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terça-feira, 24 de setembro de 2019

Greta Thunberg to world leaders: 'How dare you? You have stolen my dream...

Greta and AOC | 4 Critical Climate Numbers They Don't Know

NASA Warning: Arctic is Disappearing, Not Good For Us!

Arctic Sea Ice Reaches 2019 Minimum Extent

Arctic Sea Ice Minimum 2019

Os Sinais Vitais da Terra

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Mudanças Climáticas: as evidências, as causas e os efeitos na resumida abordagem não só de uma maior consciência colectiva que nos dita termos de mudar atitudes e comportamentos para com o planeta, mas uma viragem de 180 graus nessa mudança, tão radical quanto exigente e necessária segundo o estabelecido pelo Consenso Científico que advoga essa urgência.

             "A Evidência Científica para o Aquecimento do Sistema Climático é Inequívoca!"

97% dos Cientistas Climáticos concordam que as tendências do Aquecimento Climático ao longo do século passado são extremamente prováveis devido às actividades humanas, e a maioria das principais organizações científicas do mundo emitiu declarações públicas, endossando essa posição.

Quer isto dizer que, somos todos culpados desta inegável Mudança Climática Global em lascívia, negligência e apetência exacerbadas para a desgraça do planeta! Em terrível causa-efeito sobre todos os nossos desviantes comportamentos humanos para com o meio-ambiente - na mais vertiginosa queda para o abismo - estamos todos a contribuir para a tal presumível sexta extinção de que tanto se fala mas ninguém parece ter a mais pequena ideia da catástrofe anunciada.

Reconhecendo-se a causa antropogénica pela qual o nosso planeta fede e se encontra moribundo, haverá que, apesar da sua irreversibilidade, tentar minimizar as consequências dessas já preexistentes ou quiçá futuramente implementadas Alterações Climáticas Planetárias.

Sabendo-se também que, a Maioria dessas Mudanças Climáticas é atribuída a variações muito pequenas na órbita da Terra - que alteram a quantidade de energia solar que o nosso planeta recebe - não estará intrinsecamente na hora para nos transmutarmos de vez, não num ciclo físico mas essencialmente num outro que nos dê maior compleição de afirmação e continuação...???

Não existindo alternativa ou para já outro planeta de substituição e colonização, que terá o Homem de fazer para se não deixar abater sobre aquelas próprias armas que construiu e edificou, minando tudo à sua volta, gaseificando o ar, putrificando os solos, aquecendo os oceanos e, para mal de todos os seus pecados, forjando a sua própria cova, a sua sepultura terrestre sem consciência disso. Que fazer então?...  Que alternativas executar ou que caminhos trilhar...? Se é que ainda há tempo para isso...

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As Mudanças Climáticas e o grande impacto que estas produzem sobre a saúde mental do ser humano. Um relatório divulgado pela American Psychological Association e ecoAmerica diz que os eventos meteorológicos severos podem causar choque, trauma e até mesmo transtorno de stress pós-traumático (TEPT). Os impactos das Mudanças Climáticas podem influenciar também a Agricultura, Infraestrutura e Habitabilidade, afectando indubitavelmente a qualidade de vida humana, forçando a grandes fluxos de migração ou a elevado êxodo de populações.

                                         Global Climate Change (Vital Signs of the Planet)

O clima da Terra mudou ao longo da História. É assim que começa a explanada mas susceptível de uma compreensão clara, a explicação que nos é dada pela NASA (climate.nasa.gov) onde reporta um gráfico deveras explícito em face a esta realidade. Diz-nos então com todas as letras de que o CO2 atmosférico tem aumentado desde os tempos da Revolução Industrial.

Recuando na História, em reconhecimento de factos incontestáveis de há aproximadamente 650 mil anos, registou-se terem ocorrido sete ciclos de avanço e recuo glaciais, com o fim abrupto da última Era Glacial há cerca de 7000 anos, marcando desta forma o início da Era Climática Moderna - e da Civilização Humana.

Os Cientistas aferem de que as Evidências para a Rápida Mudança Climática são: O Aumento da Temperatura Global (a temperatura média da superfície do planeta aumentou cerca de 0,9 graus Celsius desde o final do século XIX, uma mudança impulsionada em grande parte pelo aumento do dióxido de carbono e outras emissões humanas na atmosfera terrestre).

Os Oceanos em Aquecimento (desde 1969 que se regista um aquecimento de mais de 0,4 fahrenheit (-17,7 graus Celsius); A Diminuição das Camadas de Gelo: houve efectivamente uma diminuição em massa destas camadas de gelo, em particular na Gronelândia e na Antárctida (nesta última houve o registo de que a taxa de perda de massa de gelo triplicou na última década).
     
A Concentração Glacial existente nos pontos mais altos do planeta também se fez observar numa inacreditável diminuição ou mais concretamente redução considerável (ex. nos Alpes, Himalaias, Andes, Alaska, África, Montanhas Rochosas, etc.).

Observações de Satélite revelam que a neve cada vez mais cedo inicia o seu degelo, em especial na Primavera - ou antes dela acontecer - no Hemisfério Norte. O degelo glaciar torna-se assim evidente com consequências trágicas nos ecossistemas debilitando a biodiversidade existente.

Outras Evidências: A Elevação do Nível do Mar (o nível global do mar aumentou aproximadamente 20 centímetros no século passado, ou seja, no século XX). No entanto, a taxa nas últimas duas décadas é quase o dobro da do século passado, registando-se uma aceleração a cada ano que passa.

Gelo do Mar Árctico em Declínio (outra pungente evidência): Tanto a extensão quanto a espessura do gelo marinho do Árctico diminuíram velozmente nas últimas décadas; Os Eventos Extremos: eventos atmosféricos e meteorológicos de elevado índice de perigosidade e incidência mesmo em zonas onde raramente tais eventos se pronunciavam (eventos como por ex: Tornados, Furacões, Inundações, Tempestades de granizo, Ventos ciclónicos, Tsunamis, etc.).

A Acidificação dos Oceanos (acidez das águas oceânicas): Verificou-se então - desde o início da Revolução Industrial - de que a Acidez das Águas Oceânicas da Superfície havia aumentado em cerca de 30% . Ou seja, uma incomensurável subida.

Conclui-se depois que esse aumento seria o subsequente resultado gerado pelo Homem, da Emissão de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera, que posteriormente viria a ser absorvido pelos oceanos. Mais uma vez se verificou serem os seres humanos os principais responsáveis pelo que está a suceder ao planeta Terra.

Regista-se agora de que, A Quantidade de Dióxido de Carbono (CO2) absorvido pela Camada Superior dos Oceanos, está dramaticamente a aumentar em cerca de 2 biliões de toneladas por ano. Se isto não é uma tragédia global então o que será?!...

A nada fazermos em sentido contrário - por mais irreversíveis que estas mudanças climáticas sejam e pelas quais é marcado o início da Era Climática Moderna - ver-nos -emos deparados com um problema muito sério no futuro (na já intransponível desertificação sobre muitas regiões do globo devido às temperaturas extremas mas também ao êxodo populacional que irá desequilibrar por completo o planeta em regiões habitáveis e outras não).

Mas acima de tudo, pela circunstância de um planeta em sofrimento que rejeitará, possivelmente, toda a Humanidade que nele habita. Poderemos conviver com essa afirmação?... Penso que não.

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As Causas das Mudanças Climáticas: os cientistas atribuem o Aquecimento Global à tendência observada desde meados do século XX para a expansão humana do «efeito de estufa». Sabe-se que certos gases na atmosfera impedem que o calor escape; gases de longa duração que permanecem semi-permanentemente na atmosfera, não respondendo física ou quimicamente às mudanças de temperatura, no que irão forçar assim as Mudanças Climáticas.

Causas e Consequências
Os grandes causadores do Efeito de Estufa são muitos. Uns piores que outros. São eles: Vapor de Água (H2O); Dióxido de Carbono (CO2); Óxido Nitroso (N2O); Metano (CH4) e ainda os Clorofluorocarbonetos (CFCs).

O Gás de Estufa Mais Abundante - O Vapor de Água (H2O) - actua como um retorno ao clima (aumenta à medida que atmosfera da Terra aquece, aumentando a possibilidade de nuvens e precipitação).

O Dióxido de Carbono (CO2) - que é libertado por processos naturais tais como: respiração, erupções vulcânicas e por actividades humanas como a desflorestação ou desmatamento planetário, além das habituais mudanças no uso da terra e queima de combustíveis fósseis.

O Óxido Nitroso (N2O) - um poderoso gás de efeito de estufa produzido pelas práticas de cultivo do solo, especialmente no uso de fertilizantes comerciais e orgânicos, combustão de combustíveis fósseis, mas também na produção de ácido nítrico e queima de biomassa.

O Metano - gás hidrocarboneto produzido tanto por fontes naturais quanto por actividades humanas, incluindo a decomposição de resíduos em aterros, na agricultura (ex: cultivo de arroz); encontra-se também no processo de digestão de ruminantes, assim como no manuseamento de adubo associado ao gado doméstico. É mais activo que o CO2 mas muito menos abundante na atmosfera.

Os Clorofluorocarbonetos (CFCs) - compostos sintéticos inteiramente de origem industrial usados em várias aplicações, mas actualmente ampla e rigorosamente regulamentados, felizmente, na produção e libertação destes compostos para a atmosfera (por acordo internacional).  E tudo isto devido à sua extrema capacidade nociva na contribuição que inflecte para a Destruição da Camada de Ozono.

As Consequências: As consequências da Mudança da Estufa Atmosférica Natural são imprevisíveis - ou nem tanto assim. Para já há a registar que certos efeitos têm tendência para um maior agravamento: em média, a Terra poder-se-à tornar muito mais quente; potencialmente um deserto global, uma fornalha autêntica, sobre determinadas regiões que excederão as temperaturas. Outras não. Talvez nem tudo seja um inferno...

As Condições Atmosféricas mais elevadas levarão a que haja maior Evaporação e Precipitação em geral, sendo que se registará uma variabilidade de umas poderem ficar mais secas e áridas e outras muito mais húmidas. Tudo se adensará sem clamor.

Um Efeito de Estufa Mais Forte aquecerá sem dúvida alguma os Oceanos do Planeta, havendo um maior derretimento dos pólos (num maior degelo glaciar), aumentando assim o nível do mar. As águas oceânicas expandir-se-ão ao acusarem efectivamente esse aquecimento global, contribuindo ainda mais para para o aumento do nível do mar.

Os Ecossistemas vão, invariavelmente, sofrer modificações extremas - ainda que algumas culturas possam responder favoravelmente ao aumento de CO2 atmosférico crescendo com mais vigor e pujança. As comunidades endógenas sofrerão alterações devido aos factores externos, exógenos, pelo que a biodiversidade não estando em causa, poderá contudo alterar o que até aí se dispunha de plantas naturais; ou seja, se o que for autóctone desses lugares der lugar a outras culturas.

