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sábado, 12 de dezembro de 2015

A Alegoria das Almas


Almas que ficam; Almas que partem... ou simplesmente almas que se viveram...

Quantas Almas somos numa só? Quantas podemos viver numa só vida ou noutras vidas, noutros poderes que não os da Terra? Serei só eu que me questiono por que raio o Amor é sempre tão incompreendido ou, sempre tão infalivelmente banal, após o curso inevitável das mágoas e das dores sofridas por abandono, por humilhação, ou apenas por fraqueza de almas que se julgaram e, subestimaram, além os tempos, além todas as coisas...?

Hello (Olá para ti...)
Tão vulgar não é? E sempre tão comum. Como estás? Como tens vivido, aí, nesse teu tugúrio maldito que te prende de mim? Bem...? Foi o que me pareceu. Por isso te escrevo esta carta, esta missiva ou esta coisa nenhuma, se é que o vais ler alguma vez...
Mas comecemos pelo início, pelo que me punge de te escrever, de te encomendar estas vãs palavras de alguém como eu, só isso. E, para ser franca, muito franca mesmo, o Amor é de facto Fodido! E, não querendo ser abusivamente mal interpretada (ou mal-educada) ou sequer plagiar mas apenas corroborar da sua tese que até um livro escreveu (estou a referir-me a um dos mais irónicos e satíricos escritores portugueses da actualidade de seu nome, Miguel Esteves Cardoso que assim o ilustra em titular livro: «O Amor é Fodido!») eu me venha expor, nua e carente, como só eu sei ser. Para além de me fazer julgar em tribunal inquisitório das más línguas que, ferindo ou aferroando susceptibilidades, pois que isto de se ter abertura de mente e poder-se ser efectivamente contraproducente na verborreia aferida, também nos dá aquela brilhante lavagem de alma sem pruridos alguns de dizermos tudo o que pensamos e, inquestionavelmente também... o que nos vai na Alma!

Pronto, já disse. Já não há volta a dar para tanta portugalidade arrevesada de se expôr em desnudada verdade tudo aquilo que me asfixia, de tudo aquilo que me estrangula em solidão, desafecto e desamor. Tenho uma tia minha que Deus ainda não tem (por ainda estar viva e de boa saúde) que no seu vernáculo ou léxico popular de desempoeirada brejeirice costuma dizer que: «Uns já nascem Fadados e outros Fodidos!» ou seja, parece que há sempre os escolhidos e os despojos, os bem-vindos e os escrotos, os mais que felizes e os sem-abrigo de toda uma vida de que se não guarda memória; e destes, «Fadados e Fodidos» não sei (ainda...) qual o quadrante em que me revejo. Mas mais não digo ou serei rejeitada por ti, e por todos os que me lêem.

Aqui vai: Tu és o meu pior pesadelo. A minha alma desencarnada que tu arrancaste de mim e que a mim se colou, em revertida pústula de um não sei quê que me empesta a vida. Mas, inversamente a isso, és aquele que eu escolhi arbitrariamente - no Céu e na Terra - para fazer dos meus dias e, das minhas noites, o meu maior interregno etéreo e maldito de esperanças e, desesperanças, sem metas por atingir. Ou que eu nunca alcançarei; ainda não sei.
Pior do que a tua bipolaridade é a descrença total em ainda acreditar, em ainda ter essa vã esperança de que possas mudar, de que possas voltar para mim, tal como eras: Jovem, Brilhante e Criativo! (mais que não fosse por entre os lençóis, desculpa-me a vulgaridade se é que ainda possuo alguma solicitude da tua parte...) Mas assim é. Ou foi. Será isto demagogia ou pura mediocridade de quem já não assume de que tudo está perdido, irremediavelmente perdido? E fodido. De novo. Não, não direi mais palavrões. Até porque já não os ouves de mim nem eu de ti. Acabou-se tudo!

