Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
Translate
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
quinta-feira, 27 de dezembro de 2018
quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
Destino: Marte!
(2018-2028) Marte: Base Marciana «Mars Base Alpha». Assim foi pensada, sonhada e realizada segundo o acordo científico de expansão e colonização sobre o planeta vermelho a partir da Terra. Será isto «futurologia»...? Não. É apenas o futuro que se cumpre! E assim será em 2028, dez anos depois do presente momento, na rigorosa data em que está prevista a inauguração desta base marciana segundo o mediatiza o fundador da empresa espacial Space X, Elon Musk.
Com tanta precisão, sistemática averbação e sequencial evolução que se estigmatiza até quase à velocidade da luz (na também urgente acção com que se fazem todos estes desenvolvimentos aeroespaciais), estaremos perante uma fuga precipitada - que não em massa - para a sobrevivência humana...? Que sabem estes homens que nós não sabemos?!
Que se estará a passar no planeta, no nosso planeta Terra, para que haja - cada dia mais - os avanços e os lançamentos que se desejam tripulados para Marte...? Que instância, entidade ou inerência superior os incita a tal? Ou que desígnio posterior desconhecido para a maioria de nós - comuns mortais - se alocará sobre a Terra, abatendo-se sobre ela, sem que ninguém seja informado ou sequer avisado do perigo que, eventualmente, todos corremos?...
E isto, apenas por estarmos anestesiados, desinformados ou distraidamente embrulhados numa imensa bolha planetária autista de consequências muito graves. Não temos o direito a saber o que se passa? E quem assim o determina...? E quem assim se autoriza a deixar toda uma população de 7 mil milhões de habitantes no mais escuro beco de toda a ignorância?... Provavelmente, quem também há muito sabe de que nem todos se salvarão...
Elon Musk. O senhor que não dorme. Ou assim parece ser. Mas pensa e projecta. Sonha e avança. Ataviado não com as compras natalícias mas com as suas muitas obrigações para com o que se propôs em navegação espacial, tendo obtido recentemente um grande êxito com o lançamento do Falcon 9 GPS III SV01 (21º missão de 2018) - quebrando desta feita mais um recorde dias antes do Natal - que tem mais Elon Musk para nos dizer? Ou para nos fazer sonhar com outras terras, outros planetas?... Talvez que... a construção de um inovador protótipo para Marte...?! Será esse o sonho cumprido de Musk?... Ou será apenas o início...???
O Senhor de Marte.
Elon Musk tem razões para sorrir. E para não se deixar acomodar ou até subestimar mesmo quando, por opção pessoal ou por evasão do magnata que é, se mete em sarilhos mediáticos por fumar um charro ou vazar uma garrafa de whisky. Afinal, ele é mortal, pois comete os mesmos erros que todos nós... que muitos de nós...
Na vanguarda desta desenfreada mas assertiva corrida ao Espaço, Elon Musk não deixa créditos por mãos alheias, que é o mesmo que se dizer que não deixa para outros os louros que são só seus.
Vai daí, revela ao mundo em plena época natalícia de Pais Natal, Santa Klaus ou São Nicolau, a boa-ventura de nos confessar a Space X estar a construir um «teste hopper» no Estado do Texas, nos EUA - que se resume ser uma versão reduzida da Starship - que deverá ser lançada por meados do mês de Março ou de Abril (ainda não está totalmente confirmado), numa comunicação pré-natalícia feita pelo próprio empresário no Twitter.
"Este teste hopper tem um corpo com um diâmetro de 9 metros, mas não na altura total. O Super Heavy terá altura e diâmetro completos." (Explicação de Elon Musk, sublinhando a diferença entre os dois equipamentos).
O Foguetão Starship da Space X: a última surpresa de Elon Musk para o mundo. Baptizado de BFR e actualmente de Starship (na minha modesta opinião muito melhor agora), vai ser usado para realizar voos «comerciais» à Lua e a Marte, além de outros voos internacionais ao Espaço (que é o mesmo que dizer interplanetários e só não interestelares porque não conseguimos ainda chegar a tanto...).
Voos Experimentais de curto alcance...
Elon Musk é admirável! Conseguiu pôr toda a população terrestre (ou pelo menos a que está minimamente interessada nestes temas) a falarem do seu tão grandioso projecto da Starship que pretende levar passageiros em breve à Lua e a Marte.
Com os pés na Terra (mas a cabeça no país do Pai Natal ou Papai Noel que é ali para os lados da Finlândia, na Lapónia, no norte da Europa), grande parte de nós viu-se trasladada para o mais belo sonho espacial em que todos tivemos uma pequena ideia da dimensão do foguete. E isso deveu-se a Elon Musk ter-nos elucidado sobre o foguete em questão. A ser verdade, estamos perante a possível e transmissível corrente futura de todos podermos viajar ou até viver fora da Terra.
Assim sendo, Elon Musk reportou de que a Space X está a desenvolver uma liga de aço inoxidável especial (um material com maior resistência às elevadas temperaturas que se irão fazer sentir na reentrada) para o Big Falcon.
Musk referiu ainda que esta cobertura exterior não irá ser pintada, pelo que obviamente derreteria sendo esta acção inútil - além de que o aspecto do aço inoxidável irá ajudar a garantir uma melhor reflectividade. Sem dúvida alguma, muito maior e muito mais poderoso do que o Saturn V que levou a missão Apollo à Lua, como anteriormente já a Space X tinha registado.
(2019-2024) Finalmente, e segundo nos diz a Space X, é este o timing correcto em que tudo se inicia e tudo se intima em finalização de tão ambicioso projecto interplanetário, ainda que dentro do nosso sistema solar; mais exactamente sobre o planeta Marte.
A Space X vai ter por objectivo inicial avançar com Lançamentos curtos - de protótipos do Big Falcon ou BFR - que deverá transportar até um máximo de cem pessoas (100) e cento e cinquenta toneladas de carga (150 t) para Marte - em testes que terão o seu início no final de 2019. A primeira missão real terá o ano de 2024 como aquele em que tudo se assumirá em pleno. Oxalá tal se cumpra, será o desejo de todos nós.
(Foto: BBC, Julho de 2018) Imagem do vulcão Anak Krakatau ou Krakatoa, na ilha de Krakatoa, na Indonésia. Sismos e tsunamis, e as tão exuberantes erupções vulcanológicas que distribuem um poder destruidor inimaginável para as populações em seu redor. O ar fica impregnado de cinza e morte. O chão estremece, o vulcão ruge como leão ferido e as povoações desaparecem.
Por todo o planeta a actividade vulcânica impera e nós, cidadãos do mundo civilizado (na urbe, onde tão distante estamos ou pensamos estar destes tão terríveis fenómenos geológicos) interrogamo-nos: E se a Terra estiver toda em ebulição?... E se isto for apenas o início do fim...? E pior, se tudo arder em lava e cinza e nós com elas em archotes humanos sem deixar vestígio sobre o planeta???
A Terra em perigo?
Estamos ainda a viver o Natal, muitos de nós. E, por esse facto, aligeirámos (ou tentámos amortecer) a permanente perturbação com os fenómenos geológicos da Terra. Mas, por muito que nos quiséssemos abstrair dessas causas e consequências planetárias que em redor do mundo sempre se legitimam, as agências noticiosas dão-nos a informação que também nem sempre nos é cordata com o momento de paz e amor que então se vive nos lares do Ocidente.
Na referência vulcanológica as notícias não são animadoras. É-nos perceptível que o planeta Terra está de facto muito instável e talvez pouco seguro para que nele continuemos a acreditar viver sem grande aflição. O recente tsunami na Indonésia alerta-nos para isso.
A actividade vulcânica pendente nas regiões vulcânicas que se concentram ao longo das fronteiras entre as placas tectónicas (grandes blocos de crosta móvel) são disso prenúncio. As placas divergem, o magma e o gás escapam das fracturas dos fundos oceânicos e tudo entra depois em erupção gerando novas crostas oceânicas compostas por rochas basálticas.
A Indonésia estando no tão conhecido «Anel de Fogo», é considerada já hoje uma região-mártir, pelo que estes fenómenos têm tendência a surgir com alguma insistência. Daí que tenhamos sabido desta actual ocorrência (durante o mês de Dezembro de 2018) do Anak Krakatoa, na Indonésia - e que muitos investigadores responsabilizam determinantemente por este último fenómeno do tsunami em solo indonésio que causou a morte a aproximadamente 429 pessoas.
Ou seja, o Anak Krakatoa foi o causador directo ou indirecto do tsunami. Krakatoa é assim uma ilha vulcânica situada no estreito de Sunda - entre as ilhas de Java e Sumatra, na província indonésia de Lampung. Ninguém consegue esquecer o terrível sismo seguido por tsunami de há 14 anos; ou seja, aquele trágico acontecimento em 2004 no Oceano Índico que ceifou a vida a mais de 230 mil inocentes. Daí que as populações não se sintam completamente em paz, mesmo quando as autoridades locais e oficiais lhes dizem para nada temer.
Nesta vertente sobre vulcões em actividade, o corrente ano de 2018 foi cheio de surpresas. O mundo soube então dos eflúvios vulcanológicos do vulcão havaiano Kilauea - no Havai, região/arquipélago pertencente aos Estados Unidos - que entrou em erupção em 2017 e novamente no ano seguinte, criando uma extensa e tóxica nuvem ácida em seu redor, atingindo nefastamente a população, o que obrigou à retirada de cerca de 10 mil pessoas da região.
Vulcão Etna: o vulcão mais activo da Europa! Está situado na parte oriental da Sicília, na Itália, e encontra-se praticamente em constante erupção, apresentando-se altivo nos seus 3300 metros de altura. Na véspera de Natal (24 de Dezembro de 218), o vulcão Etna provocou uma gigantesca coluna de cinzas para o céu, tendo como consequência o encerramento imediato do aeroporto de Catania, na costa leste da Sicília. Como tal, houve quem tivesse de adiar a consoada mas nem por isso ela se não realizou, estou em crer.
Uma Véspera de Natal atribulada...
Segundo os geólogos e vulcanólogos existem cerca de 40 vulcões activos por todo o planeta; uns mais consequentes do que outros. E que, desencadeados muitas vezes por ocorrências sismológicas (sismos ou tremores de terras) estes fenómenos sucedem-se.
Presentemente (numa véspera de Natal), tivemos mais notícias sobre a eruptiva ou inicial actividade vulcânica de um outro fenómeno idêntico; mas desta vez em solo europeu - o Etna, na Sicília (Itália).
Cuspindo lava e cinzas sobre a ilha mediterrânica, o Etna revela-se quase sempre majestoso num espectáculo que nem todos apreciam devido aos riscos que comporta, ainda que neste caso as populações estejam serenas por não haver motivo em particular para grandes preocupações, segundo foi emitido pelas entidades oficiais italianas.
Após se ter verificado a actividade sismológica em cerca de 130 tremores de terra (em que os mais fortes tiveram o registo de 4.0 na escala de Richter) - verificou-se também que eles terão assim motivado a actividade vulcânica do Etna. A maior erupção, segundo dados informativos, ocorreu no ano de 1992. Para já, nesta última situação referida, não existem vítimas a lamentar, o que nos congratula a todos.
As populações estão atentas e calmas, dizem. Há muito que se confrontam com essa realidade, pelo que um dia Pompeia foi e jamais se ergueu, aferem também, não sem antes acreditarem nos especialistas que lhes auguram uma certa tranquilidade do Etna não lhes ser tão fatal quanto o que destruiu essa outra cidade de tempos idos.
Seja como for, a situação ainda que controlada não deixa de estimar uma certa apreensão sobre o que se está a passar em termos vulcanológicos no nosso planeta.O ano de 2018 foi de facto «frutuoso» em vulcões que outrora adormecidos (ou para muitos de nós, leigos na matéria, inactivos), fazendo-se agora ecoar como se todas as forças geológicas se lhes estivessem franqueadas.
Daí que não seja de todo uma teoria da conspiração planetária, o pensar que podemos estar ou vir a estar, muito provavelmente, em confronto com todas as forças da Natureza no planeta Terra em supremacia e identidade, autoria e superioridade sobre todos nós, Humanidade!...
Planeta Marte: a nossa segunda casa. Ou única, se a Terra deixar de o ser por qualquer evento cataclísmico. A corrida já começou. EUA, Rússia e China querem-no, ao planeta Marte. As questiúnculas comerciais de extracção e terraformação em que todos estão envolvidos sugerem-nos a cobiça de outros tempos, tempos esses sempre iguais na ganância e na desmedida loucura de quem tirará mais dividendos do novo planeta que é vermelho e não azul como o original. Quem ganhará???
Destino: Marte!
NASA, ESA, Roscosmos ou CNSA (agência espacial chinesa), sem esquecer a JAXA, do Japão ou a da Índia, todos querem lá estar e não perder pitada dos recursos que este planeta vermelho nos irá dar e, confluir, em resumo de uma possível e futura sobrevivência ou «mera» colonização pela nossa civilização que dá pelo nome de Humanidade.
A NASA, em particular, tem uma meta definida: estabelecer uma base em Marte. E mandar para lá os seus astronautas (por vias da Space X em colaboração com esta empresa espacial de Elon Musk) na indefectível resolução de colocar seres humanos neste planeta vermelho até ao ano de 2030.
Mas existem vulnerabilidades e especificidades microbiológicas que têm de ser previamente estudadas e, obliteradas, consoante se vai abrindo o leque das suposições e ainda mais das imposições que este planeta Marte nos obriga.
Segundo o cientista da JPL/NASA - Kasthuri Venkateswaran - há que tomar de muita precaução. E isto, ponderadamente dito e reflectido, após um estudo que investigou (e realizou) sobre a forma de impedir a proliferação de alguns tipos de fungos em futuras habitações humanas criadas noutros planetas, tais como na Lua ou em Marte:
"Foi o primeiro relatório sobre microbioma de um habitat simulado para uma futura habitação humana noutros planetas. Pelo facto da diversidade dos fungos - em geral quando os humanos estão presentes - sendo necessário compreender melhor o impacto disso, no caso da presença de seres humanos noutros ecossistemas espaciais."
O que este cientista da NASA, JPL nos diz é que existe o factor preponderante (e preocupante!) da resposta imunológica, uma vez que o ser humano no Espaço fica mais exposto ou vulnerável a todo o tipo de infecções (do que foi verificado nos testes efectuados de simulação espacial).
O Stress nos Astronautas devido à permanência no Espaço é outra preocupação com que se terá de lidar (que obrigatoriamente ainda antes de Marte terão de passar pela ISS); e depois a facilitação na penetração versus contaminação biológica de fungos devido a essa «estadia» de vários meses no Espaço até ao destino planetário (sendo esta outra grande preocupação).
Daí que este estudo tenha sido deveras importante na busca de soluções, para que se possa colmatar eventuais futuras surpresas - algo que nos foi sublinhado por este eminente cientista da NASA/JPL. Os nossos astronautas e depois grande parte da população da Terra só alcançará Marte, se primeiro superar todos estes desafios. Nisto, os cientistas estão todos de acordo.
Se o destino for Marte, que seja! Por muito que isso nos possa confranger ou até magoar pelo que o nosso planeta possa estar a atravessar, é bom (ou seria bom, excelente mesmo) que os cientistas nos não mitigassem a verdade adquirida por muitos deles de que, o nosso planeta Terra, está de facto a agonizar. A verdade pode doer, mas antes essa verdade magoada que uma mentira abençoada, pois que todos temos direito a ela.
E se comecei por falar de Elon Musk e do seu tão elaborado projecto de viagens interplanetárias a Marte e ao Espaço, é porque acredito que ele e outros há muito sabem - sem nos esclarecerem também - a transformação da Terra ou a terraformação de Marte.
Penso que existem factores maiores - essenciais! - que os leva a, de vez em vez, a quebrar esse sigilo profissional ou obrigacionista de lacrarem com o silêncio o que lhes vai na alma, se é que têm alma para o tanto que nela está guardado do que sabem e não dizem sobre a Terra.
Pode ser especulação, pois pode. Pode ser evasão ou mera imaginação de quem apenas quer saber a verdade, mas sendo-o ou não, acredito que todos temos o direito à sublevação, à pergunta e à conclusão sobre se, a Humanidade, prevalecerá ou não segundo estes registos geológicos (e outros) que em nosso redor se vão disseminando como praga de piolhos sem que haja uma contenção. A não ser que os piolhos sejamos nós, os terrestres...
Se o destino for Marte, que seja! Mas para todos! Afinal, se há um Sol para todos, porque não um planeta por mais inóspito e desagradável que este nos seja...?! Ou aquele único que temos à mão na nossa ainda tão magra navegação aeroespacial em última hipótese de sobrevivência humanitária... Destino: Marte?... Pois que seja!
terça-feira, 25 de dezembro de 2018
domingo, 23 de dezembro de 2018
sábado, 22 de dezembro de 2018
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
No Limiar de um Novo Mundo!
O Futuro da Inteligência: o novo mundo que agora se abre ao ser humano em irreversível mudança e quase radical pujança de tudo o que conheceu até aí. E, tal como afirma peremptoriamente Stephen Hawking em livre póstumo de título «Breves Respostas às Grandes Perguntas»: "É uma mudança bem-vinda que as pessoas estudem, em vez da História, o Futuro da Inteligência."