(De Registo): O Efeito de Estufa Excessivo - tanto na atmosfera de Vénus como em Marte, ambos planetas do nosso sistema solar - é quase todo de CO2, sendo que o planeta Vénus tem cerca de 154 mil vezes mais CO2 na sua atmosfera do que o nosso planeta Terra (sendo que em relação ao planeta Marte, Vénus tem cerca de 19 mil vezes mais do que este).

Tudo isso vai produzir enfim (em Vénus) um efeito de estufa descontrolado e, uma temperatura da superfície tão quente, que muitos cientistas admitem ser o suficiente para derreter chumbo.

Não haver um Plano de Descarbonização Global eficaz ou vontade expressa para tal, tem feito com que o nosso planeta Terra comece a dar mostras de poder sucumbir a este Efeito de Estufa clamoroso que se inflama a cada ano que passa. E isso, devido à multiplicidade das Actividades Industriais, das quais a nossa civilização moderna depende, fazendo aumentar os níveis atmosféricos de CO2  de 280 para 400 partes por milhão nos últimos 150 anos. Nada que nos orgulhe, portanto.

No seu 5º Relatório de Avaliação, o Painel Inter-Governamental de Mudanças Climáticas - um grupo constituído por cerca de 1300 especialistas/cientistas independentes de países de todo o planeta sob os auspícios das Nações Unidas (ONU) - concluiu que há mais de 95% de probabilidade de ter sido por influência das actividades humanas (e nos últimos 50 anos) que o planeta Terra aqueceu.

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De acordo com a NASA/JPl, Caltech, é extremamente improvável de que o Sol tenha causado a tendência de Aquecimento Global observada em pormenor no último meio século. Vários estudos mostraram de que, a variabilidade solar, teve um papel preponderante nas Mudanças Climáticas do passado. Sabe-se que, uma diminuição da actividade solar juntamente com um aumento de actividade vulcânica deve ter ajudado a desencadear a medieval era glaciar intitulada de «A Pequena Idade do Gelo» (entre 1650 e 1850).

No entanto, segundo nos explicam os especialistas, nada nos empurra para que o mesmo se possa passar agora, ou seja, existem hoje muitas linhas de evidência que mostram que o actual e tão falado Aquecimento Global não pode de todo ser explicado por mudanças na Energia do Sol.

"No conjunto, a série de evidências publicada, indica que os custos líquidos de danos das Mudanças Climáticas provavelmente são significativos e aumentam com o tempo." (Painel Inter-Governamental de Mudanças Climáticas)

Os Efeitos das Mudanças Climáticas
Vamos a factos: existem hoje sem dúvida nenhuma uma maior ocorrência de Incêndios Florestais, períodos mais longos de seca em algumas regiões e, inversamente, inundações noutras.

Todos esses eventos se registam em número maior, com maior assiduidade ou frequência, duração e intensidade, como se observa no caso das Tempestades Tropicais a que temos vindo a assistir de modo impiedoso sobre o planeta, dos incêndios na Amazónia e em África até às inundações devastadoras nas ilhas Bahamas.

Ondas de calor mais intensas e constantes vão surgir no planeta, segundo nos informam os investigadores nestas áreas. Haverá maior degelo polar já se disse, assim como um aumento acelerado do nível do mar. Os cientistas confirmam entretanto de que estão cientes de que «As Temperaturas Globais» continuarão a subir nas próximas décadas, o que nos não sossega nada.

Existe assim um manancial de Efeitos Futuros muito incómodos para todos nós. São eles: As temperaturas continuarão a subir; a afectação dos ecossistemas e agricultura (épocas ou temporadas sem gelo, em que a temporada de crescimento aumentará numa maior duração de estações livres de geadas); alterações nos padrões de precipitação (num crescente aumento de eventos de precipitação pesada).

Haverá sequencialmente mais secas e ondas de calor, havendo o registo de menor humidade nos solos, o que vem agravar as tais ondas de calor; furacões que se vão tornando mais fortes e mais intensos, prevendo-se de que a intensidade das tempestades - e as taxas de chuva associadas ao furacão -  aumentem à medida que o clima ficará também cada vez mais quente.

O Nível do Mar subirá de 1 a 4 pés (em registo até ao ano de 2100), sendo este o resultado da adição de água do Derretimento do Gelo Terrestre e da Expansão da Água do Mar à medida que vai aquecendo - ou que responderá ás condições mais quentes da superfície da Terra.

Nas próximas décadas, as tempestades e as marés altas ir-se-ão combinar com o aumento do nível do mar e, a subsidência da terra,  para aumentar ainda mais as inundações em várias regiões do planeta, segundo aferem os cientistas. As águas oceânicas continuarão, portanto, a sobreaquecer cada vez mais, sendo que o nível do mar subirá consequente e continuadamente por muitos séculos a taxas iguais ou superiores às do presente século.

O Círculo Polar Árctico muito provavelmente ficará sem gelo, segundo dizem os especialistas. Espera-se (sob as piores expectativas mas realidade factual futura) que o Oceano Árctico se «dispa» de gelo; ou seja, se torne uma pradaria essencialmente na estação do Verão por meados do nosso século ainda. Uma tristeza é o que é, acrescenta-se.

Para rematar tudo isto que foi dito, há que dizer que o IPCC (Painel Inter-Governamental de Mudanças Climáticas) prevê então um aumento de temperatura de 2,5 a 10 graus Fahrenheit (-16,6ºC a -12,2ºC) no próximo século.

E que, a Extensão dos Efeitos das Mudanças Climáticas em regiões individuais variará ao longo do tempo, no que se verifica também haver a capacidade de diferentes sistemas sociais e ambientais poderem mitigar esses efeitos ou adaptar-se às mudanças.

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Consenso Científico: o que os cientistas nos advogam de uma maior consciência global sobre as Mudanças Climáticas. O Clima da Terra está aquecer, a constatação mundial que se tornou prioritária em termos de uma maior consciência humana sobre a questão mas, inevitavelmente também, sobre as mudanças de hábitos (ultra-conservadores ou há muito instituídos como inamovíveis ou inalterados) que todos teremos obrigatoriamente de fazer.

E que, reflectidos numa não-mudança ou numa teimosia viral beligerante, nos poderá ditar o fim do planeta e da Humanidade, pelo que nos é dito e requerido pelas mais variadas sociedades científicas do mundo, do nosso agora sobreaquecido planeta-mártir que continua a ser a nossa amada Terra.

Dados Científicos
De acordo com dados da NASA, existe um gráfico ostensivamente elaborado que nos revela que a temperatura do planeta subiu. Esses dados mostram um aquecimento rápido nas últimas décadas - em dados mais recentes até 2018.

Segundo esta inestimável agência espacial norte-americana denominada de NASA - ou mais exactamente Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço - as evidências, os efeitos e as causas versus consequências deste Aquecimento Global que motivam as Alterações Climáticas (ou mudanças climáticas), continuarão numa tendência de longo prazo no aumento da temperatura global.

Recorde-se de que 2016 foi o ano mais quente do planeta desde que disso há registos, ou seja, desde 1880, segundo os incontestáveis dados científicos de que a NASA dispõe do Observatório da Terra. Todos os 10 anos mais quentes - do recorde de 139 anos - ocorreram desde o ano de 2005 já no século XXI,  tendo-se registado que os cinco mais quentes foram liminarmente os cinco mais recentes. Quer isto dizer que, «Estamos a «assar»!...

O que dizem as Academias Internacionais - Declaração Conjunta:

"A Mudança Climática é real. Sempre haverá incerteza na compreensão de um sistema tão complexo quanto o clima do mundo. No entanto, agora existem fortes evidências de que está ocorrendo (ou a ocorrer) o Aquecimento Global significativo. A evidência vem de medições directas do aumento de temperatura do ar na superfície; e da temperatura do oceano abaixo da superfície; e de fenómenos como o aumento dos globais níveis médios do mar, degelo de glaciares, e alterações em muitos sistemas físicos e biológicos. É provável que a Maior Parte do Aquecimento nas Últimas Décadas possa ser atribuído às Actividades Humanas (IPCC 2001)." (2005, reiteração conjunta das 11 Academias Internacionais de Ciência)

IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change): "O Aquecimento do Sistema Climático é inequívoco e, desde a década de 1950, muitas das mudanças observadas são sem precedentes ao longo de décadas a milénios. A Atmosfera e o Oceano aqueceram, as Quantidades de Neve e Gelo diminuíram e o Nível do Mar aumentou!"

Continua o IPCC em total certeza do que divulga no seu quinto relatório de avaliação: "A Influência Humana no Sistema Climático é clara, e as recentes emissões antropogénicas de gases de efeito de estufa são as mais altas da História. Mudanças Climáticas recentes tiveram impactos generalizados nos sistemas: humano e natural."

Segundo nos reporta o site da NASA (Global Climate Change/Vital Signs of the Planet):

"Tecnicamente um «consenso» é um acordo geral de opinião, mas o método científico afasta-nos disso para uma estrutura objectiva. Na Ciência, factos ou observações são explicados por uma hipótese (uma declaração de uma possível explicação para qualquer ou algum fenómeno natural), que pode ser testada e testada novamente até que seja refutada."

A taxativa conclusão: «À medida que os cientistas obtêm mais observações, eles elaboram uma explicação e adicionam detalhes para completar o quadro.Eventualmente, um grupo de hipóteses pode ser integrado e, generalizado, numa teoria científica - sob um princípio geral cientificamente aceitável ou num conjunto de princípios oferecidos para explicar os fenómenos.»

Sem mais assunto de momento, por muito que este mesmo assunto ainda não esteja completamente encerrado nas fileiras da ONU ou nos bastidores desta mesma Mundial Organização das Nações Unidas, há que o lapidar; pelo menos nas conclusões assumidas.

Conclusões essas ressurgidas (e/ou quiçá ressuscitadas) pela sibilar voz da activista sueca Greta Thunberg que, do púlpito do cume do mundo (ONU), se fez discursar em tom deveras emocional e intrusivo, numa agressividade incomum. E isto, perante uma plateia não muito entusiasmada ou voraz de mudanças sobre a «Mudança» - sobre algo que esclarecidamente também todos temos o dever de saber e de ouvir, ou reconhecer e tentar compreender o muito que por detrás do pano está, e nos é ainda não totalmente explicável ou desvendável.

Pode-se politizar e até revelar que nada passa do crivo económico ou para além deste que não sejam os clichés habituais sobre os tão estafados interesses financeiros de cada país (ou da própria globalização carbónica necessária e jamais morta que se apela refrear), para se saber que pouco ou muito pouco se faz para que algo mude efectivamente.

