Translate

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

A Ecologia X (Conversão de Energia)


Cabo da Roca (O Ponto mais Ocidental do Continente Europeu) - Sintra           Portugal

«Aqui, onde a Terra se acaba e o Mar começa...» - Luís Vaz de Camões -

A Vida na Terra dependendo sempre de dois processos elementares e, fundamentais no fluxo da energia do Sol e na reciclagem dos elementos químicos, poder-se-à sentir eterno esse mesmo poder solar de luz e calor ao nosso planeta... além os tempos?

Ciclos, Cadeias e Teias, os quais a Terra se vê imbuída e, enaltecida, ante tão voraz glória de reciclagem, decomposição ou mesmo transformação, no que o planeta em si recrudesce a cada dia que passa. Mas ser-nos-à isso uma conquista por mérito próprio - de vida exponenciada sobre a terra e sobre o mar em atmosfera acolhedora - ou tudo nos foi programado liminar e insistentemente para que tudo ascendesse em organismos vivos e não-vivos sobre a Terra?

Os Oceanos, absorvendo grande parte da luz e do calor do Sol - o que em Portugal se regista por toda a sua linha costeira ocidental e mediterrânea de continente europeu - emanando todo um potencial bioquímico (agora transformado através dessa inicial energia solar), que outras riquezas o Homem daí retirará, sem que com isso prejudique o planeta ou a si mesmo, sobre essa sua investida?

Aquiescendo essas medidas, revertendo-as em energias limpas, terá o Homem a possibilidade (ainda) de se redimir, de expiar os seus pecados terrenos - ou talvez expurgá-los - por tanto mal ter feito ao seu berço de nascença mas não de proveniência, no que lhe foi concedido mas não ofertado por seu não ser?! Saberá o Homem reconhecer tal e ainda ir a tempo de tudo remediar...? Deixar-nos-ão «eles» recorrer a essa vã e rejubilante reminiscência que um dia obtivemos e de nós foi retirado por o não sabermos merecer? Assim não sendo, por onde andam então os Atlantis, os de Moor e outros tantos que de tão altas tecnologias se viram sufragar do dia para a noite, tudo, em radical eliminação de vida por todo o planeta? Teremos aprendido a lição? Não...?! Pior para nós, Humanidade.
.

Transformação de Energia: o Sol e a sua florescente magnitude de luz e calor sobre a Terra.

Conversão/Transformação de Energia
A Terra depende de um fornecimento contínuo de luz e de calor provenientes do Sol. Alguns organismos podem utilizar a Energia Térmica directamente - como acontece quando os Répteis se põem ao Sol para absorver o calor - mas os únicos organismos que são capazes de usar a energia luminosa para fabricar alimento... são as Plantas Verdes e algumas bactérias.

A Energia Luminosa captada pelas plantas verdes é convertida em Energia Química, que pode ser utilizada pelos Animais. Podemos encarar este processo como um fluxo de energia oriundo do Sol que percorre um ecossistema.
Quando os Animais comem Plantas, obtêm tanta energia química como nutrientes essenciais. A Energia Química é assim o «combustível» que acciona os processos biológicos da vida, ao passo que os nutrientes são os componentes que constituem não apenas o alimento como também o próprio tecido vivo! Ambos passam das Plantas para os Animais - ou de animais para animais.

Os Nutrientes são por sua vez Elementos Químicos, como por exemplo, o Azoto, fazendo parte dos componentes abióticos (não vivos) de todo o ecossistema. Por fim, todos os nutrientes regressam ao Ecossistema e são reciclados. Nenhum animal consegue converter a sua ingestão total de alimentos numa quantidade equivalente de energia. Uma Parte da Energia perde-se, na forma de calor e de resíduos que o ecossistema não pode jamais reciclar.
Os Decompositores, como as bactérias e os vermes, aproveitam a energia química - e os nutrientes contidos nos produtos de dejecção e nos corpos dos animais mortos - de que se alimentam. Desempenham desta forma um papel-chave (e muito importante) na reciclagem de nutrientes no Ecossistema!