Contudo, estaremos nós, humanos, preparados para essa mudança...? Estará a Humanidade segura dos riscos e das implicações sociais e inter-pessoais que a IA se encontra já a cimentar e a fazer proliferar neste nosso mundo...? Não o sabemos.
"Se uma civilização extraterrestre superior nos enviar uma mensagem escrita a dizer: «Chegaremos dentro de algumas décadas» responderíamos apenas: «Muito bem, digam qualquer coisa quando chegarem, estaremos à vossa espera?» Provavelmente não, mas isto é mais ou menos o que tem acontecido com a IA. Tem sido dedicada pouca investigação séria a estes temas, fora de alguns institutos sem fins lucrativos." (Físico britânico Stephen Hawking - 1942-2018)
O Admirável Mundo Novo da IA
Muito se tem falado da IA - Inteligência Artificial. Dos receios e das vantagens, mas também dos avanços e recuos, de uma certa aculturação saudável de avaliação de risco (em maior ou menor grau de consciência humana sobre a mesma) encimadas pela divulgação pública para que haja uma investigação séria acerca do seu impacte na sociedade.
Como se intui, o Homem não gosta de mudanças. Primeiro rejeita-as e depois estimula-as. Por vezes, excêntrica e banalmente ou, noutros casos, exponencial e avassaladoramente sem dar grande ênfase (ou enfoque) às comissões de ética ou ao pronunciamento de certos códigos morais instituídos no mundo moderno em que se vive, demitindo-se de uma conduta mais correcta ou digna.
Por essa razão, Stephen Hawking conjuntamente com Elon Musk e muitos outros especialistas em IA (em Janeiro de 2015) juntaram-se na mesma causa, subscrevendo uma carta aberta, averbando que se realizasse de facto uma investigação séria nesse campo em relação à IA e a tudo o que de futuro ela destilasse em seu nome. E assim aconteceu.
Segundo Hawking, foi aberto um Centro em Cambridge, em 2016, que teve por objectivo estudar e fundamentar as muitas questões em aberto - levantadas sobre a IA - no avanço rápido e sequencial desenvolvimento consubstanciados por ela, a Inteligência Artificial.
Daí que nascesse então o «Leverhulme Center for The Future of Intelligence», um instituto multidisciplinar que se dedica à investigação do Futuro da Inteligência «tão essencial para o futuro da nossa civilização e da nossa espécie», nas palavras deste tão lúcido e magistral cientista que nos deixou em Março de 2018.
"Se conseguirmos ligar um Cérebro Humano à Internet, ele terá toda a Wikipédia à sua disposição."
Este, um dos mais arrojados projectos a que o Homem já se propôs - e possivelmente a HBP, a «Human Brain Project» que vai tentar conduzir e reproduzir eficientemente esta ambição - além da Neuralink, uma das mais recentes empresas tecnológicas de Elon Musk que fabrica implantes que serão posteriormente colocados nos crânios humanos, numa produção que tem por objectivo o tal «aprimoramento do cérebro humano»; ou seja, criar o Homem do Futuro.
Algo que Hawking também acreditava ser possível de executar na perfeição, sublevando que o Futuro da Comunicação seria implementada através de Interfaces entre o Cérebro e os Computadores (nos dois caminhos possíveis: eléctrodos e implantes no crânio).
Não obstante o ter consciência dos potenciais perigos, Hawking acreditava que, com as ferramentas certas desta Nova Revolução Tecnológica, se seria eventualmente capaz de desfazer alguns dos danos que nesse caminho da IA se fosse provocando ao mundo natural através da intensa industrialização.
No seu livro «Breves Respostas às Grandes Perguntas», Stephen Hawking deixa-nos uma impressionante abordagem sua sobre estes temas, revelando-se muito consciente sobre tudo o que envolve a IA. Diz-nos então:
"O Mundo tem estado a mudar cada vez mais depressa, à medida que pessoas, aparelhos e informação estão cada vez mais ligados uns aos outros. O poder computacional encontra-se em crescimento e a computação quântica está a ser rapidamente concretizada. Isto revolucionará a Inteligência Artificial com velocidades exponencialmente mais rápidas. Avançará a encriptação. Os computadores quânticos mudarão tudo, até a biologia humana. Já existe uma técnica que permite editar com precisão o ADN, chamada CRISPR.
A base de tecnologia desta edição do Genoma é um sistema de defesa bacteriano. Pode, com exactidão, seleccionar e editar extensões do Código Genético. De acordo com a melhor intenção de manipulação genética, alterar os genes permitiria aos cientistas tratar causas genéricas da doença, corrigindo as mutações dos genes. Contudo, existem possibilidades menos nobres quando se trata de manipular o ADN. Até onde podemos ir com a Engenharia Genética tornar-se-à uma questão cada vez mais premente. Não nos é possível vislumbrar as possibilidades de curar as doenças do neurónio-motor - como a minha ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) - sem vislumbrar também os seus perigos."
Cidades do Futuro: cidades onde a IA é uma presença constante em todos os sectores da sociedade. A Inteligência Artificial com que hoje lidamos (2018) é já tão vasta e tão assente no mundo actual que, por um lapso ou ocorrência externa que nos afectasse as comunicações e essa tecnologia instituída, haveria um crash global; ou seja, o caos total. Mas, eventos catastróficos à parte, imaginemos como será uma cidade do futuro, por exemplo, no ano de 2118...
(Por curiosidade: por volta do ano de 2025, já tão perto, sabe-se que existirão cerca de 30 mega-cidades, cada uma delas com mais de 10 milhões de habitantes - a densidade populacional de todo o meu país, Portugal - numa orgia de bens e serviços automatizados ou robotizados que todos exigirão lhes seja facultados. A tecnologia ao dispor do cidadão comum que para sempre estará ligado, conectado e digitalizado numa só rede internacional de consumo e fidelização)
O Futuro daqui a um século...
Desde há cerca de 14 mil milhões de anos que a vida explodiu em termos cósmicos e o Universo se expandiu em toda a sua magna força. Não é novidade. A vida na Terra de há 4,5 mil milhões de anos para cá evoluiu de uma forma também tão extraordinária, que, em termos antropológicos é imensurável o que dela se extrai.
A vida humana - tendo menos idade e emergindo há cerca de 350 mil anos na região leste de África como primatas bípedes (Homo) ou hominídeos, evoluindo já mais tarde (há cerca de 12 mil anos) para o homem inteligente, tendo passado as várias fases até chegar ao homo sapiens sapiens, ascendeu e vinculou aquele que seria a espécie vigente sobre o planeta.
Por mão alienígena ou não, o certo é que o Homem versus ser humano, independentemente do género, fez o seu percurso em transmissão do seu ADN nas gerações futuras.
A Transmissão Genética foi passando assim hereditariamente, e foi-se «modelando» numa replicação cada vez mais aperfeiçoada e estilizada até ao homem moderno. Foi assim com o Homem. Será assim como o seu meio-ambiente, o seu habitat, a sua região, o seu planeta. Ou seja, com as suas cidades, as cidades do futuro.
Serão (ou assim se imaginam) cidades porventura incrivelmente evoluídas; edificadas - majestosa e tecnologicamente eficientes - em toda a sua corrente vívica ou vigente de gentes e serviços, e um todo de pulsante e gentrificado corrupio em locomoção e estratificação. Mas quem lidera...???
Há quem afirme convictamente de que, daqui a um século, vamos ser liderados por uma Inteligência Superior - IA ou uma espécie de entidade suprema - devido à nossa inabilidade humana ou mesmo incompetência para mediar grandes conflitos civilizacionais e alterações planetárias, sejam elas climáticas ou outras.
Há quem não subestime que, o que aí vem, é tão ou mais perigoso do que os receios hoje apresentados ao mundo, de virmos a ser demitidos, despromovidos e até desprovidos de qualquer senso e razão para voltarmos a ter o mundo nas mãos. Mostrámos essa incapacidade e a IA aproveitou-se disso. O resultado poderá muito bem ser o Fim da Humanidade tal como a conhecemos! Ou não. Dependerá de nós e de como actuarmos em face à IA, suponho.
Ilustração de Wormhole (crédito da NASA): viagens interplanetárias que as mais avançadas civilizações inteligentes fazem no Espaço; espaço esse que ainda não compreendemos ou não sabemos utilizar na sua totalidade, mas para lá caminhamos. Há quem perspective que dentro em breve surgirão viagens comerciais não só ao Espaço no momento presente, mas ao passado. Einstein ficaria orgulhoso, não tenho dúvidas!
Mas, será de facto mesmo assim, ou estaremos ainda a orquestrar uma ficção que nos não é permitida ainda em assomo de realidade que não virtualidade...?! Haverá dimensão racional de o estendermos ao conhecimento humano e poder atingir essas outras realidades/verdades ou extra-dimensões que outros percorrem em tecnologia avançada?... Não o sabemos.
No entanto, há quem afirme que certos governos mundiais conhecem estes portais estelares, estes vórtices, e os experienciam desde há algumas décadas. Se assim for, está aberta uma outra porta; só não sabemos é, se algo correr mal, as podemos fechar para nossa própria segurança....
Viagens no Tempo
Há muito que se fala (também) de Viagens no Tempo. Por vias de wormholes (buracos de minhoca), canais espaço-tempo que se abrem e fecham ou nem por isso, e se mantêm por determinada frequência (ou urgência), na perspectiva de, um dia, até mesmo se realizarem viagens temporais comerciais que só em filmes de ficção científica as conotamos.
Podemos elencar variadíssimas razões para não acreditar que tal será possível a muito breve prazo. Ou não. A Internet está cheia de argumentos, vídeos, discursos e até revelações bombásticas de pessoas que dizem ter viajado no tempo e, umas mais do que outras, completamente sideradas por terem guardado esse «segredo» uma vida inteira por expressa ordem superior, de cariz militar, em processo altamente confidencial sobre experiências efectuadas desde há várias décadas.
Desde a a Segunda Guerra Mundial que se tem comentado estes factos sobre as mui sinuosas actividades científicas nazis. E outras, em solo norte-americano, de experiências pouco felizes com percas e danos acentuados em que se investiram as altas patentes, não denunciando publicamente as baixas havidas (na morte de seres humanos) e logística militar para sempre irrecuperável de navios e aviões entretanto desaparecidos ou reavidos numa amálgama entorpecida de matéria orgânica e não-orgânica de desmedida proporção.
Mas os avanços nesta área também se fizeram, acredita-se. Daí que não nos seja de modo algum extrapolado, mesmo que suscitando alguma polémica, que alguns dos homens hoje mais considerados ou protagonizados como visionários e de grande inteligência e empreendedorismo, por lá se tenham aventurado, trazendo para este «mundo velho» (ou anterior ao que se insinua como movido e liderado por uma certa super-inteligência), essas inovadoras tecnologias.
Sem querer cometer o pecado da injúria ou perjúrio, há que dizer que subsistem dúvidas se, num caso ou noutro, certos cérebros do mundo contemporâneo por lá não tenham andado, pelo futuro. Todavia, reconhece-se a elevação de certas mentes que, de um modo ou de outro, mesmo que também levados por algum receio, têm estimulado a IA e o seu desenvolvimento.
Os avanços foram muitos e há que os sublevar aqui. Na Integração; no Enriquecimento mútuo ou recíproco (entre o Homem e a máquina/computação); Aprendizagem automática; Estatísticas; Teoria do controlo, Neurociência, etc.
Daí que os «génios» eclodissem e se fizessem sentir; homens entretanto já falecidos (como no caso de Steve Jobs que revolucionou o mercado da Apple, ainda que Elon Musk o tenha apelidado de ter sido um idiota...) e outros bem vivos, como Bill Gates, Steve Wozniak e Elon Musk, sendo todos eles ícones irrefutavelmente geracionais e, motivacionais para o comum dos mortais nesta era moderna em que nos encontramos, nas suas respectivas lideranças empresariais que ocupam e desenvolvem de um futurismo incomum como até aqui se não imaginava.
Todos eles homens inteligentíssimos e muito à frente do seu tempo, num tempo que talvez nem exista para o tanto que têm realizado, reproduzido e mesmo incentivado, sobre outros seus parceiros ou de idêntico empreendedorismo tecnológico, instando ao combate competitivo entre si nos avanços ditos irrepreensíveis e até inadiáveis!
No entanto, comungam dos mesmos receios sobre a IA - de que, os computadores imitando a Inteligência Humana, possam mesmo ultrapassá-la. Alguns admitem que, a não evoluirmos nesse sentido, seremos para sempre banidos dessa aferição. Como terá dito certa vez Elon Musk em entrevista ao site noticioso Axios: "Humanos devem fundir-se com a Inteligência Artificial!"
O Processamento da Informação. Segundo Hawking proferiu e em legado científico nos deixou num arremesso que nos faz pensar, este processamento de informação tornou-se tão inteligente que as formas de vida se tornaram conscientes. Em cerca de 13,8 mil milhões de história cósmica, passámos de mera poeira estelar para seres sencientes de elevada consciência. Daí que se questione até onde isso nos levará, se ao clímax do conhecimento e da perfeição, se à mais execrável obstrução do que fomos como civilização humana sobre a Terra....?!
Se os computadores continuarem a obedecer à lei de Moore, duplicando a sua velocidade e capacidade de memória (de 18 em 18 meses), o resultado será que os computadores terão a probabilidade de ultrapassar os humanos em inteligência ao longo dos próximos cem anos.
Será isto uma ignóbil ilusão ou a mais pura verdade que os cientistas em surdina nos contam e Hawking há muito sabia de, provavelmente em 2118 (exactamente um século depois), sermos liderados por uma Inteligência Superior???
"O verdadeiro risco da IA não são as más intenções, mas sim a competência." (Stephen Hawking)
O Novo Mundo da Super-Inteligência
É sabido por todos que, ao longo dos últimos vinte anos (mais coisa menos coisa), a IA tem-se concentrado nos problemas em torno da construção de agentes inteligentes; ou seja, nos sistemas que entendam e ajam num determinado ambiente.
Neste contexto, a Inteligência encontra-se relacionada com as noções de Estatística e Económica da Racionalidade - coloquialmente a capacidade de tomar correctas decisões, planeamento ou deduções.
O Estabelecimento de enquadramentos teóricos partilhados, conjugados com a disponibilidade de dados e de Poder de Processamento, produziu um sucesso assinalável em várias tarefas integrantes, como a Velocidade de Reconhecimento, Classificação de Imagem, Autonomização de Veículos, Tradução Automática, Locomoção (com pernas) e Sistemas de Perguntas e Respostas.
(Como por exemplo, o robô Cimon existente na ISS (estação espacial internacional) que é já uma ferramenta indispensável no quotidiano dos astronautas naquela estação espacial orbital)
O benefício adquirido pela IA sobre o ser humano é exponencial. Estima-se que possa haver a erradicação de doenças (ou pelo menos a menorização de danos causados por essas doenças), assim como no sector social, havendo a utilização da IA no suprimento da pobreza.
À medida que o desenvolvimento nestas áreas já focadas se tornar mais abrangente, ou seja, passar da investigação laboratorial para as tecnologias economicamente válidas, havendo sempre um maior aperfeiçoamento e alcance sobre elas, mais investimentos se geram e se instigam - proliferando obviamente em larga escala. Daí que seja suposto esta se tornar quase imprescindível para o ser humano!
Quando a IA se tornar muito melhor do que os Humanos na concepção da Inteligência Artificial - nesse recursivo processo de melhoramento, aperfeiçoamento ou mesmo aprimoramento artificial sobre si própria, quase como que em mecanismo cerebral individual sobre si e sem qualquer auxílio humano - estaremos muito provavelmente (nós, os humanos), a enfrentar a nossa própria pequenez e deficitária habilitação como seres inteligentes.
Pior do que isso, a reconhecer nesta Explosão de Inteligência, a nossa provável e futura extinção que, em última análise ou em quase último recurso, nos vai fazer ser escravos dela.
Ou então, como muitos já alegam vir a tratar-se num futuro muito próximo (daqui a aproximadamente cem anos) os nossos supostos ou hipotéticos líderes mundiais, cuja inteligência superou a nossa, a humana, não nos reconhecendo mais como donos das nossas vidas, do nosso meio-ambiente e por conseguinte da nossa esfera planetária que se chama Terra.
Todavia esses receios ou essa pressuposta admissão do que nos irá suceder daqui a um século (ou a partir daí), há que continuar a não subestimar o poder da IA. Ou a refreá-lo, pois que quando se caminha numa determinada direcção, já não se pode voltar atrás...
O Ser Humano versus réplicas digitais. Ter o dom da ubiquidade ainda não é para todos. Só para aqueles seres inteligentes do cosmos que ainda há pouco tempo nós denominávamos ou identificávamos como deuses ou figuras deificadas que vinham dos céus. E que por vias de uma espécie de energia ou força transmutada à qual ainda hoje mundana e de certa forma pouco sabiamente chamamos de teletransporte (mesmo não sabendo como usá-la) os sentimos observarem-nos e, a fugirem de nós, na maior parte das vezes.
Estará a IA a preparar-se para o fazer...? A usar a tecnologia dos deuses?...Iremos assim e em breve todos (ou grande parte de nós) ser futuras réplicas digitais em função das tantas exigências actuais a que estamos sujeitos...? E se ela já existir?...Terão os altos comandos militares pactuado com essa tecnologia estelar, firmando-a hoje no nosso planeta sem que todos tenhamos conhecimento disso???