Ou, do que as Cimeiras do Clima envolvem em muito discurso e pouca acção numa roda-viva de gente, intenções e directrizes que muitas vezes ficam só no papel; e quando ficam, não são cumpridas, não sendo exequíveis, ou de facto muito pouco fazíveis na prática. Dai que até tenha gostado da entoação inflamada desta pequena mas simultaneamente grande menina, ainda não-mulher, que se fez ouvir a boa voz ao dizer:

"How Dare you??? (Como se atrevem?) (Como ousam...???) Sim Greta, como ousam?... (Ainda que teres ido de barco até Nova Iorque, até à ONU, não tenha motivado assim tanto interesse compactado de todas essas boas intenções climáticas - ou te tenhas deixado iludir pelos gases de efeito de estufa que não fizeste ou tentaste não fazer)

Para isso Greta, é preciso mais, muito mais, para que haja uma efectiva mudança de comportamentos e mentalidades, ainda que o Secretário Geral das Nações Unidas - o engenheiro português António Guterres -  te seja solidário e fraterno em igual sintonia e cumprimento.

E que, sem lhe conseguires ler os pensamentos, te tenha olhado de soslaio e pensasse introspectivo: "Que vou eu dizer às minhas netas amanhã...? A cruel verdade ou a doce mentira...?! Que se desistiu. Que se não teve força para quebrar lobbies. Que não fomos capazes de mudar. Que decepcionámos o planeta e a Humanidade! Que lhes direi eu???"

(Será que saberemos a resposta?... Penso que não. Pelo menos nos tempos mais próximos... onde os Sinais Vitais da Terra nos dizem já ser tarde demais para concessões ou para simples tolerâncias e omissões...)

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

The Best UFOs Compilation on the Whole World! Sept 2019

Iran shoots at a UFO on the border with Pakistan

Scientists Impaled Space Junk With a Harpoon, Here’s Why That Matters

Space Debris removal mission animation - RemoveDEBRIS

Space debris - efforts to clean up space

Perigo: Lixo no Espaço!

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Lixo no Espaço: um termo não muito apropriado mas chocante o suficiente para que compreendamos que, não obstante a imundice que geramos no planeta, nos tenhamos de defrontar agora com aquele que projectamos desmesuradamente no Espaço.

Na órbita baixa da Terra (a 2 mil km acima da superfície da Terra e na dispersão de 8 km/segundo), detritos que variam de pequenos satélites do tamanho de camiões até pequenos cristais de urina humana percorrem todo esse espaço sem que haja uma contenção ou, um maior refreio, desse contingente diminuir.

Perigoso é, já o sabemos. Calamitoso será, se nada fizermos para o erradicar e não banalizar como até agora o temos feito!

O último e mais recente incidente registado sucedeu na ocorrência de 2 de Setembro de 2019 (e a 320 km de altitude), que se perspectivou na alteração de trajectória de um dos satélites da ESA - o Éolo, satélite de observação da Terra.

E isto, em desvio de uma possível colisão com outro pertencente à SpaceX - O Starlink 44 (e que a SpaceX se recusou a remover numa atitude muito pouco digna e nada consensual com o que se estipula a nível internacional no grau e risco de eventos semelhantes).

A manobra foi um sucesso! Da ESA! Evitou-se assim o pior com um dos satélites Starlink - da já mencionada empresa de exploração espacial SpaceX, do multimilionário Elon Musk.

Frieza e poder racional operaram no seio da ESA (Agência Espacial Europeia) que tudo acelerou e alterou numa acção imediata e coerente com o que sempre se propôs: Evitar o desastre, a tragédia.  A tal ter ocorrido, ficaríamos todos mais pobres, muito mais, sem dúvida alguma!!!


                                      - Houston, temos um problema... com o lixo! -

A Democratização do Espaço tem destas coisas: a confusão instada devido à nova era dos pequenos lançadores (foguetões), dos micro-satélites, e das grandes constelações dos mesmos que reflectem uma ameaça cada vez mais real de colisões entre eles, gerando por conseguinte uma autêntica lixeira à solta no Espaço.

Regular o crescente tráfego de satélites é necessário e até prudente, assim como encontrar vias e eficazes soluções para o banir ou erradicar, mas será exequível tal?... É o que tentámos saber.

Em Prólogo: Do lixo espacial conhecido e, rastreado, 70% está localizado na órbita baixa da Terra que se estende por cerca de 2000 quilómetros acima da superfície do nosso planeta; mais exactamente entre 180 quilómetros e 2 mil km de altitude, na avultada concentração de objectos.

A situação criada é de tamanha urgência (e emergência!) que a NASA, ESA e JAXA tiveram de tomar medidas nesse sentido numa espécie de limpeza geral (faxina, em versão brasileira) com o desenvolvimento de uma linha de produtos de remoção de detritos espaciais consignada à Airbus (NASA), à missão de prova de tecnologia RemoveDEBRIS (ESA) e ainda à JAXA com a sua «corda electrónica» (EDT).

(Em registo sobre a imagem do texto): Ninguém se engane ou tente fingir que, o que se revela aqui em ilustração seja uma mera impressão de artista, mas, efectivamente, a imunda realidade espacial que nos é dada com base em dados fidedignos do que se está a passar por cima das nossas terrenas cabeças!...

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Fragmentos no Espaço: Centenas de milhares de objectos feitos pelo Homem estão neste momento em circulação espacial, desde satélites mortos a parafusos, chaves de fenda e porcas errantes. Tudo numa lixeira a céu aberto, que é o mesmo que aferir que estamos a criar uma lixeira espacial, estimulando a que haja de futuro um ou mais acidentes de alta gravidade - como a colisão de satélites - ou o mau funcionamento destes. A nada se fazer, estaremos a criar a nossa própria sepultura celestial...

Um Grande Problema!
Sim, o Lixo Espacial é já hoje um grande problema para o Homem, para aquele que o criou. Segundo dados divulgados numa reportagem da National Geographic de 25 de Abril de 2019, em 2009, quase 800 quilómetros acima da Sibéria, dois satélites colidiram a cerca de 40 mil km/h explodindo numa nuvem de milhares de pedaços de entulho.

Os culpados desse «TGV» espacial foram o inactivo satélite russo Cosmos 2251 e o satélite de comunicação americano Iridium 33, que então sofreram o grande impacto no dia 11 de Fevereiro de 2009. De acordo com a Secure World Foundation, a ocorrência verificou-se a 10 km/s. Mais tarde os dados revelariam de que foi esta a Primeira Vez que dois satélites colidiram no Espaço, fazendo-nos estar mais atentos para esta problemática do Lixo Espacial.

(De registar que o Cosmos 2251, o estatal satélite russo abandonado, ficou em órbita por uma década, colidindo então com o satélite comercial norte-americano Iridium 33, que era membro de uma constelação altamente lucrativa na composição de 66 satélites no fornecimento de serviços de telecomunicações)

Mais do que uma «Guerra Fria Espacial» (para quem tenha ainda a persistente ousadia de instar uma guerra das estrelas), há que estimar custos e consequências de nada se fazer para se evitar estas colisões, estes fragmentos que se espalham por todo o lado permanecendo ou jazendo no Espaço.

Sabe-se que mais de 23 mil fragmentos artificiais e com mais de 10 centímetros (um pouco mais largos que duas bolas de golfe) povoam o nosso planeta. Todavia o conhecimento havido sobre a dimensão destes fragmentos, intui-se existirem muitos outros de menor dimensão - cerca de 500 mil pedaços que medeiam entre 0,4 e 4 polegadas (10,16 cm) que se vão juntar a esses fragmentos maiores.

A Maioria desses detritos fica, como é sabido, a cerca de 320 quilómetros da superfície da Terra (órbita baixa da Terra). Aí se alocam muitos satélites como a frota do Sistema de Observação da Terra (NASA) versus Estação Espacial Internacional (ISS).

Reconhece-se de que, o Lixo Espacial, pode impactar muitos outros objectos a mais de 22.300 mph (ainda mais rápido do que um projéctil ou bala de um revolver em alta velocidade).

As colisões registadas com esses pequenos pedaços em geral deixam marcas indeléveis, ou seja, deixam buracos e/ou visíveis mossas em muitos satélites, telescópios, e muitos outros objectos que orbitam o nosso planeta. Por exemplo, em 2006, um pequeno pedaço de lixo espacial colidiu com a ISS, no que lhe causou graves danos ao ser-lhe arrancada um pedaço da janela fortemente reforçada.

O Lixo Espacial é hoje uma ameaça crescente para a Indústria Espacial Comercial que assim tem de investir mais e melhor tendo em conta estes «ataques» de detritos.

Essa maior consciência colectiva por parte de engenheiros e especialistas que trabalham nesse sector (aeronáutica) não tem poupado esforços para que se encontre uma ou mais soluções que possam sanar esses riscos - se não por completo pelo menos em parte - ou que minimizem os perigos de tais obstáculos.

Houve de facto essa percepção e esse consolidar científicos em face ao perigo, reforçados pelo que em Março de 2018 se verificou da responsabilidade da Índia, que viu explodir um seu satélite em cerca de 4000 fragmentos pelo Espaço. Como se observa, estamos todos em perigo...

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(Imagem: ESA) A impressionante imagem que nos revela a proporção dos danos causados por um pequeno pedaço de detrito/lixo espacial no painel solar do Telescópio Espacial Hubble. Desde logo se deduz quão perigosos são estes detritos que, a serem projectados contra uma nave espacial, poderão colocar em risco de vida as equipes de astronautas, assim como o sucesso das futuras missões espaciais.

Uma Lixeira Espacial
Não basta termos infectado o planeta Terra, para agora nos vermos confrontados com esta espécie de lixeira espacial que gravita por cima das nossas cabeças. E isto, desde que o Sputnik-1 - o primeiro satélite feito pelo Homem que foi gloriosamente lançado no Espaço - acabou invariavelmente por escapar da atracção gravitacional da Terra em 4 de Outubro de 1957.

Esta Nova Era Espacial trouxe-nos muitas alegrias mas, indefectivelmente também, muitas outras agonias que actualmente nos fazem ponderar sobre os mais de 4700 lançamentos que se fazem por todo o mundo. Estamos literalmente atulhados de lixo!

Infelizmente, a nossa Pegada Humana no Espaço é, em amargo exemplo, um enorme contentor de lixo, o que nos não pode deixar garbosamente orgulhosos mas, inevitavelmente envergonhados e não alheados, desta triste realidade de expansão espacial. É como fazer uma grande festa, com muitos amigos, muita comida e bebida, e depois de finda esta, tudo esteja numa imundice geral que ninguém quer limpar; que ninguém quer sequer olhar.

O Número de Lixo aumentou bastante nas últimas décadas devido ao efeito da colisão de satélites verificado em 2009, assim como, à destruição em 2007 do satélite meteorológico Fengyun-1 (China), durante um teste de míssil anti-satélite.

