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quinta-feira, 30 de abril de 2015

**NIBIRU ???**FOTOS DA MOVIMENTAÇÃO DIA-A-DIA.

A Impressionante Cultura do Lixo


Aterro de Fresh Kills, Staten Island - Nova Iorque             (EUA)

O que leva a que uma imensa densidade populacional se regule - quase em exclusividade - por um comportamento indiferente ou mesmo indigente em relação ao lixo? Porque razão tudo se move em direcção a um caminho incorrecto e, negligente, na consciência que todos deveríamos ter em face às toneladas de lixo, resíduos e despojos quotidianos que se avolumam nos aterros urbanos? Não querendo assumir uma suja e pouco ortodoxa realidade que se acumula dia a dia nesses aterros, não estaremos a provocar a nossa própria erosão planetária em subterrâneas crateras de um lixo que leva dezenas ou centenas de anos para se decompor? Emergindo essa poluição, esses fluidos que, não sendo os solos bem impermeabilizados, verterão para as nossas veias, para os nosso pulmões (um dia), se não tivermos em conta o reanalisar desses aterros, desse nosso lixo diário? Poderá a população mundial iniciar uma Nova Era de reciclagem, transformação de conteúdos e mesmo consciências? Ou...continuando como até aqui, autistas, cegos, surdos e mudos sobre todo um consumo desatinado - revertido em póstumo lixo - não estaremos a reiniciar uma igual (e nossa) sepultura a céu aberto? Poderemos fechar os olhos, a consciência (e até a alma) ao que se reporta a olho nu nestes aterros? Iremos a tempo (ainda...) de revolver espaços, consignações e determinações numa outra atitude ambiental que não fira mais o planeta Terra, que não dissemine mais veneno nas suas entranhas, mais veneno em todos nós? Perdoar-nos-à algum dia o planeta pelo mal que lhe fizemos???

A «Cultura» do Lixo
(De que modo a sociedade trata os Resíduos que produz...)
Todos os anos, cada homem, mulher e criança dos Estados Unidos produz cerca de 20 vezes o seu próprio peso em lixo - num total aproximado (em escala sempre ascendente) de 300 milhões de toneladas por ano!
Embora uma pequena parte seja de facto reciclada, o Grosso destes Resíduos é tratado por incineração ou enterrado em escavações gigantescas, como o Aterro de Fresh Kills, en Staten Island, na cidade de Nova Iorque. Entre outros iguais exemplos - urbanos ou citadinos - pelo mundo todo. Sem obviamente esquecer os de índole rural numa idêntica e crescente preocupação.
Neste caso em particular, com uma massa da ordem dos 90 milhões de toneladas, assim como um volume de 10 milhões de metros cúbicos, o Aterro de Fresh Kills conta-se entre as maiores estruturas feitas pelo Homem, na América do Norte.

A Realidade em Resíduos
Cerca de 50% dos Resíduos Sólidos produzidos por uma sociedade moderna são de origem agrícola, compreendendo estrume animal e Resíduos de Colheitas.
Grande parte destes resíduos é Reciclada para o solo nas quintas onde é produzida, tendo deste modo grande importância - e relevância - como adubo e, estabilizador do solo. Outros 40% provêm do processamento de metais - resíduos mineiros e escórias de fundição, por exemplo, os que são normalmente armazenados no lugar onde são produzidos.
Os Resíduos Industriais correspondem a 5%, que, conforme a sua toxicidade, são Enterrados, Reciclados ou tratados para os tornar menos prejudiciais. Todavia, são os 5% - lixos domésticos e comerciais - que atraem mais a atenção do público, porque afectam mais directamente a nossa vida, e também porque temos mais controlo sobre o seu destino.


Aterro de Fresh Kills (até há pouco considerada a maior lixeira do mundo...)

Limpeza Verde
Os Três Principais Métodos de tratar o lixo municipal são: a Reciclagem, o Enterramento e...a Queima. De todos eles, a Reciclagem é normalmente a melhor alternativa. Pode fazer então diminuir o volume  de Resíduos para tratamento em até 50%, reduzindo o volume de poluentes libertados para a Atmosfera, fazendo também ainda diminuir a procura de matérias-primas e de energia.
Por exemplo, produzir Alumínio a partir de sucata em vez dos seu minério - a Bauxite - provoca uma poupança de energia de mais de 90%, sendo que, a Reciclagem do Plástico para produzir garrafas, pode efectivamente fazer baixar a conta de energia do produtor...para metade!
Apesar destas vantagens, a Reciclagem ainda desempenha um papel relativamente pequeno na Gestão de Resíduos - correspondendo assim e apenas a 11% dos Resíduos nos Estados Unidos, assim como a 15% na Alemanha, como exemplo.

Longe da Vista...longe do Coração!?
Na maioria dos países, a Principal Maneira de Tratar os Resíduos continua a ser enterrá-los, no que para esse efeito se nutre os Gigantescos Aterros situados à volta de quase todas as cidades americanas - e europeias - que assim engolem até 80% dos Resíduos Municipais.
Os Aterros Actuais são mais do que simples buracos no solo; são cuidadosamente planeados de modo a evitarem a Infiltração (para o solo e para a água subterrânea), de lixiviantes tóxicos tais como o Amoníaco, a Matéria Orgânica e outros tantos Produtos Químicos Poluentes.
Tubos Enterrados levam então o Metano, que é emitido pelo lixo em decomposição (para a superfície) - onde pode ser de seguida queimado em segurança.
Durante os últimos 50/70 anos, os Aterros têm sido uma opção prática e barata. Contudo, a subida efectiva do valor dos terrenos e, uma legislação ambiental cada vez mais restritiva, fizeram assim aumentar o custo de Deposição em Aterros, sendo que além disso, as autoridades responsáveis começaram a voltar-se cada vez mais para a Incineração.

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Aterro (alvo fácil na proliferação de aves em busca de despojos orgânicos...)

Uma Questão Escaldante...
Os Incineradores de Resíduos podem queimar a gama diversa de materiais que constituem o Lixo Doméstico. A Energia Calórica Libertada pode ser utilizada para gerar Electricidade ou para aquecer os edifícios locais.
No Interior do Incinerador, utilizam-se fornos rotativos ou de agitação para assim estimular a Queima; injecta-se ar por cima do fogo para manter temperaturas de, pelo menos, 800ºC durante 15 segundos para então destruir os produtos de Combustão, alguns dos quais são Tóxicos!
A Queima destrói quase todo o lixo, mas cerca de 20% (aproximadamente) do volume original, permanece sob a forma de Cinza - que é normalmente enviada para um Aterro.
A Cinza de Fundo, os restos calcinados de grandes objectos e o material não queimado são, em geral, despejados em Aterros, do mesmo modo que...o Lixo Doméstico.
A Cinza Fina, que contém concentrações mais elevadas de Metais Pesados e de outros Poluentes, deveria ser tratada com mais cuidado em Aterros Seguros, embora na prática quase todos os Incineradores misturem a Cinza de Fundo com a Cinza Fina para remoção.


Trabalhos na Lixeira ou Aterro de Fresh Kills após o 11 de Setembro de 2011 (para onde foram levados muitos resíduos das torres-gémeas após colapso de ambas)

Própria para beber...(um longo processo...)
Uma Família (média) Europeia produz mais de 400 litros de água residual por dia. Esta Água, vai assim para o sistema de esgotos, correndo ao longo de canalizações subterrâneas até uma Estação de Tratamento de Esgotos, onde é então purificada antes de ser descarregada de novo para os rios e ribeiros. Quando o esgoto entra na Estação de Tratamento, uma série de dispositivos mecânicos retira-lhe partículas cada vez mais pequenas de impurezas.
O Processo é deste modo: Filtros grosseiros removem então os Sólidos maiores, por exemplo, os trapos. A Água passa em seguida (lentamente), através de tanques de sedimentação. Deslocando-se a baixa velocidade (3 m/s), as Partículas de Saibro e Areia com mais de 0,2 mm afundam-se, caindo para uma correia transportadora; esta leva então as partículas para uma cuba, de onde são removidas por um elevador. A Água é então bombeada para tanques de sedimentação, onde permanece cerca de 90 minutos. Aqui, até os mais finos sólidos em suspensão (conhecidos por lamas brutas) têm tempo de descer até ao fundo do tanque, de onde são removidos por Raspadoras Eléctricas - ou de flutuarem e serem removidos por Escumadeiras.


Sistema de Tratamento de Água

Processo final
A Água está agora muito mais límpida, mas tem de ser biologicamente tratada para remover quaisquer Compostos Orgânicos potencialmente perigosos.
No Tanque de Arejamento, os dejectos são misturados com uma mescla de Bactérias Aeróbicas. Enquanto o oxigénio borbulha através da mistura, estas bactérias decompõem a Matéria Orgânica e convertem-na em Sais Minerais, Gases e Água inofensivos!
São precisas cerca de 8 horas para converter grande parte dos...Dejectos! Outros Tanques de Sedimentação removem as bactérias usadas e o Efluente é então sujeito a microdetecção. A Água entra para um tambor rotativo formado por um filtro extremamente fino, que côa quaisquer sólidos remanescentes.
A Água Purificada pode agora ser descarregada num rio, num lago ou...num mar. As Lamas Brutas provenientes dos Tanques de Sedimentação são tratadas em Tanques de Digestão de lamas. Ali, as bactérias «comem» as lamas, produzindo Metano, que pode então ser queimado para gerar Electricidade. Após uma segunda Digestão, os depósitos podem por conseguinte ser utilizados como adubo! O que se verifica depois ser de facto útil nessa reutilização e todo este longo processo de transformação. Algo que nos faz lembrar Antoine Lavoisier no seu estudo sobre a matéria:
« na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma...»,

Indubitável é a certeza de todos os esforços no sentido de se «purificar» ou tentar minimizar toda a toxicidade ou anomalias bacteriológicas que eventualmente possam surgir (em nocividade também) para o ser humano, neste ou noutros processos de idêntica complexidade de reciclagem, transformação ou tratamentos efectivos que nos são necessários à sobrevivência.
Inquestionável é também a prerrogativa instituída de que, nestes tempos modernos, todos temos de fazer igualmente um esforço maior para não enfatizar ainda mais este grande problema da sociedade actual em proliferação ou propagação de mais lixo ainda, no que todos devemos de ter essa mesma limpa consciência de estarmos a reciclar também (um pouco...) este nosso mundo em maior ou melhor qualidade de vida - até para nós próprios!

