Já o dissemos e enaltecemos.
Por todo o globo, a insistência e efervescência com que os estudos e as descobertas se avolumam deixam-nos perplexos (mas jamais absortos!) de tanta actividade no domínio das ciências biomédicas e dessa tão inescrutável para muitos de nós Medicina Molecular.
Os aplausos, as exortáveis manifestações que possamos fazer em homenagem e fervor para com todos estes homens e mulheres que estudam a agora microbiológica e imunológica essências que compõem não só o COVID-19 mas incansavelmente também muitas outras pestilências virológicas (que este nosso actual mundo infelizmente nos irá «brindar»), nunca chegarão para o tanto que hoje já nos dão em total entrega e despojo de suas vidas.
Muitos não vêem os filhos há semanas ou meses; muitos nem sabem por vezes em que dia da semana estão. Outros tantos deixaram de sentir o conforto do lar, o seu lar, para não fazerem perigar os seus mais queridos ou com quem eles se cruzem. Cientistas, médicos, enfermeiros, técnicos de saúde e demais envolvidos (independentemente da hierarquia em que estejam igualmente acometidos), num afã de se pouparem sofrimentos e, evidentemente, mortes evitáveis.
Nenhum de nós fica indiferente a esta actual azáfama e correria contra um inimigo que claro está, muitos definem como invisível; matreiro e pouco ordeiro com certos princípios virais.
No entanto, investigadores da Universidade de Alberta (Edmonton, Canadá), descobriram recentemente de que um medicamento antiviral poderia dar esperanças nesse sentido; ou seja, de interromper o mecanismo de replicação do coronavírus que causa o COVID-19. E isto, na prossecução do que já haviam observado de como esta droga funcionava ou agia contra o vírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS) - um coronavírus relacionado.
Ainda antes de vos informar sobre esta espectacular descoberta, há que abordar uma outra de não somenos importância assumida por investigadores da Universidade de Melbourne (Austrália) que vem efusivamente demonstrar também que «Um Novo Medicamento Antiviral para a Gripe» pode efectivamente tratar a infecção ao mesmo tempo em que é reduzido o risco de transmissão a outras pessoas.
Esta descoberta, motivada por uma escrutinada investigação, alega que este novo medicamento antiviral pode oferecer sem refutação um poderoso potencial para que possamos mudar a maneira como lidamos com os tão caprichosos surtos de gripe - principalmente em grupos vulneráveis.
Todos sabemos de que - A Gripe - se propaga globalmente em ciclos sazonais de epidemias, as quais provocam anualmente entre 3 e 5 milhões de casos graves da doença; e numa triste e penosa estatística nos estipula o número confrangedor de 250 mil a 500 mil óbitos por todo o mundo - números estes que ascendem por vezes em milhões em casos/anos de pandemia.
Ao longo do século XX ocorreram Três Pandemias de Gripe, cada uma delas provocada pelo aparecimento de uma nova estirpe do vírus em seres humanos, e responsáveis pela morte de dezenas de milhões de pessoas.
Em muitos casos, reconhece-se, As Novas Estirpes de Gripe surgem quando um vírus já existente se propaga para o ser humano a partir de outra espécie animal, ou quando uma estirpe humana recolhe Novos Genes de um vírus que só infecta as aves ou suínos.
Uma Estirpe Aviária denominada H5N1 suscitou algumas preocupações em relação a uma nova pandemia de gripe em finais da década de 1990 (a virar o século portanto), não chegando felizmente a evoluir para uma forma de fácil contágio entre o ser humano. Em Abril de 2009 ocorreu então uma Pandemia de Uma Nova Estirpe (a qual está presente ainda na lembrança de muitos de nós), que combinava genes da Gripe Humana - aviária e suína - denominada H1N1 ou gripe suína.
Em relação ao tratamento, existe o conhecimento factual de que os Antivirais podem ser eficazes; contudo, algumas estirpes são reistentes aos fármacos antivirais mais comuns, havendo a percepção e alguma preocupação relativamente à qualidade da investigação feita sobre os mesmos. Até ao momento.
(Sabe-se que as duas classes de antivirais usadas no tratamento da gripe são os inibidores da Neuraminidase - o Oseltamivir e o Zanamivir - , assim como os inibidores da proteína M2, os derivados de Adamantano)
A Fórmula Mágica: tanto no caso do COVID-19 como no da Influenza, os mais incansáveis investigadores e brilhantes cientistas mostram-nos agora (segundo a sua concepção) os novos modos de acção no combate virológico. A cada Inverno, dezenas de milhões de pessoas contraem gripe, sendo que o número de mortes é por vezes superior a algumas centenas de milhar, o que nos faz relatar a urgência de se buscar uma solução para minimizar a afectação da gripe nas pessoas.
No Mundo Científico a eficácia e segurança são os pontos basilares pelos quais se regem todos os intervenientes nesta batalha microbiológica e imunológica em face a estas doenças que tanto afligem as populações, em particular as que se encontram mais vulneráveis ou expostas: pacientes idosos e com comorbidades (ou comorbilidades) acentuadas como agora se diz.
Influenza: a descoberta!
Gripe Espanhola (Spanish Flu): A grande epidemia do século passado, que se registou como uma das mais honrendas pandemias em extensa calamidade global por volta de 1918 (Abril/Maio) criando grande disseminação e morte nos Estados Unidos e Europa. Em solo americano esta doença teve o seu início através de militares norte-americanos que a transportaram consigo para a sua terra natal aquando serviram na Primeira Guerra Mundial.
Já muito se falou desta doença que dizimou muitos milhões de cidadãos (cerca de 30 a 50 milhões na estimativa mais abrangente) no início do século XX. É uma doença infecciosa causada por diversos vírus ARN/RNA da família Orthomyxoviridae e que afecta, aves e mamíferos - e as suas 5416 espécies - os quais os seres humanos estão incluídos.
Como é do conhecimento geral, a Gripe é transmitida por via aérea através de tosse - ou espirros - os quais propagam partículas que contêm o vírus. O contacto directo com excrementos ou fezes e secreções nasais de aves infectadas também são factores de transmissibilidade ou de maior contágio, não se excluindo um outro factor muito importante como o do contacto com as superfícies contaminadas. (No caso do COVID-19 este factor também é de grande relevância).
A Gripe pode levar ocasionalmente ao aparecimento de Pneumonia como se sabe - tanto viral como bacteriana - mesmo em pessoas saudáveis, daí que o procedimento de lavar sempre muito bem as mãos, ou seja, frequentemente ou em acto contínuo, possa ser um bom e essencial hábito para se evitar futuros contágios.
A luz solar faz milagres, assim como a utilização de desinfectantes e detergentes no quotidiano de todos nós, no que havendo um exercício de limpeza e higienização constantes haverá por certo uma menor incidência de se contrair este vírus.
A existência de uma vacina eficaz contra a gripe foi sempre uma das lutas dos cientistas. No mundo dito desenvolvido esta já se encontra comercializada, sendo a mais comum a «Vacina Trivalente» que contém antígenos purificados e neutralizados de três estirpes virais. Esta vacina geralmente inclui material de dois subtipos de Influenzavirus A e uma estirpe de Influenzavirus B. (De registo: a vacina trivalente não apresenta qualquer risco de transmissão da doença).
Abordado que está pela rama esta doença (Gripe), há que reportar agora o que os investigadores australianos da Universidade de Melboune descobriram, e que admitiram entretanto, o medicamento antiviral - Baloxavir (com o nome comercial de «Xofluza») - aferir em enorme potencial como o «Primeiro Tratamento para a Gripe» que se revelou com um novo modo de acção a ser licenciado em quase 20 anos.