José Saramago, o nosso mui português Nobel da Literatura que nem sempre colheu os melhores elogios ou homenagens do seu povo (por ter afrontado a Igreja com uma sua publicação em livro sobre Jesus (O Evangelho Segundo Jesus Cristo) arrogou-se no direito de dizer que, por entre toda essa supra-polémica, ser uma criatura privilegiada. Afirmaria ainda, que tudo teve na vida por nada lhe ter pedido a esta (à vida). Contigo foi o inverso: Pediste tudo, exigiste tudo, e o resultado foi: Nada! E esse nada bastou para o afastamento, para a separação, assim como para a total e mais ímpia dissolução parlamentar conjugal. Somos, talvez, o espelho do nosso país - infelizmente! Somos a última desgraça dessa tão eloquente escala minoritária abaixo de zero em negatividade e, substantiva oportunidade, de nos fazermos eclodir como casal, de nos fazermos coalescer como união de macho e fêmea que sempre fomos mas não considerámos em nós. E foi pena. Não fizemos o milagre dos pães, mas contribuímos para uma outra multiplicação: a das nossas almas. Mas fodemos tudo no fim. Errámos de novo. Viciámos o jogo e saímos a perder: ambos!

O derradeiro capítulo das nossas vidas foi feito por portas e travessas tão doentio quanto inolvidável, numa execrável amostra do que não se deve fazer, do que jamais se deve enaltecer sobre uma vida a dois. E como teria sido importante tê-lo reconhecido a tempo...
Como te disse de início, estas palavras podiam ser uma carta direccionada a ti - essa minha outra alma (será...?) - reportada a nós e, suportada por uma mágoa incomensurável de anos e anos a fio de um ignóbil miserabilismo humano que ambos vivemos; que ambos comungámos e estupidamente deitámos fora sem recurso a reciclagem ou viabilização de nos pertencermos de novo... uma tristeza! Pode não ser uma tragédia grega mas que foi uma condição expurga, isso foi. Tua e minha! Terá valido a pena? Não sei. Deitámos fora anos e anos de risos, lágrimas, irritação, injúria, incómodo e muita perturbação mas, também (há que ser honesto) alegrias, comoção, abraços, beijos, amor feito e por fazer, união e muita afeição, por muito que as nossas almas esfriassem e os corpos se desunissem a cada dia que passava. E evitá-lo, nenhum de nós o fez. Imperdoavelmente! Esse recobro jamais foi retomado, jamais foi restaurado entre nós e, inevitavelmente como as folhas que caem a cada Outono, nós vimo-nos arrastar, pesadamente, sofridamente, como permissiva doença crónica ou terminal patologia oncológica que nos corroía as entranhas, os desejos, ou as circunstâncias fatais de uma morte irrevogável que ambos fizemos das nossas vidas. Raios te partam!

Desculpa a terminologia, mas por ora, é o que me ocorre. Estou ferida de morte. «Morreste-me!», terá dito um outro jovem escritor deste meu mundo português, de seu nome, José Luís Peixoto, que deu tal título a um seu livro. E assim se resumiu. Toda a nossa história a dois.
Estou tão furiosa (mais comigo do que contigo) que já nem sei que palavras buscar para te dizer que foste o mau maior pecado (eu sou católica, lembras-te?) e como todos os bons cristãos, temos sempre um «bom pecado» às costas. O meu, és tu. E esse fardo, essa cruz, levá-los-ei comigo a vida inteira. Transportá-los-ei até que a morte me leve. Dramático, não é? Eu sou assim, tu sabes disso. Para sempre, tal como «Crime e Castigo» de Fiodor Dostoievski. E pecado, crime e castigo maiores não haverão, que aquele que eu penei em mim de acreditar que podias mudar ou que fosse eu a mudar; afinal, provavelmente e para mal de todos os meus pecados (há que o reconhecer!) talvez eu não seja assim tão diferente de ti - sou capaz até de ser pior:  mais teimosa, mais intolerante, mais caprichosa ou ardilosamente mais manipuladora em génese idiossincrática minha, que me fez ser mais cabra do que razoável; até na cama! Ah... o deleite dos amantes... o prazer da carne, o pontífice-mor de todas as coisas ou de todas as consequências; de todas as entregas, de todas as rendições ou simplesmente de todas as consternações. Em particular, após a colagem dos corpos, a acoplagem das almas e, impreterivelmente, as regurgitações acalmadas sobre um clímax suspenso, levitante e ainda não totalmente desaparecido que se expunha a nossos olhos. O cheiro do teu corpo, o desejo saciado e essa fome de ansiedade, transversal aos dois, de tudo se querer e tudo se fazer. E que ficou de tudo isso? Nada! Apenas o frio, o imenso frio, gélido, cortante como lâmina afiada entre nós, em hemorrágica condição de esvaziamento, de dor e de lancinante agonia como cravada pedra angular de uma era glacial só nossa. E isso dói! Ainda dói! E tanto!!!