Se todos ajudarmos um pouco que seja, haverá mais espaço verde, mais ar puro respirável ou aquela singela constatação de estarmos também nós, a construir um futuro melhor para nós e, para os nossos descendentes. Se tivermos isso em conta, será talvez, o melhor legado em herança e registo contributivo que toda a Humanidade dá, ao seu lindo planeta azul (ou verde...?) numa sincera e interactiva influência positiva sobre este; a nossa amada Terra! E quem a quer ver feia, suja, degradada tal como sem-abrigo que espelha a nossa própria mendicidade e, leviandade, de nos deixarmos corromper por objectos (que mais tarde serão dejectos...) numa promíscua e visceral amplitude da qual já não conseguimos sair, por muito boa vontade que tenhamos? Poderá ser tarde, então. Quereremos isso...? Desejá-lo-emos para os nossos herdeiros de carne e sangue, para os nossos descendentes de corpo e alma sãos...? Penso que não. Então...só teremos de abraçar esta causa-efeito de uma melhor contemplação e, aferição, de não seguirmos mais por essa tão inescrupulosa via do entulho que fizemos de nossas vidas. Ou morreremos também nós nesse mesmo entulho; há que reflectir!

Sejamos mais Limpos, mais Puros e mais Honestos com esta mesma causa e efeito de uma Terra que é de todos nós em cumplicidade e coabitação. A Humanidade depende disso! E «Eles» sabem disso. Já há muito nos avisaram; já há muito nos visionaram. Há muito também...o alertaram, sem que o ouvíssemos ou tivéssemos essa mesma consciência de um planeta que não suporta mais os nossos dislates intemporais - e não ocasionais - que nos levam a deitar tudo por terra.
Oxalá ainda haja tempo...naquele tempo que sobra de um espaço perdido, de décadas e séculos perdidos de tanta ignorância ou imbecil permissividade de não considerarmos o meio ambiente planetário como a nossa casa-mãe; aquela que todos devemos de ter limpas, tal como o corpo físico; tal como a alma; tal como tudo na vida! E a Humanidade sabe disso ou...devê-lo-ia saber. No que «Eles» há muito o sabem também...

quarta-feira, 29 de abril de 2015

A Fabulosa Produção de Papel


Moderna Fábrica de Papel

Desde a sua descoberta na Ásia até aos nossos dias - o papel - que tem sido utilizado para vários fins, sendo de uma prestigiosa produção e aferição nossas, não se estará agora a exceder esses limites numa interminável mega-produção mundial? Não se estará a cometer um certo genocídio florestal (através das madeiras e plantas) num abate desenfreado e sem limites, por esta mesma produção abusivamente megalómana? Gastando os recursos da Terra, mas tentando alcançar o que materialmente se lhe opõe em benefícios industriais e de consumo exacerbado, não estará o Homem (em breve) a ter que procurar outros recursos na exigência contemporânea de uma sociedade e civilização a cada dia que passa mais e mais consumistas? E haverá ainda por onde recorrer...? Estaremos a tempo de mudar mentalidades - refreando ou conceptualizando novas formas de abastecimento numa igual vertente de composição e, finalidade, que o papel nos dá?...Poderemos fazer mais, além a reciclagem...além outros métodos que eventualmente se venham a descobrir ser mais eficazes no retorno ao «verde» perdido...?

A Revolucionária Folha
(Como se fabrica o Papel...)
O Desenvolvimento do Fabrico de Papel na China, há cerca de dois mil anos, foi um dos acontecimentos fundamentais da História da Civilização.
Juntamente com a Imprensa, constituiu um meio extremamente poderoso de armazenagem e disseminação do Conhecimento! O processo básico do Fabrico de Papel pouco mudou nestes dois milénios, embora a automatização permita hoje a Produção de Papel nas enormes quantidades exigidas pelas Indústrias da Imprensa e da Embalagem.
Actualmente, uma única máquina pode produzir mais de 300 toneladas de Papel (ou mais) por dia!

A Origem
Uma Folha de Papel é constituída por um tecido de Fibras de Celulose - aleatoriamente entrelaçadas - cada uma delas com 4 mm de espessura (no máximo).
A Celulose é um polímero constituído por milhares de Moléculas de Glicose, ligadas em enormes cadeias sem bifurcações. É a molécula orgânica mais abundante na Terra, sendo o principal elemento estrutural das paredes celulares de todas as plantas. São as Fibras de Celulose que dão às paredes celulares das plantas resistência e flexibilidade, sendo estas as propriedades que tornam a Celulose ideal para o Fabrico de Papel!
Em teoria, pode produzir-se Papel a partir de praticamente qualquer matéria vegetal, mas a melhor fonte de Fibras de celulose é a madeira, que contém mais de 60% deste polímero.
Actualmente, cerca de 50% da produção silvícola do mundo destina-se à Indústria de Papel. Mas a madeira virgem não é a única fonte de Celulose desta indústria.
A Maior Parte das Fábricas de Papel utiliza mais de 50% de papel e cartão reciclado, bem como trapos, serradura e aparas de madeira.
Na Fábrica, estas matérias-primas são tratadas química e mecanicamente para separar e, empapar totalmente, as fibras constituintes. A «Pasta» daí resultante, vai em seguida alimentar uma Máquina de Fabricar Papel. Espalha-se uma fina camada de pasta sobre uma rede de arame móvel para formar uma folha de fibras entrelaçadas.
A Folha Húmida é então comprimida - e seca - até se obter o produto final: um Rolo de Papel!


As mais diversas utilidades e texturas do Papel

A Diversidade e Textura
As propriedades dos diferentes tipos de papel - desde o papel de Toilette extremamente absorvente até ao brilhante Papel Couché - dependem muito do tipo de pasta utilizada e do modo como é processada.
Muitos Tipos de Papel para Escrever utilizam uma mistura de pasta derivada de árvores de madeira macia e de madeira dura. A primeira, contém longas Fibras de Celulose que se entrelaçam bem umas nas outras, formando assim uma folha resistente mas grosseira; a segunda, proporciona Fibras mais curtas que «enchem» a folha, conferindo-lhe a opacidade e uma superfície lisa.
A Pasta pode ser produzida por abrasão mecânica ou pelo tratamento de aparas de madeira com produtos químicos cáusticos.
A Pasta Mecânica é mais barata de produzir, mas também relativamente fraca porque cada Fibra se parte em pequenos fragmentos. É utilizada em produtos de curta duração, por exemplo, Papel de Jornal.
O Fabrico de Pasta por Processo Químico preserva a integridade das Fibras de Madeira, dando desta forma origem a um papel muito mais resistente.


Moléculas de Celulose (tecido de fibras entrelaçadas)

Processo Final
Antes de passar para a máquina de fazer Papel, as Pasta é batida e limpa. Cada Fibra é constituída por muitas Moléculas de Celulose ligadas umas às outras.
O Bater as Fibras, desemaranha parcialmente as moléculas - processo designado por Fibrilação. As Fibras Desentrançadas podem formar mais ligações com Fibras Adjacentes, originando assim um papel mais forte e denso, como o Papel Vegetal. Uma baixa Fibrilação origina um produto mais fraco, por exemplo, Papel mata-borrão.
O Produto Final é também influenciado pelos aditivos. para Papéis para Impressão - e escrita de alta qualidade - adicionam-se à Pasta coadjuvantes como a Argila (caulino) ou o Cré e, branqueadores como o dióxido de titânio para tornarem o Papel mais liso, mais brilhante e mais receptivo à tinta.

Fabrico Mecânico de Pasta
Quando os Troncos das Árvores chegam a uma Fábrica de Papel, é-lhes de imediato retirada a casca e são molhados antes de passarem para a maquinaria de fabrico mecânico - ou químico - de Pasta.
No Fabrico Mecânico, os troncos são carregados para um moinho, onda são comprimidos contra uma pedra que roda a 360 rpm.
A Superfície da Pedra está coberta com grãos de Carboneto de Silício Abrasivo.

Papel Reciclado
Antes de chegarem à Fábrica de Papel, os «desperdícios» (de papel também) são recolhidos e postos em fardos. Ali são transformados em Pasta, retirando-se-lhes a tinta, antes de serem misturados com Pasta Virgem.
O Papel não pode ser reciclado indefinidamente porque, a repetida transformação em pasta fragmenta as suas Fibras, enfraquecendo então o Papel Produzido!

Estrutura da Fibra
Uma Molécula de Celulose é uma longa cadeia de subunidades de Glicose. As cadeias adjacentes mantêm-se unidas por meio de pontes de hidrogénio, formando assim microfibrilhas; estas, enrolam-se à volta umas das outras, formando uma única Fibra.
Muitas Fibras, ligadas por pontes de hidrogénio, formam por conseguinte...uma Folha de Papel!

Há que ter em conta, de facto, toda a exigência - enorme - que a nossa sociedade actual possui sobre esta e outras indústrias ligadas ao Papel. Mas, há que tomar em atenção também, particularmente no que concerne ao abate desenfreado (ou pouco cuidado) de matas, florestas e tudo o que é verde em torno do planeta, pois que os recursos não nos são ilimitados nem dados em infinitas mãos de candura, condescendentes com a nossa abusiva ganância de tudo colher.
A desflorestação, assim como o uso excessivo de se recorrer à Mãe-Terra num esbulho possessório autêntico de tudo desta sacar, há que prever inevitáveis consequências (em futuro próximo) se não soubermos parar a tempo; se não soubermos poupar esses nossos recursos - ou refreá-los - numa nova consciência ou tomada de posição contrária, de  nos voltarmos para outras soluções, outras hipóteses de não espoliarmos no seu todo um planeta que, a cada dia que passa, mais e mais se vê desgastado por nós, terrestres. Há que estabelecer regras e não punições, sendo verdade que, a sermos negligentes, audazes e mesmo autistas em face a essa realidade, em breve teremos uma Terra-Mãe careca, suja, dissecada e débil como espectro senil em moribunda condição de nos estar a morrer nos braços. E...na alma. Pois que se a sua arrancámos de si, não nos restará também a nós (igualmente) muito mais em profecia cumprida no imediato.