O Medicamento Antiviral «Baloxavir» foi aprovado na Austrália em Fevereiro em 2020 pela Therapeutic Goods Administration (TGA), tendo sido igualmente usado e administrado para tratar a gripe na nação nipónica (Japão), nos Estados Unidos e em muitos outros países desde 2018.
Investigadores do Centro Colaborador da OMS para Referência e Pesquisa sobre a doença da Gripe no Instituto Peter Doherty para Infecção e Imunidade (Doherty Institute - uma joint venture entre a Universidade de Melbourne e o Royal Melbourne Hospital) - e o Imperial College London, testaram se o Baloxavir poderia ou não impedir a propagação do vírus Influenza num modelo-animal em condições que imitavam os ambientes domésticos, incluindo o contacto directo e indirecto.
Os investigadores fizeram essa comparação também em relação ao Oseltamivir (o nome comercial de «Tamiflu») - um antiviral influenza prescrito.
Publicado em 16 de Abril de 2020 no «PLoS Pathogens», o estudo vem pormenorizadamente reportado em relatório igualmente detalhado. Nele se diz o estudo ter sido realizado em furões - considerado então o modelo-animal ideal ou padrão-ouro na avaliação da gripe - detalhando de facto de como o «Baloxavir» reduziu a transmissão da gripe em todas as situações executando-o imediatamente.
Por outro lado, de acordo com a visão e conhecimento dos cientistas, o Oseltamivir, não reduziu a transmissão da gripe para os outros furões.
O primeiro autor - Leo Yi Yang - cientista-médico do Centro Colaborador da OMS para a Referência e Pesquisa sobre a Influenza acredita que os resultados são um avanço importante para com a nossa compreensão de como saber gerir, coordenar ou controlar tudo o que envolve o vírus Influenza.
"A nossa pesquisa fornece as evidências de que o Baloxavir pode ter um efeito duplo drástico: uma única dose reduz a duração da doença da gripe, ao mesmo tempo em que reduz a chance de transmiti-la a outras pessoas." (A pronta afirmação do Dr. Leo Yi Yang)
Mas o Dr. Yang explica-nos mais: "Isso é muito importante, porque os medicamentos antivirais actuais tratam apenas a doença da Influenza no paciente infectado. Se você deseja reduzir a disseminação da Influenza a outras pessoas, estas (pessoas) em contacto próximo precisam tomar medicamentos antivirais para evitar a infecção."
A autora-sénior - A Professora Wendy Barclay - chefe do Departamento de Doenças Infecciosas do Imperial College de Londres afirmou que «Se os resultados do estudo forem replicados em seres humanos, a descoberta poderá ser um divisor de águas na prevenção de surtos de Influenza, principalmente entre grupos vulneráveis».
E esclarece-nos: "Sabemos que a gripe pode ter resultados graves e devastadores para pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, como aqueles verificados em instituições de saúde e hospitais, onde é essencial encontrar mais maneiras de se reduzir a transmissão."
Actualmente, está a ser realizado um Ensaio Clínico para testar então e eficácia do «Baloxavir» na redução da transmissão entre contactos humanos domésticos - tratando desta forma indivíduos infectados com a Influenza - sendo que se vai monitorizando também a infecção em membros da família.
"Se outros ensaios forem bem sucedidos, o Baloxavir poderá mudar drasticamente a maneira como lidamos com os surtos sazonais de Influenza e Influenza Pandémica no futuro." (A final conclusão da Drª Barclay)
Remdesivir: o medicamento-maravilha que recentemente os cientistas admitiram este poder ser na concepção e, potencialidade havida na mais alta eficácia, na interrupção do mecanismo de replicação do coronavírus que causa o COVID-19. Esta investigação teve honras cimeiras ao ter sido publicada no «Journal of Biological Chemistry» em 13 de Abril de 2020.
Este estudo da Universidade de Alberta (da Faculdade de Medicina e Odontologia) no Canadá, conclui assim que o «Remdesivir» é perspicaz ou letalmente eficaz contra uma enzima-chave do coronavírus que causa o COVID-19. Esta fantástica descoberta seguiu de perto (ou as pisadas) de todas aquelas que haviam já demonstrado de como a droga funcionava contra o também terrível vírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS) - um coronavírus relacionado.
(Em registo: O artigo seguiu de perto e, em particular, a investigação publicada pelo mesmo laboratório no final de Fevereiro de 2020)
O «Mágico» Remdesivir
É do conhecimento geral que existe sempre, inevitavelmente, um enorme custo financeiro envolvido no desenvolvimento de Novos Medicamentos. Sempre assim o foi e será pelas óbvias inerências e por vezes aderências a que todos estes medicamentos estão sujeitos até que se estabeleçam no mercado farmacêutico. Disto ninguém tem dúvidas.
À parte esta reiteração que todos sabemos indissociável de uma realidade sempre presente para que haja a efectiva celebração da eficácia total do medicamento, há também uma urgência (nem sempre compreendida ou entendida pelos demais) que por vezes não se compadece com estes timings.
Neste específico caso, o Remdesivir talvez que quebre um pouco essa regra mas não esse empenho científico, pelo que hoje sabemos e, reconhecemos, de quão necessário este e outros medicamentos serão no futuro para que haja uma luz na escuridão.
Escuridão essa, que muitos de nós se viram de certa forma embrenhados e perdidos... e por vezes, determinadas vezes, sem aquele alcance ou a consciência exacta das muitas outras horas perdidas dos envolvidos nestas investigações para que houvesse uma solução, uma quase beatificação destas laboratoriais panaceias medicamentosas.
"Estávamos de facto optimistas de que veríamos os mesmos resultados contra o vírus SARS-CoV-2. Obtivemos resultados quase idênticos aos relatados anteriormente com o MERS; portanto vemos que o Remdesivir é um inibidor muito potente das polimerases de coronavírus." (A explicação de Matthias Götte, presidente de Microbiologia Médica e Imunologia da Universidade da Califórnia, nos EUA)
O novo artigo do Dr. Matthias Götte demonstra assim como o «Remdesivir» - desenvolvido em 2014 para combater a igualmente temível epidemia do Ébola - funciona em detalhes. Este prestigiado cientista compara então a Polimerase ao mecanismo do vírus, responsável pela síntese do genoma do vírus.
De acordo com as sábias palavras de Götte «O trabalho realizado no laboratório mostra de como o Remdesivir engana o vírus imitando com rigor os seus blocos de construção», pelo que nos diz:
"Se você atingir a polimerase, o vírus não se pode espalhar, por isso é um alvo muito lógico para o tratamento. Essas polimerases de coronavírus são desleixadas e são enganadas, então o inibidor é incorporado muitas vezes e o vírus não se pode mais replicar."
O Dr. Götte explicou também que as evidências registadas por este seu grupo - que esteve envolvido nesta pequisa - associadas aos estudos publicados anteriormente em modelos de cultura-animal e celular, veio dar resposta a que o Remdesivir possa vir a ser classificado como um «Antiviral de Acção Directa» contra o SARS-CoV-2 - um termo usado pela primeira vez para descrever novas classes de antivirais que interferem com as específicas etapas do ciclo de vida do vírus da Hepatite C (HCV).
Götte afirmou ainda que a descoberta dessa acção directa reforça indubitavelmente a promessa de Ensaios Clínicos para o Remdesivir em pacientes com COVID-19; ensaios clínicos estes que já estão por conseguinte em andamento - ou em experimentação - um pouco por todo o mundo.