Já não és meu. Nem sei de quem serás... não quero saber. O Ciúme, a Loucura e a Raiva exortam de mim como a mais pura infâmia de que há memória, debatendo-me por o não sentir, refreando-me por o não querer. Como diria Luís de Camões: «É um não querer mais que bem querer (...)» e fosse ele vivo eu lhe diria mais, eu que nada sou mas tudo sinto: É um querer desgraçado, espoliado, martirizado e concupiscentemente amaldiçoado por tanto assim se querer... Será que o poeta me compreenderia...? Talvez não.
Equidistantes um do outro, ou nem tanto. Que mundo quântico é esse o teu, que te leva do meu e te não traz para mim, tu, que tão perto estás do meu ser mas tão longe da minha alma? Porque não vens para mim? Porque não me avassalas sobre o dorso do teu cavalo branco (qual utilitário ou automóvel de alta cilindrada, que importa?) nesse equídeo de magia e, deslumbramento, sobre o meu encantamento de diva, de senhora e rainha, de meretriz ou rameira que tudo eu sou sem ti. E assim, tu e eu, nessa garupa de mil cavalos, das mil léguas submarinas ou terrestres em que tu me ergues e me alcanças e me salvas até de mim própria, eu volto a acreditar que é possível outra vez... mas, havendo sempre sombras na luz ou escuridão nos recantos das nossas almas, estaremos tão lúcidos do que fazemos, tão jubilantemente perto ou, quem sabe, a determinantes anos-luz que tal nos não seja possível...? Não o sei. Sinceramente não o sei de todo!

E tu, tão senhor de ti, tão senhor de tudo... e eu, tão frágil (propositadamente frágil) deixo-me levar sobre as tuas nuvens, os teus regaços, as tuas mãos, na pelúcia breve e bela do teu toque, do teu afecto e do teu sentir em pilosidade mórbida - só tua. És macho, o meu macho. E eu, a tua fêmea. A tua Eva da era moderna. E que trabalho isso dá! O teu cheiro a sémen, o teu desejo erecto, a tua genitália ávida da minha numa estrondosa fábrica de vida em fálico poder supremo que só aos deuses é permitido. E tudo isso, iluminado por um êxtase triunfal numa sexualidade que é mais, muito mais do que o que ambos suportamos. E vamos até ao limite, até para lá das estrelas...
E se Anjos houvessem e os deuses em nós se cumprissem em frémita exultação de corpos e almas, nada mais ficaria do que simples poeira cósmica ou um laivo de luz esvaída sobre ambos de tudo o que fizemos. O nosso nidificado ninho estelar é, e será sempre, aquele que nos acolher. Nesta vida ou noutra. És meu! Serás sempre meu! E tu sabes disso.