Em 27 de Março de 2019, a Índia anunciaria então com grande garbo que havia concluído com um suposto grande êxito também, um teste de míssil anti-satélite, criando para isso uma nova nuvem de pelo menos, 400 pedaços de detritos - o que veio aumentar assim o risco de impactos para a ISS em cerca de 44% de hipótese ao longo dos 10 dias precedentes. (De realçar que a ISS pode ser manobrada se estiver em perigo).

Há que afirmar também que, ao contrário do teste de Alta Altitude efectuado pela China em 2007, se acredite que os mísseis da Índia tenham o alvo de um satélite de Baixa Altitude - o Microsat-R, o que significa que a maioria desses detritos deve retornar à Atmosfera da Terra ao longo do tempo. Apesar dessa reiteração, Jim Bridenstine não foi nada contemplativo nas palavras, nem podia sê-lo, devido à perigosidade latente desse evento.

Assim sendo, e após o evento, o administrador da NASA - Jim Bridenstine - algo revoltado e nada conformado com esta situação, em face à negligente criação da nuvem de detritos, averbou de «Inaceitável!» a ocorrência, acrescentando também em termos muitos assertivos de que «Quando um país faz isso, outros países sentem que precisam fazê-lo também».

Do Programa de Detritos Orbitais que a NASA confirmou (23 mil fragmentos maiores que 10 cm) aos da ESA que calcula o número de objectos inúteis (34 mil do tamanho de uma bola de ténis e 900 mil com tamanhos entre 1 e 10 cm), além de 128 milhões de pedaços de detritos com menos de 1 centímetro, poder-se-à dizer que estamos atolados não só até ao pescoço mas para lá deste, ou seja, estejamos completamente envoltos num céu de lixo inenarrável!

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Retirar o Lixo do Espaço. Poderemos nós, humanos, parar de lançar porcarias para o Espaço? Poderemos nós, humanos, continuar a aviltar assim o Espaço enchendo-o de excrementos humanos de toda a ordem?!... E tendo essa consciência, será exequível uma espécie de tratamento indefectível e seguro que limpe de vez todos os dejectos espaciais que para lá mandámos?... Os especialistas dizem que sim, mas para isso há que unir esforços e muita vontade de desenvolver a tecnologia necessária para tal.

Em conformidade com o que hoje se observa, poder-se-à dizer que não há forma de dizer não ou não olhar com muita precisão para este problema. NASA, ESA e JAXA por ora estão atentas e já arregaçaram mangas numa ou mais soluções realizáveis, pois que o lixo se acumula e infecta os nossos céus, as nossas almas, dolorosamente também!

O que dizem os Cientistas...
Segundo os cientistas «Parte do lixo perde altitude ao longo do tempo e queima na atmosfera da Terra; contudo, há um excedente e uma multiplicidade de coisas lá em cima», pelo que urgem medidas úteis e eficazes de uma limpeza geral.

Mesmo sem novos lançamentos ou grandes explosões,  o Lixo Espacial já em baixa órbita terrestre é tão abundante que provavelmente continuará a se multiplicar ao longo dos séculos, à medida que os objectos orbitais vão colidindo.

Mas, se acrescermos a isto os Novos Lançamentos, o perigo ainda é maior. De realçar o recente lançamento da SpaceXStarlink, de Elon Musk, que implementou cerca de 60 satélites na baixa órbita terrestre com a finalidade de criação de um projecto de banda larga via-satélite.

Este foi sem dúvida, o primeiro de potencialmente milhares de satélites de banda larga, formando desta forma uma mega-constelação ao redor da Terra. Mas a SpaceX não é a única que tenta fazer isso. Mais se lhe seguem...

Os Satélites OneWeb, Telesat e o projecto Kuiper, da Amazon, estão também na corrida para a criação de mega-constelações para fornecer serviços de banda larga por todo o globo.

Simulações feitas em computador que nos fazem registar o que se passará dentro de 200 anos, sugerem que, durante esse período, os detritos com mais de 20 cm de diâmetro aumentarão 1,5 vezes. E que, acrescido a tudo isto, as partículas menores aumentarão ainda mais.

Lixo entre 4 a 8 polegadas (aproximadamente 10 a 20 cm),  deverá multiplicar 3,2 vezes; e os detritos com menos de 4 polegadas (menos de 10,16 cm) crescerão um factor de 13 a 20.

De acordo com o que foi publicado na revista Science em observação destes dados e sobre o estado do Lixo Espacial daqui a dois séculos, esta revista pronunciou-se assim «Na realidade, uma situação sem dúvida nenhuma pior, porque a sonda e os seus estágios orbitais continuarão a ser lançados».

É inquestionável subjectivamente que, cada vez mais, nos tornaremos ociosamente dependentes destas crescentes constelações acima de nós, sem obviamente as querermos hostilizar devido aos tantos benefícios que através delas obteremos no futuro. No entanto, há que consciencializar que, em vez de reprimirmos ou interromper futuros lançamentos, teremos de buscar uma solução viável e eficaz para remover (ou pelo menos reduzir) o Lixo Espacial.

É por esse grande e agora imperativo factor que a Airbus se compraz num envolvimento e, desenvolvimento jamais auferidos - assim como os bancos de investimento, engenheiros e cientistas de bootstrapping (framework front-end que facilita a vida dos que desenvolvem a Web a criar sites com tecnologia mobile (...); framework front-end com código aberto para desenvolvimento de componentes de interface e front-end para sites e aplicações Web).

E tudo isto num negócio ou empreendedorismo empresarial privado que pretende rastrear e arpoar (fisgar) lixo da órbita terrestre baixa ou LEO (Low Earth Orbit).

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A Hora chegou: Temos mesmo de limpar o Lixo Espacial! Várias agências espaciais envolvidas nesse projecto de retirar o lixo espacial do LEO (Low Earth Orbit) ou órbita terrestre baixa, têm estado muito activas. Airbus, o consórcio RemoveDEBRIS e a Astroscale têm-se movido no sentido de encontrar a melhor solução na erradicação (ou translação) do lixo espacial para a Atmosfera.

Seja como for, acreditamos que todos eles possuem a vontade e a determinação de serem bem sucedidos. Daí que haja um louvor e uma especial saudação a todos eles (incluindo todos aqueles que também estando envolvidos nesta mesma causa, por vezes não estão ou não são devidamente identificados).

A Remoção do Lixo Espacial
Retirar o Lixo Espacial hoje, será talvez a mais higiénica benesse que no futuro alcançaremos, acredito. Muitas opções têm surgido a bem dessa «limpeza» do Espaço. Ou do lixo que nele está e nós, humanos, para lá mandámos. Essa, é a única certeza que temos, que foi por nossa própria culpa que tal situação foi gerada. Cabe-nos agora remediar (e limpar!) o que por lá deixámos e tanto sujámos!

A JAXA - Agência Espacial do Japão - não querendo ficar de fora, está a dar o seu contributo máximo nessa linha. E isso, em testes com o que se pode chamar de «chicote espacial electrónico» que se estende numa dimensão semelhante a 6 campos de futebol e que tem a designação de «Corda Electrodinâmica» (EDT).

A linha electrificada com quase 2300 pés de comprimento (e com um peso de 44 libras ou 19,95 kg) que, quando implantado, terá o objectivo final de tirar detritos da órbita - ou todo o lixo espacial que suportar e conseguir - enviando-o depois para queimar na Atmosfera da Terra.

Seja com «Arpões», Ímanes gigantes ou redes receptoras deste lixo espacial, tudo é posto à prova para se debelar tamanho problema. Várias empresas têm entretanto estabelecido a prioridade na recolha do lixo espacial, competindo por isso entre si, na liderança de Remoção de Detritos Espaciais.

A Airbus neste momento tem em acção uma linha de desenvolvimento de produtos para Remoção de Detritos Espaciais, não apenas para lidar com o risco das próximas mega-constelações, mas também devido ao aumento previsto no congestionamento do tráfego no LEO (Low Earth Orbit) ou órbita terrestre baixa, também dita órbita baixa à volta da Terra.

De acordo com Matthew Stuttard, chefe de Sistemas Avançados - Engenharia de Sistemas Espaciais da Airbus (UK): "Eu sei que é um truísmo (cliché ou redundância), mas o Espaço é um grande lugar. De facto, embora haja muitos detritos em termos de números, o risco de detritos é realmente bastante baixo. A última colisão realmente grande foi em 2009."

Stuttard destacou ainda e, em face ao direito e directrizes internacionais, que «Os satélites mais novos são projectados para deixar de orbitar evitando assim colisões, mas sempre haverá uma taxa de falhas»; ou seja, existirá sempre uma margem de risco considerável.

"Os objectos nessa altitude permanecerão lá (LEO) se não forem «desorbitados» (desactivados dessas órbitas) com sucesso por centenas de anos, em eternidade, se eles estiverem nessa altitude. Existe interesse em descartar satélites comerciais da Low Earth Orbit, e esta é a primeira vez que isso tem sido potencialmente uma actividade comercial. Portanto, estamos a responder ao mercado."

A Comissão Europeia preocupada que está também com esta temática, abordou esta questão com muita seriedade e responsabilidade, custeando em quase 20 milhões de dólares a missão de prova de tecnologia RemoveDEBRIS.

O Conceito RemoveDEBRIS consiste em armar satélites mortos (inactivos) e detritos grandes, e depois rebocá-los da órbita desse cemitério espacial. Implantada na ISS no ano de 2018, a RemoveDEBRIS tem por assim dizer a missão quase completa, sendo liderada pelo Surrey Space Center, sendo também considerada como o produto de um consórcio académico-comercial que envolve sete membros, incluindo a Airbus.

A Astroscale, com sede em Tóquio (Japão), também se movimenta nesse sentido, planeando para muito breve lançar a sua missão de prova de tecnologia de duas Naves Espaciais (ELSA-d) no próximo ano; ou seja, já em 2020.

Este projecto, esta missão, consiste numa nave dita «prestadora de serviços» e uma «nave-cliente» (em espécie de serviço de limpeza ao domicílio que neste caso é no Espaço),  numa irreverente mas acredita-se eficaz missão, que testará as tecnologias de encontro de proximidade e, um mecanismo de acoplamento magnético, para assim demonstrar a capacidade de encontrar mas também capturar magneticamente detritos. Oxalá a missão tenha sucesso, é o nosso desejo!

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Regras no Espaço. Há quem afirme que não existem regras no Espaço, defendendo que é urgente fazê-lo e, tomar medidas nesse sentido. O que sucedeu no início de Setembro de 2019 entre o Éolo e o Starlink 44 é uma prova disso mesmo: há que estabelecer regras e preceitos, ou então o Espaço passará a ser um faroeste onde a lei que impera é o do mais forte ou do que se safa melhor, sem responsabilização ou mediação internacional. Haja decoro!

