Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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terça-feira, 18 de setembro de 2018
Hello, Earth!...
«Hello, Earth!» (Olá, Terra!) Ou isto, ou algo de muito parecido, o que poderá ser emitido por «Eles», aqueles outros espalhados pelo vasto e incomensurável cosmos que, estranhamente perceptivos ou receptivos, terão recebido o nosso terrestre sinal.
Aquele mesmo que, através do pioneiro e já lendário disco dourado terrestre foi lançado para o Espaço, e viaja insuspeita e inexoravelmente por essa imensidão cósmica a bordo das naves Voyager, da NASA, desde 1977 (e quiçá pelo SETI em aventura desmesurada de trocar confidências terrenas). Carl Sagan foi o grande precursor, mas hoje, ao que se sabe, essa gravação original está tão distante que já deixou o nosso Sistema Solar.
Fomos escutados. Todavia, que consequências isso nos trará, se acaso a nossa mensagem tiver sido mal interpretada - ou apenas insidiosamente receptada - sobre objectivos ou agenda extraterrestre com outros propósitos que não os da pura amizade ou da franca e aberta fraternidade interestelar???
Mensagens para o Espaço
(Setembro de 2018): Os cientistas do SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), da Califórnia, detectaram 72 sinais de rádio que se presume serem de hipotéticas civilizações extraterrestres. Assim foi advogado e divulgado.
Desta vez não fomos nós os escutados, foram «Eles». Supostamente «Eles». Afinal, que maior receio se poderá ter de «Ser ou não ser escutado»; o sermos nós ou «Eles», em sinais claros (mais ou menos evidentes) de vida inteligente extraterrestre. Se é bom ou mau, isso já é uma outra questão...
Em dados publicados pela Sky News em 2017 - emitidos pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos - a divulgação sugestionava já ter havido algo de semelhante ou muito idêntico aos sinais agora mencionados, e que este tipo de sinais agora captados/detectados poderiam ter origem (ou revelação de causa-efeito) na libertação de energia de transmissores extraterrestres, que por sua vez enviam naves espaciais com velas gigantes em viagens interestelares.
"A natureza do objecto que emite estes sinais é desconhecida mas há muitas teorias, incluindo que podem ser assinaturas da tecnologia desenvolvida por vida inteligente extraterrestre."
(Comunicado do Instituto SETI, dos EUA)
À priori tudo é passível de ser verdade - de estarmos em face à possível existência de vida inteligente extraterrestre pelo que os cientistas do SETI nos transmitiram neste corrente ano de 2018, sobre um imensurável número de dados - em acervo tecnológico assaz surpreendente - que é composto por 400 terabytes (400 biliões de bytes) relativos a ondas de rádio emitidas a partir de uma Galáxia anã, a cerca de 3 mil milhões de anos-luz da Terra.
A Explicação Científica: Os sinais de rádio conhecidos por RFB - Fast Radio Bursts (ou em português, Rajadas Rápidas de Rádio) - foram detectados pelo telescópio «Green Bank», na Virgínia Ocidental dos Estados Unidos, depois de eliminados os sinais das comunicações sem fios para assim se evitarem interferências no instrumento/aparelho.
«Parecem ser brilhantes e rápidos», a afinada argumentação dos cientistas envolvidos, sabendo-se estes terem sido descobertos pela primeira vez em 2007. Os cientistas do projecto «Breakthrough Listen» do Instituto SETI estimam que estes fantásticos sinais de rádio tenham origem em galáxias distantes, embora não saibam ao certo o que as provoca.
Daí que hajam muitas questões em aberto se, serão ou não provocados e premeditados por vida inteligente com determinado fim, nada sendo deliberadamente aleatório, ou o seu inverso, numa ainda desconhecida analogia e morfologia cósmicas.
Estaremos assim a abrir a mais poderosa e inimaginável Caixa de Pandora Cósmica, a mais inacreditável Arca da Aliança Estelar - e todos os admiráveis mas também assustadores vórtices interestelares ou wormholes até de outras dimensões - numa corrida sem freio nem pudor de encontro à nossa amada Terra?!... Que riscos corremos se acaso houver de facto uma ou mais vozes captadas ou interceptadas do outro lado do Tudo???