Embora Götte tenha aferido que as evidências justificam os ensaios clínicos, ele alertou também em relação aos mesmos de que estes ou, os resultados deles obtidos no laboratório, não podem de forma alguma ser usados para prever de como o medicamento funcionará com as pessoas.
"Precisamos ser pacientes e aguardar os resultados dos ensaios clínicos randomizados", disse Götte, cuja investigação foi financiada pelos Institutos Canadianos (ou Canadenses) de Pesquisa em Saúde, pelo «Major Innovation Fund» de Alberta e pela Gilead Sciences que fabrica o tão proclamado «Remdesivir».
O Remdesivir: a grande promessa e esperança biomédicas no tratamento ou terapêutica eficaz a aplicar em pacientes com COVID-19. Anteriormente experimentada em macacos, esta nova droga induz e seduz pelos efeitos benéficos e de largo espectro que agora se observam e que, a breve prazo, poderão mesmo realizar êxitos consideráveis em relação aos seres humanos.
Perseverança e Planeamento
Estas duas palavras acopladas podem não ter grande significado, mas, se as traduzirmos em toda a linha do grande projecto que agora se impõe de se esperar bons resultados através do Remdesivir - futuramente em humanos, ainda que isso leve algum tempo - e o planeamento expansivo que se deduz que haja perante tamanha eficácia deste medicamento experimental, então o caminho está livre para se ser, ou para se estar, ainda mais esperançoso de um sucesso à partida garantido. Há que esperar. Só mais um pouco.
Existe a percepção de que - O Laboratório Götte - trabalhou (e trabalha ainda hoje!) arduamente para isso. Já anteriormente a sua laboração foi efectiva na luta que travou em face ao vírus da Imunodeficiência Humana (VIH/HIV) e HCV. Todavia, há já alguns anos que fez uma certa mudança na actividade para se poder concentrar mais nos vírus com maior potencial epidémico.
A OMS/WHO - Organização Mundial de Saúde ou «World Health Organization» e que teve a sua fundação em 7 de Abril de 1948, sendo a sua sede em Genebra, na Suíça - divulgou a sua lista dos principais patógenos que suscitavam a probabilidade de causar surtos, incluíndo o Ébola, Lassa e Corornavírus. Isto, em 2015.
"Nesse sentido, fomos preparados porque o meu laboratório é especializado em polimerases virais", afirmou peremptoriamente o Dr. Götte, acrescentando que o seu próximo passo será o de usar as ferramentas do seu laboratório para avaliar outros promissores antivirais.
Götte está assim optimista de que, a quantidade de investigações sem precedentes e já em andamento, ou em prossecução em todo o mundo, assim como o alto nível de cooperação apresentado por todos os investigadores envolvidos, levará supostamente à descoberta de um ou mais tratamentos eficazes para o COVID-19.
"Estamos desesperados, mas ainda assim temos que manter a fasquia alta por tudo o que colocamos nos ensaios clínicos." (Insistiu Götte)
De acordo com o que proferiu, o Dr.Götte acrescentou de que o Remdesivir é um dos vários medicamentos que estão neste momento a ser acelerados em ensaios clínicos (testados em experiência quase à velocidade-cruzeiro) pela OMS/WHO. Através deles se comparam tratamentos ou potenciais terapêuticas em pacientes hospitalizados com COVID-19 numa dúzia de países, incluindo o Canadá.
Götte disse também que podemos estar confiantes; ou seja, podemos esperar resultados de Importantes Ensaios Clínicos já em Abril ou Maio. Assim seja, dizemos nós...
O Dr. Matthias Götte não quis dar por finda a sua análise ou quiçá argumentação científica, sem nos dizer de como para ele foi e continua a ser decepcionante que «Os Antivirais descobertos no momento do surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) de 2003 - que também poderiam ter sido eficazes contra o COVID-19 - nunca tenham sido traduzidos em tratamentos amplamente disponíveis, em grande parte devido ao enorme custo exigido e, envolvido, no desenvolvimento de novos medicamentos».
"Desta vez, é óbvio que temos que cruzar a linha de chegada! Dez biliões de dólares, parece muito, uma quantia enorme. Mas, no contexto desta pandemia, e nos custos associados a esta pandemia, não é nada!" (O remate final do Dr. Matthias Götte)
Em Final Registo há que acrescentar também de que - A Gilead Sciences - está no momento a utilizar o medicamento experimental «Remdesivir» no tratamento do COVID-19, apoiando seis ensaios clínicos em diversos pontos do globo, dois dos quais se espera a premente divulgação de resultados ainda neste mês de Abril.
Até ao momento, a empresa Gilead Sciences disponibilizou o tratamento para os pacientes que desejam usar este medicamento experimental no carácter de «uso compassivo». Segundo a empresa divulgou em meados de Março de 2020, este medicamento foi fornecido então em regime de «Emergência» a centenas de pacientes nos Estados Unidos, na Europa e também no Japão.
A Empresa Gilead em comunicado oficial anunciou então: «A Gilead continua a permitir o acesso ao seu medicamento experimental para o COVID-19, apoiando seis ensaios clínicos em todo o mundo, os quais estão agora a inscrever os participantes. Devido à grande demanda, estamos no processo de transição do nosso programa de «acesso compassivo» para programas de «acesso expandido» o mais rapidamente possível.»
«Os Programas de Acesso Expandido» consistem no procedimento acelerado de acessabilidade para com os pacientes mais graves, permitindo assim à empresa em questão recolher os dados de todos os pacientes nestes programas envolvidos. Estão assim em desenvolvimento supersónico, numa rapidez jamais vista, mas consertada com reguladores por todo o mundo.
Um outro registo que nos deixa de certa forma algo perplexos mas que nos dá a certeza de que «ninguém está sozinho» e que todos temos de ser de facto «todos por todos», foi o pedido de autorização de fabricação e produção que a Indústria Farmacêutica Chinesa de seu nome «BrightGene Bio-Medical Technology» fez há cerca de um mês (em Março de 2020 portanto) à Gilead Sciences.
Nele constava a permissão e, concessão, de produzir em larga escala este tão milagroso - ainda que experimental medicamento - o «Remsedivir».
Nada mais a dizer que não seja «Bem-aventurados os que não viram e creram!» (trecho bíblico; João 20:29).
Ou, de uma forma menos eclesisástica e razoavelmente agnóstica, acrescentar que, com Fé ou sem ela, creditados os benefícios e as alegorias científicas de todos estes antivirais em futura e eficaz terapêutica nos pacientes com COVID-19, está o mundo a postos, nas trincheiras que não guaritas, e na frente de todas as batalhas com uma das mais poderosas armas contra o inimigo invisível.
Se os Poderosos Antivirais que hoje dispomos forem esse grande sucesso contra o COVID-19 (e tantos outros vírus que entretanto surjam) então penso que já podemos dizer com toda a convicção possível de que estamos perto, muito perto de ganhar esta guerra. Mais uma.
Não será a última por certo, mas será aquela que, por muitos e muitos anos ainda, nos irá fazer recordar de que por uma vez, uma só vez, estivemos todos unidos no mundo: contra o COVID-19! Oxalá assim estejamos mesmo para além dele; para além de todos os desafios, para além de todas as outras guerras, virológicas e não só. Vamos vencer!!!
domingo, 19 de abril de 2020
sábado, 18 de abril de 2020
sexta-feira, 17 de abril de 2020
quinta-feira, 16 de abril de 2020
quarta-feira, 15 de abril de 2020
terça-feira, 14 de abril de 2020
segunda-feira, 13 de abril de 2020
Os Mutantes Caminhos do COVID-19
Os Mutantes e Evolutivos Caminhos do COVID-19: o estudo que nos pavimenta ou traça agora uma espécie de «Supernova incipiente» do COVID-19 (segundo as palavras dos cientistas) através de mutações genéticas que se terão espalhado pela China - e um pouco por toda a Ásia - mas também para a Austrália, Europa e América do Norte.