As Moscas, são consideradas pragas insalubres por todos os especialistas e mesmo cidadãos comuns que as não vêem com bons olhos, contudo, estas desempenham um dos papéis ecológicos mais importantes: o de decompositores!
Põem os seus ovos sobre carne morta ou em putrefacção e as larvas alimentam-se desses tecidos. Sem Decompositores, a Terra acumularia em pouco tempo pilhas de dejectos orgânicos. Daí que se conclua de que este maravilhoso planeta em que vivemos, sabe ser iniciador, motivador mas também eliminador, ou veríamos todo um ecossistema falhar e indefectivelmente atulhar-se sem fim à vista. Esta situação sendo incomportável, ser-nos-ia fatal, caso a Mãe-Terra tudo isso não absorvesse, reciclasse, e sequencialmente transformasse em renovada explosão de vida!


Coelho Bravo (espécie em abundância na Península Ibérica que priva do mesmo espaço do Lince Ibérico). Para tal, foi necessário a conquista do território através de leis não permissivas e regras a cumprir sobre um abate selvagem por parte de caçadores não-credenciados.

Nível Trófico
A Conversão de Energia num Ecossistema pode identificar-se de um nível para outro. Os Produtores Primários - as plantas - são comidos pelos consumidores primários (animais como os herbívoros). Estes Animais pode, por seu turno, ser comidos por outros animais (os consumidores secundários) que, por sua vez, são consumidos pelos consumidores terciários.

A Energia originalmente obtida pelos Produtores Primários vai sendo transmitida, formando dessa forma uma Cadeia Alimentar. A cada nível da cadeia dá-se o nome de: Nível Trófico.
O Primeiro Nível é ocupado pelos produtores primários e o segundo pelos consumidores secundários. Consumidores de Diferentes Espécies podem situar-se no mesmo nível da cadeia e, partilhar assim alguns hábitos alimentares.


Mocho-de-faces-brancas ou Coruja-transformer

As Plantas situam-se quase sempre na base da cadeia alimentar; por esse motivo, todos os animais são dependentes das plantas, directamente (como no caso dos herbívoros) ou indirectamente (como no caso dos carnívoros), para as suas necessidades energéticas.
Um Ecossistema pode mais facilmente suportar uma grande base de Consumidores Primários do que Consumidores Secundários ou Terciários, porque a energia disponível decresce de um nível para o nível seguinte.

Por conclusão em resumo pontual, acrescenta-se que, a luz do Sol, constitui de forma absolutamente eficiente e, imprescindível, a base de todo o alimento existente na Terra, sendo que a sua energia só pode ser transferida para os Animais através das Plantas verdes, como a erva. Quando animais, como os Coelhos (consumidores primários), comem erva, obtêm energia química e nutrientes. Os Coelhos atraem predadores, como as Corujas, que são os consumidores secundários desse ecossistema.


Grifos em Portugal (uma espécie ameaçada de extinção).

Os Necrófilos
São recorrentes os pedidos de auxílio, protecção e conservação destas espécies - depois mantidas em cativeiro - e que, se debilitam numa fraqueza ímpar por escassez de alimentos. E isto, ao longo das mui vastas pradarias e searas portuguesas, árvores e penedos e até varandas de residências comuns.

Os Grifos, mesmo não se tendo grande simpatia humana por estes animais, são espécies que fazem falta ao planeta numa «limpeza» geral de carne putrefacta. Mas sucumbem se o alimento falhar, se as carcaças dos outros animais não abundarem. E daí aparecerem famintos, quedarem-se de energia e, movimentos, algo com que nos deparamos por todo o Portugal (com maior incidência no Alentejo e Algarve), uma vez que a cadeia alimentar da qual se investem tem tendência a escassear, por não haver alimentos suficientes; ou seja, animais mortos em estado putrefacto - ou moribundos ainda - que estes possam encontrar nos seus caminhos. O vulgar abutre que todos conhecemos é, no fundo, uma outra espécie que apenas tenta sobreviver nos socalcos de uma era contemporânea que não se deixa intimidar por estes recursos ditos naturais; e isto, em registo alimentar tanto de Grifos como de outras idênticas aves de rapina que entretanto também surgem em confronto nesse ecossistema.