Não temas. Isto, afinal, não é uma carta de amor, pois as Cartas de Amor são sempre ridículas, como o redigiu Fernando Pessoa. Mas também é longo, muito longo, para ser um email... por isso não temas - é somente um espúrio lamento em palavra e sentimento. E tanto que ainda havia por dizer, meu amor... Mas aguarda-me. Eu sei esperar. Aqui na Terra ou no Céu (que queres, eu sou assim, por veia cristã que acredita na reencarnação dos seres e das almas, que fazer...?) Mas não demores muito... ou a Minha Alma, igual a tantas outras, definhará, secará e pior, morrerá pela certa! Não é por acaso ou por desmazelo do destino em ramal genealógico que uma minha tia-avó se quedou, pobre coitada, por solidão e desvio de caminhos longos e árduos, se deixou morrer de desgosto e desânimo de seu amado esposo - e companheiro de toda uma vida - não ver voltar para si. Finou-se a pobre, pelo que a minha avó me contou de tão grande amor sua irmã se ver apartada, sem um abraço, o fervor de um beijo (um último beijo...) ou aquele quente afago de quem por ele a vida daria de si. E deu. Como o lamento minha querida e saudosa tia-avó que nem cheguei a conhecer ... como o lamento... em paz estejas, lá onde estiveres. Se o mal e a tristeza ambos me forem hereditários, já sei que duras penas viver (e assim me encontrarás...?) despojada de vida ou pior, dissecada de uma esperança que comigo morrerá. Paz à sua alma, dirás. Mas aí... é tarde. E viverás com isso. Amofinar-te-à...? Ou nem tanto, em desprezo factual do que o tempo apagará de memórias e resquícios de uma alma que já não se lembra da minha...? Remorsos, tê-los-às? Ou seguirás em frente, sem recordações, sem nebulosas cruéis que te icem os tempos idos de tão belos e frutuosos momentos que passámos juntos...? Romântico, não é? E assombroso, se eu voltar para te fazer recordar disso. Terás medo do oculto, do meu fantasma-justiceiro que te revolveria as entranhas e tas daria a comer, e tudo de uma só vez? Ah, como podem ser castigadoras as mulheres traídas até no Além...!

Mas dos fracos não reza a história. Não penes por isso. Não morrerei. A vida merece-me mais, certamente muito mais do que o pedaço de vida que ambos já vivemos. Eu sou forte ou nem tanto, mas farei por isso. Fingirei, afinal sou perita nisso. Camuflarei a minha dor, as minhas ambições e até a minha dignidade em levar por diante esta comiseração idiota de me ver trucidar por quem não me quer ou, finge também não querer. Que teatral representação, não é? De ambos.
Não demores. Por que insisto eu ainda...? Não sei. Insondáveis são os caminhos de Deus, não são? Mas os meus também não são nada fáceis, convenhamos. Romeu e Julieta há muito que se esboroaram de todas as minhas invasivas glórias de me ver a estes assemelhar em destino ou confraria de uma morte anunciada. Nada disso. O século XXI não se compadece com estas crendices e outras que tais idiotices - ou quejandas imbecilidades sentimentais - que ditam que por amores desavindos ou renegados, se matem por amor também ou por este se deixem abater. Será mesmo? Poder-se-à acreditar nisso???
Seremos nós superiores pelo tanto de erróneo que fazemos uns aos outros? Pelos enganos, pelas agruras, ou mesmo pelo despeito com que nos defrontamos uns aos outros impiedosamente?Tal como a Terra, o nosso tão amado planeta que se vê tão ludibriado e tão estropiado pelo Homem, se cansará algum dia desses tantos enganos, desses tantos erros e tantas outras maldades sobre si, cuspindo-nos a nós, humanos, para os mais pérfidos confins do Inferno? Eu sei, estou novamente a divagar sobre aquela máxima de uma cristianização ancestral, endémica e muito pouco sensata (que me perfura a pele e trespassa a alma como abrasiva atmosfera de um qualquer planeta inabitável que só na nossa imaginação aufere vida) mas, exemplarmente, me afecta créditos de uma crença que é mais estirpe do que benesse. Eu sei. Extravaso isso, sim. Sou cristã, lembras-te? Ou já esqueceste aquele teu electrodoméstico preferido que, caminhando sobre uma esteira de brilho e, encanto, se deu toda de branco e flor de laranjeira, numa passadeira da vida em apoteótica valsa sem par (de ímpar beleza é certo), mas de um só caminho, ou de uma só saída. E esta... não foi a da igreja, mas, a da nossa vida a dois. São tais espinhos, meu amor, de uma bela roseira que nos seduz e atraiçoa ao primeiro toque, à primeira estocada ou... à primeira bofetada. Seja lá o que for, dói sempre. Muito!