Investigadores do Reino Unido e da Alemanha alegam de forma determinante de que os seus métodos podem no futuro ser utilizados para ajudar a identificar fontes de infecção não-documentadas.
Há que acreditar que sim. Há que revivificar que se encontrou mais um caminho, mais uma viável ou directa via para o conhecimento identitário deste tão nefasto vírus que ultimamente nos não dá sossego nem quebranto, pois que urge uma solução que efective a sua extinção.
Como sempre afirmo, tentar decifrar, descodificar ou simplesmente tentar compreender um pouco melhor este novo coronavírus não é tarefa fácil. Nunca o foi nem será, acredita-se.
Os caminhos científicos não sendo terra de «leite e mel» também não são ou serão de se voltar para trás, de se negar o que é inevitável e consumável de termos de confiar e não desistir; e que, um dia, este apenas será pó e cinza de mera lembrança, como vírus, mais um, que se derrotou e flagelou na sua mais suja alcova de uma inocência perdida ao ter sido descoberta a sua essência, a sua virgindade científica que a todos soçobrou. Pelo menos até aqui.
Todos sabemos (ou muitos de nós têm a exímia consciência disso), de que um pouco por todo o mundo está a existir a mais acirrada, feroz e inacreditável luta para se chegar a um maior consenso biológico-científico sobre não só a árvore genealógica deste despudorado vírus que nos consome a todos, como, os seus desviantes caminhos que se espalharam por todo o globo.
A isso chama-se «mutação», e isso basta para ficarmos atentos e não negligentes com o que ainda aí virá de total dispersão e transformação deste desgraçado COVID-19.
Ninguém está parado. Ninguém dorme na fila do pelotão desse mais reputado exército que, em nome da Ciência e em favor da Humanidade, se faz debater contra este malvado que já ceifou milhares de vidas por todo o mundo.
Daí que investigadores de Cambridge, no Reino Unido, mas também na Alemanha, se tenham debruçado sobre a reconstrução dos «primeiros caminhos evolutivos» do COVID-19 em seres humanos - quando efectivamente a infecção se espalhou (e espelhou drasticamente) de Wuhan para a Europa e América do Norte - usando para isso técnicas de redes genéticas.
Utilizando pela Primeira Vez esse processo ou esse método - que se projecta no uso de técnicas filogenéticas - os investigadores acima referidos conseguiram mostrar que o Genoma do Vírus «Ancestral» mais próximo ao dos morcegos não era de facto o tipo predominante do vírus estabelecido em Wuhan.
A Árvore Genealógica: Ao analisarem com todo o pormenor os primeiros 160 genomas completos de vírus - a serem sequenciados provenientes de pacientes humanos - os cientistas mapearam parte da disseminação original do novo coronavírus por meio dessas suas mutações, criando assim diferentes linhagens virais.
Esta Análise Genética de Rede (que usou de rigoroso software, bem como as classificações para mais de mil genomas e a contagem de coronavírus) veio consolidar o que há já algum tempo os especialistas suspeitavam das origens pandémicas do COVID-19, sendo que desta forma se abrem profusa e indefectivelmente muitas outras portas nos longos caminhos ainda a percorrer sobre este e, provavelmente, muitos outros vírus ou mutações entretanto existentes e sobreviventes entre nós.
O prestigiado geneticista Dr. Peter Forster da Universidade de Cambridge - e principal autor deste estudo cujos resultados foram publicados na revista científica «Proceedings» da Academia Nacional de Ciências (PNAS) em 9 de Abril de 2020 - elucida então:
"Existem muitas mutações rápidas para rastrear ordenadamente uma árvore genealógica COVID-19. Usamos um algoritmo de rede matemática para visualizar todas as árvores plausíveis simultaneamente. Essas técnicas são conhecidas principalmente por mapear os movimentos de populações humanas pré-históricas através do ADN (DNA). Acreditamos que é a primeira vez que elas são usadas para rastrear as rotas de infecção de um coronavírus como o COVID-19."
A Descodificação do Genoma: a intensa recolha e análise dos dados de Genomas do Vírus que os cientistas realizaram para que houvesse uma maior clarificação - e nenhuma mitigação - sobre o que este vírus encerra em si. As diferentes linhagens virais observadas não foram uma surpresa para os investigadores, uma vez que há algum tempo se notava esse registo no comportamento viral em diversos pacientes.
Versões Mutantes
De acordo com os investigadores, a equipe utilizou sumariamente todos os dados de Genomas de Vírus recolhidos por todo o mundo no espaço temporal entre 24 de Dezembro de 2019 e o dia 4 de Março de 2020. A investigação revelou então três «variantes» distintas de COVID-19, consistindo estas em grupos de linhagens estreitamente relacionadas - e a que categoricamente os intervenientes rotularam como 'A', 'B' e 'C'.
O Dr. Forster e os seus colegas descobriram de que o tipo mais próximo de COVID-19 daquele encontrado em morcegos - o tipo 'A', o genoma original do vírus humano - estava presente em Wuhan, mas surpreendentemente não era o tipo de vírus predominante na cidade.
As Versões Mutantes de 'A' foram observadas em cidadãos americanos que viviam então na cidade de Wuhan, sendo que um grande número de vírus do tipo 'A' foi também encontrado em pacientes dos Estados Unidos e da Austrália.
O principal tipo de vírus de Wuhan 'B' registou-se em prevalência nos pacientes de todo o leste da Ásia. No entanto, a variante não viajou muito além da região sem outras mutações - implicando um «evento fundador» em Wuhan, ou «resistência» contra esse tipo de COVID-19 fora do leste da Ásia, segundo a determinante explicação dos investigadores.
A Variante 'C' por sua vez, é o principal tipo europeu encontrado em pacientes precoces de França, Itália, Suécia e Inglaterra. Ele está ausente na amostra continental chinesa do estudo, mas é visto em Singapura, Hong Kong e também na Coreia do Sul.
A Nova Análise sugere igualmente que, uma das primeiras introduções do vírus em Itália, ocorreu por meio da primeira infecção alemã documentada em 27 de Janeiro, e que outra rota inicial de Infecção Italiana estava relacionada a um "cluster"(grupo) de Singapura.
É importante ressaltar - ou destacar em maior ressalva - que os investigadores afirmam com toda a veemência que «As Suas Técnicas de Redes Genéticas traçaram com precisão as rotas de infecção estabelecidas: As mutações e linhagens virais uniram os pontos entre os casos conhecidos».
Como tal, os cientistas argumentam que esses métodos «filogenéticos», poderiam mesmo ser aplicados ao mais recente «Sequenciamento do Genoma de Coronavírus» para assim ajudar a prever os futuros pontos quentes globais de transmissão e aumento de doenças.
Os Métodos Filogenéticos: o que os cientistas esperam deste método ou eficaz processo aplicado no sequenciamento do genoma deste novo coronavírus de seu nome COVID-19, no factor da prevenção da sua transmissibilidade e expansão/exponencial disseminação da doença.
Se o contivermos, ou o soubermos convenientemente prever e, redimir, nessa contenda de se não fazer espalhar por todo o globo e assim não se ver aumentar em número astronómico como actualmente está a acontecer, então teremos uma batalha ganha, uma das muitas que este novo mundo viral ou virológico se nos confronta.