Os Necrófilos são, portanto, animais que se alimentam de outros animais mortos como se referiu. O que nos repudia ao primeiro olhar, talvez nos dê que pensar se obtivermos uma outra consciência de que, o ser humano, acaba invariavelmente também por se lhe assemelhar. E o que se rejeita sobre esta afirmação (talvez forte demais para o cidadão comum que assim se não vê retratado) sê-lo-à vulgarmente em conformidade com a nossa cadeia alimentar de criação, procriação e abate das espécies (herbívoros e carnívoros) que entram directamente nesse circuito alimentar humano. Só não em situações de putrefacção, convenhamos.

Tem de se objectivar ainda, todos os dejectos dos Animais - a par dos restos das Plantas - que são decompostos por microrganismos que reciclam os nutrientes de volta ao solo. Como é do conhecimento geral, os Agricultores utilizam estrume para adubar os seus terrenos num processo de mediação e fertilização mais vigentes nestes, no que se quer mais farto e abundante sobre os mesmos.
Em cada estádio, observa-se então uma transferência de energia entre Planta e Animal ou entre animal e animal. No entanto, a perda desta energia pode atingir 90% dum nível para o seguinte, normalmente na forma de perda de calor. Por certo, toda a energia que entra nos componentes vivos de um Ecossistema perder-se-à deste modo.


Litoral Português sobre o Oceano Atlântico (943 km de linha costeira em território continental português; 667 km nos Açores e 250 km na Madeira - ilhas e arquipélagos pertencentes a Portugal)

Ciclos, Cadeias e Teias
Como se sabe, a Vida na Terra, depende exclusivamente de dois processos naturais fundamentais: o fluxo de energia do Sol que atinge a superfície da Terra e, a reciclagem de elementos químicos como o Carbono e o Azoto que se encontram em todos os seres vivos.
Perante esta realidade terrestre não há dúvidas! Não o saberemos ainda em relação a outros planetas fora do nosso sistema solar mas, convém acrescentar também que muito em breve, talvez, essa certeza tenhamos, no que o inestimável Kepler tem resumido ao mundo: o nosso mundo.

Por enquanto, o que sabemos deste nosso lindo, confortável e poderoso Sol em estrela anã amarela que nos alumia, ilumina e aquece (até agora único no nosso sistema solar, pois com toda a certeza haverá outros sóis, outras iguais estrelas que brilharão assim sobre outras esferas planetárias) que, mesmo havendo o perigo de incineração em futuro distante, não deixará de ser a nossa luz maior; pelo menos até aos dias de hoje.

O Sol fornece luz e calor ao nosso planeta. A Atmosfera reflecte então e, imediatamente para o Espaço, 40% desta energia, sendo que 15% são convertidos em calor. Para ser útil às Plantas e Animais, a energia restante que chega à superfície da Terra tem de ser transformada, no que aqui se abordou dessa transformação ou conversão de energia. Como se registou, essa transformação começa com as Plantas Verdes, que absorvem a energia solar e as convertem em energia química através da Fotossíntese. É este então o começo da Cadeia Alimentar, da qual, em última instância, todo o alimento da Terra depende!


Farol do Cabo da Roca - Sintra - Portugal

Cinco Elementos Químicos - o carbono, o azoto, o oxigénio, o hidrogénio e o fósforo - e os seus compostos representam mais de 95% de todas as coisas vivas.
Estes Elementos formam assim ciclos ininterruptos entre os organismos e o Ambiente. O processo de reciclagem também depende do Sol. por vezes directamente, como no Ciclo do Carbono (que envolve a fotossíntese) e, por vezes, indirectamente como no Ciclo do Fósforo, que envolve a decomposição de rochas sob o efeito de agentes modeladores. O Ciclo da Água - o movimento da água entre a Terra e a Atmosfera - é accionado pelo tempo e pelo clima.