Que perigos e que avisos nos foram deixados por outros (e que tantos de nós banalizámos) que, mais cépticos, ou talvez mais conscientes desta outra realidade, nos alertaram já para a grande perigosidade de abrirmos às escâncaras este nosso belo e mui pequeno planeta de um só Sol?!...
Estaremos seguros desses riscos, dessas consequências??? Que dizer ou fazer caso «Eles» não nos sejam amistosos, ou simpáticos ou até altruístas???
Ou nada disso importa além o conhecimento (e até a nossa própria sobrevivência!) se houver uma invasão alienígena - como tantos filmes de ficção científica reportam - em que depois de tanto sangue derramado, tanta mortandade e tanto genocídio na Terra, nós, os humanos, acabamos por vencer os vis invasores com uma ideia mirabolante de uma doméstica estratégia à MacGyver do futuro que se lembrou de aparecer?!... Haverá alguma hipótese de diálogo...???
Estaremos cientes disso, de que nada nos salvará se acaso «Eles» quiserem mesmo aparecer? E colonizarem-nos?! E Hibridizarem-nos?!... Se quiserem em seu benefício e, favor, virar a sua poderosa e avançada tecnologia contra nós...??? Ou nada disso existe (apenas na mente de alguns de nós), pois que «Eles» já andam por aí - segundo outros afirmam - e não se fazem ver nem ouvir, vivendo ou sobrevivendo subrepticiamente...
O Telescópio Green Bank (Green Bank Telescope of Nacional Radio Astronomy Observatory), na Virgínia Ocidental (EUA). Sendo o maior Radiotelescópio do Mundo - o Green Bank - tem um diâmetro de 100 metros, sendo também agora a vedeta nacional e internacional por nos ter dado esta maravilha que veio do Espaço: 72 sinais que, muitos dos cientistas envolvidos neste último estudo astrofísico de 2018, dão a consistência e a veracidade plenas de se poder tratar de sons obtidos das civilizações interestelares; civilizações inteligentes portanto.
Imaginação ou Realidade?
Mesmo admitindo que a natureza do objecto ainda seja desconhecida, o SETI reafirma que não se trata de ilusão ou mera especulação tal demanda científica agora detectada.
Esclarece-nos também de que existem muitas teorias sobre estes sinais, podendo ser ou não o crivo simbólico mas factual de uma assinatura tecnológica desenvolvida por vida inteligente extraterrestre no Cosmos. (Apesar de tudo isto dar azo a muito debate, não se poderá ignorar nunca estes sinais seja lá qual for a proveniência, arremessamos nós ou todos aqueles em busca da verdade.)
No entanto, os cientistas arrogam-se também no direito de acrescentar que, para além de qualquer produto que pudesse emergir sobre pura especulação ou extravasada imaginação, este projecto ser viável e uma já quase realidade, pois já existe um projecto experimental desde 2010 da JAXA (agência espacial japonesa) que tem utilizado a sonda IKAROS (Interplanetary Kite-craft Accelarated by Radiation Of The Sun) que vai precisamente testar esta tecnologia.
A Sonda IKAROS foi lançada de facto em 2010, sendo movida por uma grande vela solar quadrada com 800 metros de lado - um tipo de propulsão que usa a pressão da radiação solar sobre largos espelhos para gerar uma Aceleração Constante que permite à sonda alcançar grande velocidade.
Mesmo que tenha havido já outros sons, outra suposta comunicação, nada ficará como dantes. Como no célebre caso de há cerca de 41 anos referente ao astrónomo e cientista Jerry Ehman, da Universidade do Estado de Ohio, nos EUA, que fez uma detecção incomum - ou até aí fora de qualquer parâmetro já escutado - obtendo um som magnânimo que ele interpretou como «Wow» através do radiotelescópio Big Ear, num grupo de estrelas da constelação do Sagitário (Chi Sagittarii).