Talvez a resposta mais provável seja sim. Será muito viável que, em breve, pelo método digital ou holográfico tal se venha a reproduzir. Num futuro que se pratica já hoje, ou de facto muito em breve, ao que se supõe, seremos todos seres digitais, se é que o não somos já. E isto, segundo as próprias palavras de Elon Musk que nos sugere isso mesmo, pois que todos estamos ao computador e ao telemóvel num sem fim de redes socais especificando a nossa idiossincrática performance de gostos, desejos e interesses que se espalham (e espelham) pelo globo inteiro!...
Avatares: nós, seres humanos do futuro!
Até há pouco tempo ninguém sabia o que seriam avatares. Ou o que deles se poderia extrair em poderes mágicos ou de extrema superioridade de conhecimentos; tecnológicos e outros. Agora, tudo parece emanar e encantar todos os que se querem a eles comparar em lúcida amostragem do que poderá ser o Futuro da Humanidade.
Sendo ou não convincente (ou mesmo contraproducente) a exibição de avatares humanos que o não são mas simples cópias digitais do nosso «eu», utilizando as técnicas mais perfeitas e sumárias desta nova era tecnológica, o ser humano vai poder repartir-se, dividindo ou mesmo multiplicando o seu grau de acção por onde bem quiser.
E nada disto nos é efectivamente estranho uma vez que já se tornaram usuais as ligações por via Skype, nas comunicações intercontinetais e globais onde quer que estejamos ou como bem queiramos, num afã de interligação planetária em expressivo boom neste último século.
Tal como Hawking nos proferiu em visão futurista sobre essa digitalização pessoal, de que "Os Interactivos Professores poderiam ser úteis para a maioria dos cursos «Massive Open Online» (MOOC), e para o entretenimento", sendo verdadeiramente entusiasmante poder ver actores digitais que seriam eternamente jovens e que, deste modo, realizariam assim e muito provavelmente umas tantas proezas impossíveis.
Presciente na cognição e exacto na definição, Hawking foi mais do que um profeta ou vidente científico ao esclarecer-nos: "Os nossos ídolos do futuro poderiam nem sequer ser reais."
Realça ainda que existe um todo já neste momento de Cidades Inteligentes, Casas Inteligentes, todas elas equipadas e munidas de aparelhos intuitivos (repletos de sensores e afins), que quase não haverá necessidade de grande esforço para interagir com elas.
De facto, já se assiste a muitas destas afirmações de Hawking, que vão dos automóveis autónomos aos aparelhos domésticos que se ligam e desligam por indicação computorizada e que têm interligação aos telemóveis pessoais. Daí que o magnânimo cientista Stephen Hawking nos tenha revelado tudo isto em pensamento escrito sobre a IA:
"Como nos ligamos com o mundo digital é essencial para o progresso que faremos no futuro.(...) Níveis enormes de investimento estão a jorrar para esta tecnologia que já representa uma parte considerável das nossas vidas. Nas décadas que aí vêm, infiltrar-se-à - em todos os aspectos da nossa sociedade - apoiando-nos e aconselhando de modo inteligente em muitas áreas, incluindo a saúde, o trabalho, a educação e a ciência. As conquistas que vimos até aqui serão seguramente pálidas quando comparadas com as que as próximas décadas trarão, e não conseguimos prever o que poderemos alcançar quando as nossas próprias mentes forem amplificadas pela IA."
Stephen Hawking na sua última obra escrita ou talvez, na sua mais brilhante descrição sobre a IA. Em homenagem e distinta afirmação, penso que somos unânimes em aferir que Hawking sabia do que falava. Disse-nos que a IA super-inteligente seria a Melhor ou a Pior Coisa que alguma vez aconteceria à Humanidade. Acreditamos que sim. "Uma IA super-inteligente será extremamente boa a atingir os seus objectivos e, se esses objectivos não estiverem alinhados com os nossos, teremos problemas." Afinal, quem poderá dizer que Stephen Hawking não tem razão no que profere...?!
Uma Homenagem a Stephen Hawking
Por certo foram muitas, as homenagens a Hawking. Em vida. Para além dela, também. Pelo menos no que se relaciona com o que ainda hoje vem à luz do conhecimento e das suas assertivas palavras, ditas através do seu computador pessoal que lhe ditava tudo o que lhe ia na alma.
Aqui fica um pouco das suas palavras em despedida (mas também prenúncio) do que a consciência lhe arrogou como homem da ciência que foi e continuará a ser, pois que homens assim nem a IA replicará, acredito, ficando-nos a saudade e a sensação do muito que ainda ficou por dizer:
"A Inteligência é caracterizada pela capacidade de se adaptar à mudança. A Inteligência Humana é o resultado de gerações de selecção natural daqueles com capacidade de se adaptarem a circunstâncias alteradas. Não devemos recear a mudança. Temos de fazê-la funcionar a nosso favor.
Todos nós temos um papel quando se trata de assegurar que nós - e a próxima geração - não temos apenas a oportunidade mas também a determinação para nos envolvermos completamente no estudo da Ciência numa fase precoce, para que possamos concretizar o nosso potencial e criarmos um mundo melhor para toda a espécie humana. Temos de levar o ensino para além da discussão teórica de como a IA deve ser e, de nos assegurarmos, que planeamos como ela pode ser. Todos nós temos potencial para empurrar os limites do que é aceite, ou esperado, e para pensar em grande. Encontramo-nos no limiar de um bravo mundo. É um sítio entusiasmante, ainda que instável para se estar, e nós somos os pioneiros.
Quando criámos o fogo fizemos repetidamente asneira, depois inventámos o extintor. Com tecnologias mais poderosas como Armas Nucleares, Biologia Sintética e Inteligência Artificial Forte, devemos planear antecipadamente e, apontar, para termos as coisas bem feitas à primeira, porque poderá ser a nossa única hipótese. O nosso futuro é uma corrida entre o poder crescente da nossa tecnologia e, a sabedoria, com a qual a utilizamos. Vamos garantir que a sabedoria vence."
Nada mais a acrescentar. Nem se poderia, ante tão eminentes deduções, afirmações e deliberações no que se induz ou projecta sobre a Inteligência Artificial na óptica deste já falecido físico e astrofísico britânico Stephen Hawking que será lembrado para sempre como um dos maiores e mais influentes seres humanos da história científica contemporânea.
E que, embora os limites em que estava confinado, viu (e descobriu) outros ilimitados poderes científicos lhe serem outorgados. Da Teoria de Tudo à consciência da IA, Hawking aconselha-nos audácia mas também precaução. Basta que o escutemos.
No Limiar de um Novo Mundo - segundo Hawking - estaremos todos, basta que o mereçamos. Ou o saibamos entender! Acredito que sim!
domingo, 16 de dezembro de 2018
sábado, 15 de dezembro de 2018
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
terça-feira, 11 de dezembro de 2018
Bennu: um reservatório de vida?...
Bennu: o pequeno-gigante asteróide que, dadas as últimas notícias, reporta em si a Origem da Vida; ou seja, água! Há uma semana, a sonda OSIRIS-REx chegou ao asteróide Bennu depois de dois longos anos de viagem. Vasculhando ainda por um lugar razoável à superfície em coabitação com este gigante rochoso, a sonda OSIRIS-REx irá recolher amostras de solo e rocha. No entanto, para grande surpresa dos cientistas (ou não...) ela acabou de lhes transmitir um dos seus mais poderosos sucessos: Há água no Bennu!
Sonda OSIRIS-REx (2018-2021)
"O que costumava ser Ficção Científica é agora uma realidade: o nosso trabalho em Bennu aproxima-nos da possibilidade de asteróides fornecerem a astronautas, em futuras missões, recursos como combustível e água." (A enfática afirmação de Robert C. Robbins, presidente da Universidade do Arizona, EUA)
Nada nos foge. Da exploração mineira à espacial; do petróleo à água, ou da longevidade e quase imortalidade com que encaramos a nossa própria infinitude (Humanidade) ainda maior do que a do Espaço ou dos corpos celestes que nele vagueiam. Somos exploradores por natureza!
Somos enfim, os grandes perseguidores e precursores - do início ao fim - do que nos faz ser e não ser em termos cósmicos; somos afinal, o subproduto dessa tão extensa e talvez extrema cosmogonia estelar que nos faz em objectivo superior, correr atrás do que impulsiona não só as estrelas do céu, mas todos nós, ou do que há em nós. Do pó ao pó - ou mais exactamente - da água à água...
E por esse elemento crucial de vida navegamos por mundos desconhecidos; dos mais distantes aos mais próximos, e, através deles, reconhecemo-nos na mais pura essência que nos fez nascer e evoluir, coalescer e usufruir de toda essa sapiente inteligência em favor e utilização na descoberta da vida.
E, se este fulgor e esta ambição nos não forem coarctados, ser-nos-à então (em resumo e ascensão) a mais bela história universal para se contar à nossa descendência sob o quente da braseira e a chama do espírito com que se enfatiza mais um feito até há pouco intransponível para o Homem.
De suma importância científica, a revelação agora projectada pela sonda OSIRIS-REx poder-nos-à dar - em futuro próximo - algumas das ainda desconhecidas respostas sobre a Origem do Sistema Solar e a Vida na Terra; por conseguinte, o mais doce néctar da génese do que nos criou - ou supostamente, do que nos fez emergir em célere e célebres processos moleculares procedentes do Cosmos. Depois, é toda uma viagem de encantado deslumbramento a que se seguirá, acreditamos...
(A sonda OSIRIS-REx encontra-se a estudar o asteróide Bennu desde o início de Dezembro de 2018, permanecendo até Março de 2021 neste rochedo espacial, estando o seu regresso à Terra previsto para 2023.)
Imagem do Asteróide Bennu (Foto generosamente concedida pela NASA/ Goddard/University of Arizona, USA). Uma imagem que não deixa margem para dúvidas: "A presença de minerais hidratados no asteróide, confirma que Bennu - um remanescente desde o início da formação do Sistema Solar - é um excelente espécime para a missão OSIRIS-REx estudar a composição de voláteis primitivos e orgânicos." (Amy Simon, reputada cientista da NASA)
«Água é Vida!»
A Descoberta!
Segunda-feira foi um dia muito especial para o mundo científico na área da Astronomia. Este dia 10 de Dezembro de 2018 veio impulsionar o que muitos de nós medianamente conhecemos como «Água é Vida!»
Os primeiros resultados apareceram e, a expectativa foi visível, uma vez que foi detectado no solo de Bennu (à sua superfície) a composição molecular semelhante àquela que deu origem à vida no planeta Terra, tendo sido encontrada água na argila, como adiantou a NASA.
E, assim sendo, em revelação quase bombástica sem que muitos de nós se tenham apercebido de imediato as consequências vitais dessa informação, adquirimos a quase tonta sensação de estarmos perante mais uma «Grande Descoberta» sobre um dos elementos mais essenciais à vida; mesmo que através de um calhau que se chama de asteróide e, muito possivelmente, nos perturbará (ou extinguirá?) na sua louca órbita espacial de vir contra nós, contra a Terra...
Mas, afastando receios infundados (pelo menos por agora), há que subjectivar o que este potencial nos poderá trazer de mais novidades. A missão da sonda OSIRIS-REx - liderada por uma excelente equipa de investigadores/cientistas da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos - apresentou-nos resultados esfuziantes. São eles:
A revelação da presença de Hidroxilas no asteróide Bennu - na mostra que os dois espectómetros da sonda realizaram (um que identifica luz visível e infravermelha e outro de emissões térmicas). Esta sinalização ou análise espectográfica veio assim detectar - e confirmar! - a presença de moléculas contendo oxigénio e hidrogénio com átomos ligados (hidroxilos).
Especificando: As Hidroxilas são moléculas que contêm oxigénio ligado a átomos de hidrogénio; ou seja, em química, uma hidroxila ou hidroxilo (também chamada de oxidrila), é um grupo funcional presente nas bases dos Hidróxidos - representado pelo radical OH e formado por um átomo de hidrogénio e um de oxigénio.
Assim sendo (acrescentando-se de que as hidroxilas são obtidas geralmente através da dissociação de uma base, em que também determinam o carácter ácido-básico - pH - de uma solução), os cientistas disseram acreditar na existência das hidroxilas por todo o asteróide em minerais argilosos - o que significa então, que em certo momento da sua vida de asteróide, o material rochoso interagiu com a água. Ou seja, houve de facto este elemento em si!
Contudo, os especialistas também nos confirmam de que que será muito difícil o Bennu abrigar água no estado líquido - pela óbvia razão científica deste asteróide ser pequeno demais para tal. Ainda assim, a descoberta pressupõe que a Água Líquida já teve presente nalgum momento na história deste asteróide quando ele, provavelmente, era muito maior do que aquele que hoje observamos de si.
"Essa descoberta, pode fornecer uma ligação importante entre o que achamos que aconteceu no Espaço - com asteróides como o Bennu - e o que vemos nos meteoritos que os cientistas estudam em laboratório. É muito emocionante ver esses minerais hidratados e distribuídos pela superfície de Bennu, porque isso sugere que eles são parte intrínseca da composição do asteróide, e não apenas borrifados na sua superfície por um «impactador» (algo que surge através do impacto invasivo).
Esta explicação foi-nos dada por Ellen Howell, investigadora/pesquisadora do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e também como membro da equipa de análise espectral da missão.
Entre a Vida e a Morte/entre Bennu e a Terra: Ou talvez, entre o que Bennu nos poderá subsequente e, eventualmente trazer em vida ou em morte; se muito para além da suposta água em si tal como uma espécie de reservatório natural em abastecimento dos nossos astronautas, poder ser o nosso carrasco-mor, esventrando o planeta Terra sem dó nem piedade. Quem está preparado para tal?... Eu não. E penso que nenhum de nós o estará, acredito.
Que poderá a NASA, a JAXA, a Roscosmos, a ESA, e enfim todas as agências espaciais unidas fazer para tal travar...? Poderemos ficar confiantes sobre o que nos dizem de nada ir suceder nesse sentido...? Acreditaremos que existe a tecnologia terrestre suficiente para tal estancar...? É melhor nem saber; e sabendo, haver a consciência estrutural (que não natural) de que somos apenas o limite das coisas mas nunca o fim de algo, se é que ainda podemos acreditar nisso...
Antes e depois de Bennu...
Ainda em relação à sonda OSIRIS-REx, os cientistas perfilam que «Outro efeito da sonda é que dados recentemente obtidos confirmam Observações de Radar anteriores, que mostraram que o formato de Bennu era similar ao de um diamante.»
Os dados também confirmam a sua taxa de rotação, inclinação e aparência geral, além de revelarem que o asteróide Bennu é uma mistura de regiões extremamente rochosas, cheias de pedregulhos, com algumas outras relativamente lisas, sendo que a quantidade de pedras na sua superfície é maior do que a esperada.
"Os nossos dados iniciais mostram que a equipa escolheu o asteróide correcto como alvo da missão OSIRIS-REx. A nave espacial (sonda) está saudável e, os instrumentos científicos, estão a funcionar melhor do que o necessário. Agora é a hora de começar a aventura!" (Diz-nos em entusiasta comemoração o cientista Dante Lauretta, o principal investigador da missão)
A sonda OSIRIS-REx vai fazer assim a sua primeira inserção orbital no dia 31 de Dezembro (ou seja, na véspera do novo ano que se avizinha) permanecendo em órbita até meados de Fevereiro de 2019.
Os cientistas admitem que, após a selecção do local final, a sonda atingirá levemente a superfície de Bennu para recolher amostras como já se referiu (em que o braço de amostragem entrará em contacto com a superfície por cerca de 5 segundos, durante os quais libertará uma explosão de gás nitrogénio).
Este procedimento vai fazer com que as pedras e o material da superfície sejam remexidos e, por conseguinte capturados/mantidos na cabeça do mostrador. Depois, é confiar que tudo resulte como planeado e projectado à lupa pela NASA, infere-se.
No total, a missão durará cerca de 7 anos, em que a sonda irá recolher aproximadamente 2 quilos de materiais por meio deste referido «braço» que sairá da sonda e encostará na superfície do asteróide. Em Março de 2021 a sonda OSIRIS-REx iniciará a sua viagem de regresso à Terra, estimando-se a data de Setembro de 2023 para a sua triunfal chegada.
(Oxalá tudo se processe de modo eficaz para que haja a continuação do sucesso desta missão, é o meu desejo; e supostamente o de todos nós, não se confirmando outras suspeitas de maior monta e maiores receios sobre a real ameaça do Bennu sobre nós, no planeta Terra)
Há muito que se sabe que o asteróide Bennu está muito próximo da Terra; mais do que o desejado e menos do que o esperado. Quem o diz são os muitos cientistas que o estudam, analisam, e sobre ele emitem conclusões por vezes inesperadas - ou até enquistadas - de outros argumentos, outras razões, que jamais pensáramos possível existirem em face ao que mais tememos deste e de outros iguais corpos celestes nos virem a ser uma mortalha planetária.
Há muito (também) que os cientistas sabem que o Bennu está a vir na direcção do nosso planeta Terra, após ter sido desalojado de uma força gravitacional que pode efectivamente nos atingir e causar uma destruição maciça. Uma tragédia!
Todavia, de acordo com os especialistas, nada de grandes sustos, pois que o Bennu tem «apenas» a oportunidade de se esparramar sobre nós numa probabilidade estatística de 1 para 2700 hipóteses de tal vir a suceder. Ou seja, quase nenhuma, ainda que este «quase» nos não deixe de modo algum sossegados... (talvez que lá para o ano 2135 algo venha a suceder, mas aí as expectativas tecnológicas já nos serão mais avançadas, supõe-se).