Mas, surpreendentemente, Deus estava lá! Sempre! Lembras-te de como O invocava, de como a Ele me chegava, interpelando-O, questionado-O, invadindo o seu reino espiritual e, celestial, assim que tudo se enevoava entre nós...? Lembras-te? Deus está em mim, pertence-me, vive-me e sente-me. Muito mais do que tu ou eu juntos, algum dia, O poderíamos sentir; mas isso já tu sabes: Ainda te lembras.
Deus para mim, é Aquele Tudo (ou Aquele Todo) do qual tu e eu fazemos parte mas por vezes nos esquecemos de que a Ele pertencemos; ao Deus do Cosmos, ao Deus do Universo, ao Deus Magnânimo que lá do Alto nos cumprimenta e abraça. Só nos resta O não decepcionarmos, nem em presença nem em actividade terrena (como a tal folha de excel global) que, resumida ou exponencialmente, todos nós aludimos não ver sectorizar ou sequer indiferenciar sobre as vontades Dele; e mesmo sobre aquele que consideramos o nosso planeta, mas nosso não é. É emprestado. É assim como um aluguer de curta duração em linha de vida presente que tem um começo e um fim; nada mais!
Somos tão criativos! Somos tão ilusionistas - até de nós próprios - em prestidigitação ou malabarismos infindáveis de enganarmos ou tentarmos enganar a nossa sorte aliada à nossa morte; e como isso nos é prejudicial. Deus está farto de esperar. A Terra está farta de esperar. E eu também, meu amor. Que nos faltará então para subirmos aos céus de todo o conhecimento e de toda a nossa abrangente sapiência terrena, para nos fazermos ouvir, para nos fazermos sentir? Afinal, tu e eu, seres sencientes de todo este maravilhoso planeta (por que não assumi-lo sem vergonha e total confrontação humana de peito aberto!) em toda a glória e, unificação, pois que se os deuses nos colocaram na Terra para que nos multiplicássemos (estarão já arrependidos disso?) e nos fortificássemos  em plena assumpção dos nossos actos e, práticas, por que não segui-los nesse tão extenso, profundo e profuso Amor? Amor esse, que sob os augúrios e o patrocínio ou envergadura de um Deus Maior - o Deus de todos os deuses - nos concedeu e assim nos libertou para que o Amor imperasse. Acreditas nisto? Não...? Pois eu acredito.

Afinal «Adão», meu amor, que mal poderá ter isso, se eu, a tua alma gémea, a tua Eva, a tua amada terrena deste não-paraíso terrestre te oferece esta maçã (a tal do pecado) para ambos irmos saborear. Será que os deuses se zangam por tal? Penso que não. A maçã é a Vida; o conhecimento, a Ascensão. E tu, meu amor da Terra, meu Adão desta nova era, o ser terrestre abissal e, universal, que comigo será (e terá!) um outro mundo: o Nosso Mundo! Vem... não demores... afinal, tu e eu, somos apenas a continuidade, a adaptação a esta nova realidade de um Mundo Novo que se abre para nós e só isso importa. As Nossas Almas são inseparáveis, sabes disso. O mundo lá fora também... e as Almas dançam, vangloriam-se e, ramificam-se numa alegoria só nossa, numa alma-una que só tu e eu sabemos existir. O Mundo espera-nos, meu amor... não demoremos então. Não o façamos esperar...

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