Há que batalhar, há que vencer! Ou então, de nada valeram todos estes esforços da massa humana científica nesse sentido...
Os Métodos Filogenéticos
Estes métodos, usados como modelos evolutivos, traduzem-se de uma grande mais-valia como métodos comparativos filogenéticos que usam informações sobre as relações históricas das linhagens para assim se poder testar as muitas hipóteses evolutivas: são usados igualmente na Epidemiologia Molecular, Evolução, Filogenia e métodos de Reconstrução Filogenética.
A Sistemática Filogenética tem por base buscar informação sob os princípios evolutivos (em classificação); na interpretação de uma árvore filogenética; nos tipos de dados utilizados em inferência filogenética e, ainda, na utilização da metodologia e principais limitações. No fundo, a Sistemática Filogenética mais não é do que do que a busca das origens, das principais metodologias e fundamentos teóricos, usos e limitações desse paradigma.
Actualmente, esta técnica é utilizada não somente para reconstruções históricas de parentesco entre os organismos, mas também, fulcralmente agora, como ferramenta preditiva em estudos epidemiológicos como o retratado neste texto sobre o mais recente estudo dos investigadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e da Alemanha.
Não obstante a irrefutável afirmação e conclusão pelos cientistas havidas (de que efectivamente se está no limiar de mais um grande progresso na futura aplicação deste método no sequenciamento do genoma deste COVID-19), há que anotar muitos outros esforços e empenhos por parte de tantos outros cientistas no combate a este tirano.
E, com esse objectivo, ir tentando exaustivamente (e por todo o planeta) encontrar uma solução de embate final ou derradeira luta, exercendo todo o comprometimento possível para que haja para isso um suposto e absolutamente radical anti-viral (ou mesmo uma eficaz imunoterapia) que o COVID-19 derrube de vez.
(Além obviamente de uma ou cem mil vacinas que entretanto surjam no mercado, hoje ou daqui a um ou dois anos, com a assertiva força e fiabilidade seguras de se ter finalmente encontrado a arma ideal para o levar para bem longe de nós).
"A Análise da Rede Filogenética tem o potencial de ajudar a identificar fontes não-documentadas de infecção por COVID-19 que podem ser colocadas em quarentena para conter a disseminação da doença em todo o mundo." (A afirmação do Dr. Forster, que é também membro do Instituto McDonald de Pesquisa Arqueológica de Cambridge, e do Instituto de Educação Continuada desta mesma universidade)
De acordo com a incisiva explicação dos investigadores "A variante 'A' que se sabe mais intimamente relacionada ao vírus encontrada em Morcegos e Pangolins, é descrita como a «raiz do surto»: o tipo 'B' é derivado de 'A' separado por duas mutações; então 'C' é, por sua vez, uma filha de 'B'."
Os Investigadores aferem também que - A Localização da variante 'B' verificada no leste da Ásia - pode de facto resultar de um «efeito fundador», ou seja, um gargalo genético que ocorre quando, no caso de um vírus, um novo tipo é estabelecido a partir de um pequeno grupo isolado de infecções.
O Dr. Peter Forster argumenta contudo que existe outra explicação que merece ser considerada. Diz-nos ele: "O vírus do tipo 'B' de Wuhan pode ser imunológico ou ambientalmente adaptado a uma grande população do leste asiático. Pode ser necessário sofrer mutações para superar a resistência fora do leste da Ásia. Parece haver uma taxa de mutação mais lenta no leste da Ásia do que em outros lugares nesta fase inicial."
E acrescenta ainda. "A rede viral que detalhámos é um instantâneo dos estágios iniciais de uma epidemia, antes que os caminhos evolutivos do COVID-19 sejam obscurecidos por um grande número de mutações. É como pegar uma Supernova incipiente em flagrante!"
Desde este recente estudo do PNAS que a equipe de investigação tem vindo a ampliar a sua análise para mil e um (1.001) genomas virais. Embora e ainda seja revisto por pares, o Dr. Forster insiste que este actual trabalho sugere que, A Primeira Infecção entre os Seres Humanos por COVID-19, ocorreu entre meados de Setembro e o início de Dezembro de 2019.
Os Métodos de Rede Filogenética usados e manuseados pelos investigadores - permitindo assim a visualização simultânea de centenas de árvores evolutivas num gráfico simples - foram os pioneiros na Nova Zelândia em 1979, e posteriormente desenvolvidos por matemáticos alemães na década de 1990, firmando-se uma vez mais de que, a matemática, exerce sempre ou quase sempre a força matriz de tudo o que nos gere e envolve; com vírus ou sem eles.
Há que registar e aqui deixar em reverencial ou sumptuosa descrição de que, essas técnicas, chamaram a atenção do arqueólogo e professor Colin Renfrew, o co-autor deste novo estudo do PNAS, no ano de 1998. Há que acrescentar com toda a exactidão possível de que, Renfrew, estabeleceu um dos Primeiros Grupos de Pesquisa em «Arqueogenética do Mundo» na Universidade de Cambridge.
Assim sendo, só nos resta aplaudirmos tão venerando empenho de precisão e análise por parte de todos os envolvidos; os de ontem e os de hoje, pois que «todos por todos» seremos sempre a força que nos une e não a que nos divide.
E tudo isto, pesado e alcançado numa balança que penderá sem dúvida alguma para a fortificação biológica que nos compõe, e nunca, para a que nos dispõe como seus servos ou escravos, dependentes dos ânimos e sugestões dos vírus que nos atacam.
Os Mutantes Caminhos do COVID-19 - em evolução e transformação constantes - só pararão quando pararmos nós de acreditar que temos toda a legitimidade possível (científica e não só!) para os quebrarmos, para os identificarmos e anularmos em toda a sua pungente glória de querer acabar com a nossa raça. Ou espécie. E que se não deixa vencer, mesmo que tenhamos também nós Humanidade, de o contrariar, de o enganar, ao COVID-19, fazendo-nos caminhar por outros mutantes desvios.
O caminho é só um: não declinar desafios, por mais difíceis ou infazíveis que sejam e não desistir a meio, pois que a meta já está perto e outros vírus virão - para o bem ou mal de todos os nossos ímpios ou ingénuos pecados terrenos, sempre ungidos da grande influência dos astros que nos dizem não caminharmos sós; com ou sem eles, haveremos de conseguir.
Temos esse livre arbítrio. Temos esse dever, ou não caminharemos mais para esse objectivo comum de continuarmos a ser Humanidade. Um dia ainda nos vamos rir deste COVID-19, apesar de que, por enquanto, é ele que se ri de nós... mas um dia tudo isso acabará.
E nesse dia, comemoraremos, nós, os sobreviventes, os que ainda estão presentes, sentindo de que valeu a pena termos ficado juntos e ter acreditado que ele, afinal, foi apenas e tão-só uma outra má experiência viral que se viveu de forma intempestiva mas também circunstancial, pois que nem ele é imortal.