Este pequeno «gigante» de 500 metros de diâmetro e o tamanho aproximado de uma pequena ou razoável montanha terrestre, relembra-nos de algum modo a nossa pequenez planetária mas por certo não mesquinhez, de qualquer negligência sobre qualquer outro asteróide que por nós passe, ainda que de longe.
Os tesouros podem ser muitos, mas a meticulosidade ou a preciosidade com que os vemos também. Assim pensa e sente Amy Simon (a cientista da NASA) que nos diz em jeito de desafio:
"Quando as amostras desta missão chegarem à Terra, em 2023, os cientistas receberão um tesouro oculto de novas informações sobre a História e a evolução do nosso Sistema Solar."
Ou, como corrobora o principal investigador da OSIRIS-REx e eminente professor do Laboratório Planetário e Lunar da Universidade do Arizona, Dante Lauretta:
"Estamos a falar de um asteróide que nos pode revelar uma Importante Informação sobre a formação antecipada do Sistema Solar; ou inclusive, o Princípio de Vida na Terra!"
Bennu pode não ser um reservatório de água imenso, mas são imensas as expectativas que recaem sobre ele na dimensão do que já se referiu em abastecimento e logística espaciais em face ao que os nossos astronautas do futuro terão de enfrentar.
Se mais houver, mais esperanças suscitarão na Humanidade de tudo o que este (e provavelmente muitos outros corpos estelares) nos proporcionarão em riquezas minerais e outros recursos essenciais à vida na Terra. Pode ser um assunto polémico, pois pode, mas está sempre em cima da mesa essa atitude comportamental do Homem em busca, exploração e extracção de recursos - ou dividendos - mesmo fora do planeta Terra.
Não sendo uma excepção, Bennu pode vir a ser-nos um natural reforço espacial que, auspiciosamente no cosmos, nos servirá de apoio e de sustentação de um porvir sobre a exploração espacial (e quiçá interestelar um dia...) do Homem.
Como reservatório de vida ou não, Bennu é já hoje um exemplo (e não a excepção) que confirma a regra: antes de nos ser a foice da morte que nos seja a força da vida, no elemento-água, ou numa outra idêntica sustentabilidade espacial, pois que quando um Homem sonha o Futuro avança e tudo acontece! Afinal, tudo teve (e tem sempre) um princípio. E um fim. Pois que o Bennu seja apenas o princípio, o início de todas as coisas, que do fim trataremos depois...
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
sábado, 8 de dezembro de 2018
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
terça-feira, 4 de dezembro de 2018
A Perigosa Selecção da Espécie
Bebés Geneticamente Manipulados: a outra espécie de «caixa de Pandora» que um investigador chinês teve a ousadia de realizar e divulgar ao mundo. Manipular embriões humanos é um assunto muito sério, tão sério que revela que a técnica ainda tem de ser afinada e que o tema tem de ser debatido (ou discutido intensamente) pelas Comissões Científicas e de Ética.
De contrário, estamos todos expostos à mais perigosa e tóxica realidade de tudo podermos manipular à nossa bela maneira inconsciente e, pouco prudente, sobre os destinos do ser humano...
He Jiankui: o cientista chinês que entre um rasgo de genialidade mas também irresponsabilidade segundo a Comissão Científica de Ética, revelou ao mundo ter conseguido criar os dois Primeiros Bebés Geneticamente Manipulados resistentes aos VIH (HIV).
Entretanto, o investigador chinês que cursou nos Estados Unidos e apresentou há pouco o seu trabalho em Hong Kong, está a ser investigado pelas autoridades chinesas sabendo-se estar até ao momento desaparecido...
- A Perigosa Selecção da Espécie -
Não somos perfeitos nem o queremos ser. Mas pretendemos atingir o ónus da perfeição, o que nos leva a contradizer tudo o que até aqui nos representa e revela como seres humanos que somos.
Queremos poder fazer História - e Ciência - usando ferramentas que nos distingam e nos sublevem pela inteligência que entretanto exortamos em máxima glória científica de termos querido também fazer um pouco o papel de Deus (se é que há Deus e Ele nos vigia os passos).
Crenças e religiosidades à parte, somos todos filhos genéticos de alguém; daqueles seres primordiais de progénie demarcada que nos leva a ser identificados com eles, os nossos progenitores.
O que a Ciência agora nos vem relatar, é que, em face a uma evolução realizada em laboratório e segundo os critérios de alguns cientistas, podemos ser muito mais belos, escorreitos e felizes, aprumados e bem-apessoados (quase para sempre), livres de doenças e manhas patogénicas que nos diminuiriam certamente a qualidade de vida futura. E isto, mesmo antes ainda de termos nascido...
Poderemos modificar Embriões Humanos...? Defender ou proibir...? Motivar ou recusar...? Que dizem as Comissões Científicas e de Ética a este respeito?... E o que podemos pensar de tudo isto, se nada nos é explicado devidamente sem ser através de uma conotação obviamente censurável de como o Homem está a querer ultrapassar o Grande Criador, seja Ele qual for ou quem for...
A Edição Genética: o recurso à técnica CRISPR-cas9 que levou o agora célebre investigador chinês He Jiankui a dar brado ao mundo de ter realizado o mais inédito fenómeno científico, ao ter tornado possível a alteração do ADN para fornecer um gene necessário - ou a desactivar um que esteja a causar problemas. Que consequências imprevisíveis este acto da ciência nos trará, é algo que nem Jiankui nem o resto do mundo científico ainda nos sabe responder...
Da China para o Mundo
A polémica está lançada. Mas os dados também. Sem se poder voltar atrás ou desejar-se tal, há que assumir perigos mas igualmente consensos numa área biomédica tão delicada. Em muitos países do globo, modificar os genes de Embriões Humanos é taxativamente proibido!
Mas, não é o caso da China - onde nos últimos anos se tem testado a utilização de uma ferramenta de alteração de genoma com a denominação científica de «CRISPR-cas9» em embriões e seres humanos num processo de gestação e nascimento.
O que este investigador chinês veio revelar ao mundo durante uma conferência sobre «Edição Genética Humana» (perante uma audiência de cerca de 700 pessoas) neste passado mês de Novembro de 2018, em Hong Kong, na China, transportou em si uma carga por demais elevada em relação aos códigos morais e éticos de toda a comunidade científica.
Proibir ou reiterar, negar ou instituir é algo que ainda está a ser ponderado. No entanto, entre defensores e oponentes do que o agora He Jiankui trouxe à luz do conhecimento, há quem determine que seria lamentável dar-se um passo atrás e renegar-se tudo o que até aqui foi experienciado; ou seja, que cientistas e órgãos reguladores rejeitassem à priori, o bem que pode advir à posteriori da Alteração do ADN/DNA para tratar ou prevenir doenças do ser humano.
Muitos dos cientistas chineses sentindo-se de certa forma injustiçados e não corroborantes com esta tese de de Jiankui, já asseveraram: "É extremamente injusto para os cientistas chineses que são diligentes, inovadores, e que defendem a linha de base ética científica." (Em alegação e nome de se distanciarem do que consideram ainda não justificável de conotarem a China com este método, por divulgação à CNN)
E opinam ainda sob a sua própria ética colectiva de investigadores chineses que são:"Experimentar directamente em humanos não é mais do que loucura, já que ninguém pode prever que tipo de impacto vai acarretar; já que, a substância modificada herdada vai, inevitavelmente, misturar-se com o conjunto do Genoma Humano."
He Jiankui: o cientista chinês natural da província de Shenzhen, na China. E que, protagonizou na semana anterior a toda esta ebulição informativa global dos bebés manipulados geneticamente, a sua referencial apresentação numa conferência em Hong Kong (China). Segundo ele próprio afirmou, a sua investigação tinha por objectivo e determinação científicas diminuir a contaminação pelo vírus da SIDA (AIDS) no seu país.
Pareciam claros os objectivos. E em parte, a justificada argumentação. Não previu foi que a polémica em torno do que exibiu e disse ter alcançado, ter suscitado a discussão mundial sobre a sua experiência ser anti-ética e não-científica. Estaremos perante um visionário incompreendido ou um bastardo científico, segundo os acordos bioéticos mundiais???
Amado e Odiado
He Jiankui jamais pensou o que iria avolumar. Ou então pensou e deixou-se continuar, sabendo que as consequências do seu acto lhe poderiam ser punidas e até fatais (recorde-se de que este investigador científico está até ao momento desaparecido...) numa repercussão ilimitada por voz de quase toda a comunidade científica que contra si está. Nomeadamente, sobre o imprevisível futuro das bebés-gémeas que foram geneticamente manipuladas por Jiankui.
He Jiankui foi um privilegiado. Estudou nas Universidades Norte-Americanas de Rice e Stanford, obtendo assim o conhecimento técnico e científico do que presumivelmente já o seu cérebro congeminava. Nada a opor. No âmbito do Programa de Recrutamento «The Thousand Talents Plans», regressou à China onde colocou em prática então os seus conhecimentos.
Ainda que o resultado do seu tão polémico estudo não esteja divulgado em nenhuma revista científica do globo, nem tão-pouco confirmada ou negada por qualquer entidade independente, a sua história foi-nos contada pela agência noticiosa - Associated Press - que falou com o investigador Jiankui (que detém um laboratório na Southern University of Science and Technology of China, na cidade de Shenzhen, sendo proprietário de duas empresas de genética).
Na equipa de investigação de He Jiankui esteve também agregado o professor norte-americano de Física e bio-engenharia Michael Deem que trabalhou com o cientista chinês na Universidade de Rice (Houston, EUA), antes de Jiankui ter regressado à China. Ou seja, Jiankui não esteve só neste percurso, sendo que toda a documentação sobre o estudo foi facultada à Associated Press.
A Selecção da Espécie ou Eugenia. Por muita evolução científica que haja (sendo bom que assim seja) também conota perigos de alguma forma ainda não totalmente explícitos ou previsíveis no ser humano. Ser perfeito. Haver a devida selecção nos seres humanos com base nas suas características hereditárias com o objectivo de melhorar as gerações futuras. Mas desejaremos tanta perfeição...? Tanta selecção?... Não sei se saberemos a resposta correcta...
Eugenia de todos os perigos...
Muitos cientistas afirmam estarmos a seguir por um caminho errado ou tão melindroso que mais cedo ou mais tarde é muito provável que nos venhamos a arrepender dessa tomada de posição algo leviana de transformar e, seleccionar bebés, confinando o «seu melhor produto» à continuação da espécie humana.
Sem erros nem deformações, que humanos estaremos a gerar no futuro...??? Tão perfeitos ou tão saudáveis e incólumes que mais não seremos do que umas simples aberrações, na minha mais humilde opinião. Mas posso estar enganada.
O termo «Eugenia» é um termo científico consignado à Genética (na descrição da variação e hereditariedade) - e que anteriormente a esta consignação assim era chamado. Mas que ainda hoje nos assusta de algum modo, se nos lembrarmos das pretensões nazis aquando na célere e louca busca pelo ser humano perfeito.
A ideologia da «Pureza Racial» foi a mesma que nos colocou historicamente num dos seus períodos mais negros - na Segunda Grande Guerra na Europa - sob os auspícios do Holocausto numa Alemanha fria e insensível que ainda hoje nos amedronta de certo modo.
Desde o seu surgimento em 1883 por Francis Galton (1822-1911) este termo de Eugenia representava o «bem nascido». Galton definiu então Eugenia como « O estudo dos agentes sob o controlo social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações, seja física ou mentalmente.»
Claro está que isto nos traz mais dúvidas do que certezas, pois que o aprimoramento humano como agora se diz, nos pode trazer mais embustes do que propriamente o espelho da perfeição e evolução naturais.
Galton na época, já tinha sido influenciado pela obra do seu primo - Charles Darwin (na sua icónica obra «A Origem das Espécies») - onde aparece o conceito de Selecção Natural. Baseado neste, Galton propôs assim a Selecção Artificial para o tal aprimoramento da população humana sob os considerados critérios da época.
Foi também Galton quem lançou as bases da Genética Humana e cunhou o termo «Eugenia» para designar a melhoria de uma determinada espécie através da Selecção Artificial, na sua ilustre obra «Inquiries Into Human Faculty and Its Development (Pesquisas sobre as Faculdades Humanas e seu Desenvolvimento) de 1883. Por meados de 1870, a revista científica «Nature» divulgaria em largo rasgo um intenso elogio a esta reverencial obra de Francis Galton.
Mesmo tendo caído em desgraça e em desuso o termo «Eugenia« (pelas variadíssimas razões), a sua concepção base continua a vigorar nos meios histórico-científicos, uma vez que os seus métodos científicos foram incorporados - e talvez moldados - na teoria darwiniana de 1930, além de sintetizados com a genética mendeliana.
(Foto: Oregon Healthe & Science University Handout) O que a Associated Press descobriu e, informou ao mundo, sobre esta alegada pretensão de He Jiankui ter criado pela primeira vez na História Humana (mas sob parâmetros científicos), bebés geneticamente modificados. Está aberta a porta para a selecção das espécies? Estará assim escancarada a mais inacreditável (ou inverosímil) versão da futura criação da raça humana versus fabricação industrial de bebés perfeitos...? Que se seguirá então???
"Isto é inconcebível. Uma experiência em seres humanos não é moral ou eticamente aceite." (Avaliação feita pelo investigador da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, e editor de uma publicação científica sobre genética, o doutor Kiran Munsunuru)
A Controvérsia no Mundo
É sabido que a ferramenta de Alteração Genética em causa (CRISPR-cas9), permite, em teoria, acrescentar genes em falta ou então limitar um gene de um embrião que possa vir, eventualmente, a provocar danos ou problemas.
A Modificação de Genes é mais consensualmente aceite em adultos - como terapêutica ou método de tratamento essencial para doenças terminais - já que especificamente nestes casos, a mudança genética é confinada à pessoa que é alvo da alteração. Por exemplo: Quando se edita o ADN de esperma, óvulos ou embriões, essas alterações podem provocar um impacto posterior nos descendentes.
Na Europa, a alteração do património genético é proibida, assim como é proibido usar Fundos Europeus para fazer este tipo de investigação, dizem os especialistas deste velho continente.
(Pessoalmente acho muitas proibições. Uma coisa é sermos regidos pela ética e bioética legislativas e executivas mundiais, outra, é ser-nos imposto em obrigação e punição máximas que refreemos os impulsos científicos nesta área. Para tudo há que haver consenso e bom senso, como sempre afirmo.)
Recorde-se que já em 2015, uma equipa liderada por um outro investigador chinês - Junjiu Huang - tentou publicar uma sua elaborada investigação sobre Modificação Genética com Embriões, e as suas expectativas foram goradas.
Nenhuma reputada revista científica o fez, pensara-se de início (em que inclusive a «Nature» e a Science» o recusou mesmo), tendo sido excepção para a «Protein & Cell» que publicou esse seu artigo dando-lhe grande enfoque.
Por vezes, é preferível a revelação do que a contenção, pelo que o resto do mundo ficará a saber de todas as intenções e acções possíveis sobre uma área tão sensível quanto esta.
Daí que, este investigador chinês, tenha assim reivindicado para si a tentativa de Alterar os Embriões sobre os sete casais que realizaram à época intensos tratamentos de infertilidade, tendo Jiankui conseguido - segundo ele próprio garantiu ao mundo ainda antes de ter levado sumiço - uma gravidez bem sucedida! (Por uma outra, a terceira, que se encontra em fase inicial mas que augura um outro bebé geneticamente manipulado, segundo nos reportou também a CNN).
Todavia, e segundo nos conta a agência de notícias que com Jiankui privou, a Associated Press, este investigador chinês tinha como objectivo não a cura ou a prevenção de uma qualquer doença hereditária, mas sim «Tentar conferir um traço genético que poucas pessoas têm naturalmente; ou seja, uma capacidade de resistir a futuras infecções, com o vírus da SIDA (AIDS) VIH (HIV)».
Casais que se submetem a rigorosos tratamentos de infertilidade e que, através desses métodos, procuram enfim a criança tão desejada e amada há muito. Mas, para além deste sonho concebido e por certo natural nos casais em dificuldade na fertilização/concepção de modo tradicional, subsistem muitas outras dúvidas e experiências, tratamentos e subsequentes estudos e dados científicos que arrogam existir uma outra realidade: os casais que são portadores do vírus VIH (HIV). Foi o que sucedeu nas experiências laboratoriais de Jiankui...
Modus Operandi
Sabe-se que, os casais que estiveram sob intensos testes e análises e sob a supervisão científica deste investigador chinês, estão também sob o mais criterioso sigilo em total opacidade sobre a sua identidade; assim como, o já tão comentado casal/progenitores das bebés-gémeas (Lulu e Nana) com o ADN (DNA) geneticamente modificado.
A equipa liderada por He Jiankui apenas se limitou a tornar público de que, todos os homens envolvidos nesta experiência e projecto, eram portadores do vírus VIH (HIV); ou seja, estavam infectados com este vírus à excepção das mulheres.