Ainda em relação ao Sol, grande parte do calor e da luz provenientes deste (quando atingem a superfície da Terra), são absorvidos pelos oceanos, que alimentam uma grande riqueza de formas de vida nas suas águas superiores e, acima destas.
A partir do momento em que a Energia Solar é transformada em Energia Bioquímica (e por conseguinte é armazenada nos corpos dos seres vivos, a começar pelas plantas) passa de uma espécie para a seguinte através de complexas redes alimentares.
O Oceano também proporciona muitos dos elementos essenciais à vida: a sua água evapora-se para a atmosfera como é do conhecimento geral, dando assim origem a nuvens e a chuva, enquanto o Dióxido de Carbono da Atmosfera se dissolve na água do mar, sendo usado por Animais Marinhos como por exemplo, os crustáceos para a construção das suas conchas.


Litoral-centro: costa que serpenteia entre a terra e o mar na linha de Cascais/Guincho, em Portugal - a supremacia de um litoral que ascende à terra a cada ano que passa.

Um Litoral em Perigo!
Muito se tem falado das iminentes consequências da erosão dos solos, das rochas e ravinas e até mesmo das muitas incongruências humanas que se têm feito sobre as faixas costeiras do planeta. O litoral outrora afastado das terras e colinas, está hoje mais acérrimo - e mais indómito - no que mares e oceanos estão em apropriação, subida e posse de tudo à sua volta.
Os Ambientalistas, assim como toda uma comunidade preocupada com a torrencial invasão das terras por um mar afoito que não pede licença a ninguém para tal fazer, vem criar na consciência de todos nós que urge tomar medidas em face ao que, inevitavelmente, está já a suceder.

Portugal, é um dos países que mais vai sofrer com esta reconquista dos mares. Além outros, obviamente. Mas, para que pessoas e bens se não deixem tomar de assalto por estes «Neptunos» que outrora nos consolidaram a pertença e o conhecimento de outros povos, outras regiões, que, na actualidade, temos o dever e a obrigação de nos não deixarmos adormecer ante esta nova realidade de uma exponencial subida do nível dos mares em cerca de oito centímetros (aproximadamente) desde o ano de 1992, segundo criteriosos dados da NASA neste ano de 2015.

Assim sendo, um grupo de cientistas da NASA apresentou esta semana no decorrente mês de Dezembro, algo que irá deixar o mundo mais atento e, alerta, sobre as causas e consequências da subida do nível do mar em cerca de 8 centímetros (em média) desde o ano de 1992, devido ao aquecimento global.
A NASA, através dos seus mui prestigiados cientistas, revela ainda que esta tendência vai manter-se ao longo dos anos, no que, as zonas mais afectadas do globo poderão eventualmente ser as costas da Ásia e a Oceânia, no Pacífico; assim como todo o Mediterrâneo Oriental e a Costa Atlântica da América, reportando-se estas como as mais potencialmente prejudicadas por essa inextirpável subida do nível do mar. Algo que nos coloca então de sobreaviso. E, para já, alerta!


As Escarpas de Portugal (cada vez mais ameaçadas em destituídas ravinas sob mar aberto - de norte a sul - que as esventra em tomada sua de mar resoluto ou senhor absoluto na demanda...)

Mundo em Alerta Máximo!
Os mais recentes dados recolhidos pela NASA pontificam de que, o Aumento do Nível da Água do Mar - em todo o planeta - foi em média de 7, 62 centímetros superior ao de 1992, sugerindo ainda de que apesar do panorama verificado variar em diferentes partes do globo, também se regista que algumas zonas costeiras terão chegado a superar os 22 centímetros. E isso, é algo absolutamente inacreditável, se tivermos em conta todas as zonas que estarão em perigo nestes próximos anos.