A nossa alma sim, sendo por ela que todos lutamos por nunca nos deixar. Será que assistiremos à sua idêntica mutação?... Não sei. Ninguém sabe, mas os cientistas estão atentos, se um dia destes na mais perfeita ou exímia rede filogenética encontrarmos a nossa, a que nos coube em sorte, desviada ou mutilada em descendência mutante, pois que os tempos são de mudança e nada como dantes se assemelhará. Todavia, isso são outros contos de outras histórias em que o COVID-19 não entra nem nunca entrará...
domingo, 12 de abril de 2020
sábado, 11 de abril de 2020
sexta-feira, 10 de abril de 2020
quinta-feira, 9 de abril de 2020
Coronavirus update April 9th, 2020: Death toll, infections and recoveries
Coronavirus update April 9th, 2020: Death toll, infections and recoveries
quarta-feira, 8 de abril de 2020
segunda-feira, 6 de abril de 2020
A Vacina-Milagre
A Vacina Milagre: a mais prodigiosa e revolucionária vacina que cientistas da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia (EUA), anunciam agora ter descoberto, com um extraordinário potencial de se poder considerar - finalmente! - uma vacina contra o SARS-CoV-2, o novo coronavírus que causa a pandemia de COVID-19.
A ser efectivamente verdade em toda a linha de sucesso e, progresso, sobre a calamidade que no momento se vive devido a este flagelo epidemiológico global, estar-se-à no limiar de todas as esperanças em luz e, em final de um túnel demasiadamente longo e escuro, no qual todos estivemos imersos; e do qual também não sabíamos fugir.
À Espera de um Milagre
Contam-se as horas, os minutos, e até mesmo os nano-segundos da mais ansiosa espera que levará os cientistas a estoicamente irromperem por aquela escancarada porta (até aqui encerrada a qualquer fresta de esperança), e nos dizerem o que há tanto aguardamos de uma vacina salvadora - ainda mais eloquente e eficaz do que qualquer profeta que nos anuncie a remissão de todos os pecados terrenos - em prodigiosa vacina de quase David contra Golias que dá pelo nome de COVID-19.
Estamos sequiosos, desmembrados de razão, encimados pela dor maior da perca de muitas vidas e pela contingência da demora - ou morosa condição - de não termos ainda encontrado uma solução que erradique ou mate à fome aquele famigerado vírus que mudou o mundo, o nosso mundo, numa vil consternação.
Desvairados pela espera e trespassados pela inanição - perante o colapso económico mundial e de toda a prazeirosa vida que possuíamos até o novo coronavírus ter entrado nas nossas vidas - nada mais nos restou do que apelar à brava e exaustiva contribuição de todos aqueles que lutam pelo rastilho ou início de todas as aventuras no domínio da Medicina Molecular.
O director científico da empresa norte-americana Johnson & Johnson (J&J), Paul Stoffels, em acordo com os avanços igualmente promissórios da descoberta de uma vacina contra o novo coronavírus - estando esta a ser desenvolvida pela empresa de produtos farmacêuticos referida - remete com toda a veemência possível, mas assumida, de que esta sua vacina «tem a probabilidade de ter um êxito de 80%».
(J%J: empresa norte-americana fundada em 1886, é especializada em produtos farmacêuticos, utensílios médicos e produtos pessoais de higiene; a sede da empresa localiza-se em Nova Jersey, nos Estados Unidos)
Paul Stoffels, em entrevista ao jornal espanhol «El Mundo», explicou que esta sua vacina-candidata «ainda terá de ser testada em humanos», ressalvando que se terá em conta a experiência adquirida, na qual pressupõe ser bastante claro ou evidente que a vacina irá de facto resultar; ou seja, não irá decepcionar o mundo que tão fervorosamente espera por essa vacina-milagre.
Como em geral nada é assim tão absolutamente feérico ou linear em termos do imediato e do resolúvel, Stoffels rectifica de que esta vacina só estará disponível no início de 2021 - mais concretamente, no primeiro milhão de doses disponível que estará em vias de concretização no primeiro trimestre desse ano. Será uma vacina acessível, de acordo com as suas palavras, e que não terá fins lucrativos. Acreditemos que sim.
O Compromisso assumido por este vice-presidente executivo da J&J é que a produção da vacina tenha uma licença especial de emergência em tempo de Pandemia, acelerando e agilizando assim o processo para que todos à escala global possam beneficiar da vacina. O orçamento ronda os mil milhões de euros, num investimento conjunto com o governo dos Estados Unidos.
Após o mundo ter ficado deslumbrado com as teorias farmacológicas (excessivas nalguns casos e abusivas noutros) das qualidades da Hidroxicloroquina - o fármaco usado na prevenção e tratamento de Malária sensível à Cloroquina (assim como em muitos outros tratamentos ligados à Artrite Reumatóide, Lúpus Eritematoso, Porfíria Cutânea, Febre e doenças Fotossensíveis) - o mundo realizou estar-se ainda muito aquém do esperado no sucesso virológico contra o COVID-19.
O Interferão/Interferon (uma substância inibidora da proliferação celular que actua sobre as células do sistema imunitário, sendo utilizado em tratamentos oncológicos), tem também sido enfaticamente aclamado como um medicamento-milagre, não correspondendo na totalidade ao que se lhe apregoa no sentido de ser 100% eficaz - em todos os casos ou mesmo em relação ao novo coronavírus.
Esta reiteração algo forjada (ou excessivamente beatificada como eficaz) teve por base o que alguns resultados registaram como animadores, fazendo alguns especialistas alegarem uma grande eficácia referenciada com o medicamento Interferão beta (Interferon alfa 2B ou IFNrec), que é na verdade um anti-viral utilizado no tratamento das doenças sexualmente transmissíveis (SIDA/AIDS) ou no combate a infecções por HIV e não como vacina.
(Entre outros anti-virais que entretanto também começaram a fazer um maior percurso em relação ao COVID-19; sendo obviamente compreensível que tudo seja observado no parâmetro de se conseguir um tratamento eficaz no combate ao novo coronavírus)
Ivermectina: um medicamento que serve para tratar piolhos e outros parasitas e parece estar a dar efectivos resultados no encalce do combate ao novo coronavírus. Cientistas australianos (da Monash University, em Melboune) garantem assim que, uma única dose deste medicamento, conseguiu eliminar de forma estrondosa este terrível vírus em testes de laboratório («In vitro»).
O mais curioso, é este medicamento ser produzido pela farmacêutica portuguesa «Hovione» que pede - de forma cautelosa e mui previdente na minha singela opinião - que se façam mais ensaios clínicos que possam então aferir em total rigor esta conclusão.
Matar Piolhos... e o COVID-19!
Não é imaginação fértil ou desatino científico mas a mais recente descoberta feita por investigadores australianos que se arrogam no direito de advogar de que - o Medicamento Ivermectina - traz efectivamente benefícios acrescidos. E isto não só para quem se vê arremessado de piolhos e outros parasitas (pois este medicamento foi inicialmente descrito e prescrito como anti-parasitário), mas que está agora disponível em todo o mundo conseguindo assim e através de uma dose única, eliminar o COVID-19 em apenas dois dias. Um recorde!
O Ivermectina - produzido por uma empresa portuguesa que dá pelo nome de Hovione - traduz-se num medicamento que é conhecido desde os anos 80 do século XX, sendo sobejamente conhecido por combater diversas doenças tais como «a cegueira dos rios». E que, por vias desta descoberta australiana, faz agora furor.
Quem o afirma são os investigadores da Monash University, em Melbourne (Austrália), num estudo liderado pelo Biomedicine Discovery Institute (BDI) em conjunto com Peter Doherty Institute of Infection and Immunity (Doherty Institute) que provou que, em Cultura de Células, o medicamento anti-parasitário mata sem contemplações o mafioso vírus que está a causar esta tão temível pandemia global.