(De facto a experiência a ser bem sucedida, não terá como objectivo evitar que uma pessoa infectada possa transmitir o vírus a descendentes, uma vez que isso já é possível sem envolver a modificação de genes de embriões, mas sim, permitir então aos casais em que pelo mesmo um está infectado com o vírus do VIH, ter um filho que esteja geneticamente protegido de um destino semelhante).
Jiankui alega ter praticado assim a Manipulação Genética em Ratos, Macacos e Embriões Humanos num manancial diversificado, convenhamos. E que segundo o próprio explicou «O fez durante muitos anos, até aplicar os seus métodos aos pacientes» acrescentou então este investigador chinês, fazendo referência aos anos de investigação em que ele se aplicou.
À Associated Press, He Jiankui admitiu ter utilizado, escolhido e introduzido uma limitação ao gene CCR5 - que permite a entrada do vírus nas células - para prevenir a futura infecção com o vírus do VIH dos embriões que viessem a nascer.
Explicou entretanto que, o gene CCR5, possui também efeitos benéficos na resistência a outras infecções - o que se torna um problema, evidenciou Jiankui - como inevitavelmente sucede com o vírus do Nilo ocidental e, a infecção com um vírus da gripe, com consequências ainda mais letais.
Jiankui garantiu também que, em duas gémeas recém-nascidas, a alteração do gene CCR5 verificou-se; e isto, sem que até ao momento se tivesse registado alguma prova de prejuízo para com os outros genes.
O investigador chinês referiu aliás, de que a alteração terá tido Impactos Diferentes nos dois bebés: Numa das gémeas, houve um sucesso parcial, já que esta poderá vir a ser infectada com o vírus do VIH futuramente (embora que, com a progressão mais lenta da doença); na outra, o sucesso foi garantido, devido a uma alteração completa; ou seja, com a garantia expressa de que jamais será infectada com o vírus do VIH.
Modificar Embriões Humanos? Será correcto? Onde começa a liberdade individual ou conjectural científica e acaba a nossa própria identidade humana em genética e descendência, se tudo se inverter ou reverter segundo estes critérios científicos agora realizados e expostos em laboratório?!...
Quem fala verdade e quem não o faz; e como sentirmo-nos devidamente informados, se nada se obtém a não ser nesta grande confusão pública de muita desinformação e até sugestão de estarmos a ser também nós, de certa forma, algo manipulados...
Um projecto Inconsciente...?
Muitos cientistas da nossa praça, isto é, reputados investigadores e sumidades que não se cansam em exultar o que lhes vai na alma, aferem de que os ensaios ou testes até agora realizados e retratados como de grande sucesso, não têm a credibilidade devida nem outorgada por quem de direito.
Acrescentam também que, estas informações - e estes testes - se têm revelado insuficientes para aferir da sua veracidade que se diz de pleno êxito. Isto é, sem a fundamentada base para se dizer que essa modificação resultou ou que não terá efeitos prejudiciais a curto ou a longo prazo.
George Church e Kiran Musunuru afirmam-no em toda a linha. Ou seja, não corroboram desta tese de He Jiankui. Confrontados com os documentos e resultados cedidos pelo investigador chinês He Jiankui, referem que os documentos sugerem apenas que, as duas crianças, podem vir ainda a ser infectadas com o vírus do VIH «porque apenas algumas células terão sido alteradas.»
O especialista em genética e investigador da Universidade de Harvard (EUA) - George Church - e o especialista em modificação de genes da Universidade da Pensilvânia (EUA) - Kiran Musunuru - são categóricos:
"Naquela criança, não havia nada a ganhar em termos de protecção contra o vírus do VIH - porque há outros métodos para o fazer que não passam pela genética - e ainda assim, expuseram aquela criança a todos os riscos de segurança ainda por conhecer."
Registam com grande assertividade de que, o que os resultados parciais do Projecto de Modificação Genética de Embriões mostrarão de futuro, é que «O principal ênfase dos investigadores esteve em testar a modificação de genes em vez de estar na tentativa de protecção (dos embriões e futuros bebés) face à doença».
Arrogam por último: "Ainda que isso possa ser verdade, só o nascimento de bebés com ADN (DNA) geneticamente modificado - confirmando-se tal (alvitram ambos os cientistas norte-americanos) - seria uma notícia inesperada e com consequências éticas e científicas de grande alcance!" Musunuru dispara sem contemplações ainda: "É uma experiência em seres humanos que é inconsciente, e que não é moralmente nem eticamente defensável!"
Entretanto, correu já a notícia que a ninguém deixa indiferente, de que desde segunda-feira (3 de Dezembro de 2018), o cientista chinês - He Jiankui - está dado como desaparecido, avançou a Imprensa Internacional.
A Universidade de Ciências e Tecnologias de Shenzhen negou entretanto e, impetuosamente, as acusações de que o agora famoso cientista terá sido detido a mando do Governo da República Popular da China, recusando-se a dar mais esclarecimentos sobre o assunto.
Recorde-se que, além das duas gémeas agora mundialmente conhecidas através da divulgação do trabalho de Jiankui e que se chamam de Lulu e Nana, existe uma terceira gravidez em curso, isto é, um terceiro bebé geneticamente manipulado (segundo Jiankui referiu à CNN). E que, apesar de estar numa fase prematura, existe a possibilidade do seu nascimento - sem que contudo o investigador chinês refira a sua localização ou identidade para se não empolar mais ainda esta polémica.
A Perigosa Selecção da Espécie: tudo o que se deve e não deve fazer meticulosamente e respeitando os acordos, as regras e as leis previamente definidas da Comissão Científica de Ética. Podemos ser melhorados, aprimorados e até embelezados; não podemos é, contrariar toda a nossa natureza humana em fazer reproduzir ou replicar seres humanos que jamais o serão se instituirmos (ou efectivamente institucionalizarmos) a «fábrica de bebés» geneticamente manipulados numa versão industrial e sem ética. Tem de haver um método a seguir.
Onde está He Jiankui???
Podemos não seguir estes investigadores que agora nos dizem tudo fazerem em nosso benefício. Ou fazê-lo em plena consciência. Temos o livre arbítrio de tal julgar. Podemos até nem corresponder cientificamente ao que a ciência hoje releva para primeiro plano de saúde e bem-estar no ser humano - ou mesmo de quando apela ao grande público ter descoberto uma certa «imortalidade» na continuidade que nos assiste.
A tudo temos de estar atentos, analisando e interpretando individualmente se isso nos será positivo ou negativo; e isso, sobre todas as descobertas científicas que o mundo nos dá.
Em suma: Só não podemos, é ficar indiferentes à pouca razoabilidade - ou implacabilidade - de quem se opondo, acaba por perseguir e até matar (em muitos casos) os condutores destas novas descobertas; sejam elas boas ou más, definidas com sucesso ou sem ele, realizadas e divulgadas com grande ênfase ou totalmente frustradas na sua aplicação.
Uma vez que se não sabe do paradeiro de He Jiankui (talvez em Portugal, quem sabe?), devemos estar preparados para o que aí vem, desejando que Jiankui esteja de saúde e bem. Por opção e acto voluntário de estar em local incerto, respeitamos isso. De contrário, será mais um atentado aos direitos humanos e civis de todos nós.
Penso que haverá quem saiba de Jiankui, mas o reserve para si. Era bom que Portugal o acolhesse, apesar dos erros, da polémica havida. Contudo, não acredito nisso, sabendo que existe sempre muito mais em conjuntura política e social do que à priori nos é mostrado e revelado.
Talvez que o Presidente da China o saiba mas não diga - ou não se pronuncie - o mais alto emissário da nação chinesa, o senhor Xi Jinping que chegou esta tarde a solo luso - dia 4 de Dezembro de 2018 - tendo como primazia o luxo e a franquia de ter pago cerca de 2 milhões de euros na reserva total do Hotel Ritz, em Lisboa, Portugal, para assim obter o máximo de privacidade e tranquilidade a si e a toda a sua afecta comitiva chinesa.
Onde está o «Wally»? (perdão, o senhor He Jiankui) perguntar-lhe-ia eu, se a si tivesse acesso - ao que o senhor Xi Jinping me não responderia certamente, pois que há temas e assuntos que jamais se devem abordar, mesmo que tenhamos a absoluta certeza de que existem verdades que se não devem contar e muito menos propagar aos sete ventos; neste meu caso português, sobre as minhas sete colinas de Lisboa que albergam hoje o Senhor Presidente da China.
Assim sendo, só me resta dizer: «HuãnYíng» Senhor Presidente, pois que a Perigosa Selecção da Espécie - da nossa espécie - jamais estará em risco; não, desde que se não ultrapassem leis, direitos e deveres da Comunidade/Comissão Científica de Ética. Só assim poderemos ficar sossegados...
segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
domingo, 2 de dezembro de 2018
sexta-feira, 30 de novembro de 2018
quinta-feira, 29 de novembro de 2018
quarta-feira, 28 de novembro de 2018
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
O Aprimoramento Humano
O Cérebro Humano e o seu Aprimoramento...
O Cérebro Humano. E o que a Neurociência aliada à tecnologia nos revela hoje em toda a sua magnificente potencialidade de ligação, contacto e conexão com o cérebro humano. Os projectos sucedem-se e os avanços remetem-se sobre o ser humano a uma velocidade nunca antes atingida. O século XXI será o ponto de partida para aquela tão grande meta de transformação - e quiçá mutação - que interligará talvez para sempre aquela tão mítica linha de fronteira que estabelece onde acaba o Homem e começa a máquina...
- O Aprimoramento Humano -
O Ser Humano tem necessidade de perfeição e jamais contenção no que se investe sobre esta actual tecnologia que tudo impõe e, resolve, em vários sectores da nossa sociedade e sobre a sua própria condição humana; nas falhas ou nas carências havidas.
E o êxito consuma-se à medida que as exigências humanas vão sendo mais requeridas e, assim desenvolvidas, na base quase cirúrgica de uma contemplação futurista de podermos vir a ser hipotéticos cyborgs; ou seja, meio-Homem, meio-Máquina comandados por essa inquestionável certeza computacional que tudo rege tudo toma.
É impossível voltar para trás e nem o desejaríamos. No entanto, os riscos podem ser elevados se a contemporização ou condescendência excessiva se apossar de nós ou, se ainda não tivermos em conta e em consciência, de que a máquina poderá muito em breve superar o Homem.
É então neste quadro que surgem as grandes questões da ética e da neuroética (sobre a associação da neurociência com a tecnologia, ao que muitos chamam de neurotecnologia), e que pressupõe tantas outras questões e regras a seguir.
Regras essas, instituídas em legislação e alguma depuração sobre as medidas a concretizar, caso se transponha essa lacrada porta até aqui cerrada de todas as libertações (mais concretamente de alguma libertinagem científica) que nos coloque sob a chefia dos seres em computação que criámos.
Desde o Human Brain Project (HBP) - que estabelece uma meta ambiciosa para unificar a nossa compreensão sobre o cérebro até ao mais último grito tecnológico do aprimoramento humano que Elon Musk quer levar a cabo com a sua empresa Neuralink - tudo está em aberto para que, o Homem e dentro em breve, possa não ser mais um composto orgânico mas mecânico em toda esta espécie de «linha de montagem» em que os computadores têm um assento de excelência.
Cada vez mais banidos os enigmas e incentivados os avanços neurotecnológicos, o Homem tem como objectivo o erradicar da doença, a eficácia no combate militar e, de modo ainda mais ambicioso e talvez acintoso, o aprimoramento humano que - por entre aquilo que o define e o que futuramente o irá consignar - poder-se estabelecer uma ligação computorizada de Homem-Máquina.
O Cérebro Humano nas mãos dos investigadores que procuram, incessantemente, as explicações para as anomalias, patologias e deficiências neurológicas de que somos acometidos. Parkinson, Alzheimer e outras tantas doenças do foro neurológico que a comunidade médica tenta desvendar em causa, consequência e, se possível, tratamento.
Assim sendo, todos os esforços vão nesse sentido, o que só podemos aplaudir. E incentivar, pois que todos nós, a breve prazo (supõe-se), beneficiaremos dos mesmos. Daí que os neurocientistas estejam optimistas sobre esta nova era que se abre agora em total esplendor no que se relaciona com o cérebro humano...
HBP: Human Brain Project
Este foi - e será! - sem dúvida alguma um projecto assaz ambicioso mas também emblemático na investigação do cérebro, na neurociência cognitiva e outras ciências inspiradas no cérebro; e que foi (desde 2013) reverencialmente implementado e, financiado, pela Comissão Europeia (EC, European Commission).
Pretendeu-se desde então estudar (reunindo, organizando e disseminando os dados descritos no cérebro e as suas patologias) os comportamentos neurológicos do cérebro sob a plataforma de computação e análise de alto desenho - composta esta por super-computadores de incomensuráveis recursos tecnológicos, com a intervenção da Fundação OpenPOWER.
O Projecto HBP enraizado na ciência biológica mas de complexa e elaborada mestria computacional, tem feito com que os investigadores possam finalmente admitir um maior conhecimento sobre o que se passa no cérebro humano, num processo que recolhe mais dados, mais informação, para posterior análise e catalogação. De seguida vêm as simulações de acesso aberto na sempre construtiva ou edificante visualização de uma maior compreensão sobre o cérebro humano.
Neste projecto estão envolvidos vários consórcios, empresas e organizações que têm desenvolvido nestes últimos anos o já citado HBP. De entre essa união de esforços contam-se a IBM e NVIDIA; além de um sistema-piloto inicialmente chamado JURON (uma combinação de Jülich e neurónio) que foi instalado no «Jülich Supercomputing Center» (JSC).
A explicação é algo técnica para nós, comuns mortais fora das artes computacionais. No entanto, há que registar estes dados para quem os compreenda. Assim sendo, há a acrescentar de que ele é baseado no novo IBM S822LC para servidores HPC. E cada um deles equipado com dois processadores POWER8 e 4 GPUs NVIDIA P100.
Cientistas do Instituto de Neurociência e Medicina - com o apoio do JSC - puderam então comprovar logo após a implantação, a funcionalidade do sistema no aplicativo registo de Imagens Cerebrais.
Explorando assim as capacidades de processamento das GPUs - sem mais pormenores ou ajustamentos - chegou-se então à conclusão de que se poderia alcançar uma aceleração significativa em comparação com o sistema de produção até aí utilizado com base nos processadores Haswell x86 e nas GPUs K80.
Os Cientistas têm-nos referido de que não só os recursos de computação aprimorados são importantes nesta fase mas também, o Projecto e a Implementação da Global Sharing Layer (GSL), os cartões de memória não voláteis (que todos nós transportamos) que se tornaram um recurso de memória globalmente acessível e, endereçável, por bytes. Na utilização do JURON existe uma montra de dados que se pode ler a uma taxa limitada apenas pelo desempenho da rede.
É sabido que - Estas Novas Tecnologias - vão abrir assim novas oportunidades para permitir fluxos de trabalho com o uso intenso (ou utilidade devida em grande escala) desses dados informativos - no que se inclui a visualização dos dados nas investigações sobre o cérebro.
O JURON demonstrou em total transparência e clarificação aos cientistas, todo o potencial de um ecossistema tecnológico estabelecido em torno de uma arquitectura de Processador com Interfaces que facilitam a integração eficiente de vários dispositivos para processamento, movimentação e armazenamento de dados eficientes.
Ou, segundo o que afirma o investigador Dirk Pleiter (do seu texto e obra científica que tem como título «Avançando o Projecto do Cérebro Humano com OpenPOWER»): "Por outras palavras, demonstra o potencial do colaborativo OpenPOWER."
De notar que, Dirk Pleiter, é o líder do grupo de pesquisa da Jülich Supercomputing Center, uma instituição de referência na área da super-computação, na Alemanha (UE), tendo reputados investigadores inseridos em si, tal como Dirk Pleiter, uma sumidade nestes assuntos da alta computação.
Assim sendo, apenas se espera o máximo sucesso para que o Homem do Futuro possa liderar enfim, ainda que com a ajuda tecnológica dos super-computadores.
(Imagem: Forschungszentrum Jülich/NVIDIA) Com cerca de 100 biliões de neurónios e 100 triliões de conexões, o cérebro humano é um labirinto de enigmas ainda. Algo que os cientistas do Centro de Pesquisa Jülich, na Alemanha, tentam destrinçar; mais que não seja pela persistente coragem que possuem de desvendar tão misterioso mecanismo neuronal. Para tal, estão a desenvolver um modelo 3D multi-modal do cérebro humano.
Analisando milhares de cortes cerebrais histológicos ultra-finos - utilizando microscópios e métodos avançados na análise de imagens - os investigadores estão a reconstruir essas fatias num modelo de computador 3D. O JURON da Jülich, que é abastecido com aceleradores de GPU NVIDIA Tesla P100 (como já se referiu atrás), oferece assim a capacidade de resolver instantaneamente os registos em simultâneo.
O Objectivo do Aprimoramento Humano
Os modelos cerebrais 3D marcaram irrevogavelmente um avanço muito importante na capacidade da Ciência - ou da comunidade científica - entender melhor a estrutura e a função dos cérebros ditos saudáveis ou sem anomalias.
Com estas novas tecnologias, a comunidade médica pode finalmente por comparação e melhor informação do mapa do cérebro (como uma espécie de cartografia cerebral) observar as diferenças e, reconhecer, as situações anómalas ou que perturbam o paciente.