«É muito provável que a situação piore no futuro!» - Afirmou peremptório Steve Nerem, geofísico da Universidade do Colorado, nos EUA, durante esta apresentação verosímil de dados sobre a subida dos mares e oceanos.

O Aquecimento Global provocado em grande medida pela falaciosa actividade humana, é o principal culpado pelo aumento do nível dos mares e oceanos, na medida em que é também intrinsecamente responsável  pelo degelo dos glaciares e pela subida da temperatura da água.
A NASA vai ainda mais longe alertando todos em geral, do quanto isto nos vai custar: à Humanidade, pois assumem desde já que dentro de 100 ou 200 anos, a previsão é a de uma subida em cerca de um metro ao que hoje se resume este nível do mar.

Os Cientistas asseveram com todo o rigor mas antes de mais para um despertar de consciências que isto aufere, e que possa eventualmente gerar também algum conflito ou mesmo pânico, sendo absolutamente determinante e, prioritário,  que se refira a causa-efeito de todo este fenómeno agora registado. Todavia, alertam ainda, mesmo que sejam tomadas acções imediatas para tentar reverter a situação, algo se consiga mudar entretanto, numa imparável tendência que o rumo do mar está a levar, sendo precisos séculos para este regressar aos níveis anteriores às alterações climáticas. Algo que o mundo compreende mas parece não aceitar - ou então tenta disfarçar - em negligência pura e dura de quem nada teve a ver com isso, o que é desde já uma falácia, pois foi efectivamente responsável por tudo isso.


Caravela da Marinha Mercante Portuguesa (Navio-escola Sagres que, ao longo de belos e fluidos 50 anos tem estado ao serviço da Marinha Portuguesa).

Mare Nostrum...
Os Fenómenos Geofísicos (tais como a subida e descida das marés) não se podem confinar ao bem-estar humano se acaso este, indubitavelmente, contribuiu para essa causa planetária sobre os mares. Todavia, e segundo o Instituto Hidrográfico Português, a amplitude da maré é da ordem dos 70 centímetros em marés mortas (sendo que a amplitude da maré diminui quando nos afastamos da costa, em fenómeno não-astronómico mas de suma importância) e que influencia assim a subida e descida do mar. Nada a obstar se não fosse a incúria e o despojamento humanos de tudo içar ao mar e agora este nos devolver em suas mãos oceânicas de nos abraçar e tomar a terra sem que o possamos evitar. Iremos ser a breve prazo um longo oceano de réstia territorial planetária...? Não o sabemos mas intui-se. E lamenta-se tal. Os avisos estão lançados.

Se a Humanidade souber merecer o mar, este lhe será soalheiro; este lhe será confrade e bom conselheiro, mesmo que vença os areais, as terras e os modos rudes dos homens que lhe fizeram frente. E assim me despeço, invocando mares e marés, ventos e oceanos rebeldes de aquém e além mar, mas, por minha mão e meu destino (como sempre afirmo) nestas coisas de um Mare Nostrum:

Por mares nunca antes navegados, por oceanos nunca antes marejados, por marés nunca antes bafejadas ou mesmo por sal de tantas lágrimas choradas como diria Fernando António Nogueira Pessoa (nascido a 13 de Junho de 1888 e por morte a 30 de Novembro de 1935, um dos mais ilustres escritores portugueses de universal ou intemporal avença literária:

«Ó Mar Salgado, quanto do teu sal
  São lágrimas de Portugal!
  Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
  Quantos filhos em vão rezaram!
  Quantas noivas ficaram por casar
  Para que fosses nosso, ó mar!

  Valeu a pena? Tudo vale a pena
  Se a alma não é pequena.
  Quem quer passar além do Bojador
  Tem que passar além da dor.
  Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
  Mas nele é que espelhou o céu.»
                                                                      Mar Português  -  Fernando Pessoa

Sem comentários:

Enviar um comentário