"Pela primeira vez, a ESA fez uma manobra para evitar a colisão entre um dos nossos satélites com uma mega-constelação de satélites da SpaceX." (Anúncio da ESA no Twitter)

Uma manobre de Sucesso!
Provou-se que sim. Mais uma vez, a ESA - Agência Espacial Europeia - provou estar à altura dos seus muitos desafios. Na iminência de uma possível colisão entre o satélite europeu Éolo e o satélite da SpaceX, o Starlink 44, os cientistas não tiveram dúvidas: alteraram a trajectória do seu satélite.

Especulou-se depois sobre a inflexibilidade dos engenheiros e mandantes-chefe da SpaceX em fazê-lo de imediato, para depois vir uma explicação mais consensual com o que efectivamente se passou entre estes dois circuitos espaciais da ESA/SpaceX. Mas já lá vamos.

Os Peritos em Resíduos Espaciais calcularam o risco de colisão entre os dois satélites, tendo determinado que, a opção mais viável ou segura, seria a de aumentar a altitude e passar por cima do satélite da SpaceX. Pouco depois provou-se que a manobra havia sido um inegável sucesso e que a colisão tinha sido efectivamente evitada.

A ESA explicou-nos então da raridade que é o fazer-se semelhante manobra com satélites em actividade, exacerbando que «Por norma, estas manobras são feitas quando existem satélites mortos ou fragmentos resultantes de colisões anteriores. Isto é expectável, tendo em conta que dos 20 mil objectos criados pelo Homem e que estão hoje no Espaço, só cerca de 2 mil correspondem a satélites em actividade. De realçar que, já em 2018, a ESA fez 28 destas manobras manuais que levam muito tempo a preparar».

"Não Há Regras no Espaço!" - A afirmação de Holger Krag, o responsável pelo Departamento de Resíduos Espaciais da ESA, que diz que o risco de colisão entre estes dois satélites era de 1 para 1000. Será de facto assim?...(questionamos nós). No entanto, Krag regista: "Pode parecer pouco, mas é 10 vezes superior ao limite estipulado pela agência para que seja necessária uma manobra para evitar a colisão."

É sabido de que o Starlink 44 foi em lançado em Maio de 2019, nove meses depois do Éolo, o satélite da ESA ocupar aquela trajectória, sendo que a SpaceX se recusou a mover o seu satélite depois de ter sido alertada para o risco de colisão. (O alerta tinha sido dado às duas agências espaciais pelos militares norte-americanos, responsáveis pelo controlo de tráfego aéreo).

Daí a explicação - mais em pormenor - da ESA: " Com base nisto, informámos a SpaceX que respondeu que não planeavam tomar medidas".

Deslumbramento espacial ou simplesmente a vital arrogância de quem se acha superior, pergunta-se...?! Sem querer partidarizar a questão ou ficar fã de um dos lados, esperou-se pela resposta. E a explicação viria então (arrogada ao jornal português «Público»), assumidamente demitida de qualquer culpabilização ou agente de transtorno que poderia provocar uma calamidade:

"A SpaceX está a investigar este problema e irá aplacar medidas correctivas. Ainda assim, se o operador da Starlink tivesse visto a comunicação, teríamos coordenado com a a ESA para ver qual seria a melhor forma: ou eles continuarem a manobra, ou fazermos nós a manobra."

(Todavia, explicariam também de que houve uma falha no sistema que não avisou de que havia um aumento da probabilidade de colisão)

Quando ainda não tinham sido dadas explicações para o sucedido por parte da SpaceX, Hoger Krag afirmava de que a decisão pudesse estar relacionada com o Sistema de Propulsão Eléctrico dos satélites de Elon Musk. Aferiu então de que estes poderiam não reagir tão rapidamente quanto o de Propulsão Química do Éolo, da ESA - o satélite europeu que tem como missão observar o perfil dos ventos à escala global.

Quando se sabe que nos próximos anos o objectivo da SpaceX é lançar mais de 12000 satélites para o fornecimento de Internet de alta velocidade, talvez que não seja despiciente de todo o ter-se uma atenção redobrada sobre a permanência destes satélites no Espaço; mais uma vez há que dizer: urge haver regras!

Urge haver uma maior disciplina e correcção sobre desvios ou trajectórias que perspectivem colisões. Penso que o mundo não está preparado para isso, para a negligência ou um passar de culpas uns para outros, principalmente quando as causas forem aterradoras!...

"Não há regras no Espaço. Ninguém fez nada de mal. Não há uma regra que diz que alguém aqui estava primeiro. O Espaço não está organizado e acreditamos que precisamos de tecnologia para monitorizar este tráfego." (A insistente afirmação de Hoger Krag)

Segundo divulga o Público «A ESA mostrou grande preocupação por causa do aumento do número de satélites em órbita - incluindo estas mega-constelações que podem ter centenas de satélites. A este ritmo, dizem, tornar-se-à impossível fazer manobras manuais deste género; daí que se esteja a equacionar o uso de Inteligência Artificial»

Ficaremos mais sossegados assim?... Não sei responder, devido a todas as implicações que a IA ou AI (Artificial Intelligence) motiva e despoleta, pelo menos na opinião pública que teme que estes «cérebros» se voltem contra nós, humanos.

Em relação ao caos espacial de satélites vivos ou mortos, activos e inactivos, abandonados ou simplesmente a deambular pelos confins da baixa órbita terrestre, só me cabe inspirar estes senhores das agências espaciais para que tenham decoro.

Ao não haver regras implícitas determinantes que legislem e executem uma prerrogativa internacional de espaços e responsabilidades, o Espaço será em breve uma região maldita onde tudo parece caber mas sem rei nem roque; ou seja, onde não há lei nem sabedoria para se não cair no desmando e na desumanização, pois que a haver um acidente sobre as nossas cabeças, haverão certamente prejuízos financeiros (e humanos) que caberá responsabilizar.

A ser assim ou a assim continuar esta estranha situação de desvinculação total de autoridade e responsabilidade espaciais, nem quero imaginar o que em futuro próximo poderá ser (ou será em esbulho total) a invasão dos conquistadores humanos na Lua ou em Marte.

Espero bem que aprendam a lição e não sejam destruidores ou tão avassaladores quanto o perigo que nos espreita de lá de cima por haver tanto e tão inútil Lixo no Espaço.

Por ora, o perigo é da desunião e da fragmentação de vontades - e talvez nem tanto desse lixo, pelo que daqui se deduz, sendo algo de muito triste, muito aberrante, e excentricamente aviltante, que os nossos legisladores (ou quem de direito) não tomem medidas, no que deveriam avocar e saber aplicar. Ou então de nada serviu tanta tecnologia e tantos avanços sobre o Espaço. Haja união, meus senhores!!!

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Galactic News, Climate Fail, Storms, Volcano | S0 News Sep.12.2019

Animation of Exoplanet K2-18b (Artist’s Impression)

Alien World K2-18b ‘May Be More Hostile’ Than Earth

A Nova Exo-Terra Prometida

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Os Planetas K2-18b e K2-18c junto à estrela anã vermelha, na constelação de Leão. A notícia correu veloz e o mundo ficou a saber que mais um exoplaneta (fora do nosso sistema solar) detinha aquele elemento primordial de vida: moléculas de água!

A detecção feita pelo Hubble assim o enunciou e denunciou ao mundo, ao nosso mundo no dia 11 de Setembro de 2019, pelo que, inversamente ao que esta fatídica data nos faz recordar, nos aumenta a esperança de nela acreditar em oposição a outros horrores, a outras deposições que nos envergonham a todos. Neste caso não. Só há motivos para louvarmos mais este anúncio do mundo da Astrofísica que nos enche a todos de orgulho, pelo saber e pelo acreditar, que tudo pode ser possível a partir daqui...

                                                            Há Chuva no K2-18!?...

Descoberto em 2015 pelo inestimável Telescópio Espacial Kepler (o planeta K2-18b), a mil biliões de quilómetros de distância da Terra (34 parsec), e a 21 milhões de quilómetros da sua estrela - dentro da zona habitável daquele sistema estelar - ressurge agora por «mão» do Telescópio Espacial Hubble, numa observação incrível que pressupõe a existência de vapor de água na sua atmosfera.

Os cientistas aferem de que se trata de um planeta que se encontra dentro da Zona Habitável daquele sistema estelar, possuindo uma temperatura estimada entre -73,15 e 46,85 graus Celsius. Valores nada decepcionantes (ou desmotivadores) se tivermos em conta as temperaturas que se registam em Marte.

Todavia, ter vapor de água pode não sustentar a tese de que comporte vida; no entanto, algo se está a passar, pois poderá não ser totalmente incompatível com a existência de organismos vivos. Uma tese defendida por uns e contrariada por outros, sugere-nos que nada ainda sabemos de concreto.

Apesar disso, todas as emoções afloram na imaginação fértil que todos possuímos no desejo deste - ou de um outro idêntico planeta - nos ser um dia uma outra Terra...

Ou seja, para aqueles que acreditam piamente que o nosso futuro passa por estes «Novos Mundos descobertos pelo Homem», estamos de novo e admiravelmente também no limiar de uma «Nova Terra Prometida». E ainda que muito distante de nós, poderá, provavelmente e daqui a alguns séculos ou algumas décadas (se a nossa tecnologia avançar tão rapidamente quanto as recentes e fantásticas descobertas científicas), eclodir num êxodo planetário de expansão espacial jamais visto.

A assim suceder, e a ser-nos permitido a «Invasão desses mundos», teremos finalmente a ascensão e, a gloriosa pretensão, de criarmos colónias ou grandes cidades interplanetárias no Universo por onde a Humanidade evoluirá. E se adaptará. E, se não houver contradição ou refreio de outros seres, outras almas que nos persigam e coarctem o sonho, ela (civilização) desenvolverá certamente outras capacidades e faculdades fora da Terra.

Se será uma aplicada ambição humana ou uma mera alucinação de massas o acreditarmos nisso, não o sabemos. Todavia sentimos que o temos de fazer; é nossa obrigação, é o nosso dever de continuação e expansão. Se nunca deixarmos a casa dos pais, nunca saberemos quão belo e promissor é o mundo lá fora, aquele desconhecido mundo que espera por nós.

Poderá ser questionável os nossos propósitos mas jamais a necessidade que o ser humano tem de sair da sua zona de conforto terrestre para o Espaço, para o mundo interestelar. Penso que o Homem não se fez à imagem e semelhança de algo, para depois lhe serem fechadas as portas desse céu, desse tão vasto Universo que tão ilimitado é quanto a nossa esperança de nele podermos viajar, viver e aprender a sociabilizar com outros tão iguais ou tão diferentes de nós!...