Daí que esta informação lhes seja muito útil, à comunidade médica na sua prática clínica, pelo que exercerão de maior rigor e eficácia sobre os diagnósticos apresentados sobre toda uma panóplia de doenças neurológicas tais como a Parkinson, Alzheimer ou mesmo acidentes vasculares cerebrais.
Nada de novo então. Ou tudo de novo, se acrescentarmos agora o que no mundo da neurotecnologia Elon Musk nos sugere no Objectivo do Aprimoramento Humano/laço neural que tudo irá modificar - e para sempre! - na perspectiva humana do que fomos até aqui.
(Apenas o «input e output» nos sugerem alguns reparos; a nós e a ele, Elon Musk, que também lá terá de «aprimorar» um pouco mais isso ainda antes de virarmos todos cyborgs...)
Mas continuando: As Interfaces Cérebro-Computador podem efectivamente mudar a forma como as pessoas pensam, os soldados procedem em combate ou, se tratam doenças neurodegenerativas, que tanto mal implantam no ser humano.
As questões éticas também não ficam aquém do debate, do julgamento e da prossecução de tudo isto em quase Sodoma e Gomorra - se tivermos em conta que muito há ainda por fazer nesta área em legislação que se não reverta em anárquica explosão.
"Uma fusão de inteligência biológica e uma inteligência de máquina será necessária para que permaneçamos economicamente valiosos." (As expressivas e talvez assertivas palavras do já incontestável ícone mundial Elon Musk, numa palestra/conferência de uma organização que se chamou de «Cúpula do Governo Mundial», no Dubai (Emirados Árabes Unidos) em Fevereiro de 2018.
O CEO da Tesla, da Space e tantas outras empresas mundialmente conhecidas, aventura-se agora no mundo da neurologia, tendo criado a Neuralink, com a intenção de conectar/interligar computadores ao cérebro humano.
Sendo uma criação tecnológica ambiciosa é também uma das mais vulneráveis à opinião pública, ainda que, cientificamente, haja a explanada explicação de se ir tratar «somente» do uso da tecnologia num certo «laço neural». E isto, no processo do implante de minúsculos eléctrodos no cérebro para recursos de computação directa.
Elon Musk: um visionário ou um louco?... Ou ambos, na genialidade que se lhe conhece em toda a linha. É o homem do momento que não só tenta mudar o nosso mundo como o de outros, desde que o Homem se assuma como tal, dentro ou fora do nosso planeta. Actualmente, é a Neuralink que lhe dá o incentivo e o estímulo para continuar; além as suas outras muitas empresas, companhias e certamente dores de cabeça por tamanha miríade empreendedora de alto envolvimento pessoal.
Elon Musk:"Humanos devem fundir-se com a Inteligência Artificial para não se extinguirem, criando uma simbiose que conduzirá a uma democratização da inteligência." (Na sua óptica ou presciência futurista sobre a Humanidade, Musk afirma de que a colocação de um chip no cérebro humano será uma forma de democratizar a inteligência e evitar o colapso da Humanidade)
O Mundo dos Implantes
O nosso mundo está recheado de implantes actualmente. Esta tecnologia invadiu o nosso espaço e a nossa vida quotidiana como nunca. Implantes dentários, cocleares e neuronais que se aplicam e incentivam até mais não, pois que o mundo tecnológico hoje é fã de todas estas ferramentas para se alcançar o sucesso e o bem-estar dos povos. Mas será mesmo assim???
Elon Musk tem sido um acérrimo defensor destas práticas e deste uso mesurado (ou desmesurado...) da tecnologia. Agora virou-se para a neurotecnologia e muito bem. Tudo o que é inovação, desenvolvimento e empreendedorismo saúda-se em larga escala; contudo, há regras que convém não subestimar ou até negligenciar para se não cair no aventureirismo descompensado de todas as virtudes. Penso que Elon Musk sabe disso.
Musk admite inclusive de que as pessoas precisam (ou precisarão um dia) de se tornarem ciborgues (cyborgs) para serem - ou se tornarem - relevantes numa era de IA (Inteligência Artificial, ou AI na internacional designação de Artificial Intelligence).
Relembra-se que, Interfaces Cérebro-Computador (BCIs) não são novidade para ninguém. Na prática clínica esse exercício é muito comum, sendo usado de várias formas; dos implantes externos que medem os sinais cerebrais até aos mais complexos dispositivos intracranianos que são implantados no tecido cerebral.
As BCIs mais comuns (ou o que delas temos conhecimento em trato comum) são essencialmente uni-direccionais e com as mais diversas finalidades que vão desde o permitir do controlo motor à possibilidade de serem ferramentas de comunicação para pessoas com lesões cerebrais.
Todavia o que já existe, Elon Musk não desarma e quer ir mais longe, tão longe quanto lhe possibilitem essa árdua tarefa de ser sempre, ou quase sempre, inspirador e por demais revolucionário em tudo o que se aplica sobre si. Mais uma vez coloca o mundo aos seus pés em total devoção e, impressionabilidade, pois que não há muitos assim por esse mundo fora, reconhece-se.
Musk pretende utilizar as BCIs numa capacidade bi-direcional, de modo que o «plu-in» nos possa tornar pessoas mais inteligentes, mais dinâmicas em exercício mental ou cognitivo mais acelerado. Melhorar a memória é uma das medidas, assim como na ajuda sobre a tomada de decisões e, eventualmente, no fornecimento de uma extensão da mente humana.
"Essencialmente, como podemos garantir que o futuro constitua a soma da vontade da Humanidade? E assim, se tivermos milhares de milhões de pessoas com a ligação de banda larga para a extensão da IA (AI) de si mesmas, isso torna todos super-inteligentes." (Afirmação extraída de uma entrevista de Elon Musk ao site noticioso norte-americano Axios)
Elon Musk impõe a sua teoria sem rodeios. Refere: "Ao dar às massas o acesso à super-inteligência, a informação não seria monopolizada por corporações e Governos de Estado. A fusão de pessoas com super-inteligência, poderia ser usada para tratar lesões na medula espinal e melhorar a memória humana, ou ajudar pessoas a evitar a demência.
Em relação aos algoritmos e ao hardware - na medida do seu aperfeiçoamento que cresce todos os dias - Musk não se abstém de comentar: "A Inteligência digital excederá a inteligência biológica por uma margem substancial. É óbvio."
Este homem empreendedor, filantropo e tanta coisa mais que aqui seria impossível de descrever, é considerado um dos mais visionários da nossa época, no entanto, não está sozinho nesta demanda científica que muitos consideram extrapolada e, outros, a dignificação do futuro em relação às questões sobre o cérebro.
Um dos que o acompanha neste percurso de acreditar que a Neurologia possa ser em breve a semântica e efusiva alegoria de uma nova era, está Bryan Johnson, o fundador da Kernel, uma startup que implementa o Aprimorar da Inteligência Humana.
A Kernel está actualmente a desenvolver implantes cerebrais que ligam os pensamentos das pessoas aos computadores. Entretanto, por Silicon Valley (Vale do Silício), esse grande mundo tecnológico localizado na Califórnia, nos Estados Unidos, está pejado e entusiasticamente repleto de projectos semelhantes. Ou seja, o futuro instala-se a cada dia mais no nosso quotidiano, na nossa vida.
Os Avanços, mas também os receios. Elon Musk, aliás como tantos outros (do já falecido Stephen Hawking ao vivíssimo Bill Gates) sentem os temores relacionados com a AI ou, o que ela possa futuramente fecundar através da alta computação - e sobre os seres humanos - em total domínio sobre estes e sobre todo um planeta.
Não são infundados estes receios, uma vez que esta artificial inteligência nos poderá levar à extinção. Mais inteligentes do que nós, os «AIs» (essas artificiais inteligências) poder-nos-ão vir a ser ainda uma grande dor de cabeça... ou pior, um grande e inextricável quebra-cabeças...
"Ele quer entrar directamente no cérebro, ignorando mecanismos como falar ou mandar mensagens. Musk tem credibilidade para falar dessas coisas!" (Palavras que dizem tudo, por voz e emissão do professor Pedram Mohseni, da Universidade Case Western Reserve, no Ohio, EUA (Mohseni, o eminente professor que vendeu os direitos do nome «Neuralink» para Elon Musk.)
Via Directa para o Cérebro
Pedram Mohseni sabe do que fala e quando fala; em particular sobre as ambiciosas intenções de Musk e talvez as suas. Corrobora com ele mas regista sempre um compasso pessoal entre o que é devido e não é, sendo esta uma muito ténue barreira do que poderá ou não ser estabelecido eticamente. Diz-nos então:
"Os objectivos de Musk de aprimoramento cognitivo estão relacionados a indivíduos saudáveis - ou fisicamente aptos - porque ele tem medo da Inteligência Artificial, e que os computadores se possam tornar mais inteligentes do que os seres humanos que fizeram os computadores." Mohseni vai ainda mais longe ao referir sobre Musk:
"Ele quer tocar directamente no cérebro para ler pensamentos, evitando de forma eficaz os mecanismos de baixa largura de banda como falar ou enviar mensagens de texto para transmitir os pensamentos. Parece ser uma coisa do tipo «tarte no céu»; no entanto Musk tem toda a credibilidade para falar dessas coisas", anuiu Mohseni, convicto que nada o fará parar sobre esta temática e esta sua voragem tecnológica em exploração do cérebro.
Em 2015, Mark Zuckerberg - o CEO do Facebook - afirmou que as pessoas um dia partilhariam determinadas «experiências sensoriais e emocionais completas» online - e não apenas em fotos ou vídeos. Entretanto veio a público de que o Facebook estaria a contratar neurocientistas para um projecto algo secreto (ou não revelado publicamente) na sua mui sigilosa divisão/sector de hardware (Builind 8).
Apesar de todos estes seguidores da neurociência tecnológica estarem de acordo que o futuro é já hoje, Mohseni não acredita que tal seja possível no imediato ou que esta tecnologia esteja disponível em breve, sendo que considera que muitos destes projectos nem possam ser viáveis ou realistas.
O Cérebro nas suas mui inimagináveis correlações sinápticas ou nesse tão estreito mundo de ninguém por onde os cientistas tentam - a todo o custo - conhecer mais e mais. A neurociência deu já um passo de gigante sobre uma melhor aprendizagem, uma ampla gama de habilidades cognitivas no indivíduo; no fundo, no tal aprimoramento cognitivo que nos irá dar no futuro mais qualificações e sensações cognitivas importantes.
Acredita-se nisso, mas também se acredita que tudo possa ter um limite e um estanque, se essa nova consciência nos ditar o que de pior o ser humano tem e não o oposto...
Habilidades Cognitivas
Segundo Pedram Mohseni revelou ao «The Guardian» já neste ano de 2018, estamos a pelo menos 10 ou 15 anos das metas de Aprimoramento Cognitivo em sujeitos saudáveis. Certamente parece ser, pelos objectivos mais imediatos da Neuralink, que o foco da Neurotecnologia continuará a ser em pacientes com várias lesões ou doentes neurológicas."
Mohseni refere ainda de que, um dos melhores exemplos actuais de Aprimoramento Cognitivo é o trabalho do professor Ted Berger, da Universidade do Sul da Califórnia (EUA), que vem trabalhando numa prótese de memória para substituir as partes danificadas do Hipocampo cerebral em pacientes que perderam a memória como no caso da Alzheimer.
"Neste caso, um computador deve ser implantado no cérebro que actua de forma semelhante ao hipocampo biológico a partir de uma perspectiva de entrada e saída. Berger tem havido bons resultados de roedores e modelos de primatas não-humanos, bem como resultados preliminares em vários assuntos humanos."
Pedram Mohseni finaliza esta sua mensagem dizendo que a DARPA - Agência de Projectos e Pesquisa Avançada de Defesa (do Governo dos Estados Unidos) - tem actualmente um programa que visa melhorar o conhecimento dos seus soldados; ou seja, melhorar a aprendizagem de uma ampla gama de habilidades cognitivas, através de vários mecanismos de estimulação nervosa periférica, facilitando e incentivando assim a plasticidade neural no cérebro.
Militares Portugueses e Espanhóis na base militar iraquiana de Besmayah (a 50 quilómetros da sua capital, Bagdad), no Iraque. O efectivo operacional destas duas nações ibéricas treina actualmente os elementos das Forças Armadas Iraquianas na pronta e eficaz execução militar na óptica e realização de uma maior aprendizagem por parte das forças militares iraquianas.
Há quem assuma que, os Portugueses no Iraque, estão a seguir a lógica da invasão americana de 2003. No entanto, guerrilhas políticas à parte, seria bom e até muito necessário haver de facto um maior e melhor empenho a nível do Aprimoramento Cognitivo no circuito operacional. Talvez seja isso mesmo que a DARPA, dos EUA, executa. E lidera. Todos os outros lhes seguirão, por muita contestação que possa haver sobre essa vertente reportada nos militares que nos defendem pela paz...
As BCIs no comando...
Indubitável é o crédito que toda a comunidade científica dá às BCIs, sendo elas uma mais-valia. Pouco há a acrescentar sobre isso. No Reino Unido, já estão em andamento uma série de pesquisas para explorar as mentes inconscientes das pessoas enquanto tomam decisões. Se isso é ético ou anti-ético é algo que ficará para mais tarde relatar...
Davide Valeriani, investigador sénior do laboratório BCI-NE da Universidade de Essex, no Reino Unido está a usar um BCI baseado num electroencefalograma (EEG) para explorar então essas mentes que se apelam de inconscientes. Diz então:
"Toda a gente que toma decisões usa o limite de EEG - que é parte de uma BCI - uma ferramenta para ajudar a medir a actividade do EEG... que mede assim a actividade eléctrica para reunir padrões associados a decisões confiantes (ou não confiáveis, na totalidade).
Treinamos o BCI - basicamente o computador - pedindo às pessoas que tomem decisões sem saberem a resposta e depois digam à máquina: «Veja, neste caso, sabemos que a decisão tomada pelo utilizador está correcta; então associe esses padrões a decisões confiantes».
Como sabemos, a confiança está relacionada à probabilidade de estar correcta. Assim, durante esse treino, a máquina sabe (ou vai sabendo) quais as respostas que estavam correctas e as que não estavam. O utilizador não as sabe o tempo todo."
Por conclusão: "As BCIs podem efectivamente ser uma ferramenta fundamental para ir além dos limites humanos, melhorando assim a vida de todos!" (Afirmação de Davide Valeriani)
Projecto Conectoma Humano: (na imagem) Difusão MRI do cérebro em desenvolvimento. Doenças como o Autismo, Paralisia Cerebral e transtornos do Déficit de Atenção estão actualmente a serem estudadas através através da utilização de milhares de imagens de «fiação» celular.
A Universidade de Oxford - e a FMRIB - (em 2017) divulgaram ao mundo então a sua extraordinária contribuição para o desenvolvimento do Projecto Conectoma Humano, fornecendo métodos de análise de última geração que, aliados a imagens de tecnologia de ponta, resultaram num banco (ou acervo) de incríveis dados de imagens de excelente qualidade sobre o cérebro humano.
Estes dados são assim ofertados livremente para todo o globo (em particular para o grande interesse estabelecido pela comunidade médica), na eventual e futura utilização das mesmas para os investigadores de todo o mundo, esperando que isso possa trazer informações inestimáveis sobre a relação entre a conectividade cerebral e, uma diversidade de factores, incluindo genéticos, ambientais e comportamentais.
A Investigação da Neurociência
Voltando ao Aprimoramento Humano e às BCIs, o reputado investigador e cientista Davide Valerini esclarece:"Espero que mais recursos sejam investidos no apoio a essa área muito promissora de pesquisa. As BCIs não são apenas uma ferramenta inestimável para pessoas com deficiências, mas podem ser uma ferramenta fundamental para irem além dos limites humanos, melhorando assim a vida de todos nós."
Valerini observa no entanto que, um dos nossos maiores desafios com essa tecnologia, é que primeiro precisamos entender melhor como o cérebro humano funciona antes de decidir - onde e como - aplicar a BCI. Pormenoriza então: "É por isso que muitas agências têm investido em pesquisas/investigações básicas em neurociência - por exemplo, a iniciativa Brain nos EUA, e a Human Brain Project na EU/UE (União Europeia).
Onde o ser humano termina e a máquina começa: Eis a grande questão do momento! Esta, a filosófica e apreensiva questão em termos evolutivos no ser humano (na melhoria do seu corpo físico e psíquico), mas que orla também as questões éticas.
"Na minha opinião, uma maneira de superar essas preocupações éticas é permitir que os seres humanos decidam se querem ou não usar uma BCI para aumentar as suas capacidades. Neste momento, os neurocientistas têm estado a trabalhar para dar conselhos aos formuladores de políticas (ou legislação adequada) para o que deve ser regulamentado. Tenho a certeza de que, no futuro, estaremos mais abertos à possibilidade de usarmos BCIs, se esses sistemas fornecerem uma vantagem clara e tangível para as nossas vidas." (Davide Valerini)
Do Projecto Human Brain, sabe-se que Henry Markram - neurocientista suíço e director da HBP da Europa - querendo também entrar nessa grande competição pelo maior conhecimento do cérebro humano, planeia gastar a exorbitante quantia de mais de 1 bilião de dólares na construção de um modelo perfeito de um Cérebro Humano.
Afirma ainda poder com toda a certeza científica edificar a réplica super-computorizada de um cérebro humano; ou seja, afinal Deus existe e está nas mãos dos cientistas do nosso planeta!