Só muito depois se confirmou (em 2016) que se tratava apenas e tão-só, de um fenómeno provocado pela passagem de dois cometas. Eram eles: 266P Christensen e o 335P Gibbs, na fabulosa descoberta feita por António Paris, investigador da Universidade de São Petersburgo, na Florida (EUA).
Os Cometas referidos estão assim envolvidos por uma espessa nuvem de hidrogénio que pode emitir ondas de rádio na mesma frequência que o radiotelescópio Big Ear do astrónomo Jerry Ehman.
Nesse mesmo ano, o telescópio russo Ratan-600 detectou um forte sinal de rádio proveniente da estrela HD 164595b, da constelação Hércules, a 95 anos-luz de distância da Terra.
Esta estrela possui pelo menos um planeta do tamanho do Neptuno. Ao que parece e segundo os cientistas, terá as condições adequadas para a emergência de vida.
Novamente, os cientistas argumentam terem de ser cautelosos sobre a potencialidade destes sinais serem ou não de proveniência estelar ou de vida inteligente extraterrestre, pois carece de maior investigação todos os dados até agora recolhidos.
(Nada se pode fazer ao acaso nem com displicência, há que o dizer; ou se, se pode afirmar com toda a certeza se é ou não uma comunicação extraterrestre. Só assim se obterá a verdade, intui-se.)
A Comunicação/Interacção entre nós (humanos) e «Eles», em inúmeras civilizações cósmicas ou interestelares. A utilização da IA (Inteligência Artificial) é um dado adquirido. Sem dúvida que «Eles» serão bem mais inteligentes do que nós... ou então, apenas têm a maior facilidade e, felicidade, de saberem jogar melhor com os números, com as matemáticas, com um especial ou excêntrico savoir fair estelar que nós, humanos, nem sonhamos. Mas para lá caminhamos... quero acreditar.
"A utilização da Inteligência Artificial mostra que pode existir grande quantidade de sinais de rádio adicionais, que os nossos actuais algoritmos não detectam, e pode ajudar-nos a perceber com mais detalhe o comportamento dos sinais de rádio FRB." (Explicação de Bill Diamond, presidente executivo do Instituto SETI)
Um Algoritmo muito especial!
«Machine Learning» ou sistema de aprendizagem automático no subcampo da Ciência mas do completo domínio da Computação (em sistema computacional), é actual e frequentemente utilizado na Inteligência Artificial. Hoje, já poucos ignoram os desenvolvimentos nessa área.
Daí que este sistema de Machine Learning tenha sido usado, segundo o SETI, na detecção destes 72 misteriosos sinais de rádio que o telescópio Green Bank captou na Virgínia Ocidental. Assim como um novo algoritmo desenvolvido pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos EUA.
Identificar-se-à então e muito provavelmente a partir daqui, explicam os investigadores, um manancial de novas oportunidades - e quiçá conclusões - sobre a verdadeira origem destes sinais e sua proveniência. Os cientistas dizem-se optimistas. Acreditemos neles então.
A Equação Drake: Desde 1961 que existe uma poderosa ferramenta de comunicação entre nós e «Eles» - os tais deuses, ou seres superiores, seres inteligentes do Cosmos.
Se ela existia não o sabíamos, pelo menos até aí, mas que houve alguém que nisso acreditou, esse alguém foi Frank Drake, o fundador do SETI que criou a não menos famosa «Equação Drake», que calcula o número de civilizações extraterrestres na Via Láctea com as quais podemos eventualmente estabelecer contacto.
O Cálculo - embora um pouco complexo para os leigos que muitos de nós somos - haverá a noção exequível do que tem ou deve de ser relatado. Aqui vai: O cálculo baseia-se a partir das estimativas da taxa de formação de estrelas na nossa galáxia, da fracção de tais estrelas que possuem planetas em órbita, e do número médio de planetas que potencialmente permitem o desenvolvimento de vida em cada estrela que tem planetas.