"Descobrimos que mesmo uma dose única poderia eliminar todo o ARN viral dentro de 48 horas e, além disso, às 24 horas há mesmo uma redução significativa." (Afirmação dos investigadores envolvidos num trabalho que foi publicado na revista «Antiviral»)
Este Milagroso Medicamento já aprovado por várias agências de medicamentos - incluindo a icónica e magnânina agência norte-americana de produtos alimentares e de medicamentos FDA (Food And Drug Administration) - fez vergar assim toda a comunidade científica perante os excelentes resultados obtidos que provaram este medicamento «In vitro» ser realmente eficaz contra uma ampla gama de vírus, incluindo o vírus do HIV, assim como o do Dengue, Influenza, e Zika. (Há a ressalva de que os testes ainda não foram realizados em seres humanos)
De acordo com Marco Gil, o responsável da Hovione (em declarações à RR - Rádio Renascença): "Neste momento, têm de ser feito estudos de fase três - já em pacientes - e terá de descobrir-se a dose terapêutica para se apurar se, de facto, essa dose está dentro dos limites de toxicidade com que pode ser usado este produto."
Marco Gil reconhece também de que o facto de se conhecer a molécula há décadas faz acelerar o processo, apontando todavia um horizonte que vai de 6 a 9 meses para se conhecer na totalidade o resultado da eficácia do medicamento.
O responsável da Hovione admitiu ainda certas limitações na produção em grande escala do medicamento num curto espaço de tempo. Explicou então: "Depende das quantidades e da população a tratar e, evidentemente, haverá depois limitações e um tempo de adaptação para se conseguir aumentar de forma exponencial a produção caso venha a ser necessário."
Apesar disso, acrescentou: "O medicamento da Hovione - o Ivermectina - não possui patente. É um genérico, e devido a esse facto, a produção em larga escala poderá ser realizada noutros países e ser assim disponibilizado sem grandes custos." Ou seja, este miraculoso medicamento poderá vir a ser comercializado de forma a abranger grande parte da população sem se tornar muito dispendioso.
Contudo, Marco Gil trava expectativas exageradas ou exacerbadas sobre a administração rápida do medicamento, explicando de modo taxativo:
"Se por um lado o Ivermectina não tem efeitos secundários relevantes, sendo de administração segura, muito estudado há muitos anos - e desse ponto de vista traz a segurança de ser um produto com a toxicidade baixa - por outro lado, dependerá muito da dose terapêutica que será necessária administrar aos doentes do COVID-19."
Estabelecidas que estão as regras e todos os convénios internacionais mas não ainda todas as bulas para o efeito, ou seja, da conveniente e respectiva dose de administração em cada paciente, haverá por certo uma agora maior consciência de se estar perto se não de uma vacina, pelo menos de uma terapêutica eficaz que consuma resultados positivos. É aí que reside toda a nossa esperança...
Uma Grande Promessa contra o COVID-19 diz a mais recente descoberta feita por investigadores da Universidade de Pittsburgh; ou mais exactamente contra o SARS-CoV-2, o novo coronavírus que causa a pandemia de COVID-19. Quando testada em camundongos (ratinhos) a vacina - fornecida através de um adesivo do tamanho apenas da ponta dos dedos - produz anticorpos específicos para a estirpe da SARS-CoV-2 em quantidades consideradas suficientes para neutralizar o vírus.
A Vacina-Milagre
Regozijemo-nos. A tão ansiada vacina-milagre pode estar prestes a surgir. Mais uma, dizem os cépticos; mais uma esperança, dizem os optimistas ou fervorosos trabalhadores que tanto lutaram para que ela surgisse. Vamos a factos: o artigo divulgado pelo «EBioMedicine» no dia 2 de Abril de 2020 não deixa margem para dúvidas. Ela existe!
Algo que foi confirmado pela publicação na reputada e famosa revista científica «The Lancet», como o primeiro estudo a ser anunciado publicamente após intensas críticas de colegas cientistas de instituições externas que descrevem uma vacina candidata ao COVID-19.
Os Investigadores implicados tiveram a primazia e, a extrema capacidade, de agirem de forma imediata ou de facto muito rapidamente, porque já haviam estabelecido as bases durante as epidemias anteriores de Coronavírus.
Assim sendo, os Cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia (EUA), anunciaram com pompa e circunstância no memorável dia 2 de Abril de 2020, uma potencial vacina contra o SARS-CoV-2, o novo coronavírus que provoca a pandemia global por COVID-19.
Andrea Gambotto, MD, professora associada de cirurgia na Pitt School of Medicine explica em maior rigor:
"Tínhamos experiência anterior em SARS-CoV-2 em 2003 e MERS-CoV em 2014. Esses dois vírus que estão intimamente relacionados ao SARS-CoV-2 ensinaram-nos que uma proteína específica, chamada de proteína de pico, é muito importante para induzir Imunidade contra o Vírus. Sabíamos exactamente onde combater esse novo vírus. É por isso que é importante financiar a pesquisa de vacinas. Você nunca sabe de onde virá a próxima epidemia."
"A nossa capacidade de desenvolver rapidamente essa vacina foi o resultado do estudo de cientistas com a vasta experiência nas mais diversas áreas de investigação que trabalharam em conjunto com um objectivo comum." (Afirmação do co-autor sénior, Louis Falo, MD, professor e presidente de dermatologia da Pittsburgh University, Faculdade de Medicina e UPMC)
Comparada ao candidato ou à «Vacina Experimental de mRNA» que acabou de entrar em ensaios clínicos, a vacina descrita neste documento - que os seus autores chamam agora de PittCoVacc, na alusiva abreviação de Pittsburgh Coronavirus Vaccine - segue uma abordagem mais estabelecida, usando pedaços de proteína viral fabricados em laboratório para que se possa construir assim a almejada Imunidade. É desta mesma forma que as actuais Vacinas Contra a Gripe funcionam, aferem os especialistas.
Os Investigadores da Pittsburgh University também usaram uma nova abordagem para administrar a droga, denominada actualmente como «Matriz de micro-agulhas» para aumentar a potência.
Este conjunto é considerado então um remendo do tamanho de uma ponta de dedo com exactamente 400 minúsculas agulhas que libertam os fragmentos de proteína na pele, onde se verifica a reacção imunológica ser mais forte. O adesivo continua assim como um curativo e, em seguida, as agulhas - feitas inteiramente de açúcar e pedaços de proteínas - simplesmente dissolvem-se na pele.
"Nós desenvolvemos isso (ou este processo) para que se desenvolvesse o método original de rascunho usado e inserido na pele tal como na vacina contra a Varíola, mas como uma versão de alta tecnologia que é, ainda mais eficiente e reprodutível de paciente para paciente. E é realmente muito indolor - parece um tipo de velcro." (A rigorosa explicação do professor Louis Falo)
De acordo com os investigadores deste estudo, o sistema também é altamente escalável. As peças de proteína são então fabricadas por uma «fábrica de células» - camadas sobre camadas de células cultivadas e projectadas para expressar a proteína de pico SARS-CoV-2 - que podem ser empilhadas ainda mais para multiplicar o rendimento.
A Purificação da Proteína também pode ser feita, explicam-nos os cientistas, em escala industrial. A produção em massa da matriz de micro-agulhas envolve assim a rotação da mistura proteína-açúcar num molde em que se utiliza uma centrífuga. Uma vez fabricada, a vacina pode permanecer em temperatura ambiente até que venha a ser necessária, eliminando deste modo a necessidade de refrigeração durante o seu transporte ou mesmo o seu armazenamento.
"Para a maioria das vacinas você não precisa lidar com a escalabilidade", afirma a professora Andrea Gambotto "Mas quando você tenta desenvolver uma vacina rapidamente contra uma pandemia, esse é o primeiro requisito."