Elon Musk, de novo. Talvez seja urgente que o ouçamos, por muito que nos pareça estranho o que profere e como o faz sem contornar obstáculos ou omitir aquela sua verdade que julga prioritária para que a Humanidade não expire. Para este empreendedor e homem do futuro que se assume, a escolha é óbvia e o caminho uma direcção que a Humanidade não deve ignorar. Diz então:
"As máquinas autónomas são mais perigosas para o mundo do que a Coreia do Norte e podem lançar «armas de terror»"
Curiosamente, Elon Musk não foge à pergunta mais crítica mas também mais relevante, se tem medo, se por algum momento poderá recear a sublevação da IA. E acaba respondendo de uma maneira que nos desconcerta, chegando a comparar a adopção da Inteligência Artificial «à convocação do Diabo».
"A Humanidade comporta-se como crianças no recreio sem prestar atenção às ameaças iminentes. Preocupamo-nos mais com o nome que alguém chamou a outra pessoa, do que saber se a IA destruirá a Humanidade."
O Fundador da Space X que tanta coragem admite no que está a liderar e a querer implementar da nossa civilização em Marte, também tem fragilidades. Uma delas, é a resposta imediata que dá, dizendo acreditar que a IA poderá desencadear a Próxima Guerra Mundial, argumentando ainda que, muito possivelmente, as Máquinas Super-inteligentes poderão dominar o mundo.
Será que Elon Musk sabe algo que nós não sabemos?... Certamente. Estou convicta disso, mas também, se estivesse frente a si, não lho questionaria. Por medo ou por cobardia, não sei. Se a resposta é o Fim do Mundo (o fim da nossa civilização?!) então para quê precipitar a preocupação...
Mas talvez haja ainda esperança. E possamos ser super-seres de uma super-inteligência nata. Ou nem por isso, regredindo milhares de anos ou deixando-nos extinguir só porque não tivemos a coragem necessária para avançar, para discutir ou até investir numa causa que à priori julgáramos perdida. Afinal, somos sobreviventes, acredito eu.
Um Fim que pode ser simplesmente um princípio. Temos de pensar nisso, pois temos de nos fazer sobreviver aquém e além a nossa ou outras civilizações.
Nada mais a dizer então que não seja, cinjam-se pela ética, pelo estudo e desenvolvimento de novas terapêuticas ou tratamentos especializados com base nas BCIs ou no que elas nos propõem augurar. Ou não, consoante a vossa consciência vos ditar, pelo que o ser humano do futuro jamais será igual ao de há 10 ou 12 mil anos; pelo que nunca foi (em estatização) ou se deixou ultrapassar nessa sua escalada de evolução antropológica...
Ainda segundo Musk, seremos muito provavelmente um contínuo Zoológico à semelhança dos macacos versus símios num planeta primitivo; isto é, se não arrepiarmos caminho. Ou seja, se não nos motivarmos a mudar o esquema em que estamos inseridos. «A Humanidade ficará confinada a um zoo» nas explícitas palavras de Elon Musk, que refere publicamente o que pensa vir a suceder caso o Homem não acompanhe a evolução dos tempos.
Se o fizermos só temos a ganhar. Todos! Numa mudança - radical ou não - que o tempo nos vai ensinar a saber moldar; a saber contornar nessa espécie de transição. De há 10 mil anos para cá soubemo-lo fazer; basta agora retomá-lo.
E isso, em processo sumamente evolutivo, construtivo e elucidativo de toda uma enorme apetência humana para saber mais, conhecer mais sobre nós próprios. Neste caso, sobre o nosso cérebro.
Se assim não fosse, ainda teríamos muitos Neandertais por aí exibindo a sua disforme caixa craniana de anatomia achatada e sem nada lá dentro; ou pouco, muito pouco do que agora os nossos terrestres neurocientistas nos arrogam os nossos cérebros poderem fluir, ascender e «voar».
E, tal como esses livres (e por certo tão felizes) condores ou aves de rapina, falcões, ou águias libertinas que se deixam voar, os nossos cérebros em sua grande capacidade intuitiva e sensitiva poderem finalmente chegar ao tão ansiado «Aprimoramento Humano» que só aos deuses cabe, que só aos eleitos se sabe esta primazia acolher. Que se faça então esse aprimoramento se tal nos for útil e benéfico e não o contrário.
O Homem de Hoje já não será o de Amanhã e assim sucessivamente. Não temam, pois que o cérebro é que comanda a vida e aquela que se diz morte não o é!... De todo! Aprimoremos-nos então!
O Cérebro Humano. E o que a Neurociência aliada à tecnologia nos revela hoje em toda a sua magnificente potencialidade de ligação, contacto e conexão com o cérebro humano. Os projectos sucedem-se e os avanços remetem-se sobre o ser humano a uma velocidade nunca antes atingida. O século XXI será o ponto de partida para aquela tão grande meta de transformação - e quiçá mutação - que interligará talvez para sempre aquela tão mítica linha de fronteira que estabelece onde acaba o Homem e começa a máquina...
- O Aprimoramento Humano -
O Ser Humano tem necessidade de perfeição e jamais contenção no que se investe sobre esta actual tecnologia que tudo impõe e, resolve, em vários sectores da nossa sociedade e sobre a sua própria condição humana; nas falhas ou nas carências havidas.
E o êxito consuma-se à medida que as exigências humanas vão sendo mais requeridas e, assim desenvolvidas, na base quase cirúrgica de uma contemplação futurista de podermos vir a ser hipotéticos cyborgs; ou seja, meio-Homem, meio-Máquina comandados por essa inquestionável certeza computacional que tudo rege tudo toma.
É impossível voltar para trás e nem o desejaríamos. No entanto, os riscos podem ser elevados se a contemporização ou condescendência excessiva se apossar de nós ou, se ainda não tivermos em conta e em consciência, de que a máquina poderá muito em breve superar o Homem.
É então neste quadro que surgem as grandes questões da ética e da neuroética (sobre a associação da neurociência com a tecnologia, ao que muitos chamam de neurotecnologia), e que pressupõe tantas outras questões e regras a seguir.
Regras essas, instituídas em legislação e alguma depuração sobre as medidas a concretizar, caso se transponha essa lacrada porta até aqui cerrada de todas as libertações (mais concretamente de alguma libertinagem científica) que nos coloque sob a chefia dos seres em computação que criámos.
Desde o Human Brain Project (HBP) - que estabelece uma meta ambiciosa para unificar a nossa compreensão sobre o cérebro até ao mais último grito tecnológico do aprimoramento humano que Elon Musk quer levar a cabo com a sua empresa Neuralink - tudo está em aberto para que, o Homem e dentro em breve, possa não ser mais um composto orgânico mas mecânico em toda esta espécie de «linha de montagem» em que os computadores têm um assento de excelência.
Cada vez mais banidos os enigmas e incentivados os avanços neurotecnológicos, o Homem tem como objectivo o erradicar da doença, a eficácia no combate militar e, de modo ainda mais ambicioso e talvez acintoso, o aprimoramento humano que - por entre aquilo que o define e o que futuramente o irá consignar - poder-se estabelecer uma ligação computorizada de Homem-Máquina.
O Cérebro Humano nas mãos dos investigadores que procuram, incessantemente, as explicações para as anomalias, patologias e deficiências neurológicas de que somos acometidos. Parkinson, Alzheimer e outras tantas doenças do foro neurológico que a comunidade médica tenta desvendar em causa, consequência e, se possível, tratamento.
Assim sendo, todos os esforços vão nesse sentido, o que só podemos aplaudir. E incentivar, pois que todos nós, a breve prazo (supõe-se), beneficiaremos dos mesmos. Daí que os neurocientistas estejam optimistas sobre esta nova era que se abre agora em total esplendor no que se relaciona com o cérebro humano...
HBP: Human Brain Project
Este foi - e será! - sem dúvida alguma um projecto assaz ambicioso mas também emblemático na investigação do cérebro, na neurociência cognitiva e outras ciências inspiradas no cérebro; e que foi (desde 2013) reverencialmente implementado e, financiado, pela Comissão Europeia (EC, European Commission).
Pretendeu-se desde então estudar (reunindo, organizando e disseminando os dados descritos no cérebro e as suas patologias) os comportamentos neurológicos do cérebro sob a plataforma de computação e análise de alto desenho - composta esta por super-computadores de incomensuráveis recursos tecnológicos, com a intervenção da Fundação OpenPOWER.
O Projecto HBP enraizado na ciência biológica mas de complexa e elaborada mestria computacional, tem feito com que os investigadores possam finalmente admitir um maior conhecimento sobre o que se passa no cérebro humano, num processo que recolhe mais dados, mais informação, para posterior análise e catalogação. De seguida vêm as simulações de acesso aberto na sempre construtiva ou edificante visualização de uma maior compreensão sobre o cérebro humano.
Neste projecto estão envolvidos vários consórcios, empresas e organizações que têm desenvolvido nestes últimos anos o já citado HBP. De entre essa união de esforços contam-se a IBM e NVIDIA; além de um sistema-piloto inicialmente chamado JURON (uma combinação de Jülich e neurónio) que foi instalado no «Jülich Supercomputing Center» (JSC).
A explicação é algo técnica para nós, comuns mortais fora das artes computacionais. No entanto, há que registar estes dados para quem os compreenda. Assim sendo, há a acrescentar de que ele é baseado no novo IBM S822LC para servidores HPC. E cada um deles equipado com dois processadores POWER8 e 4 GPUs NVIDIA P100.
Cientistas do Instituto de Neurociência e Medicina - com o apoio do JSC - puderam então comprovar logo após a implantação, a funcionalidade do sistema no aplicativo registo de Imagens Cerebrais.
Explorando assim as capacidades de processamento das GPUs - sem mais pormenores ou ajustamentos - chegou-se então à conclusão de que se poderia alcançar uma aceleração significativa em comparação com o sistema de produção até aí utilizado com base nos processadores Haswell x86 e nas GPUs K80.
Os Cientistas têm-nos referido de que não só os recursos de computação aprimorados são importantes nesta fase mas também, o Projecto e a Implementação da Global Sharing Layer (GSL), os cartões de memória não voláteis (que todos nós transportamos) que se tornaram um recurso de memória globalmente acessível e, endereçável, por bytes. Na utilização do JURON existe uma montra de dados que se pode ler a uma taxa limitada apenas pelo desempenho da rede.
É sabido que - Estas Novas Tecnologias - vão abrir assim novas oportunidades para permitir fluxos de trabalho com o uso intenso (ou utilidade devida em grande escala) desses dados informativos - no que se inclui a visualização dos dados nas investigações sobre o cérebro.
O JURON demonstrou em total transparência e clarificação aos cientistas, todo o potencial de um ecossistema tecnológico estabelecido em torno de uma arquitectura de Processador com Interfaces que facilitam a integração eficiente de vários dispositivos para processamento, movimentação e armazenamento de dados eficientes.
Ou, segundo o que afirma o investigador Dirk Pleiter (do seu texto e obra científica que tem como título «Avançando o Projecto do Cérebro Humano com OpenPOWER»): "Por outras palavras, demonstra o potencial do colaborativo OpenPOWER."
De notar que, Dirk Pleiter, é o líder do grupo de pesquisa da Jülich Supercomputing Center, uma instituição de referência na área da super-computação, na Alemanha (UE), tendo reputados investigadores inseridos em si, tal como Dirk Pleiter, uma sumidade nestes assuntos da alta computação.
Assim sendo, apenas se espera o máximo sucesso para que o Homem do Futuro possa liderar enfim, ainda que com a ajuda tecnológica dos super-computadores.
(Imagem: Forschungszentrum Jülich/NVIDIA) Com cerca de 100 biliões de neurónios e 100 triliões de conexões, o cérebro humano é um labirinto de enigmas ainda. Algo que os cientistas do Centro de Pesquisa Jülich, na Alemanha, tentam destrinçar; mais que não seja pela persistente coragem que possuem de desvendar tão misterioso mecanismo neuronal. Para tal, estão a desenvolver um modelo 3D multi-modal do cérebro humano.
Analisando milhares de cortes cerebrais histológicos ultra-finos - utilizando microscópios e métodos avançados na análise de imagens - os investigadores estão a reconstruir essas fatias num modelo de computador 3D. O JURON da Jülich, que é abastecido com aceleradores de GPU NVIDIA Tesla P100 (como já se referiu atrás), oferece assim a capacidade de resolver instantaneamente os registos em simultâneo.
O Objectivo do Aprimoramento Humano
Os modelos cerebrais 3D marcaram irrevogavelmente um avanço muito importante na capacidade da Ciência - ou da comunidade científica - entender melhor a estrutura e a função dos cérebros ditos saudáveis ou sem anomalias.
Com estas novas tecnologias, a comunidade médica pode finalmente por comparação e melhor informação do mapa do cérebro (como uma espécie de cartografia cerebral) observar as diferenças e, reconhecer, as situações anómalas ou que perturbam o paciente.
Daí que esta informação lhes seja muito útil, à comunidade médica na sua prática clínica, pelo que exercerão de maior rigor e eficácia sobre os diagnósticos apresentados sobre toda uma panóplia de doenças neurológicas tais como a Parkinson, Alzheimer ou mesmo acidentes vasculares cerebrais.
Nada de novo então. Ou tudo de novo, se acrescentarmos agora o que no mundo da neurotecnologia Elon Musk nos sugere no Objectivo do Aprimoramento Humano/laço neural que tudo irá modificar - e para sempre! - na perspectiva humana do que fomos até aqui.
(Apenas o «input e output» nos sugerem alguns reparos; a nós e a ele, Elon Musk, que também lá terá de «aprimorar» um pouco mais isso ainda antes de virarmos todos cyborgs...)
Mas continuando: As Interfaces Cérebro-Computador podem efectivamente mudar a forma como as pessoas pensam, os soldados procedem em combate ou, se tratam doenças neurodegenerativas, que tanto mal implantam no ser humano.
As questões éticas também não ficam aquém do debate, do julgamento e da prossecução de tudo isto em quase Sodoma e Gomorra - se tivermos em conta que muito há ainda por fazer nesta área em legislação que se não reverta em anárquica explosão.
"Uma fusão de inteligência biológica e uma inteligência de máquina será necessária para que permaneçamos economicamente valiosos." (As expressivas e talvez assertivas palavras do já incontestável ícone mundial Elon Musk, numa palestra/conferência de uma organização que se chamou de «Cúpula do Governo Mundial», no Dubai (Emirados Árabes Unidos) em Fevereiro de 2018.
O CEO da Tesla, da Space e tantas outras empresas mundialmente conhecidas, aventura-se agora no mundo da neurologia, tendo criado a Neuralink, com a intenção de conectar/interligar computadores ao cérebro humano.
Sendo uma criação tecnológica ambiciosa é também uma das mais vulneráveis à opinião pública, ainda que, cientificamente, haja a explanada explicação de se ir tratar «somente» do uso da tecnologia num certo «laço neural». E isto, no processo do implante de minúsculos eléctrodos no cérebro para recursos de computação directa.
Elon Musk: um visionário ou um louco?... Ou ambos, na genialidade que se lhe conhece em toda a linha. É o homem do momento que não só tenta mudar o nosso mundo como o de outros, desde que o Homem se assuma como tal, dentro ou fora do nosso planeta. Actualmente, é a Neuralink que lhe dá o incentivo e o estímulo para continuar; além as suas outras muitas empresas, companhias e certamente dores de cabeça por tamanha miríade empreendedora de alto envolvimento pessoal.
Elon Musk:"Humanos devem fundir-se com a Inteligência Artificial para não se extinguirem, criando uma simbiose que conduzirá a uma democratização da inteligência." (Na sua óptica ou presciência futurista sobre a Humanidade, Musk afirma de que a colocação de um chip no cérebro humano será uma forma de democratizar a inteligência e evitar o colapso da Humanidade)
O Mundo dos Implantes
O nosso mundo está recheado de implantes actualmente. Esta tecnologia invadiu o nosso espaço e a nossa vida quotidiana como nunca. Implantes dentários, cocleares e neuronais que se aplicam e incentivam até mais não, pois que o mundo tecnológico hoje é fã de todas estas ferramentas para se alcançar o sucesso e o bem-estar dos povos. Mas será mesmo assim???
Elon Musk tem sido um acérrimo defensor destas práticas e deste uso mesurado (ou desmesurado...) da tecnologia. Agora virou-se para a neurotecnologia e muito bem. Tudo o que é inovação, desenvolvimento e empreendedorismo saúda-se em larga escala; contudo, há regras que convém não subestimar ou até negligenciar para se não cair no aventureirismo descompensado de todas as virtudes. Penso que Elon Musk sabe disso.
Musk admite inclusive de que as pessoas precisam (ou precisarão um dia) de se tornarem ciborgues (cyborgs) para serem - ou se tornarem - relevantes numa era de IA (Inteligência Artificial, ou AI na internacional designação de Artificial Intelligence).
Relembra-se que, Interfaces Cérebro-Computador (BCIs) não são novidade para ninguém. Na prática clínica esse exercício é muito comum, sendo usado de várias formas; dos implantes externos que medem os sinais cerebrais até aos mais complexos dispositivos intracranianos que são implantados no tecido cerebral.
As BCIs mais comuns (ou o que delas temos conhecimento em trato comum) são essencialmente uni-direccionais e com as mais diversas finalidades que vão desde o permitir do controlo motor à possibilidade de serem ferramentas de comunicação para pessoas com lesões cerebrais.