Reflorestar é preciso, consciencializar que só a replantação e, a implementação de novas regras e novas plantas (e toda uma diversificada vegetação), nos trará o viçoso planeta perdido - ou júbilo verde de outrora - que todos queremos voltar a ter, mais que não seja para voltar a sonhar com um mundo mais são e mais puro sem químicos ou poluentes de ar, mares e rios e tudo em redor. A Humanidade só sobreviverá, mesmo com todas as suas muitas vicissitudes de fábricas e indústrias polivalentes a isso associadas, se para tal tiver de facto esta nova consciência de tudo se revolver, reciclar ou tomar uma outra atitude na vida que não seja o criar lixo, criar despojos, dejectos ou múltiplas excrescências até de si próprio; físicas e mentais!
Há que voltar a sonhar. Há que voltar a possuir esse mundo e sonhos verdes ou...de todas as cores que a Humanidade veja em si e, no seu planeta Terra, desse tão maravilhoso arco-íris em renovada pureza em si. Se o tenta...já é um passo de gigante. Se o retomar e em si resolver...então estaremos no caminho certo. E toda a Humanidade agradece. A Humanidade... e todos os «outros»...(suponho).

domingo, 26 de abril de 2015

Contatos de 4º Grau Dublado HD

A Secreta Vigília


Foto (minha) tirada a 3 de Abril de 2015 - Lagos - Algarve             (Portugal - UE)

Existirá fundamento para que acreditemos (todos), um dia, que estamos efectivamente sob a perspectiva estelar de um estranho mas eficaz protectorado cósmico? Haverá a indubitável aferição de seres inteligentes que, tendo nos elaborado, «fabricado» ou meramente instalado no planeta Terra, agora nos vigiem, nos protejam e nos sirvam como entidades zeladoras tal como nossos próprios progenitores de sangue e coração? Haverá algum tipo de sentimento (e alma) ou analogia maior de uma finalidade e objectivo na Terra, do que «eles» plantando e suplantando o ser humano - e toda a Humanidade - projectam agora em nós, sob a sua implacável e Secreta Vigília e determinação nos céus? Poderemos alcançar a paz, a harmonia, a efectivação de novos tempos ou Novas Eras, numa submissa acção de consequências ainda não totalmente verificadas ou autenticadas por «eles» mesmos? Será este o nosso caminho - o de uma evolutiva Humanidade - na projecção futura do que esperam que abarquemos ou executaremos em nós próprios? Estarão as civilizações estelares certas desse nosso rumo em que a Terra é a rampa de lançamento e o Céu o limite? E haverá limite para esse Céu???

«Cegados pela matéria, através dos séculos (...) em busca de poder e riquezas, os homens têm percorrido toda a Terra, penetrado as florestas, escalando os picos e conquistado os desertos polares. Deixemo-lo, agora, buscar dentro da forma, escalar as alturas da sua própria consciência, penetrar as suas profundidades, em busca daquela Força e Vida interiores, únicas pelas quais ele pode tornar-se forte em Vontade e espiritualmente enriquecido. Aquele que assim abre a sua vida e mente à Vida e Mentes Universais, subjacentes em Todas as Coisas, entrará em união com elas e, a esse, os Deuses aparecerão.»                                                        (Hodson, 1992)
                                                                                           

A Vida Humana

A Origem
Os caminhos são longos, incertos. A preocupação também. Nada é linear, único ou matematicamente perfeito no que hoje se sabe e se determina por uma maior consciência humana de que não estamos sós. Nunca estivemos nem o estaremos alguma vez. «Eles» vigiam-nos. «Eles» protegem-nos. «Eles» conhecem-nos melhor que nós próprios! «Eles», são os nossos pais estelares!
A Ciência regista-nos a aferição de toda uma biológica concepção que nos compõe como seres humanos mas, para além da anatomia física, há também uma consciência, um poder de alma enorme, potenciado de outros poderes - extra-sensoriais e outros - no que os nossos genes não são inactivos nem amorfos desse conhecimento; muito pelo contrário...somos todos actividade, energia, pulsares anatómicos mais poderosos, mais efectivos e proeminentes que uma qualquer bomba atómica, se tivermos em conta todo o exponencial humano em corpo e cérebro, em movimento e pensamento!
No Núcleo de uma célula normal - não sexual, dita somática ou diplóide - humana existem cerca de 80.000 genes, distribuídos assim em sequência por 23 pares de cromossomas.
Um Cromossoma é então constituído por genes, sendo que cada um destes determina a manifestação de uma dada característica hereditária no ser humano. O que difere de raça, cor de pele, olhos ou qualquer outra dicotomia humana, consoante a linhagem hereditária o concerne.
Um Gene sintetiza uma proteína e constitui um segmento de ADN - molécula de dupla hélice, enrolada sobre si mesma em espiral. Logo, os genes contêm a informação indispensável para o fabrico de todas as proteínas necessárias para o eficiente funcionamento de um organismo.
O ADN encontra-se fundamentalmente no núcleo de cada célula - nos cromossomas - mas também em organelos (como as mitocôndrias) ou no citoplasma. Ao conjunto de todo o ADN de uma célula chama-se Genoma - ou código genético - e este identifica o indivíduo.
O Genoma Humano, constituído pela sequência de cerca de 3000 milhões de bases, é estudado pelo Projecto Mundial Genoma Humano (NHGRI, 1998). Até ao momento conhecem-se cerca de 2,5% das sequenciações genéticas possíveis (GDB, 1998; HGPI, 1998). Por exímia conclusão, qualquer alteração química registada num gene, pode, efectivamente, implicar uma modificação na proteína respectiva; logo, no Genoma Humano! Daí que, a descoberta destas alterações nos genes, seja (incansavelmente) um enorme empenho por parte de cientistas e investigadores nesta área na resolução de complexas anomalias - ou distúrbios na doença - ou ainda, patologias associadas para uma futura excisão, modificação ou substituição no ser humano.

    
Manipulação/Engenharia Genética

Engenharia Genética
A manipulação genética tem permitido - ao logo dos séculos - a contemplação orgânica e, evolutiva de todas as espécies. Em relação ao ser humano, existem inimagináveis combinações de genes e, por conseguinte, uma inúmera variedade de organismos distintos e eventualmente mais perfeitos!
É sabido que, aquilo que mais caracteriza os organismos vivos é a imortalidade e não a morte, porque as células são potencialmente imortais - ou mais correctamente amortais; por exemplo: se mantiverem o seu genoma inalterado, geração após geração (só possível nos seres que se reproduzem assexuadamente, por duplicação celular, tais como bipartição, cissiparidade ou propagação vegetativa). Segundo Hickman, em 1993, terá objectado que: «A grande vantagem da Reprodução Sexuada (divisão meiótica) sobre a Amortalidade é a de conservar a espécie, adaptando-a a quaisquer condições - mesmo adversas!»
No caso do Homem em toda a explanação do ser humano como ser superior, isto não se passa, não sendo este conceito aplicável. Compostos por um vastíssimo número de células - estas virtualmente imortais, pois ao replicarem - ou duplicarem - o seu ADN e os seus organelos (constituintes celulares), estes mantêm-se biologicamente idênticos.
 
ADN de Embrião Humano

Biotecnologia/Engenharia Genética
Estas duas vertentes - aliadas entre si - a Biotecnologia e a Engenharia Genética não são intrinsecamente perigosas ou imorais: são as aplicações que os seres humanos delas fizerem que determinam se são benéficas ou mortais - para a espécie humana e para o planeta!
A maioria dos países já tem legislação responsável mas, nalguns casos em que esta se torne demasiado restritiva (alegando decisões éticas ou bio-éticas), há ter cuidado acrescido com as eventuais medidas que surgirão também noutros países em maior permissividade - em relação ao entrave de outros. Daí que urge estar atento a que se não cometam horrores ou desvios não aleatórios sobre potenciais erros, correlacionados com armas biológicas - em toda a sua envolvente indústria - dado que pode levar a uma corrida de armamentos entre agentes patogénicos e antídotos fabricados por Engenharia Genética (ou à fuga de um agente patogénico), fabricado para onde não exista qualquer antídoto conhecido...no que, populações de inteiros Continentes, estariam efectivamente ameaçadas!
A Vida Humana em contraposição ao progresso científico torna-se particularmente susceptível no debate e, nos diversos interesses instalados, num combate sem tréguas ao que é meramente científico e aceitável, ao que não o é de todo, em objecção imposta por outros na não-ética de outros valores mais altos sobre a Humanidade. E, por conseguinte, de toda a evolução ou não desta!?
É especialmente verdade quando a vida em questão se trate de um recém-nascido ou bebé em gestação. A capacidade de «reprogramar» a vida - baseada numa compreensão cada vez mais minuciosa do ADN - ainda é relativamente incipiente na sua total aplicação. Mas que, na continuidade de estudos e, acirrada investigação biotecnológica, se tem vindo a autenticar como eminente no espaço e no tempo que a este tema devotam. E isto, por todos os países ditos desenvolvidos no mundo...


Micro-fotografia

Os Abusos Científicos
Existem ainda muitos receios (não sem alguma razão em fundamentadas estimativas bio-éticas), acerca da sua abusiva aplicação para fins sociais e políticos. Justifica-se plenamente estes receios, pela óbvia circunstância e, conhecimento, do que outrora se fez em total irracionalismo e mesmo leviandade científicas. Como exemplo, os horrores do «anjo da morte» Josef Mengele (ou doutor-morte a mando de Adolf Hitler) - durante a Segunda Guerra Mundial - que actuou sob parâmetros completamente horrorosos no esventre de quem teve a má sorte de lhe ir parar às mãos. Mas, sabe-se, que também nos Estados Unidos da América (e por tantos outros países mesmo que não haja documentação fiel para tal se constatar), houve patrocínios do governo federal (na primeira metade do século XX) para essa idêntica actividade subreptícia nos americanos negros pobres. O que tem vindo a lume, consistentemente, sobre esse devaneio em uso e abuso da Ciência, Biotecnologia, Engenharia e manipulação genéticas entre os mesmos. O que, não traduz de todo (há que consciencializar), de que a população mundial não esteja de acordo com estas terapias e avanços biotecnológicos - ou de terapia genética - na cura ou salvação de crianças portadoras de doenças genéticas. O que se reclama, é que haja efectivamente essa ética moral e científica de não se estar a passar fronteiras, das quais - por vezes - poderão ser irreversíveis e totalmente adversas ao esperado. Há que ter consenso geral e uma assaz determinação de se não transpor o que é de facto ético ou não. E pugnar-se por tal! Dentro e fora das nossas fronteiras...terrestres!