Mas também, da fracção dos planetas com potencial para a vida que a desenvolveram, da fracção dos planetas que desenvolvem vida inteligente; da fracção dos planetas que desenvolvem vida inteligente e que têm vontade e os meios necessários para estabelecer comunicações, e por último, do tempo esperado de vida para tal civilização.
Novos Mundos. Os sinais são claros. Ouvem-se. Mas existirão...? E a que distância? Poderá haver interacção, compreensão e a estimativa certa de que tudo vai correr bem para o nosso lado?... Não o sabemos. Recuar não é a prioridade nem sequer a contingência reverberada pelos cientistas que tudo fazem para que haja luz sobre esta nossa luz terrestre; que não trevas, ou foi tudo em vão, dolorosamente em vão para com todos os esforços de podermos ser mais e melhores, conhecendo outras origens, outras formas de vida...
Novos Mundos ou apenas o início do fim....???
Damos um passo e recuamos dois. Damos outro passo e continuamos a olhar para trás, na missiva que não é alternativa - mas nos dá um certo conforto - de sentir que podemos voltar atrás e fechar atrás de nós essa larga e ficcional porta planetária da qual, encerrada, nos sentimos mais protegidos e banidos de qualquer maldade extraplanetária. Mas essa porta não fecha. Está aberta, aberta a outros mundos... bons ou maus...
Novos mundos que agora os cientistas admitem que se deixam ouvir mas deixar-se-ão ver? Não se sabe. Apenas se teoriza. Com tudo o que isso acarreta de positivo ou negativo, caso as dimensões se avolumem e se alternem; e nós, seres humanos, em nada contribuímos para que tal suceda, apenas nos limitamos a escutar...
Muitos planetas estão a muitos milhares de anos-luz da Terra, como é do conhecimento geral. Mas, através de vórtices temporais, buracos de minhoca - o topológico e hipotético atalho espaço-tempo - wormholes (que é a mesma coisa) na especulativa estrutura que separa os dois pontos mas que ligados entre si nos dão aquela também hipotética «Viagem no Tempo», e tudo isso, na mais evidente e futura revelação do que o Homem irá entender e, assomar, se o deixarem.
Linda Moulton Howe tem-nos alertado para os seus perigos. Para todos os perigos. Mas nós prosseguimos na alocução e perseguição desenfreadas de querermos tudo; sabermos tudo e inferirmos tudo, numa desmedida e alusiva convulsão científica sem retorno. Pode ser fantástico, mas também nos pode criar aquela cósmica cruz que nos vai crucificar até pelos nossos próprios irmãos estelares...
Novas Dimensões, novas perturbações, certamente. Mas não podemos recuar. Não devemos estancar o que de modo algo hemorrágico (no bom ou mau sentido), estes fluxos sonoros exteriores nos dizem para continuar. A nossa tecnologia terrestre é prova disso. Os telescópios, agora mais aperfeiçoados e exímios no que distinguem em radiotelescópios surpreendentes, apenas nos dizem que o futuro é nosso; basta só merecê-lo e confiar no que as estrelas nos dizem e nos fazem ouvir de si...
«Calling Aliens» (Chamando pelos extraterrestres...). Por todo o globo existem telescópios e radiotelescópios na incessante missão de captar a sonante audição estelar dos nossos irmãos do Cosmos. Até aqui tudo bem. Tendo havido nestas últimas décadas uma exponencial capacidade (em qualidade e quantidade) destes instrumentos por todo o planeta, os cientistas registam que cada vez mais se irá observar e detectar estes fenómenos vindos do Espaço.
Todavia esses desenvolvimentos, até onde iremos, até onde nos deixarão chegar, se acaso alguém se fizer ouvir ainda mais explicitamente e, em presença física....? Que faremos depois? Um ligeiro aceno de mãos? Um abraço....? Ou ficamos tão anestesiados e petrificados que apenas lhes sugerimos que não nos façam mal por todos os santos da Terra e do Céu...?!
Escalas e Classificações
Sabe-se que, os Cientistas, têm criado escalas para classificar os mais variados e estranhos sinais detectados pelos telescópios. Sabe-se também que - segundo a agência Lusa que posteriormente divulgou por todos meios de comunicação portugueses a já mensagem global do SETI - surgiu recentemente (em Julho de 218) uma proposta da criação de uma Nova Escala.