Resultado de imagem para novo exoplaneta K2-18b e K2-18c
O nomeado K2-18b desta recente e fabulosa descoberta científica, que vem explanar assim uma quase oitava maravilha que, segundo os Astrónomos, se evidencia num raro vislumbre de moléculas de água nesse distante mundo. Mundo esse, que se localiza a 34 parsecs da Terra, ou seja, a 110 anos-luz de distância do nosso planeta, na constelação de Leão (Leo). Os Astrónomos ficaram boquiabertos mas deveras entusiasmados (supostamente) ao constatarem nele, no planeta K2-18b, a exuberância pluviosa de gotículas de água chovendo na atmosfera.

"Os resultados agora apresentados confirmam a existência de uma atmosfera detectável em torno do (planeta) K2-18b, tornando-a um dos mais interessantes alvos para futura caracterização atmosférica com o Telescópio Espacial James Webb ou a Missão Ariel da Agência Espacial Europeia (ESA).
                                         (Descrição dos autores na Nature Astronomy)

Fenómeno natural mas surpreendente!
De acordo com o que foi publicado na Nature Astronomy (e no arXiv.org, um repositório de artigos científicos), no dia 11 de Setembro de 2019, foram detectados pelo admirável Telescópio Espacial Hubble - esse grande espião do Cosmos que tudo observa - dois exoplanetas orbitando a sua estrela, sendo que num deles (K2-18b) foi detectado uma espécie de chuva. Ou seja, a presença de moléculas de água que em forma de vapor reproduziam gotículas que nós humanos apelidamos de chuva.

É reconhecido já por todos nós que estando este planeta na Zona Habitável da sua estrela (aquela região estelar tão cómoda à vida) nos realça a possibilidade na existência de água líquida; e isto, tendo em conta a distância do planeta à estrela.

A Existência de Água Líquida é sem dúvida um elemento primordial à vida, e que, em conjunto com o oxigénio, nos afiança também a probabilidade quase instantânea de haver uma Existência de Vida Extraterrestre - pontuada pela dependência de uma atmosfera rica em hidrogénio.

"Essa é a coisa mais empolgante desse planeta!" (Exclamação de Björn Bennek, astrónomo planetário da Universidade de Montreal, no Canadá, como interveniente e principal autor de um artigo publicado no arXiv, em 10 de Setembro de 2019, em que descreve essa descoberta e a sua observação sobre o planeta extra-solar K2-18b)

(Se os elementos lá existirem, então a vida cumprir-se-à! Não esqueçamos no entanto, que este e outros exoplanetas poderão exibir vida sim, mas sob outras condições, outras formas celulares e moleculares, ou outros desenvolvimentos adequados aos seus planetas e às suas estrelas. Iguais ou diferentes, o poder da vida fazer-se-à sempre, por muito que a diferença nos seja ainda algo com que temos de lidar ou, em muitos casos, saber tolerar!)

Segundo nos relata a Nature (International Journal of Science), em publicação de 11 de Setembro de 2019, uma equipe de cientistas concorrentes relatou a sua própria análise do planeta em questão em 11 de Setembro de 2019 na Nature Astronomy.

O principal autor do artigo - o astrónomo planetário Angelos Tsairas da University College London (UCL) - afere então: "A descoberta é de facto emocionante porque o planeta tem apenas o dobro do diâmetro da Terra, e porque pouco se sabe sobre a atmosfera de mundos tão pequenos."

Com os resultados obtidos através do referencial Telescópio Espacial Hubble, a equipe do University College London espera poder usar equipamentos mais sensíveis e procurar outras moléculas que não tenham sido agora encontradas. Para isso, vão contar com a preciosa ajuda do Telescópio Espacial James Webb/Missão Ariel da ESA.

Ainda de acordo com o que a Nature reporta «Os Astrónomos já haviam encontrado água nas atmosferas de exoplanetas, esses gigantes de gás; mas estudar a Atmosfera de um planeta distante fica mais difícil à medida que o planeta fica menor.

Os Cientistas têm-se testado a pressionar (e a configurar) os limites a que podem chegar, para tentar examinar planetas menores que Neptuno mas também os maiores que a Terra - uma categoria que se revela surpreendentemente comum entre os milhares de exoplanetas encontrados até agora.»

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Luz Intermitente: O que os Astrónomos observaram do planeta extra-solar K2-18b com a inestimável ajuda do Telescópio Espacial Hubble, assistindo ao planeta a passar de frente à sua estrela, no que temporariamente foi diminuindo a sua luz em oito ocasiões diferentes.

"O Grande Salto aqui é que se trata de um planeta mais pequeno (do que os gigantes gasosos), como Júpiter, que está à distância certa da sua estrela para se poder dizer que está na zona habitável." (Afirmação ao «Observador» de Nuno Santos, investigador no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), e professor na Faculdade de Ciências na Universidade do Porto, em Portugal, num comentário sobre a descoberta)

Uma Luz na escuridão... intermitente!
De acordo com a Nature, o astrónomo Björn Benneke e os seus colegas decidiram olhar para mais em pormenor para o planeta K2-18b porque precisamente ele «encaixava» nessa faixa de planetas maiores que a Terra, apesar da dificuldade extrema em se observar a sua atmosfera.

Analisando a luz da estrela que atravessa a Atmosfera, em termos mais gerais ou simplistas, segundo nos confidenciam os cientistas, poder-se-à afirmar que «A Atmosfera funciona como um filtro em que cada molécula absorve a Radiação da Estrela de maneira diferente.

Ler as cores que o filtro deixa passar, mais concretamente analisar o espectro de luz, permite perceber que moléculas estão presentes, porque cada uma tem um comportamento próprio - é quase como comparar Impressões Digitais»

Numa explicação que todos entendamos, o que os cientistas nos querem dizer, é que analisaram como a cor da luz da estrela mudou enquanto filtrava a Atmosfera do Planeta. Combinaram então isso com os dados do Telescópio Espacial Spitzer, que tem a função de examinar mais comprimentos de onda da luz.

Os Investigadores chegaram depois à conclusão de que estavam a observar o Vapor de Água na Atmosfera do Planeta, bem como os sinais dados de que esse vapor se estava a condensar em Água Líquida (a tal «chuva»).

Constatou-se ter sido A Primeira Vez que os Astrónomos viram tal! Ou seja, que viram reproduzir esse ciclo de água - na mudança do estado gasoso para o estado líquido e vice-versa.

A Equipe da UCL (que criou e publicou o segundo artigo), analisou os dados do Hubble do grupo de Benneke. As observações foram posteriormente enviadas para um arquivo acessível ao público imediatamente após terem sido recolhidas, segundo nos divulga a Nature.

Os Investigadores da UCL apresentaram então três explicações possíveis para o que estavam pela primeira vez a ver e a ser confrontados, sendo que todas elas podem ser igualitariamente possíveis, segundo redigem:

No primeiro cenário, acredita-se na possibilidade de não haver nuvens - e 20 a 50% da sua atmosfera é água; No segundo e terceiro cenários - que envolvem diferentes quantidades de nuvens na atmosfera e outras moléculas na atmosfera - a atmosfera do planeta contém entre 0,01% e 12,5% de água.

(Como se disse inicialmente, os investigadores admitem que qualquer delas possa ser passível de ser verdade ou ser viável sobre aquele planeta)

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Uma «Segunda» Terra? Nem por sombras. Infelizmente! No entanto os cientistas não desistem de nos encontrar uma ou mais possíveis «Terras» tão ou mais receptíveis para a vida humana lá fora. Há que acreditar ser possível, até porque, nada mais nos resta do que esperar que tal aconteça, pois que o nosso planeta Terra não é eterno em face aos perigos internos e externos que ocorrem.

"É altamente improvável que este mundo seja habitável de qualquer maneira ou, do que entendamos, com base na vida tal como a conhecemos." (Afirmação de Hannah Wakeford, astrónoma planetária do Instituto de Ciências do Telescópio Espacial em Baltimore, Maryland, nos Estados Unidos, que corrobora da opinião do planeta K2-18b poder não ser muito promissor)

As Inevitáveis e Grandes Questões!...
O investigador português Nuno Santos (em comentário ao Observador) lembra que estar na Zona Habitável e ter Vapor de Água não chega para dizer que pode ter vida. Acrescenta então: "Basta olharmos para Vénus, no nosso sistema solar,  que cumpre estes dois requisitos, mas que é claramente incompatível com a existência de organismos vivos!"

De facto, o planeta K2-18b poderá ainda não ser a nossa futura e almejada «Terra Prometida», pelo que os cientistas nos aferem deste já ter havido outrora Vapor de Água na sua atmosfera mas esta não ser suficiente no seu todo, ou seja, essa faculdade foi-lhe arrancada (na grande parte dessa água) pelos raios solares, deixando a sua superfície estéril.

Como nos recorda Nuno Santos, o planeta Vénus também não concebe vida não só pelas suas altíssimas temperaturas mas pelos iguais factores aqui mencionados. Tudo evapora; ou se volatiliza ou desaparece.

São de facto muitas as dúvidas: se existe ou não a quantidade suficiente de água líquida no planeta K2-18b, ou se este se apresenta ou não como planeta rochoso (semelhante à Terra), ou ainda se o seu núcleo se formata de igual forma à terrestre (em crosta, magma e subsolos, etc.) Sabe-se contudo que este possui um núcleo denso mas que o resto será provavelmente atmosfera e só isso.

"Detectar vida é um desafio muito interessante, porque não é muito claro qual é o elemento que podemos detectar que nos diga, sem ambiguidade, que existe vida nesse planeta. Provavelmente o melhor candidato neste momento é o Oxigénio. Se detectarmos oxigénio num planeta parecido com a nossa Terra, poderá ser uma indicação que existirá vida a produzir esse oxigénio. Mas mesmo isso não é completamente garantido." (Revela pessimista o investigador português Nuno Santos)

Em contraponto ou oposição (talvez um pouco mais branda e em mais optimista narrativa do que a de Nuno Santos), está a afirmação de Neale Gibson, astrofísico do Instituto Trinity College Dublin, da Universidade de Dublin, na Irlanda, que pressupõe enfaticamente:

"Ainda assim, encontrar água na atmosfera do planeta é extremamente empolgante! E o facto de duas equipes encontrarem o mesmo resultado é muito encorajador!"

Observações futuras credibilizarão certamente um maior conhecimento e uma maior realidade sobre este K2-18b. Os cientistas são unânimes em acreditar na possibilidade deste planeta poder evidenciar ainda mais elementos que os ajudarão a saber se ele poderá ou não e, um dia, ser adaptável à vida ou se a tem já em si em qualquer tipo de sustentação e habitabilidade para organismos vivos.

Para isso, o Telescópio Espacial James Webb irá dar a sua prestável contribuição na mais avançada tecnologia que dispõe, após o seu lançamento que está previsto para o ano de 2021.