A Ciência/Biotecnologia/Ética Humana

A Ética não-humana/Extraterrestre
Há que gerar consensos, de facto. Há que estabelecer regras e leis que instituam na Humanidade uma nova forma de se ver a Ciência e toda a positividade (ou optimização) dessa mesma Ciência ao dispor do Homem. Até aqui, tudo bem.
Mas vamos mais longe...àquele outro antro fora de portas, fora das barreiras e fronteiras terrestres em que o Homem está - igual e indefectivelmente agarrado - à sua própria inocência, ingenuidade ou mera ignorância dos factos apresentados. Por amnésia imposta - e devidamente outorgada no ser humano por vias de nada se lembrar - tem havido ocorrências individuais mas generalizadas no mundo, sobre estas mesmas ocorrências ou incidências do foro cognitivo (mas também físico com marcas indeléveis no corpo) em pessoas que se dizem abduzidas por seres extraterrestres.
Não vou personalizar, pois seria contraproducente; vou antes globalizar na medida do possível, contextualizar também o que se tem passado comigo a nível pessoal mas de uma forma mais introspectiva e, de certa forma, reverencial, sem querer protagonismos de índole populista.
Sei que somos vigiados, perseguidos, analisados, monitorizados e...acreditem, contextualizados numa plataforma estelar ou cósmica de uma espécie de código de barras ou tabelião ancestral onde tudo era criteriosamente registado do berço à cova. Somos um produto que vivificou no planeta Terra, para além de muitos outros em circunstâncias nem sempre fáceis - ou viáveis - mas que se estabeleceram como raiz ou semente implantada em chão ténue (mas acolhedor) no que se tornou vida em desenvolvimento, crescimento e evolução através dos milénios. E, da tal panspermia cósmica que os cientistas (muitos deles) já reiteram em «plantação» extraterrestre de um continuado e, enigmático (ainda) Universo de todos nós. Não há como o desmentir nem tão-pouco como o ignorar. Estamos a viver uma nova realidade sim, perante os olhares de um outro mundo...ou de vários outros que nos perspectivam uma vida evolutiva muito mais ascendente e frutuosa do que até aqui! E mesmo que hajam desvios, anomalias, tragédias ou «simples» fenómenos externos à Terra como o tão temido Nibiru, Planeta X ou Hercolubus, o certo é que, sobreviveremos. Como...não sei. Mas sei que a Humanidade se não deixará vencer por mais esta outra agrura orbital de um planeta gigante, usurpador de toda a nossa energia na Terra! Tenho mesmo uma grande fé nisso!


Encontros Imediatos de que grau...?

Encontros Imediatos
Havendo a suspeição de que todos, mas todos, somos mesmo super ou ultra-vigiados, nada mais teremos em nosso poder do que, o tentarmos apaziguar receios, medos ou temores que nos fragilizem ou debitem ainda mais temores, sobre o que não conhecemos.
Há a debilidade efectiva de corpos, mentes e patologias do foro psiquiátrico que o definem como alucinação cognitiva de uma deficiência ou insurgimento deficitário de poderes cognitivos normais. A tudo isso se reconhece uma certa patologia também mas, num sentido diametralmente oposto ao que se revela nas pessoas que são efectivamente raptadas, abduzidas ou tomadas por uma não-consciência dos seus actos em paralisia de movimentos e, decisões, que os detêm como meras cobaias a olhos estelares. E, por invasão destes, a sua total submissão a devaneios clínicos - e cirúrgicos - que na pele e na alma se lhes impõem, cometendo - por vezes - certas atrocidades sem direito de resposta ou outros quaisquer no mundo dos direitos humanos. Mas assim é!
A nível pessoal, sinto-me vigiada (que não só pelos muitos NSA`s desta vida) mas de outras vidas, outros mundos! Anteriormente existia «apenas» a CIA, a KGB, a Mossad, a Keisatsujutsu (polícia japonesa, mais actual) e até mesmo os da Yakusa (mafia nipónica). Entre outros. Muitos mundos da velha e grande mestre Secreta Mundial. Por ora...temos os externos, os da Secreta Vigília que nos rondam a Terra e que tudo nos ouvem, nos vêem, nos sentem...prospectando outros futuros, outros destinos que não terrestres, e que nós acabamos por aceitar em percursos ainda mais estranhos do que os da própria e omissa verdade que nos é contada da escola à universidade da vida, sem coerência, consistência ou suma de alguma dessa mesma verdade.

Existem Encontros Imediatos - muitos e fluidos pelo mundo inteiro - seja como testemunhos na primeira pessoa ou em registos diplomáticos das altas estâncias governamentais. «Eles» andam aí...e como diriam alguns em jeito dengoso e humorista de se brincar com estas coisas de: «existem sim, são três e andam aos pares...» ou seja, são muitas das vezes, efectivamente, as sempre e eternas três naves pontuais em espécie de reconhecimento no terreno sob a visualização de uma outra nave-mãe que tudo observa também. Ou três símbolos (hipoteticamente a simbologia de Deus, filho e Espírito Santo...?), três luzes verticais que criam encadeamento e encandeamento, no que muitos reportam de um espectáculo estelar de naves e luminosidade surpreendentes! E tudo isso, sob a alçada de um cosmos que, não conhecendo nós terrestres todo o seu potencial, nos admiramos por tantas espectacularidade em superioridade tecnológica de movimentos, distâncias e objectivos destes ao percorrerem tantos anos-luz cósmicos para nos alcançarem em visita, ordenamento ou simples tarefa rotineira de prospecção e Secreta Vigília sobre a Terra!

Não sei se muitos de vós se já depararam com esta realidade estelar mas, no que me diz respeito, sei mesmo que «eles» andam aí... que estão entre nós e que possuem a brilhante missão de nos vigiarem os passos e as mentes. Não somos gente de bem; não somos de fiar, dizem alguns...no que até reconheço (penosamente) de que assim seja. Afinal, como subproduto «deles», há que confinar que nem todos tenhamos de ser (ou sair...) perfeitos, super-ídolos ou extremamente sólidos e concisos com o que «eles» esperariam por certo, de toda uma Humanidade formatada e compactuada numa espécie modular - e standarizada - com os seus próprios modelos reais estelares! Há sempre falhas, fugas, anomalias e coisas não muito perfeitas, na Terra e...fora dela. E é mesmo isso que faz de todos nós, terrestres e não terrestres (ou os multi-extraterrestres do cosmos) uma miríade triunfal de coisas boas, belas e outras nem tanto mas que, na diversidade estelar, compomos todo um Universo surpreendente! Quem duvida disso agora...? Pois que, a meu ver, somos todos filhos de um Deus-maior do Universo que tudo vê, que tudo sabe, mesmo que em certa espionagem obreira de tudo Ele se certificar nas suas muitas civilizações estelares que, bem vistas as coisas, até nem dão muito trabalho...se nos deixarmos de ser piegas, imbecis ou muito pouco inteligentes que não vejamos que, a Humanidade, é apenas e somente um dos seus filhos planetários  da sua grande casa e reino que é...esse mesmo Universo! Por outros mais que Deus assim detenha...!
Para crentes e não crentes - deste ou  de outro Deus qualquer (ou mesmo nenhum Deus em si), que a Humanidade vença sem ser em voyerismos estelares mas sim, na plenitude de seus actos no cosmos, na perfeita vigília que todos lhes agradeceremos, caso nos surja uma eventualidade catastrófica no planeta num sem recursos de a contrapormos - ou fazer regurgitar de volta em rumo certeiro - para que nos deixe em paz...na Terra! Que a Terra vença o Nibriru e todas as Forças do Mal! Que a Força e a Paz estejam convosco (estelares) e connosco (terrestres) na Terra! E bem-hajam todos...por isso!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Hubble Deep Zoom Into The Carina Nebula

Hubble Captura Borboleta Emergente da cessão estelar na nebulosa planet...

A Deslumbrante Missão do Hubble


Telescópio Hubble no Espaço

25 Anos de Telescópio Hubble

Antes de mais, Muitos Parabéns pelos teus magníficos e completos 25 anos de idade. Que continues a dar-nos maravilhosas imagens do espantoso Universo que nos rodeia. E mesmo que te retirem para um lar de idosos telescópios - onde provavelmente serás o único lúcido - não estarás só, porque todos sempre te recordaremos com saudade, magnificência, êxtase e certamente num eterno deslumbramento por todas as fotos e imagens que nos reportaste ao longo destes 25 longos e belos anos espaciais. Havendo a tua suposta retirada em substituição do mui jovem, impertinente e talvez tecnologicamente o mais irreverente de todos - James Webb - não serás nunca uma peça de museu, um artefacto ancestral espacial ou uma velha inutilidade, pelo tanto que, ao longo de todo este percurso fotográfico espacial nos ofertaste em cumplicidade, impressionabilidade e, ofuscante beleza imperial dos céus. Não te esqueceremos. Estarás sempre na nossa memória e retina fotográfica de uma alma ainda maior do que a que projectaste em nós - na Terra - e só por esse facto estrondoso te felicitamos, Hubble, que sejas sempre memorizado e, amado, na Terra e no Céu, e por toda a glória científica - ou de simples estudo de quem por estas matérias possui interesse, desejo de conhecimento e um amor incondicional ou ofuscante - por todas as estrelas, planetas ou galáxias do Céu que nos obsequiaste na tua longa vida. Que continues firme, eficaz e exuberante...até 2018 (altura aproximada em que James Webb substituirá o Hubble), na certeza porém, de que foste o mais seguido, o mais vigiado e...o mais amado também por tão Deslumbrante Missão no Universo! Parabéns Hubble!
                                                (A minha humilde e sincera homenagem a ti, Hubble)


Nebulosa Olho de Gato (NGC 6543)

O Maravilhoso Universo
Da Partícula mais pequena à maior Galáxia, tudo no Universo segue regras que são descritas pela Leis da Física.
A Formulação dessas Leis tem sido, tradicionalmente, uma tarefa dos Físicos, enquanto a cartografia e a catalogação dos céus tem sido empreendida pelos Astrónomos. Com a aceitação de que as leis da Física se deviam aplicar ao Universo inteiro, surgiu um novo tipo de cientista - o Astrofísico.
O Astrofísico emprega as observações dos Astrónomos e, as regras dos Físicos. Deste modo, os fenómenos e os corpos do Universo podem ser explicados em termos de leis físicas que foram testadas nos laboratórios com sede na Terra.
Toda a Matéria do Universo é composta de cinco (5) «partículas elementares» estáveis: Electrões, Protões, Neutrões, Neutrinos e Fotões. Pode eventualmente também existir uma sexta partícula elementar, chamada Gravitão.
As Primeiras Três Partículas são responsáveis pela totalidade da matéria visível do Universo; as duas restantes - e o hipotético Gravitão - transportam assim a energia criada pelas interacções entre as primeiras três. Estas Interacções são provocadas pelas Forças da Natureza. Como se sabe, há quatro (4) Forças fundamentais: a Interacção Nuclear Forte, a Interacção Nuclear Fraca, o Electromagnetismo e a Gravidade. Todas as Interacções entre os corpos do Universo podem ser explicadas em termo destas quatro forças!