Quando experimentada ou testada em pequenos roedores (ratinhos ou camundongos, que em geral são as cobaias mais utilizadas pelos cientistas nestas suas experiências), o PittCoVacc gerou um aumento de anticorpos contra o SARS-CoV-2 dentro de 2 semanas após a picada da micro-agulha.
Esses animais ainda não foram rastreados a longo prazo. Todavia, os investigadores apontam que os ratinhos que receberam a vacina MERS-Cov produziram um nível suficiente de anticorpos para neutralizar o vírus por pelo menos um ano, e até ao momento (ou do que se registou até agora), também os níveis de anticorpos da SARS. «Os animais vacinados com CoV-2 parecem estar a seguir essa mesma tendência», acrescentaram os investigadores.
É importante ressaltar que, a vacina contra o Micro-agulhas SARS-CoV-2, mantém a sua potência mesmo após ser completamente esterilizada com radiação gama - um passo fundamental para a fabricação de um produto adequado para a futura utilização em seres humanos.
Os autores estão agora e, finalmente, no processo de solicitação de aprovação de Novos Medicamentos sob Investigação da «Food And Drug Administration (FDA)» dos Estados Unidos, antecipando assim o início de um ensaio clínico na sua fase primária (Fase I) em humanos nos próximos meses.
"Testes em pacientes requerem normalmente (ou pelo menos) um ano e provavelmente mais. Esta situação em particular, é diferente de tudo o que já vimos. Assim sendo, não sabemos quanto tempo levará o processo de desenvolvimento clínico. As revisões recentemente anunciadas aos processos normais sugerem que podemos avançar mais rapidamente." (A explícita conclusão de Louis Falo)
Este estudo teve outros autores adicionais. São eles: Eun Kim; Geza Erdos; Ph. D.; Shaohua Huang; Thomas Kenniston; Stephen Balmert; Ph. D.; Cara Donahue Carey; Michael Epperly; Ph. D.; William Klimstra; Ph. D. e Emrullah Korkmaz; Ph. D. - todos autores de Pitt; e Bart Haagmans, do centro Médico Erasmus.
De acordo com o que vem publicitado na Science Daily de 2 de Abril de 2020, este estudo teve como financiamento vários envolvidos que prestigiosamente forneceram todos os recursos para que este estudo e esta investigação pudessem chegar a bom porto. São eles: Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas; Instituto Nacional de Artrite e Doenças Músculoesqueléticas e de Pele, e o Instituto Nacional do Cancro.
No Mundo da Virologia tanto os bloqueios ou fracassos como os avanços e os êxitos estão sempre subjacentes ao desenvolvimento e às mutações que entretanto vão surgindo das estirpes dos vírus.
Daí que tenha de haver sempre uma perseguição constante, ainda que equilibrada e calibrada, com os muitos obstáculos que se avizinham, não dando descanso aos cientistas no combate a estes novos vírus; neste caso, ao novo coronavírus que se sabe ser tão leviano quanto transmutável, uma vez que o que se radicou na região de Wuhan, na China, já não ser semelhante ou tão exactamente igual ao que se vê proliferar na Europa ou nos Estados Unidos.
É de facto uma corrida contra o tempo; e contra as mortes ou óbitos que, em curva ascendente (ou pelo menos ainda muito pouco descendente para o que desejávamos), nos faz não pregar olho em insónia científica de descobrirmos uma cura, uma vacina que tudo suplante.
Sabemos hoje mais do que ontem; sabemos que o COVID-19 tem origem natural (?); sabemos que existem medicamentos experimentais que podem bloquear significativamente os estágios iniciais do COVID-19 em tecidos humanos manipulados; sabemos também e agora, que há um «candidato à vacina COVID-19» que em largo espectro de eficácia e solução nos revitaliza uma esperança perdida ou uma promessa adormecida de finalmente darmos cabo do COVID-19!
Tudo boas notícias portanto. Sabemos que o ser humano possui um Sistema Imunológico que não dá tréguas; que luta até ao fim - em implacabilidade e assertividade - no combate a este e outros coronavírus que entretanto se transformam e enganam as nossas células; e que alguns pacientes com COVID-19 ainda possuem em si este malfadado coronavírus após o desaparecimento dos sintomas.
Felizmente que existe já uma Ferramenta Experimental através da IA (Inteligência Artificial) que prevê com toda a nitidez ou rectidão possível, quais os pacientes com COVId-19 que são sujeitos a desenvolverem doenças respiratórias; ou seja, mais um passo em frente na vanguarda do que sabemos já hoje sobre este novo coronavírus.
A Vacina-Milagre aparecerá quando, em total jorro de conhecimento e sapiente desnudar deste novo coronavírus, tudo se resumir a um cerco, a uma investida final, seja em técnica militar do quadrado seja em técnica rudimentar de matar à fome este vil vírus que nos ensandece desde que começou a se fazer sentir por terras do Oriente.
Todos desejamos erradicar o COVID-19. Do Oriente ao Ocidente. Ou vice-versa. Todos desejamos ver findo este enorme pesadelo global de disseminação do medo e da angústia de não ver chegado uma cura, uma vacina que a tudo ponha um ponto final.
Mas temos esperança, temos a paciência e a determinação necessárias para que esse fim esteja à vista. Nada nos derruba. Nada nos desmotiva, pois que o COVID-19 se não vai rir às nossas custas, tenha ele vindo de onde vier - da Terra, em conspurcada e aviltada fabricação artificial ou laboratorial (na mais ímpia teoria da conspiração dejectada sobre os seres humanos), ou do exterior, de um Cosmos que não gosta de nós e se quer ver livre de toda a Humanidade.
Acreditando ou não em tudo isso, temos de ter força para acreditar numa só coisa: Vamos vencer! O como e o quando estão para chegar em vacina-milagre ou milagre virológico que nos dê de volta a saúde perdida e a robustez rendida. Somos Humanidade e assim continuaremos! Quer o COVID-19 queira quer não!!!
(Últimos resultados do COVID-19 (5 de Abril de 2020): EUA - 335.524 casos confirmados de pessoas infectadas pelo COVID-19 (o maior número do mundo!) e o trágico número de 9562 óbitos registados, em rigorosos dados obtidos pela Johns Hopkins University (só nas últimas 24 horas registaram-se 945 novos óbitos); (357.000 infectados e a confirmação de 10.500 óbitos nos EUA em dados de 6 de Abril de 2020; Brasil: o registo de 11.470 casos activos e 564 óbitos)
(Itália: regista em casos positivos activos de infecção o número de 93.187 até ao momento, e 16.523 vítimas mortais desde o início da crise (636 óbitos nas últimas 24 horas), um dos países mais afectados pela pandemia do novo coronavírus; Espanha: óbitos registados são cerca de 13.055; França: os óbitos contam 8.078; Reino Unido: o registo de 46.100 casos activos e 5373 óbitos; Portugal: 11.730 casos confirmados de infecção e 311 óbitos registados, em dados gentilmente disponibilizados no dia 6 de Abril de 2020 pela DGS - Direcção Geral da Saúde de Portugal)
(De acordo com a AFP morreram já cerca de 70.009 pessoas, das quais cerca de 50 mil na Europa (em número exacto de 50.215), o continente mais afectado.
Desde o início da Pandemia por COVID-19, o número em evidência pontua-se em cerca de 1.277.585 casos de infecção que foram oficialmente declarados em todo o mundo, dos quais mais de metade na Europa (676.462), 353.159 nos Estados Unidos e no Canadá (9955 óbitos); Na Ásia o número registado é de 119.955 casos e 4.239 óbitos. Em anotação: Estes números tendem obviamente a ser destronados com o continuar da pandemia).
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