Por conclusão: Seja ou não uma Nova Terra Prometida fora do nosso sistema solar, a confiança não esmorece. Os exoplanetas estão aí para o provar; uns glaciais e gelidamente inóspitos, outros, um inferno vulcânico de lava e cinza em frémito de vómito do diabo; outros ainda de vidro, de diamante, e outras tantas preciosidades que só poderemos admirar através do olho clínico dos Astrónomos e Astrofísicos em percepção cosmológica altamente recomendada.

E a todos temos de agradecer, aos mais pessimistas e aos mais optimistas, desse tão grande mundo da comunidade científica que nos diz - com toda a racionalidade possível - o nosso berço planetário (Terra) ser ainda o mais belo, e por ora o único com que podemos efectivamente sonhar viver. Mas um dia sairemos... viajaremos e consolidaremos essa certeza de outros berços, outros amparos planetários que por lá se encontram, no Universo, e esperam por nós.

É nisso que acredito ou persisto em acreditar, pelo que teimosamente sinto que não só a Terra poderá ser o nosso lar! Como alguém um dia disse: «O nosso lar é onde está o nosso coração!» Não é mesmo?! Penso que sim! Com toda a certeza do mundo! Do meu mundo!!!

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Genome Editing with CRISPR-Cas9

Introduction to Genome Editing Using CRISPR Cas9 HD

Crispr-Cas9 explained: the biggest revolution in gene editing

Cápsulas de Esperança


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CRISPR: As novas ferramentas que a comunidade científica tem hoje ao seu dispor para editar o Código Genético e que oferecem uma renovada esperança para Novos Tratamentos em doenças hereditárias, alguns tipos de cancro e até infecções virais mais difíceis de debelar. Cápsulas minúsculas - designadas nanocápsulas - concentradas de ferramentas de Edição de Genes, e que são actualmente a melhor oferenda (e alternativa!) à entrega viral da Terapia Genética. Mais um milagre da Ciência?... Supostamente que sim!

                                        Sistema CRISPR: Mecanismos de Reparação

Compreender o Sistema CRISPR nem sempre é fácil. Muitos falam em cortes cirúrgicos no nosso ADN na modificação genómica requerida, outros em espécie de correcção subliminar da célula através de específicos mecanismos de reparo, corrigindo a mutação verificada nesse ADN.

Para os leigos que muitos de nós somos, é isto. Mas é, simultaneamente, algo de exponencial valor de um enorme potencial em observação e investigação no mundo biomédico, que tem como intuito ou objectivo final a cura de múltiplas doenças; e que, com o domínio destas novas técnicas, abrirá o portão triunfal do conhecimento e aprimoramento das mesmas, inclusive para combater infecções virais como no pontual caso do HIV. Mas há mais, muito mais.

Cápsulas prenhes de esperança vão finalmente calcorrear o mundo da Terapia Genética, não sem antes os especialistas nos afiançarem estar deveras preocupados de que, o método típico para administrar essas terapias genéticas a tecidos específicos do corpo, se possa revelar de extrema complexidade, podendo causar consideráveis (e preocupantes) efeitos colaterais. Nunca há «bela sem senão» como se diz na minha terra.

Oxalá a Ciência evolua para nos desmentir de que, para dar um passo à frente, muitos outros para trás ficaram, pelo que o sistema CRISPR ainda nos poderá surpreender mas pela positiva; ainda mais do que as actuais descobertas que nos dizem estarmos de facto de esperanças, grávidos de toda a fé possível numa ciência médica já intransponível! Ou indomável!...

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CRISPR-CAs9: A mais revolucionária e fabulosa técnica que muitos justificam hoje como a mais nova e promissora arma ou ferramenta científica para combater infecções virais. Mas não se fica por aí. A Biociência é hoje a grande precursora na área da Terapia Genética; e para isso, conta com a ajuda do sistema CRISPR.

O Céu pode ser o limite, mas antes, com os pés bem assentes na terra, temos de ter a capacidade de saber até onde podemos ir. Passo a passo, tal como o Homem na Lua, este método será aquele passo de gigante que muitos investigadores neste sector tentam considerar. Talvez que não falte assim tanto para lá chegar!...

Em 2018, investigadores da Universidade de Temple, em Filadélfia (EUA),  anunciaram que haviam conseguido reeditar os genes do HIV presentes em animais vivos infectados por meio da utilização do sistema CRISPR-Cas9. Os resultados foram um êxito: A experiência em parceria com a Universidade de Pittsburgh (EUA) viria a registar que o vírus havia sido totalmente eliminado - o vírus dos ratinhos (camundongos) que tinham recebido previamente as células humanas infectadas com o HIV.

(De salientar que este estudo foi publicado na revista científica «Molecular Therapy» a qual divulga todos os pormenores da experiência/investigação)

CRISPR
Este sistema, esta técnica, é muito mais do que a sua sigla que determina ser «O Conjunto de Repetições Palindrómicas Regularmente Espaçadas» ou mais exactamente «Repetições Palindrómicas Curtas Agrupadas e Regularmente Inter-espaçadas» que consiste em pequenas porções do ADN bacteriano compostas por repetições de nucleotídeos. E que, registe-se, em associação com a proteína Cas, permite editar com precisão o ADN (DNA, em sigla inglesa).

Nas pesquisas feitas sobre o Genoma Humano, os cientistas são peremptórios em considerar e conceptualizar de que esta técnica consiste em introduzir nas células um sistema composto basicamente por dois ingredientes: uma Endonuclease, a enzima que corta a dupla fita do ADN (Cas), e um ARN-guia (RNA-guia) que contém uma sequência que interage com a enzima Cas.

Na prática, o ARN-guia recruta a enzima Cas que funciona como uma tesoura molecular à região-alvo do ADN onde haverá a quebra. Em consequência da quebra, entram em acção os mecanismos de reparo (ou reparação) do ADN da própria célula que vão por sua vez corrigir o dano ou anomalia, possibilitando assim tanto a introdução de Mutações Aleatórias (que levam ao truncamento da proteína codificada para determinado gene, desactivando-o), quanto introduzir ou corrigir mutações específicas.

Os cientistas que exploram esta área fazendo a laboriosa investigação (nos laboratórios mundiais de Biocências a que são adstritos) sobre esta nova técnica, são, em geral, optimistas e assertivos ao relatarem de que este novo sistema é actualmente considerado o mais simples, eficiente, rápido e de menor custo. E tudo isso, para assim gerar modificações específicas no Genoma de organismos-modelo e em diversos tipos de células.

(Acrescenta-se de que, as Modificações feitas no Genoma, são sempre decorrentes da tentativa de mecanismos de reparo da célula em corrigir a quebra no ADN)

Em relação ao sistema CRISPR-Cas9 (segundo o que os investigadores nos aferem), este é direccionado para promover a quebra do ADN viral - no caso instado das patologias desencadeadas por vírus - que pressupõe a idêntica lógica de defesa contra ataques virais em bactérias, destruindo assim o vírus. Este sistema pode então ser aplicado para combater Infecções Virais em Humanos!

No caso reportado em cima sobre a Edição Genética contra o HIV (e na qual se fazem já ensaios, experiências e imperativas investigações similares em primatas, havendo por objectivo final um ensaio clínico posterior em seres humanos), estimou-se de que a replicação do HIV-1 podia ser completamente suprimida e o vírus eliminado de células infectadas. Tudo isto representou um avanço significativo no combate ao HIV, ao promover a eliminação do vírus tanto durante a fase da infecção aguda quanto no estágio de latência, de acordo com os dados reportados da OMS.

(De salientar o que muitos investigadores nos relatam em cuidados e uma maior atenção para alguns obstáculos que ainda limitam o uso da metodologia como Terapia Anti-viral em seres humanos)

"Existe a possibilidade de um escape-viral, com o surgimento de variantes virais resistentes à clivagem pelo sistema. Outra preocupação é a entrega «in vivo» do mecanismo do sistema CRISPR-Cas9  na célula infectada do hospedeiro. Muitas vezes, a infecção viral ocorre em células circulantes, podendo ser desafiante combatê-la, uma vez que isso exige uma entrega eficaz em múltiplos órgãos. Uma alternativa seria a introdução «ex-vivo» de CRISPR-Cas9 em culturas de células-tronco hematopoiéticas ou, de células-tronco pluripotentes induzidas para a geração de populações de células resistentes ao vírus; e que poderiam ser, depois, administradas nos indivíduos infectados."
                   
(A pormenorizada explicação da investigadora Ângela Saito do Laboratório Nacional de Biociências - LNBio - em Campinas, São Paulo, Brasil. Saito reitera de que, a promissora cura do HIV, assim como um dos aspectos de maior destaque dessa metodologia, tem sido o seu potencial de cura para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS/SIDA), doença provocada pelo vírus HIV que já matou cerca de 35 milhões de pessoas desde o início da epidemia na década de 80 do século XX.)

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As Descobertas. As Investigações (muitas!) que não dão descanso aos nossos cientistas, e que nos referem que os avanços estão aí e é chegada a hora de se estabelecerem caminhos, direcções mas também convenções sobre uma ética que deve sempre ser ponderada e seguida, caso se excedam certos limites. A técnica CRISPR além da sua utilização no tratamento de infecções, tem o irrefutável poder de auxiliar também na maior precisão de diagnósticos.

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, desenvolveram recentemente um sistema baptizado de «Sherlock» que permite ao método CRISPR-Cas combinado a outra endonuclease (Cas13), vir a procurar ADN ou ARN viral - como os do vírus Zika ou mesmo os do Dengue -  em amostras de sangue, saliva e urina. O Sherlock tem-se mostrado assim capaz e, eficaz, de diferenciar subtipos e linhagens dos vírus analisados, bem como o de detectar fracções mínimas de carga viral, de acordo com os especialistas. Daí que as descobertas, muitas delas, surjam agora como verdadeiros bálsamos de esperança de vida.

As Descobertas que parecem milagres!
6 de Setembro de 2019: A revista Nature (Nature Communications) presenteou-nos com um belíssimo mas igualmente intrínseco artigo sobre «A Mitigação da Toxicidade fora do do alvo em telas CRISPR-Cas9 para elementos não-codificantes essenciais». Sendo fiel ao texto mas apenas reportando o seu resumo, esta descoberta ou aprumada investigação sugere-nos de que se pesquisou arduamente o Cas9, dCas9 e CRISPRi/ uma actividade fora do alvo em telas para elementos regulatórios essenciais.

Acrescenta-se neste peculiar artigo científico de que, as telas combinadas de CRISPR-Cas9 «São um método poderoso para caracterizar funcionalmente elementos reguladores no Genoma não-codificante, mas os efeitos fora do alvo nessas experiências não foram avaliados sistematicamente.»