Nova Escala esta chamada de Rio 2.0, adaptada a partir de uma outra já utilizada, de nome: «Escala Rio». Esta nova proposta foi estruturada e dada a conhecer ao mundo através de um grupo de eminentes astrofísicos que, divulgando os seus propósitos, a fizeram publicar na revista científica «International Journal of Astrobiology».
A Proposta dos Astrofísicos: A Rio 2.0 tem 10 graus - tal como a escala de Richter para os sismos; e em que o grau zero (0) corresponde a «Nada Provável» e o grau dez (10) a «Contacto Directo».
Segundo o líder deste afamado grupo de astrofísicos, Duncan Forgan, da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, esta escala tem como objectivo não só criar a comunhão ou consignada opinião entre a comunidade científica mundial mas, no geral, em opinião pública partilhada.
Algo que, a co-autora deste estudo também corrobora, a astrónoma Jill Tarter e co-fundadora do Instituto SETI, dizendo por sua vez em relação à escala referida: "A ideia é que seja atribuída uma classificação ao sinal, e que depois se faça uma actualização à medida que os estudos progridem."
É evidente que esta proposta emitida pelo grupo de astrofísicos teve como pretensão maior - ou como vector principal - conseguir alcançar um consenso geral na Comunidade Científica Mundial para a Classificação de Sinais Potencialmente Indicadores - ou indiciadores - da existência de Vida Extraterrestre Avançada. Ou seja, Vida Inteligente.
Mas não só, pelo que nos foi dito por Forgan. Pretende-se assim criar um instrumento pedagógico na melhor informação ao público, assim como, poder calibrar as expectativas dos mesmos de quando se tornam públicos também estes acontecimentos. Ou seja, democratizar a informação na total abertura ao público, o que se aplaude obviamente!
"Estamos a falar de situações extraordinárias - a captação de sinais de civilizações extraterrestres - e, portanto, é preciso ter provas extraordinárias." (Afirmação de Duncan Forgan ao diário britânico «The Guardian»)
Extraterrestres. O nosso maior sonho ou pesadelo terrestre?!... Não o sabemos. Ainda. Carl Sagan também não o chegou a saber. Ou se, esta comunicação, seria em «Falso Alarme» ou em «Encontro Imediato», mesmo que para isso tenha juntado vontades e quereres ao ter iniciado em 1959, o programa SETI. A ele tudo devemos; ou parte disso.
Muitas vezes à escuta, Carl Sagan sagrou-se o pioneiro ainda que não o obreiro desta tão nobre causa humana de se tentar encontrar vida lá fora. Boa ou má, isso já são outros quinhentos... outros assuntos para outros debates...
De Carl Sagan até hoje
Desde 1959 - curiosamente quando foi fundada também a agência espacial norte-americana, NASA - Carl Sagan acreditava que havia Vida Inteligente lá fora. Mesmo que o tivesse comprovado em sensível prossecução científica, nada transpirou cá para fora, para o grande público de então.
O que se soube, foi da admirável acção deste brilhante astrónomo, que desenvolveu com uma visão única futurista o «Golden Record», um disco de cobre banhado a ouro que compila diversos sons da Terra. Tendo sido sonhado e orquestrado como «A Mais Perfeita Cápsula do Tempo», este disco dourado (mesmo que nenhuma das Voyagers seja interceptada) para sempre ficará no imaginário humano como o mais subtil viajante no Espaço - na recolha e posse - de importante informação sobre a civilização humana.
Mas voltemos ao SETI: Em 1993, o Programa SETI, ficou de tanga. Ou seja, sem fundos públicos. Inadmissível para alguns, chocante para outros e expectável para os restantes. Mas nem todos cruzaram os braços. Vamos a factos.