Nebulosa Cabeça de Cavalo (NGC 2023)

Vida e Morte de uma Estrela
Os Astrónomos estudaram tantas Estrelas que puderam compor uma imagem pormenorizada da forma como pensam que estes corpos fascinantes «vivem» e «morrem».
As Estrelas mudam consideravelmente ao longo do tempo, mas esse tempo é com frequência medido apenas em milhões de anos. Por esta razão, os Astrónomos nunca vêem, na realidade, uma estrela passar de uma fase da sua vida para outra e muito menos testemunham um ciclo de vida completo. No entanto, há tantas Estrelas no Céu que é possível observar cada um dos estádios individuais, observando Estrelas Diferentes! Através das observações que efectuam, os Astrónomos têm de tentar deduzir a sequência correcta de acontecimentos da Evolução de uma Estrela, assim como identificar o lugar que cada uma ocupa ao longo da sequência.
As Estrelas formam nuvens enormes de poeira e de gás. Reacções Químicas complexas têm lugar no seio dessas nuvens moleculares gigantescas. Embora a grande maioria envolva Hidrogénio Molecular, as pequenas quantidades de elementos mais pesados presentes também...tomam parte nessas reacções, formando moléculas mais complexas.
Uma descoberta particularmente fascinante, é a de que as Nuvens Moleculares Gigantes contêm compostos orgânicos (com carbono). Estes Compostos são necessários para o desenvolvimento da vida.
Os Astrónomos estão actualmente em busca de Aminoácidos e de Moléculas de Açúcar. Se forem abundantes, podem assim dar-nos pistas da forma como a Vida surgiu no...Universo!


A «minha» Nebulosa da Borboleta (NGC 6302)

O Destino do Universo
Todos os Corpos do Universo são feitos de protões, neutrões e electrões, como é do conhecimento geral. Tudo o que vemos, é então visível porque emite - ou reflecte - fotões de Radiação Electromagnética. Daí a questão universal: Haverá (supostamente) outras formas de matéria que nós não podemos detectar? Haverá outra essência - ou consistência - estelares que ainda não conhecemos mas, que existirão porventura em todo o magnânimo Universo...?
Os Astrónomos suspeitam actualmente de que, outras formas de Matéria, não apenas existam como ultrapassem largamente a matéria normal - Matéria Bariónica!
Os Estudos de Enxames de Galáxias apontam para a possibilidade de, a Matéria desses Enxames, poder então exceder a matéria luminosa numa relação de dez (10) para um (1)! Quer isto dizer, que, 90% do Universo está representado por formas de Matéria que ainda não foram descobertas - com efeitos profundos na questão de se saber se, o Universo entrará ou não em colapso, sob o efeito da Força da Gravidade...
A Esta Matéria dá-se o nome de matéria Escura. Foram então propostas duas formas possíveis - a quente e a fria. A Matéria Escura Quente pode compreender partículas como os Neutrinos que são extremamente leves - deslocando-se à velocidade da luz onde praticamente não interagem com a Matéria Bariónica.
A Matéria Escura Fria pode compreender as partículas hipotéticas - por vezes designadas partículas maciças de fraca interacção.
Uma Teoria Alternativa defende que, a Matéria Escura, não passa então de matéria bariónica normal, contida em corpos não luminosos como as Anãs castanhas e, os Buracos Negros, que pode existir em halos galácticos e, assim corporizar-se em entidades chamadas Corpos de Halo de Massa Compacta.

Telescópio Espacial James Webb (JWST) a ser lançado em 2018

A Deslumbrante Cosmologia
A Cosmologia - para além de tratar a forma como o Universo se formou - também estuda o modo como evoluirá no futuro. Em última instância, a Cosmologia tem de predizer o modo como o Universo acabará.
As Predições do destino do nosso Universo dependem, primeiro que tudo, de quanta Matéria falta descobrir no Universo.
O Telescópio Espacial Hubble e o próximo - o James Webb - um e outro em passado e futuro surpreendentes, têm a deslumbrante função e, missão sequencial de, um desempenho extraordinário de assaz importância na tentativa de detecção daquilo a que se chama Matéria Escura!
As Estrelas não se distribuem uniformemente pelo Espaço, estando confinada a Galáxias, porém, a Formação de Estrelas tem lugar apenas em determinadas regiões. Esses Lugares são zonas nas quais, Poeiras e Gás se acumularam em densidades mais elevadas que no espaço restante.
A Constelação de Orion, por exemplo, contém uma grande região de Formação de Estrelas da qual a Nebulosa do Cavalo representa uma pequena parte. A Forma, é uma distribuição aleatória de poeira que absorve a luz do gás hidrogénio que brilha por detrás.
Orion, que se encontra relativamente próxima da Terra, é uma das regiões de Formação de Estrelas mais intensamente estudadas.

O Telescópio Espacial James Webb  (de 24 metros de comprimento, 12 metros de altura e com um espelho de 6,5 metros de diâmetro, no que é 3 vezes maior que o Hubble), tendo um custo de 4,5 biliões de dólares, será o próximo telescópio espacial a ser lançado por meados de 2018. De referir a particularidade do seu nome em homenagem a um antigo director da NASA.
Em relação ao Hubble, que impreterivelmente executou a sua missão com toda a exactidão e eficiência (se exceptuarmos aquele deslize da miopia inicial), revelando ao mundo todo o manancial de um cosmos verdadeiramente luxuriante e magnífico, no que se tem de referenciar por tudo o que este captou nas mais belas imagens sobre o nosso Sistema Solar - e toda uma miríade de Estrelas, Planetas e Galáxias distantes - assim como as várias e feéricas Nebulosas que hoje nos podemos maravilhar em observação e estudo.

A Nebulosa do Olho de Gato (ou NGC 6543), que está a 3.000 anos-luz da Terra, sendo esta uma das mais famosas nebulosas planetárias, é também e igualmente, uma das mais belas a nossos olhos terrestres. Possui em si mais de meio ano-luz de diâmetro, representando uma breve fase final mas, ainda gloriosa - ou majestosa - na vida de uma Estrela parecida com...o Sol!
Há a Nebulosa da Ostra (a NGC 1501) que está a aproximadamente a 5000 anos-luz da distância da Terra e  na Constelação de Camelo p. (a Girafa), que tem em si uma estrela central brilhante em refulgência de dentro da nuvem da nebulosa, tendo então como designação: Nebulosa da Ostra.
A mais maravilhosa de todas (em subjectividade minha, ou referência de um sentimento muito particular sobre esta), que obrigatoriamente enfatizo por tanto a admirar em toda a glória dos céus: a Nebulosa da Borboleta!

A Nebulosa da Borboleta (ou NGC 6302), está a 4000 anos-luz de distância da Terra na Constelação de Escorpião, 35 vezes maior do que a superfície do Sol. Formada por gases e radiação ultravioleta, o complexo move-se a mais de 960 km por hora no Espaço. Os seus leques podem assim conter carbonatos, como o calcitel (evidência de água líquida no passado) em análise da sua composição química. No centro o calor é mais intenso do que a temperatura que mantém nas suas «asas». Algo que o Telescópio maravilhoso Hubble registou em toda a sua pujante glória espacial, no que todos lhe devemos em respeito e, consideração, por tanto conhecimento hoje alcançarmos sobre estas nebulosas e todos os corpos celestes no Espaço. Algo que, jamais ficará esquecido!
Por tudo isto, se tem então de festejar, obsequiar e conotar enfim, todo o trabalho de cientistas e todos os intervenientes nesta causa espacial em que o Hubble foi peça fundamental. O J. Webb (JWST) se lhe precederá no que, acreditamos, acrescentará ao conhecimento da Humanidade todo o exponencial galáctico na primária missão de exame e verificação da Radiação Infravermelha, resultante da Grande Explosão (Big Bang), assim como as criteriosas observações sobre a «infância» do Universo!
Pela Humanidade - de Um por todos e Todos por um - sejamos confluentes, determinantes e sempre interessados nas matérias do Cosmos, do inefável e deslumbrante Universo que nos acolhe, sem descurar todo o empenho e brilhantismo tecnológico do identicamente Deslumbrante Hubble em toda a sua prestigiada missão. A Humanidade não esquecerá...certamente! Parabéns Hubble!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Terramoto de Lisboa/Earth quake (1-11-1755)

Assassin Creed : Rogue - Part 6 | Lisbon Earth Quake 1755

A Punição de Deus


 Lisboa (século XVIII)
Lisboa - Terramoto de 1755                    Reino da Coroa Portuguesa

«Rezei dez Avé-Marias, rezei dez Padres-Nossos e nada surtiu efeito...aquela coisa do Demo (cruzes credo que me benzo...), estrebuchando, refugando em nós um crepitar de alma, uma maleita das entranhas, uma azia monstruosa do ventre da terra que, Deus me perdoe, até parecia vencer o meu Senhor, por tão grande ser...por tanta afronta entre terra e mar, entre Céu e tudo à sua passagem e eu...tão nobre, tão pouco de mim ficou...entregue à minha sorte e, à desdita de ser agora uma pobre coitada, uma indigente destes novos tempos que mais não tenho do que as ruelas desfeitas e a erva daninha para comer. Quem me valerá agora que em trapos ando, e andrajosa me vejo, e tão só nesta vida, que chego a pedir que Deus me leve. Será pecado, será ultraje sentir-me assim...? Pois se perdi tudo, pois que nada tenho, nada de mim sobrou que este meu corpo escanzelado e esta matreira vontade de me ver ressuscitar das iguais cinzas com que meu povoado ficou, com que minha gente se perdeu...e que minha alma dilacerou...por tanto ter ido e nada mais ter voltado...em punição de Deus, mais que castigo, mais que Sodoma ou Gomorra, mais que eu própria que já nada sou...!»