Assim sendo, aqui vai a explicação científica: "Os sgRNAs com os maiores efeitos em triagens em escala de genoma para âncoras de alça CTCF (essenciais em células K562) não eram RNAs-guia únicos (sgRNAs) que interrompiam a expressão génica perto da âncora CTCF no alvo. Em vez disso, esses sgRNAs possuíam alta actividade fora do alvo que, embora apenas ligeiramente correlacionada com o número absoluto de «sites» fora do alvo, poderia ser prevista pelo recentemente desenvolvido escore de especificidade do GuideScan.

As telas conduzidas em paralelo ao CRISPRi/ a, que não induzem quebras de ADN de fita dupla, revelou que um conjunto distinto de alvos externos, também causa fortes efeitos de condicionamento confuso com essas ferramentas de Edição de Epigenoma. De maneira promissória, a filtragem de bibliotecas CRISPRi usando as pontuações de especificidade do GuideScan, removeu esses sgRNAs confusos e permitiu a identificação de elementos reguladores essenciais."

(Investigadores deste estudo: Josh Ticko, Michael Wainberg, Georgi K. Marinovi, Oana Ursu, Gaelen T. Hess, Braeden K. Ego, Aradhana, Amy Li, Alisa Truong, Alexandro E. Trevino, Kaitlyn Spees, David Yao, Irene M. Kaplow, Peyton G. Greenside, David W. Morgens, Douglas H. Phanstiel, Michael P. Snyder, Lacramioara Bintu, William J. Greenleaf, Anshul Kundaje and Michael C. Bassik)

Penso ter sido esclarecedora. Ou não, consoante o interesse ou o diligente conhecimento de cada um. Sem estigmatizar ninguém, há que referir que estes textos são sumamente fidedignos e ressalvados dos dados que exibem na tradução que deles fiz. Os Resumos estão expressos na Nature Communications de 6 de Setembro de 2019. O texto é longo mas merece o vosso reconhecimento.

Neste mesmo dia (em 6 de Setembro de 2019), a Nature Communications anunciava-nos em ex aequo um outro artigo afixado de «Células-tronco hematopoiéticas editadas pelo Genoma Humano Mucopolissacaridose tipo I fenotipicamente correcta». No artigo em questão começa-se por relatar que, As deficiências de Enzimas, compreendem um grande grupo de distúrbios genéticos que geralmente carecem de tratamentos eficazes. Refere este resumo analítico de que:

"Uma abordagem potencial de tratamento é projectar o sistema hematopoiético do próprio paciente para expressar altos níveis da enzima deficiente, corrigindo desse modo, o efeito bioquímico e interrompendo a progressão da doença. Aqui, apresentamos uma abordagem eficiente de Edição de Genoma ex vivo usando CRISPR-Cas9, que tem como alvo a enzima lisossómica Iduronidase no CCR5 local seguro em células estaminais e progenitoras hematopoiéticas CD34 + humanas.

As Células Modificadas ocultam níveis de enzimas supra-endógenas, mantêm o repovoamento a longo prazo e o potencial de diferenciação de várias linhagens, e podem melhorar anormalidades bioquímicas e fenotípicas num modelo de camundongo (ratinho) imuno-comprometido da Mucopolissacaridose tipo I. Estes estudos fornecem suporte para o desenvolvimento de genoma editado por genoma. Células-tronco e progenitoras hematopoiéticas CD34 + como um tratamento potencial para a Mucopolissacaridose tipo I. A abordagem de porto seguro constitui uma plataforma flexível para a expressão de Enzimas  Lisossómicas, tornando-a aplicável a outros distúrbios de armazenamento lisossómico."

(Investigação de Natália Gomez Ospina, Samantha G. Scharenberg, Nathalie Mostrel, Rasmus O. Bak, Sruthi Mantri, Rolen M. Quadros, Channabasavaia B. Gurumurthy, Ciaran Lee, Gang Bao, Carlos J. Suarez, Shaukat Kan, Kazuki Zawamoto, Shunji Tomatsu, Nitin Raj, Laura D. Attardi, Laure Aurelian e Matthew H. Porteus)

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As Cápsulas-maravilha! Investigadores da Universidade de Wisconsin-Madison abordaram de forma exemplar a problemática que até aí os sustinha de irem mais longe: a complicação de causa-efeito ao administrar Terapia Genética a tecidos específicos do corpo pelo tradicional método que levava, quase sempre, a efeitos colaterais preocupantes.

Vai daí, agrupando agora uma carga útil de Edição de Genes numa nano-cápsula tecnológica (ou nanocapsule technology, em inglês, e que em português também se pode determinar numa só palavra de «nanocápsula») sintética e personalizável, que eles, os cientistas, descreveram como o sistema de entrega e sua carga. Tudo isto, exposto garbosamente numa publicação que data de 9 de Setembro de 2019 na revista científica «Nature Nanotechnology».

(Desde já os meus sinceros parabéns por mais esta divina amostragem que prova de como é ainda possível acreditar que, em futuro próximo, hajam efectivamente «Cápsulas de Esperança» para a Humanidade!...)

As Cápsulas-maravilha!
Cápsulas minúsculas cheias de ferramentas de Edição de Genes oferecem hoje à Humanidade um préstimo incomensurável. A prova está aqui, na alternativa que ofertam à entrega viral da Terapia Genética. Quem o afirma são os seus intervenientes que muito soaram por certo para terem chegado a esta feliz conclusão.

"Para editar um gene numa célula, a ferramenta de edição precisa ser empregue dentro da célula com segurança e eficiência." (A explicação de Shaoqin (Sarah) Gong, professora de engenharia biomédica e investigadora do Instituto de Descoberta de Wisconsin em UW - Madison, nos Estados Unidos.)

O seu laboratório é especializado em projectar e construir sistemas de distribuição em nano-escala para terapia direccionada. Além de Sarah Gong, Krishanu Saha também o corrobora, este seu colega e igual professor de engenharia biomédica desta mesma universidade norte-americana (que acumula o cargo de co-presidente do comité director de um consórcio nacional de Edição de Genomas) e nos diz em maior esclarecimento:

"A edição do tecido errado no corpo após a injecção de terapias genéticas é motivo de grande preocupação. Se os órgãos reprodutivos forem editados inadvertidamente, o paciente passaria as Edições Genéticas para os seus filhos e para todas as gerações subsequentes."

De acordo com Sarah Gong: "A maior parte de Edição do Genoma é feita com vectores virais. Os vírus têm biliões de anos de experiência invadindo as células e cooptando o próprio mecanismo da célula para fazer novas cópias do vírus. Na Terapia Genética, os vírus podem ser alterados para transportar Máquinas de Edição de Genoma, em vez de seus próprios genes virais para as células. O Mecanismo de Edição pode alterar o ADN da célula para, digamos, corrigir um problema no Código Genético que causa ou contribui para a doença."

Acrescenta ainda em tom mais assertivo: "Os vectores virais são atraentes porque podem ser muito eficientes, mas também estão associados a uma série de preocupações de segurança, incluindo respostas imunes indesejáveis!"

Segundo os especialistas «Novos Alvos Celulares também podem exigir alterações laboriosas dos vectores virais, e a fabricação de vectores virais sob medida, pode ser bem complicada. Explica Saha por sua vez: "É muito difícil - se não impossível - personalizar muitos vectores virais para entrega a uma célula ou, a um tecido específico do corpo."

O Laboratório de Sarah Gong cobriu uma carga útil de Terapia Genética - ou seja, uma versão da ferramenta de Edição de Genes CRISPR-Cas9 com ARN-guia projectado no laboratório de Saha - com uma fina concha de polímero, resultando numa cápsula com cerca de 25 nanómetros de diâmetro. A Superfície da Nanocápsula pode ser decorada com grupos funcionais - como peptídeos - que dão às nanopartículas a capacidade de atingir certo tipo de células.

A Nanocápsula permanece intacta fora das células - na corrente sanguínea, por exemplo - apenas desmoronando dentro da célula-alvo quando desencadeada por uma molécula chamada «Glutationa». A carga útil libertada move-se então para o núcleo para editar o ADN da célula. Espera-se que, as nanocápsulas, reduzam as edições genéticas não planeadas devido à sua curta vida útil no citoplasma de uma célula.

Finalizando esta epopeia em investigação e projecto, há que registar de que tudo isto exulta de uma unida e colaborante junção de esforços e empenho que combinou a experiência da UW - Madison em química, engenharia, biologia e medicina, além do trabalho em equipa do professor de pediatria e oftalmologia Bikash R. Pattnaik e o professor de biociência comparada Masatoshi Suzuki. Todos trabalharam eficazmente para demonstrar a Edição de Genes nos olhos e nos músculos esqueléticos dos ratinhos, respectivamente, usando as tais tão milagrosas nanocápsulas.

Como as Nanocápsulas podem ser liofilizadas, elas podem ser convenientemente purificadas, armazenadas e transportadas como um pó, proporcionando assim flexibilidade para o controle da dosagem. Os Investigadores com a Wisconsin Alumni Research Foundation têm uma patente pendente nas nanopartículas.

"O tamanho pequeno, a estabilidade superior, a versatilidade na modificação da superfície e, a alta eficiência de Edição das Nanocápsulas, tornam-as uma plataforma promissora para muitos tipos de Terapias Genéticas." (A ressalva de Gong)

A equipe tem como objectivo então, o optimizar ainda mais as Nanocápsulas nas pesquisas ou futuras investigações (já em andamento) para uma edição eficiente no cérebro e nos olhos. Quem disse que era magia ou milagre algo assim...? É só esperar mais um pouco e teremos as nanocápsulas salvadoras em protocolos hospitalares que estabelecerão a intervenção/procedimento intracraniano e ocular numa clarividência absoluta do que pode hoje a Ciência no vasto mundo das Terapias Genéticas.

Sem mais assunto de momento, despeço-me com toda a reverência possível e desejada de que, muito devemos a estes homens e mulheres da Ciência, sobre um futuro que é presente, que é nosso e a cada dia nos dignifica mais como Humanidade que somos.

Se não são Cápsulas de Esperança, que serão elas - ou que melhor as identificará - se não a própria vida em nano-dimensão, em nano-espaço, em nanotecnologia magistral que um dia alguém nos sussurrou existir e nós, distraídos, nem a julgávamos conhecer quanto mais conceber!?...

É nisso que a esperança cabe, em surgir do nada, ou simplesmente em reconhecer-se através da exiguidade de nanocápsulas que, na sua pequenez, são poderosas ferramentas biológicas ou sopros de almas de vida e renascimento.

Só assim se compreende por que razão há esperança, ou por que lógica esta se rege sem tamanho haver para tamanha fé e sublimação. É nisso que a esperança sobrevive, em saber que há génios, grandes, que trabalham e lutam por todos nós. A todos eles, que a Esperança nunca os deixe, nem na cápsula do tempo nem numa outra qualquer, pois que todos precisamos deles! Sempre!!!