Segundo as agências noticiosas nos referem, o SETI de então travou-se de muita contenção e sérios problemas financeiros e que, mais tarde, colmatou. Para isso contribuíram alguns beneméritos, fundos privados e vários outros participantes do mundo da Astronomia (e não só), alavancando o programa do SETI, o próprio Instituto SETI, dando nova cor, nova ambição, nessa investida de se procurar e investigar vida inteligente extraterrestre.
De Falsos Alarmes a «Temos Contacto» tudo soou como carrilhão insistente mas não permanente que desse à Comunidade Científica Mundial a certeza absoluta do que seria ou não verdade.
Em Maio 2017, o Observatório de Arecibo, em Porto Rico, captou uns sons estranhos ou como alguns afirmaram então, de um «esquisito» sinal de rádio proveniente da estrela Ross 128 - uma anã vermelha que fica a 11 anos-luz de distância da Terra. As explicações sucederam-se depois em velocidade-cruzeiro e na catadupa habitual de alegações e contradições.
Foram elas: Erupções da própria estrela; Emissões de outro objecto no mesmo campo de visão da Ross 128; ou até um incêndio nos motores de um satélite terrestre. Só por último (e muito a contragosto), é que os cientistas admitiram poder tratar-se - ainda que evasivamente - de um possível sinal de vida extraterrestre.
Dois meses depois veio a confirmação pela negativa de quem estava ansiosamente esperando que estes sinais fossem de proveniência física estelar. Não, senhor, nada disso, disseram os especialistas, tratou-se simplesmente de uma transmissão de um ou mais satélites geoestacionários, segundo explicou então a equipa do SETI, em Berkeley, na Universidade alocada no Estado da Califórnia (EUA).
Desfeito o equívoco ou a requerida pretensão do sinal ser oriundo de um qualquer planeta com vida inteligente, a vida tomou o seu rumo. Nada de Extraterrestres a saudar e a louvar a Humanidade pelo seu brilhante rasgo radiotelescópico terrestre, mas, por vias de um fenómeno astronómico (que fez eclodir esses sinais para nós humanos, audíveis) junto da estrela Ross 128 por uma questão de proximidade. Nada mais. Mas será mesmo assim???
Aqui fica o repto. Ouvidos à escuta (com ou sem estetoscópio), pois que a imaginação não tem limites mas a aferição científica também não. Com ou sem radiotelescópios exímios, com ou sem a tão actualmente magnífica nova escala denominada e certificada pelos cientistas «Rio 2.0», o certo é que todos podemos almejar - tal como Carl Sagan - que haja vida out there.
Se houver som (ou ondas de rádio de comprimento de onda médio), é porque há espaço para podermos acreditar este não ser apenas a fricção, o tinir, ou a leve (ou inversamente abrupta) passagem de corpos celestes uns pelos outros.
Na Terra, muitas ondas de rádio, sendo reflectidas pela Ionosfera - uma camada de gás ionizado da atmosfera - e que pode atingir grandes distâncias «saltitando» à volta do mundo, também nos podem fazer ouvir lá fora. Do interior para o exterior ou vice-versa, induz-nos de que todos podemos ser ouvidos; de que todos podemos ser escutados.
Das Galáxias em explosão (quasares) e, as longínquas nuvens de gás interestelar emitindo micro-ondas, revelam-nos que estas são indefectivelmente detectadas pelos grandes radiotelescópios.
Como outras formas de Radiação Electromagnética, as ondas viajam pelo Espaço Sideral à velocidade da luz. Os sinais recebidos - embora por vezes extremamente fracos - podem ser amplificados.
Utilizando Computadores de última geração, a Inteligência Artificial e um sem número da mais avançada tecnologia terrestre que actualmente dispomos, não será difícil para que, em breve, os cientistas nos possam fazer deparar com mais esta outra realidade de «vida lá fora», vida extraterrestre.
Se o Futuro é já hoje, para quê esperar então para vermos ou apenas ouvirmos os nossos irmãos estelares a dizer-nos - tímida ou ousadamente - ou como quem apenas quer cumprimentar-nos digitalmente: " Hello, Earth!" Que responderemos entretanto....??? Não sabemos. Talvez seja bom irmos pensando nisso... com carinho e alguma compreensão...
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