1 de Novembro de 1755
(Antes do Terramoto...)
São 7 da matina. Acordei cedo. O meu coração está aos pulos, pois é hoje que o José Augusto da Costa Ferreira me vai pedir em enlace, união e comunhão de cama, mesa e arrumos que eu não sou nenhuma enjeitada e até tenho de família um bom enxoval e honrado brasão, além o trabalho de cerzideira que a minha santa e boa mãe me ensinou, ainda antes de partir para os braços do Senhor.
O pai esse, vai ficar todo garbo e mal amanhado, aquando se vir de frente com o meu «mais do que tudo», o meu pretendente de calça, gibão, colete e bolsa na mão, pois que é um fidalgo de iguais aprumos e nada nele se descose, e nada nele se lhe aponta. Não sou burguesa mas tenho um quinhão lá para as terras do Douro em partes de umas terras que a minha bendita e já falecida mãe me deixou, aquando a sua torrente de agonia e ais que davam dó, de quem assim a visse. E eu...que poderia eu fazer perante tal escarrapacho daquela maldita doença que fazia minha pobre mãe vomitar as entranhas, ficando macerada e, lacerada, e tudo isso num só fôlego numa espécie de artimanha e má mesura do Demónio que anda sempre por perto. E eu tão queda, tão inocente e tão sem saber o que fazer, em achincalhamento despropositado e mesmo inalterado de lhe dar saúde ou, pelo menos, de lhe dar um fim digno que não fosse aquele terrível engasgo em si de vómito - azedume do destino - e deslaçamento de vida que se lhe escorria por entre essa agonia, essa dor, essa malfazeja condição de moribunda que já era e eu sem o saber...ou querer fingir não saber. Que falta me faz a minha pobre mãe agora...e eu tão só...mas tão fielmente do meu amado José Augusto, que tem um bigode preto que faz jus aos mais aburguesados daqui da enseada.

E, os seus olhos...os olhos do meu amado de cor do mar, daquela cor que em dias de tempestade ainda mais lindos são, de quando se zanga comigo, de quando me pede festejos e avanços e eu lhos nego por tão brejeira ser, por tão fugidia lho sentir e...(por algo que ainda lembro minha mãe mo dizer em conselho máximo) de que se não se dá ao desfrute, de que se não se dá aos avanços nem aos deleites de quem nos não respeita se quisermos encetar noivado, se quisermos embrenhar e não emprenhar...no que ainda oiço, ainda escuto e ainda assevero com toda a imposição e respeitável anunciação de filha boa, de filha correcta, de filha perfeita e não tocada...de filha pura que ainda sou!
Engulo uma jarda de leite, emborco um naco de pão duro, pois que não tenho enlevos nem fervor de me fazer ao forno para criar o pão nosso de cada dia, que Deus e o meu santo pai me perdoem, mas hoje é dia de possante compleição, mais da minha Nossa Senhora da Conceição do que de Todos os Santos, que me respeitem e venerem estes, pois que hoje lhes não conheço sujeição que não seja o de faltar à missa do Senhor na igreja de São Domingos (mais tarde lá irei...por fim, se Deus quiser...), pois que por ora verei meu santo amado em flores trazidas para mim e, no seu mais belo fato. Ai homem como raios te quero! Ai, que sorte eu tive, pois que é trabalhador e desembargador das cousas que vêm de além mar. E que cousas são, Santo Deus, qual delas a mais linda, estando-me já prometida uma peça de seda que Deus senhor lá dos orientes me fez consagrar pela mais bela noiva eu ir ser...e como estou feliz por isso, e como me benzo por esse feito, pois que mui vaidosa sou e nada mais me requer do que ser feliz e parir vários filhos, que bem a nação de meu Senhor e Rei de Portugal, Dom João V que já fez murada em Lisboa (ainda que fuja para norte ou para as beiras para ver na alcova a sua amada, a mui desleixada e meretriz casada com um dos Távoras, pobre coitado, que de cornudo tem muito e nada o salva disso...) mas eu que não sou de linguarejar, por aqui fico. Ou não... varrendo este chão que parece não estar nunca limpo, arejando janelas, ouvindo os pregões, ouvindo os sinos, ouvindo o rio que se faz mar ao longe e todos os cânticos chireados dos pássaros que até parece saberem-me da aflição e, da angústia doce que me vai no peito por hoje ir ser uma outra mulher de vida e condição de meu pai para meu esposo, de meu senhor para outro senhor, em ânsias de mais não ser do que eu própria em singelo acordo com a minha Nossa Senhora que vela por todos nós. A manhã está a romper pelo que vejo do Sol...e de um dia muito lindo, muito desempoeirado e nada daquele real magano do José Augusto; vai que ele me apronta alguma...ora então...arrancava-lhe os tomates de uma assentada que eu não sou mulher de levar desaforo para casa...hum! Nem morta!


2 de Novembro de 1755
11 horas da manhã
Não sinto as pernas. Não sinto nada. Só pó, entulho, pedras, pedregulhos e as ratazanas que me vieram fazer companhia neste entremeio entre a vida e a morte, suponho.
Estou suja. Tenho sede, muita sede. Quase nada vejo, por tanta escuridão, por tanto pó à minha volta, por tanta demência que já sinto de cabeça fraca e uma fome de perdição. Ninguém me ouve, ninguém me ajuda. Estou só. Com as ratazanas (nojentas!) Que enxoto, que vergasto mas que empenho em pensamento que se uma delas me roer as orelhas, juro que a mato à dentada! Que sorte a minha, por destino tão macabro, por destino tão malvado e sem senso de me ver esperar, de me ver fugir aquele que mais amo. E meu pai...que será dele agora? E meus primos, e minhas tias onde estarão que não me procuram, que não vêm à minha beira, que me não auxiliam nesta dor imensa de tudo me ter caído em cima em escarrapacho de tecto, paredes e arrumos. Que cousa foi esta meu santíssimo Deus, para que minha casa, meu poiso e minha terra sofresse deste modo? Que castigo de Deus foi este, meu santíssimo, que logo hoje que eu ia noivar e tudo se me abateu como porco na matança, como fim de caminho, como fim de tudo. Até já penso como as burras das galinhas, de me não fazer daqui sair sem gritar, mas gritar já não posso, pois se tudo se me verteu em cima e eu sem condição de nada, nem sequer de gemer, pois que a boca se me seca e nada já sai a não ser um ronco moído, um ronco afagado de dor e punição, desta mesma punição que Deus pôs em mim e eu sem saber porquê...
Estava tão feliz. Eu ia ser a mulher do José Augusto. Onde estás agora meu querido amor, que tanto preciso de ti...? Porque não vens? Estarás morto? Estarás a ajudar alguém...? Ou terás partido sem olhar para trás, sem me socorrer, sem saber onde estou, como estou e se vivo ou se morro...porque não vens para mim meu amor, que tanto te dei, que tanto te quis, que tanto de ti esperei...porquê?
Desfaleço. Já não tenho forças para mais nada. Nem gritar, nem sorver as poucas cousas que ainda vejo por entre as frestas da madeira bolorenta que outrora foi a porta da minha casa. Por ela via os passos apressados das lavadeiras, dos açougueiros, dos batoteiros que fazem disso vida, enfim...de todos que por esta praça passavam, por este beco, por esta nesga de nada mas que era o meu mundo mais do que perfeito, o meu mundo inteiro dentro e fora da minha porta...
Não permitas Deus, não permitas! Outro abalo não...e este outro tão igual, tão forte e tão penitente sobre nós pecadores...não o permitas mais Deus, faz frente a esse Adamastor que das Áfricas ou das Índias veio, só para nos atazanar em vestimenta de senhor, para nos ser um cruel castigador, um demónio de muitas lanças. Não permitais Senhor...que eu morra donzela, que eu morra sem o amor daquele por quem tanto esperei; sem ver ainda o meu doce e curvado pai, a minha mais recente prima que só tem dois meses de idade e...o meu José Augusto que tanto lhe quero, que tanto amor lhe tenho!



3 de Novembro de 1755
Estou viva. Sobrevivi. Ao primeiro abalo e...ao segundo. Estou certa que Deus tem planos para mim, quaisquer que sejam, são bons. Safei-me desta e só isso importa! Carago de cousa esta, valha-me Deus, que tanto penei debaixo daquelas estacas, ouvindo gritos, ouvindo súplicas de ajuda, ouvindo os ruídos da morte a vir, da morte ceifeira e, traiçoeira que nos abarca com sua foice maldita, levando consigo. E eu que esperava também vê-la...ou não fosse uns homens da refrega do baldio e de outros que vieram ajudar, uns moçoilos de forte arregaço e abraço que me levaram em si e eu nem me apercebi; pudera, estava toda ensopada em lixo e em esterco de animais mortos. As minhas pobres galinhas, meu Deus...o meu porco estrebuchando em chiar de morte provocada, a minha casa destruída - toda ela - em escombros sem eira nem beira que me valessem, sem nada de meu...nada que valesse a pena pegar. Pobre, mais pobre que Jó, mais pobre que a terra sem terra, que o mundo sem mundo. Mas estou viva! E, recomendo-me! Ou talvez não...
Tenho as pernas ligadas em trapos que não sei de onde vieram, pois estão mais sujos que o chão da minha capoeira, agora desaparecida. Mas respiro e ando, Santo Deus, que me não cortaste as pernas e só as tinha dormentes debaixo de todo aquele doentio entulho. E as ratazanas, malvadas, que tantas se safaram, enchendo o bucho, comendo os destroços das gentes e dos bens que para trás foram deixados. Uma calamidade, ouvi o Santo Padre dizer, por entre a sua igreja desventrada, sem telhado e sem nada que ficasse de pé, ainda que todos aí tivessem perecido de igual sorte em abatimento do tecto, ficando por baixo deste. Que má hora ou que má sorte ter sido logo o Dia-de-Todos-os-Santos e tanto povo ter acorrido às igrejas em missa corrente por voz de almas que subiram ao Céu há muito e se lhes dava assim um consolo dos entes queridos estarem consigo. Agora estão. Todos! E que tragédia é, meu Deus. E que desconsolo também..o estar rota, suja, doente de febres e feia, pois que nada me acode neste momento de me ver sair desta lixeira a céu aberto em que me encontro.
E depois o mar...aquele mar traiçoeiro, aquele mar malvado, aquele mar copioso que deve ter vindo a mando de um Lúcifer qualquer, por lá dos Infernos que não o Firmamento (ou será...?) que nos veio ainda amordaçar mais a dor, mais o flagelo, mais o quebranto de, nestas terras de meu Senhor Dom João V, tudo razeirar, tudo consigo levar. E o fogo, Santo Deus...? Que tudo afogueou, que a tudo arrebanhou sem arrepelos ou afugentos de medos ou de se ficar por ali...ficando sim, a minha pobre e triste terra de Portugal que tão rica e linda era...agora um despojo sujo e pardo em cemitério longo, em poiso de almas que não descansaram, que se não elevaram, que se não fizeram ver a luz, por tanta traição e tanta má condição de se verem matar sem saber que cousa foi, que cousa assim lhes assistiu. Saberei eu o porquê de tanta dor, de tanta maldade na terra de Deus, naquela que Deus-senhor nos viu nascer e viver e agora morrer assim, sem acordo nem compleição de nos fazermos à vida e às cores de novo? E que dirão as Cortes então...? Ainda haverá Reino de pé...? Pois que fugiram, pois que estão a viver agora nos jardins com medo de outros abalos, longe do povo, longe de tudo...só para viverem felizes e ricos ainda...sem as dores e maleitas pustulentas dos que ficaram, dos que não morrendo...vão falecendo aos poucos de inanição. Que palavra cara esta, não é? Pois ouvi-a eu de um certo senhor Cura, senhor da religião que também estava a saque na minha região, na minha ruela em perseguição de sua sacristia que tantos oiros havia, que tantos santos de pedra sentia, e todos foram também...no pó da perdição desta mortandade de rio Tejo revolto e mau que sobre nós se espaventou, dos fogos que sobre nós se emparedou e...sobre todos os lamentos que jamais pensei sentir e, ouvir, em toda a minha vida!