Todavia o que já existe, Elon Musk não desarma e quer ir mais longe, tão longe quanto lhe possibilitem essa árdua tarefa de ser sempre, ou quase sempre, inspirador e por demais revolucionário em tudo o que se aplica sobre si. Mais uma vez coloca o mundo aos seus pés em total devoção e, impressionabilidade, pois que não há muitos assim por esse mundo fora, reconhece-se.
Musk pretende utilizar as BCIs numa capacidade bi-direcional, de modo que o «plu-in» nos possa tornar pessoas mais inteligentes, mais dinâmicas em exercício mental ou cognitivo mais acelerado. Melhorar a memória é uma das medidas, assim como na ajuda sobre a tomada de decisões e, eventualmente, no fornecimento de uma extensão da mente humana.
"Essencialmente, como podemos garantir que o futuro constitua a soma da vontade da Humanidade? E assim, se tivermos milhares de milhões de pessoas com a ligação de banda larga para a extensão da IA (AI) de si mesmas, isso torna todos super-inteligentes." (Afirmação extraída de uma entrevista de Elon Musk ao site noticioso norte-americano Axios)
Elon Musk impõe a sua teoria sem rodeios. Refere: "Ao dar às massas o acesso à super-inteligência, a informação não seria monopolizada por corporações e Governos de Estado. A fusão de pessoas com super-inteligência, poderia ser usada para tratar lesões na medula espinal e melhorar a memória humana, ou ajudar pessoas a evitar a demência.
Em relação aos algoritmos e ao hardware - na medida do seu aperfeiçoamento que cresce todos os dias - Musk não se abstém de comentar: "A Inteligência digital excederá a inteligência biológica por uma margem substancial. É óbvio."
Este homem empreendedor, filantropo e tanta coisa mais que aqui seria impossível de descrever, é considerado um dos mais visionários da nossa época, no entanto, não está sozinho nesta demanda científica que muitos consideram extrapolada e, outros, a dignificação do futuro em relação às questões sobre o cérebro.
Um dos que o acompanha neste percurso de acreditar que a Neurologia possa ser em breve a semântica e efusiva alegoria de uma nova era, está Bryan Johnson, o fundador da Kernel, uma startup que implementa o Aprimorar da Inteligência Humana.
A Kernel está actualmente a desenvolver implantes cerebrais que ligam os pensamentos das pessoas aos computadores. Entretanto, por Silicon Valley (Vale do Silício), esse grande mundo tecnológico localizado na Califórnia, nos Estados Unidos, está pejado e entusiasticamente repleto de projectos semelhantes. Ou seja, o futuro instala-se a cada dia mais no nosso quotidiano, na nossa vida.
Os Avanços, mas também os receios. Elon Musk, aliás como tantos outros (do já falecido Stephen Hawking ao vivíssimo Bill Gates) sentem os temores relacionados com a AI ou, o que ela possa futuramente fecundar através da alta computação - e sobre os seres humanos - em total domínio sobre estes e sobre todo um planeta.
Não são infundados estes receios, uma vez que esta artificial inteligência nos poderá levar à extinção. Mais inteligentes do que nós, os «AIs» (essas artificiais inteligências) poder-nos-ão vir a ser ainda uma grande dor de cabeça... ou pior, um grande e inextricável quebra-cabeças...
"Ele quer entrar directamente no cérebro, ignorando mecanismos como falar ou mandar mensagens. Musk tem credibilidade para falar dessas coisas!" (Palavras que dizem tudo, por voz e emissão do professor Pedram Mohseni, da Universidade Case Western Reserve, no Ohio, EUA (Mohseni, o eminente professor que vendeu os direitos do nome «Neuralink» para Elon Musk.)
Via Directa para o Cérebro
Pedram Mohseni sabe do que fala e quando fala; em particular sobre as ambiciosas intenções de Musk e talvez as suas. Corrobora com ele mas regista sempre um compasso pessoal entre o que é devido e não é, sendo esta uma muito ténue barreira do que poderá ou não ser estabelecido eticamente. Diz-nos então:
"Os objectivos de Musk de aprimoramento cognitivo estão relacionados a indivíduos saudáveis - ou fisicamente aptos - porque ele tem medo da Inteligência Artificial, e que os computadores se possam tornar mais inteligentes do que os seres humanos que fizeram os computadores." Mohseni vai ainda mais longe ao referir sobre Musk:
"Ele quer tocar directamente no cérebro para ler pensamentos, evitando de forma eficaz os mecanismos de baixa largura de banda como falar ou enviar mensagens de texto para transmitir os pensamentos. Parece ser uma coisa do tipo «tarte no céu»; no entanto Musk tem toda a credibilidade para falar dessas coisas", anuiu Mohseni, convicto que nada o fará parar sobre esta temática e esta sua voragem tecnológica em exploração do cérebro.
Em 2015, Mark Zuckerberg - o CEO do Facebook - afirmou que as pessoas um dia partilhariam determinadas «experiências sensoriais e emocionais completas» online - e não apenas em fotos ou vídeos. Entretanto veio a público de que o Facebook estaria a contratar neurocientistas para um projecto algo secreto (ou não revelado publicamente) na sua mui sigilosa divisão/sector de hardware (Builind 8).
Apesar de todos estes seguidores da neurociência tecnológica estarem de acordo que o futuro é já hoje, Mohseni não acredita que tal seja possível no imediato ou que esta tecnologia esteja disponível em breve, sendo que considera que muitos destes projectos nem possam ser viáveis ou realistas.
O Cérebro nas suas mui inimagináveis correlações sinápticas ou nesse tão estreito mundo de ninguém por onde os cientistas tentam - a todo o custo - conhecer mais e mais. A neurociência deu já um passo de gigante sobre uma melhor aprendizagem, uma ampla gama de habilidades cognitivas no indivíduo; no fundo, no tal aprimoramento cognitivo que nos irá dar no futuro mais qualificações e sensações cognitivas importantes.
Acredita-se nisso, mas também se acredita que tudo possa ter um limite e um estanque, se essa nova consciência nos ditar o que de pior o ser humano tem e não o oposto...
Habilidades Cognitivas
Segundo Pedram Mohseni revelou ao «The Guardian» já neste ano de 2018, estamos a pelo menos 10 ou 15 anos das metas de Aprimoramento Cognitivo em sujeitos saudáveis. Certamente parece ser, pelos objectivos mais imediatos da Neuralink, que o foco da Neurotecnologia continuará a ser em pacientes com várias lesões ou doentes neurológicas."
Mohseni refere ainda de que, um dos melhores exemplos actuais de Aprimoramento Cognitivo é o trabalho do professor Ted Berger, da Universidade do Sul da Califórnia (EUA), que vem trabalhando numa prótese de memória para substituir as partes danificadas do Hipocampo cerebral em pacientes que perderam a memória como no caso da Alzheimer.
"Neste caso, um computador deve ser implantado no cérebro que actua de forma semelhante ao hipocampo biológico a partir de uma perspectiva de entrada e saída. Berger tem havido bons resultados de roedores e modelos de primatas não-humanos, bem como resultados preliminares em vários assuntos humanos."
Pedram Mohseni finaliza esta sua mensagem dizendo que a DARPA - Agência de Projectos e Pesquisa Avançada de Defesa (do Governo dos Estados Unidos) - tem actualmente um programa que visa melhorar o conhecimento dos seus soldados; ou seja, melhorar a aprendizagem de uma ampla gama de habilidades cognitivas, através de vários mecanismos de estimulação nervosa periférica, facilitando e incentivando assim a plasticidade neural no cérebro.
Militares Portugueses e Espanhóis na base militar iraquiana de Besmayah (a 50 quilómetros da sua capital, Bagdad), no Iraque. O efectivo operacional destas duas nações ibéricas treina actualmente os elementos das Forças Armadas Iraquianas na pronta e eficaz execução militar na óptica e realização de uma maior aprendizagem por parte das forças militares iraquianas.
Há quem assuma que, os Portugueses no Iraque, estão a seguir a lógica da invasão americana de 2003. No entanto, guerrilhas políticas à parte, seria bom e até muito necessário haver de facto um maior e melhor empenho a nível do Aprimoramento Cognitivo no circuito operacional. Talvez seja isso mesmo que a DARPA, dos EUA, executa. E lidera. Todos os outros lhes seguirão, por muita contestação que possa haver sobre essa vertente reportada nos militares que nos defendem pela paz...
As BCIs no comando...
Indubitável é o crédito que toda a comunidade científica dá às BCIs, sendo elas uma mais-valia. Pouco há a acrescentar sobre isso. No Reino Unido, já estão em andamento uma série de pesquisas para explorar as mentes inconscientes das pessoas enquanto tomam decisões. Se isso é ético ou anti-ético é algo que ficará para mais tarde relatar...
Davide Valeriani, investigador sénior do laboratório BCI-NE da Universidade de Essex, no Reino Unido está a usar um BCI baseado num electroencefalograma (EEG) para explorar então essas mentes que se apelam de inconscientes. Diz então:
"Toda a gente que toma decisões usa o limite de EEG - que é parte de uma BCI - uma ferramenta para ajudar a medir a actividade do EEG... que mede assim a actividade eléctrica para reunir padrões associados a decisões confiantes (ou não confiáveis, na totalidade).
Treinamos o BCI - basicamente o computador - pedindo às pessoas que tomem decisões sem saberem a resposta e depois digam à máquina: «Veja, neste caso, sabemos que a decisão tomada pelo utilizador está correcta; então associe esses padrões a decisões confiantes».
Como sabemos, a confiança está relacionada à probabilidade de estar correcta. Assim, durante esse treino, a máquina sabe (ou vai sabendo) quais as respostas que estavam correctas e as que não estavam. O utilizador não as sabe o tempo todo."
Por conclusão: "As BCIs podem efectivamente ser uma ferramenta fundamental para ir além dos limites humanos, melhorando assim a vida de todos!" (Afirmação de Davide Valeriani)
Projecto Conectoma Humano: (na imagem) Difusão MRI do cérebro em desenvolvimento. Doenças como o Autismo, Paralisia Cerebral e transtornos do Déficit de Atenção estão actualmente a serem estudadas através através da utilização de milhares de imagens de «fiação» celular.
A Universidade de Oxford - e a FMRIB - (em 2017) divulgaram ao mundo então a sua extraordinária contribuição para o desenvolvimento do Projecto Conectoma Humano, fornecendo métodos de análise de última geração que, aliados a imagens de tecnologia de ponta, resultaram num banco (ou acervo) de incríveis dados de imagens de excelente qualidade sobre o cérebro humano.
Estes dados são assim ofertados livremente para todo o globo (em particular para o grande interesse estabelecido pela comunidade médica), na eventual e futura utilização das mesmas para os investigadores de todo o mundo, esperando que isso possa trazer informações inestimáveis sobre a relação entre a conectividade cerebral e, uma diversidade de factores, incluindo genéticos, ambientais e comportamentais.
A Investigação da Neurociência
Voltando ao Aprimoramento Humano e às BCIs, o reputado investigador e cientista Davide Valerini esclarece:"Espero que mais recursos sejam investidos no apoio a essa área muito promissora de pesquisa. As BCIs não são apenas uma ferramenta inestimável para pessoas com deficiências, mas podem ser uma ferramenta fundamental para irem além dos limites humanos, melhorando assim a vida de todos nós."
Valerini observa no entanto que, um dos nossos maiores desafios com essa tecnologia, é que primeiro precisamos entender melhor como o cérebro humano funciona antes de decidir - onde e como - aplicar a BCI. Pormenoriza então: "É por isso que muitas agências têm investido em pesquisas/investigações básicas em neurociência - por exemplo, a iniciativa Brain nos EUA, e a Human Brain Project na EU/UE (União Europeia).
Onde o ser humano termina e a máquina começa: Eis a grande questão do momento! Esta, a filosófica e apreensiva questão em termos evolutivos no ser humano (na melhoria do seu corpo físico e psíquico), mas que orla também as questões éticas.
"Na minha opinião, uma maneira de superar essas preocupações éticas é permitir que os seres humanos decidam se querem ou não usar uma BCI para aumentar as suas capacidades. Neste momento, os neurocientistas têm estado a trabalhar para dar conselhos aos formuladores de políticas (ou legislação adequada) para o que deve ser regulamentado. Tenho a certeza de que, no futuro, estaremos mais abertos à possibilidade de usarmos BCIs, se esses sistemas fornecerem uma vantagem clara e tangível para as nossas vidas." (Davide Valerini)
Do Projecto Human Brain, sabe-se que Henry Markram - neurocientista suíço e director da HBP da Europa - querendo também entrar nessa grande competição pelo maior conhecimento do cérebro humano, planeia gastar a exorbitante quantia de mais de 1 bilião de dólares na construção de um modelo perfeito de um Cérebro Humano.
Afirma ainda poder com toda a certeza científica edificar a réplica super-computorizada de um cérebro humano; ou seja, afinal Deus existe e está nas mãos dos cientistas do nosso planeta!
Elon Musk, de novo. Talvez seja urgente que o ouçamos, por muito que nos pareça estranho o que profere e como o faz sem contornar obstáculos ou omitir aquela sua verdade que julga prioritária para que a Humanidade não expire. Para este empreendedor e homem do futuro que se assume, a escolha é óbvia e o caminho uma direcção que a Humanidade não deve ignorar. Diz então:
"As máquinas autónomas são mais perigosas para o mundo do que a Coreia do Norte e podem lançar «armas de terror»"
Curiosamente, Elon Musk não foge à pergunta mais crítica mas também mais relevante, se tem medo, se por algum momento poderá recear a sublevação da IA. E acaba respondendo de uma maneira que nos desconcerta, chegando a comparar a adopção da Inteligência Artificial «à convocação do Diabo».
"A Humanidade comporta-se como crianças no recreio sem prestar atenção às ameaças iminentes. Preocupamo-nos mais com o nome que alguém chamou a outra pessoa, do que saber se a IA destruirá a Humanidade."
O Fundador da Space X que tanta coragem admite no que está a liderar e a querer implementar da nossa civilização em Marte, também tem fragilidades. Uma delas, é a resposta imediata que dá, dizendo acreditar que a IA poderá desencadear a Próxima Guerra Mundial, argumentando ainda que, muito possivelmente, as Máquinas Super-inteligentes poderão dominar o mundo.
Será que Elon Musk sabe algo que nós não sabemos?... Certamente. Estou convicta disso, mas também, se estivesse frente a si, não lho questionaria. Por medo ou por cobardia, não sei. Se a resposta é o Fim do Mundo (o fim da nossa civilização?!) então para quê precipitar a preocupação...
Mas talvez haja ainda esperança. E possamos ser super-seres de uma super-inteligência nata. Ou nem por isso, regredindo milhares de anos ou deixando-nos extinguir só porque não tivemos a coragem necessária para avançar, para discutir ou até investir numa causa que à priori julgáramos perdida. Afinal, somos sobreviventes, acredito eu.
Um Fim que pode ser simplesmente um princípio. Temos de pensar nisso, pois temos de nos fazer sobreviver aquém e além a nossa ou outras civilizações.
Nada mais a dizer então que não seja, cinjam-se pela ética, pelo estudo e desenvolvimento de novas terapêuticas ou tratamentos especializados com base nas BCIs ou no que elas nos propõem augurar. Ou não, consoante a vossa consciência vos ditar, pelo que o ser humano do futuro jamais será igual ao de há 10 ou 12 mil anos; pelo que nunca foi (em estatização) ou se deixou ultrapassar nessa sua escalada de evolução antropológica...
Ainda segundo Musk, seremos muito provavelmente um contínuo Zoológico à semelhança dos macacos versus símios num planeta primitivo; isto é, se não arrepiarmos caminho. Ou seja, se não nos motivarmos a mudar o esquema em que estamos inseridos. «A Humanidade ficará confinada a um zoo» nas explícitas palavras de Elon Musk, que refere publicamente o que pensa vir a suceder caso o Homem não acompanhe a evolução dos tempos.
Se o fizermos só temos a ganhar. Todos! Numa mudança - radical ou não - que o tempo nos vai ensinar a saber moldar; a saber contornar nessa espécie de transição. De há 10 mil anos para cá soubemo-lo fazer; basta agora retomá-lo.
E isso, em processo sumamente evolutivo, construtivo e elucidativo de toda uma enorme apetência humana para saber mais, conhecer mais sobre nós próprios. Neste caso, sobre o nosso cérebro.
Se assim não fosse, ainda teríamos muitos Neandertais por aí exibindo a sua disforme caixa craniana de anatomia achatada e sem nada lá dentro; ou pouco, muito pouco do que agora os nossos terrestres neurocientistas nos arrogam os nossos cérebros poderem fluir, ascender e «voar».
E, tal como esses livres (e por certo tão felizes) condores ou aves de rapina, falcões, ou águias libertinas que se deixam voar, os nossos cérebros em sua grande capacidade intuitiva e sensitiva poderem finalmente chegar ao tão ansiado «Aprimoramento Humano» que só aos deuses cabe, que só aos eleitos se sabe esta primazia acolher. Que se faça então esse aprimoramento se tal nos for útil e benéfico e não o contrário.
O Homem de Hoje já não será o de Amanhã e assim sucessivamente. Não temam, pois que o cérebro é que comanda a vida e aquela que se diz morte não o é!... De todo! Aprimoremos-nos então!
Subscrever:
Mensagens (Atom)