Meu Deus e Senhor, ouvi-me vós agora que sou moçoila casadoira, que sou donzela sem noivo, esposo ou pai que me assista: ajudai-me bom Senhor e vereis que te sou digna. Dai-me esperança, dai-me aquela luz que há muito vi e não tenho agora em mim, e fazei em mim, de novo, a vossa serva se me voltares a dar o meu amado que nas águas do Tejo se perdeu ou nos solos desta terra mártir se submeteu, pois que sem ele não sou nada e do nada não sei mais que fazer. Trazei-me o meu noivo e eu voltarei a ser tua fiel seguidora, nesta ou em todas as vidas que me tiveres em Ti.
Minha Lisboa amada ressuscitará como eu ressuscitei para a vida e, hoje (e sempre) esse será o desígnio da minha terra como se da minha alma se tratasse. Meu Deus...quem vejo eu lá vir...pois que não é meu amado José Augusto...? E eu tão tronxa, tão sem postura, tão torta e tão esconsa que nem me tenho nas pernas...mas é ele sim, o meu amado...bem que me ouviste meu bom Deus, pois que a partir de hoje eu serei a mais lisboeta de todas, naquela que nasceu outra vez, naquela que se fará vida sob teu Céu e teu solo martirizado e Tu me verás ser feliz, muito feliz, pois que eu, Maria de Jesus, te serei fiel devota até ao fim dos meus dias. Que belo que ele ainda está, coitado, ainda que venha a coxear e com um olho deitado abaixo mas está vivo, meu Senhor, e é o meu mais belo homem que este ou outro Reino já viram! E...é meu, só meu, meu Santo Senhor, que tantas graças te dou por ele estar vivo! Bendito sejas, Senhor meu! Bendito! Bendito!

O dia 1 de Novembro de 1755 foi o dia mais trágico de toda a nossa História de Portugal. Se não o mais trágico, pelo menos um dos mais nefastos que, por vias de um terramoto assaz destruidor (8,7 na escala de Richter) que, pelas 9 horas e 30 minutos, se fez ecoar com todas as trompetas catastróficas de uma calamidade assim. Um rugido medonho, seguido de um forte abalo, havendo a percepção na época que nada restaria em pé, pelo que este suscitou de um drama nunca até aí visto.
As Igrejas (várias), Palácios, Castelos, a sumptuosa Ópera do Tejo, a Casa da Relação, o Paço da Ribeira, a Torre do Tombo e todo um espólio valiosíssimo naquela que era considerada a mais bela e vasta Biblioteca Nacional (assim como a Livraria do Marquês do Louriçal e demais conventos que possuíam argumentada documentação em si), tudo pereceu nas águas mistas - doces e salgadas - de um Tejo irreconhecível por imponência de um Tsunami endemoninhado que precedeu ao abalo sísmico, para além do terrível incêndio que se desencadeou nas ruas e ruelas, vilas e vielas de uma Lisboa não preparada para tal.
Sendo muitas das casas feitas de madeira ou simples restolho de pedras conjuntas e sobrepostas, era fácil de prever a intensa destruição a que Lisboa foi então sujeita. Muitas pessoas morreram. Dos 275.000 habitantes de Lisboa, 100.000 pereceram. Lisboa revestiu-se assim numa enchente de cadáveres que empestavam o ambiente e se depunham em catadupa (ou pior, por entre os escombros que ninguém tinha forças para retirar), na contaminação e epidemia vigentes que depressa se propagou em maior pestilência. Não fosse o imediatismo exacerbado (e correcto) de um Marquês de Pombal (ou de seu nome, Sebastião José de Carvalho e Melo) - Secretário de Estado do Reino de Portugal -  que terá aferido eloquentemente: «Enterrem-se os mortos e ajudem-se os vivos!» E nada seria depositado com honra ou pergaminhos, numa medida autoritária mas eficaz, se tivermos em conta a podridão, os dejectos humanos, os maus cheiros dos defuntos e toda a sequencial epopeia lisboeta de cães vadios e famintos que andavam - por vezes - com restos ou pedaços de pessoas na boca. E tudo isso em estado adiantado de decomposição e putrefacção, o que não validava de modo algum a saúde pública na época.

Hoje, tenta-se aprender com os erros e, na parte da construção de edifícios residenciais, empresariais ou outros, tudo se tentou melhorar para esse efeito, caso venha a suceder igual terramoto em Lisboa ou noutra zona do país. Não é fácil, mas necessário; obrigatório mesmo que assim seja, na efectivação de trabalhos ou execução de leis que instem a que se tomem as devidas medidas para que se possa minorar os efeitos de uma ocorrência sísmica. Lisboa é uma cidade muito bela, foi-o, é, e vai a continuar a ser, acredito; desde que, estejamos todos conscientes desta mesma verdade que, não sendo nenhuma Punição de Deus, a existir, teremos de a saber acolher não em tragédia ou castigo maior sobre nós, mas, inversamente, na absolvição de todos os nossos pecados, anteriores ou futuros que nos levem a suportar tal desvelo fátuo mas inevitável da Natureza-Mãe. E nós, todos, como bons filhos que somos (ou queremos ser...), só temos de o respeitar.
Amo-te muito, minha Lisboa amada, que para sempre assim sejas, que para sempre te mantenhas bela e preciosa, pois o rio precisa de nós e esta terra que Deus abençoou um dia também...a Nossa Senhora de Fátima é disso testemunha, ela, ou alguém que por ela nos enviou uma mensagem do Além estelar em premissa de sermos sempre, mas sempre, um bom e nobre povo de uma nação muito valente! Além sismos, além o próprio Além...

Inside Burj Khalifa

A Magnânima Vista dos Deuses


Edificío Burj Khalifa - Dubai - Emirados Árabes Unidos

Haverá maior perfeição do que a que se já atingiu a nível da alta engenharia/arquitectura, tentando tocar a ponta do Céu? Estaremos no caminho certo - na perspectiva técnica e de maior pujança construtiva (de gigantescas estruturas em impressionante visibilidade futura) -  no que o Homem almeja sempre alcançar, ultrapassar e mesmo «roubar» aos céus um pouco dessa magnitude? Haverá «mão» estelar em ensinamentos e, conhecimentos, para além de toda uma sabedoria que o Homem foi conquistando aos longo dos séculos? Seremos mais felizes, mais dinâmicos, mais prepotentes ou apenas mais conhecedores e, empreendedores, no que hoje se já determina como «cidades do futuro» em que todos vivemos sem olhar sequer para o que ficou para trás? Desejaremos com isto, tocar a ponta desse largo e vasto véu do Céu em Magnânima Vista dos Deuses, observando o mesmo que «eles», projectando o mesmo, sentindo o mesmo...querendo, objectiva e concretamente ser (efectivamente) como «eles»??? Não seremos já todos deuses - em causa e casa próprias - por tantas maravilhosas obras efectivarmos por todo o planeta? Não será o Céu...o limite???

A Vida nas Alturas
(Como se constroem Arranha-Céus...)
Dominando o horizonte de Chicago, a Sears Towers, de 443 metros de altura, era, até quase ao final do século XX, o edifício mais alto do Mundo. Hoje, já se pode considerar um sénior (em face aos espectaculares edifícios que pelo globo se foram instalando nas obras magníficas de grande altura e estrutura), sendo que, como pioneiro em altivez nos seus belos 110 andares, será sempre uma referência, no que foi em tempos o detentor «olímpico» deste título: do mais alto edifício do mundo!
Calcula-se na actualidade que, neste exacto século XXI que atravessamos, haja efectivamente para cima de 300 milhões de pessoas que possam eventualmente (também) viver em 21 (ou mais) megacidades, em que a procura de espaço terá como resposta a Construção cada vez mais em altura!
Várias Empresas de Construção Japonesas elaboraram planos para edifícios futuristas com mais de dois quilómetros de altura...no que hoje é de facto já uma realidade, construindo-se verdadeiros gigantes dos céus - em Arranha-Céus com 800 metros - utilizando tecnologias conhecidas.


Edifício Sears Tower - Chicago             (EUA)

Edifício Sears Tower
Há muitos anos que as estruturas de aço constituem a espinha dorsal dos edifícios mais altos do Mundo. Nas últimas décadas, o betão «pré-esforçado» de alta resistência tem vindo a ser cada vez mais utilizado no esqueleto dos Arranha-Céus, contudo, o edifício de betão mais alto até ao final do século anterior (que era a torre de 65 andares e 288 metros situada no nº 311 de South Wacker, em Chicago) não se lhe igualaria - ao edifício Sears Tower - o seu vizinho de estrutura de aço.
Este edifício é um emaranhado de de tubos de aço: na base contém 9 tubos numa rede de 3 vezes 3, ocupando uma área total de 69 vezes 69 metros.
Os Tubos acabam a alturas diferentes, dois deles terminam no 15º andar, dosi no 66º, outros três no 90º e apenas dois atingem a altura total do edifício: 443 metros! Esta disposição tem a vantagem de possibilitar muitas plantas de andares, assim como uma boa resistência às forças laterais do vento.
A massa muito reduzida no topo do Arranha-Céus torna-o também menos susceptível a danos provocados por tremores de terra.

Base Segura
Os Alicerces de grande parte dos Arranha-Céus são construídos de modo semelhante. Primeiro escava-se o local - a terra até a uma certa profundidade abaixo do nível do edifício a construir. De seguida é retirada por pás ou por explosão e, as Paredes da Escavação, são sustentadas por placas suportadas por pilares de aço chamados «soldiers».
Algumas Escavações Profundas podem atingir solo ou rocha capaz de suportar directamente o peso do edifício, mas é mais frequente terem de se enterrar numerosos pilares por meio de Pilões, de modo a que se atinjam camadas  de solo mais duras. Por vezes o solo é tão solto que tem de ser agregado por meio de Tratamento Químico: as duas famigeradas Torres-Gémeas do World Trade Center de Nova Iorque assentavam precisamente em solo consolidado desta maneira. O que, à luz destes novos acontecimentos não se pode minimizar, uma vez que o colapso das mesmas não teve origem ou sub-consequência desta construção mas, como é público e geral, pelo sequencial desmoronamento das torres de ambos os edifícios de causas exteriores.
Os Pilares são normalmente presos a uma «soleira» geral de betão subterrânea, na qual se ancoram as colunas verticais dos Arranha-Céus.
A Soleira geral e os Pilares funcionam não só como sustentáculos do peso do edifício - e do seu conteúdo - mas também reagem contra as forças laterais exercidas sobre o edifício - provocadas pelo vento e pela actividade sísmica. Não é portanto surpreendente que, as Fundações de um Arranha-Céus, tenham efectivamente de ser colossais - o nº 311 de South Wacker, por exemplo, assenta numa Soleira Geral de Betão de 2,4 metros de espessura, presa assim a 100 Pilares com diâmetros que vão de 91 centímetros a 2,74 metros e, comprimentos de 34 metros!

Grandes Encargos
Quando a Construção de Edifícios Altos dava os seus primeiros passos, a maioria dos edifícios tinha uma estrutura simples de Colunas e Vigas. O esqueleto do edifício era assim uma floresta de Colunas de Aço, ligadas entre si por Vigas. Isto, limitava em muito a altura do edifício - a cerca de 20 andares - acima da qual as Vigas e as Colunas teriam de ter uma espessura economicamente inviável para resistirem a qualquer movimento oscilatório do edifício.
As Alturas entre 30 e 40 andares tornaram-se então possíveis com o advento do Sistema de Paredes Nucleares, em que o edifício tem um Núcleo Central Rígido, muitas vezes feito de Paredes de Betão Reforçado - dispostas em blocos de caixa. Estruturalmente o Núcleo resiste às forças de deformação que actuam sobre o edifício, suportando todo ou parte do seu peso, mas é também um local apropriado para os Elevadores e Condutas de serviço. Os Pisos estão muitas vezes presos ao próprio Núcleo, projectando-se a partir dele - o que proporciona então ao Arquitecto a total liberdade de concepção das zonas circundantes.
A seguir - na ordem cronológica de Modelos - encontram-se os edifícios de Armação Tubular, que funcionam como base no princípio oposto ao dos edifícios de Paredes Nucleares porque, todas as componentes principais se situam na periferia, originando algo  que se assemelha a um enorme Tubo Rígido. Este suporta o peso do edifício, proporcionando desta forma a resistência à Carga Lateral.
Muitos Arranha-Céus Modernos são deste modelo. Caracterizam-se pela sua parte exterior densa - numerosas Colunas Periféricas ligadas por grandes Vigas - no que, internamente dão ao Arquitecto, uma certa rédea solta  no que se refere à disposição das grandes áreas dos andares.
O Crescimento dos Edifícios em Altura, obrigou os Engenheiros Civis a adoptarem novas técnicas para evitar ou minimizar os danos provocados por sismos.
Existem então dois tipos principais de edifícios «à prova de sismos»: No primeiro, um pesado bloco de betão colocado no topo do edifício - regulado por amortecedores controlados por computador - sendo deslocado através do telhado para equilibrar as forças do tremor de terra. No segundo, as fundações do edifício incorporam gigantescos «amortecedores» de borracha, que permitem assim ao edifício mover-se com os abalos sísmicos, minimizando desta forma os danos estruturais.


Vista Panorâmica da Cidade do Dubai - (EAU) - Médio Oriente

Cidades do Futuro - Edifício Burj Khalifa
O Futuro é hoje! A prova disso mesmo está aqui bem representada nesta impressionante cidade dos Emirados Árabes Unidos, em toda a sua vibrante espectacularidade como moura encantada por quem todos nós nos apaixonamos. Sendo versátil e magnânima na sua ostentação como pérola do Médio-Oriente, por vias de uma farta economia (subjacente aos poderosos poços de petróleo), esta jóia imperial de um exuberante califado, surge-nos como (igualmente) uma portentosa vista dos deuses!
O Edifício Burj Khalifa de 828 metros de altura, numa árdua dimensão de trabalhos e movimentos que levaria cinco anos a concretizar - desde o seu início a 21 de Setembro de 2004 até à sua inauguração a 4 de Janeiro de 2010 - numa apoteótica missão e festejo, ambos concluídos em ênfase e muita promoção mundial, no que se reverteu em alegoria na queima de 10.000 fogos de artifício e feixes de luz projectados sobre e, em torno da torre, além de som, luz e efeitos aquáticos deslumbrantes. E tudo isto, numa cerimónia inaugural de festa dos deuses para o mundo ver!
Quando se tem a beatitude máxima de ter por si esses mesmos deuses (ou o que se julga eminente de todo um poder económico aliado a uma beleza incomparável...) o resultado só pode ter sido mesmo este: espectacular aos olhos do mundo! Utilizando para o efeito, 868 potentes estroboscópios de luzes, que estão integrados na fachada e no pináculo da torre, o espectáculo foi por si só impressionante, sob a objectiva das diferentes sequências de iluminação que, coreografadas e juntas com mais de 50 combinações diferentes de outros efeitos, compuseram o êxtase do momento!

O Magnânimo Projecto
O Edifício Burj Khalifa no Dubai, é o exemplo mais do que perfeito de toda a exuberância contemporânea e, actual, de uma obra ímpar. Até ao momento é considerado um dos mais altos do mundo (no que o Sky City, na China tentará rivalizar e ocupar em lugar de destaque) mas que, no momento, é deste gigante que se fala.
O Burj Khalifa faz parte assim de um elaborado complexo comercial e, residencial de 2 km de área, chamado «Downtown Burj Dubai», localizado ao lado das duas principais avenidas da cidade.
O Orçamento de tão proeminente edifício rondou os 1,5 biliões de dólares em todo os seus cinco anos de construção, no que, se estabeleceu de um consumo de mão-de-obra humana na construção deste, assim como nos 330 mil metros cúbicos de Concreto e, 55.000 toneladas de Vergalhões de Aço, perfazendo um total de 22.000 milhões de dólares. Registe-se que, a estrutura primária é de betão reforçado, sendo que numa área de 334.000 metros quadrados de 160 andares habitáveis...é de facto obra! Uma obra inolvidável!
Nada foi deixado ou acaso ou sequer negligenciado, nem mesmo (até pela obrigatoriedade de uma máxima segurança nestes edifícios), os andares de manutenção pressurizado com ar condicionado estarem localizados aproximadamente a cada 35 andares - na protecção e segurança em caso de emergência, como por exemplo, uma ocorrência de incêndio. Toda esta componente é altamente compartimentada para o efeito.
As Empresas Empreiteiras da obra e projecto desenvolveram-se em inexcedíveis manobras na construção deste edifício em que, a consistência do Concreto foi de facto essencial! A Torre foi construída pela Samsung Engineering and Construction, a Besix e a Arabtec; sendo a Turner Construction Company a escolhida para comandar o projecto. Em relação à Samsung Engineering, da Coreia do Sul, esta tinha o aval primordial de já ter participado também nos projectos das Torres-Gémeas, «Petronas Towers», na Malásia, assim como no edifício Taipei 101, em Taiwan - dando-lhe desta forma a garantia efectiva de toda uma pujante credibilidade e honra de construção. Há que referir igualmente os brilhantes arquitectos, Skidmore, Owing and Merrill, o engenheiro William Frazier baber (SOM) e o empreendedor (desenvolvedor) EMAAR.

A Construção em si não foi fácil: houve que estabelecer certas regras. Uma delas, nas misturas especiais de Concreto que foram feitas para suportar as pressões extremas do enorme peso do edifício (como é normal na construção com o Concreto Armado); cada Lote de Concreto foi previamente testado para assim garantir a resistência (ou resiliência) a certas pressões. O CTL Group, trabalhando para a SOM, realizou então o teste de Fluência e retracção Crítico para a análise estrutural do edifício. Daí ser conclusivo de que, a Consistência do Concreto foi mesmo essencial! Pela efectiva razão de ter de resistir às milhares de toneladas de peso da própria estrutura do edifício, assim como as altas temperaturas que chegam aos quase 50º positivos!
Para combater este tão tórrido flagelo (no que se relaciona com tão altas temperaturas, em particular do Verão no Médio-Oriente), e no âmbito da construção em si, o cimento não foi derramado durante o dia, sendo então adicionado gelo à mistura que vertia durante a noite, na temporização de reconhecimento do ar ser mais frio e, a humidade superior! Por lógica e conclusão pertinentes, esta particular Mistura de Concreto - refrigerado uniformemente - foi essencial, no que se verificou de menos propenso a secar muito rapidamente, podendo eventualmente criar fissuras, brechas ou outro tipo de rupturas sobre o mesmo. Qualquer destas anomalias ou deficiências aí encontradas, seria (ou reverter-se-ia) logicamente num grande risco para com toda a construção; algo que se tinha de evitar a todo o custo, como é óbvio. Algo que, felizmente, não se reproduziu.

Nada mais a acrescentar a não ser, que novas obras, novos projectos e novos empreendimentos se façam em bonomia com uma concepção ideal de nunca isolar - ou fragilizar - o meio ambiental em que estes se imponham. Há que desenvolver bons e frutuosos projectos arquitectónicos, assim como de alta engenharia (igualmente) em práticas surpreendentes, no que todos nos enlevaremos também...sob uma perspectiva etérea e de farta longevidade (que não fútil e efémera) de nos vermos perpetuar em cidades de um futuro que se faz já hoje! Mais altos, mais supremos e mais distantes do solo...no que, o Céu sendo o limite, todos nós veremos um dia a grandiosidade da mão-de-obra humana e, tecnológica triunfar, pelas belas cidades de todo um globo terrestre infinitamente coeso e belo, muito belo! A Humanidade continuará, tal como os seus imponentes edifícios nessa tão magnânima Vista dos Deuses que também nós agora vislumbramos...(ou alguns de nós), sob a observação ou visualização dinástica de Homens-deuses que um dia também seremos...