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terça-feira, 27 de outubro de 2020

Oldest Library Of Ancient Civilization Discovered, But Nobody Knows Its ...

Visual Word Form Area

8.5 - The visual word form area: a cortical region whose selectivity dep...

Pré-Programados para Ler

 

A Aquisição da Linguagem. Talvez uma das maiores e mais extraordinárias faculdades que os seres humanos exultam no uso de um meio organizado de combinar as palavras para fins de comunicação. Como seres racionais que somos - inteligentes e cordatos com poderes decisórios e de interacção que nos fazem ser distintos das outras espécies - somos também o produto de algo ou alguém que um dia nos quis ver seus iguais. Ou nem tanto.

"Estamos constantemente a enviar e receber indicações e mensagens subtis uns aos outros desviando e sendo desviados, mesmo que o nosso cérebro racional não tenha deixado transparecer esse segredo."

                  (Ori Brafman e Rom Brafman, Irracional - O que Leva as Pessoas Inteligentes a Tomarem Decisões Erradas)

A linguagem define o que somos, por que somos e como somos. Mas nada nos identifica tanto quanto o que interiormente escondemos e possuímos em largo espectro de uma imensa e labiríntica caverna submersa em muitos segredos. 

Há quem afirme que são «Os segredos da alma» em estados dessa mesma condição que, introspectiva e emocionalmente, exibimos de forma diferenciada mas não negligenciada aquando nos sentimos tristes ou alegres, felizes ou infelizes. 

No entanto, é pela palavra que nos exprimimos, que nos damos a conhecer e a fazer entender numa ligação interactiva local ou global que tudo determina: do aperto de mão (anterior a esta pandemia que tudo nega, do simples abraço ao beijo) à vigilância-satélite que tudo domina sobre as nossas cabeças.

Como ainda estamos muito longe de recorrer às aptidões e apetências da Telepatia - sentindo não sermos ainda merecedores de tal alquimia cognitiva e neurológica - absorve-se então o que a Ciência nos diz sobre uma exemplar rede de linguagem do cérebro que, à semelhança de uma dádiva feérica de uma qualquer fada-madrinha, nos foi concedida à nascença.

Tal como um rebuscado software de extrema complexidade, assim nós somos. Daí que as perguntas sejam pertinentes e nunca ausentes de uma certa curiosidade: Seremos nós, seres humanos, a essência e confluência de algo maior que nos escapa ou ainda não percepcionamos na sua total magnitude de poder e factualidade, existência e verdade...???

Deixo aqui o repto, em resquício prólogo ou introdutório anteâmbulo do que não pode ser dito mas também não desmentido...

                                           Pré-definidos: «À sua imagem e semelhança...?»

Pré-programados para ler, além do que conceptualmente entendíamos como naturais métodos de Imitação (nos padrões de vocabulário infantis que reflectem os padrões das pessoas à sua volta e do seu meio-ambiente) e Condicionamento (na audição das elocuções que a criança faz, associando-as a determinados objectos e eventos do seu ambiente reproduzindo-as, e sendo compensada por isso), haja ainda muitas dúvidas - que não explicam de todo - a razão pela qual as crianças aplicam constantemente estruturas de linguagem e, palavras, a situações inéditas que nunca foram reforçadas...

Há que por isso reflectir muito bem se, em toda esta aferição linguística, não estará também todo um pré-elaborado esquema cósmico de processamento dessa racionalidade e inteligência - escrupulosamente muito bem executado, planeado e vinculado - a toda uma rede de linguagem cerebral (e não só!) que, semelhante ou identicamente definido como paralelo a outros seres do cosmos, existencializam uma igual performance de software cerebral.

Não se pode divagar, dirão alguns. Pois não. Mas penso que se poderá sempre questionar sobre as nossas origens e a nossa edificação antropogénica. Até porque, nem todas as respostas estão ainda sobre a mesa; ou seja, há muito ainda por explorar e por encontrar, mesmo que muitos não estejam de acordo que fomos pensados e aprimorados à sua imagem e semelhança, sejam «eles» deuses, seres superiores, ou simplesmente seres como nós, ainda que moldados e igualmente modificados, alterados ou manipulados segundo outros acordos, outras decisões, outras almas...

Oocorrendo da idade prénatal até à idade adulta em crescente e sequencial processo evolutivo de compreensão e desenvolvimento - mesmo que abordado sobre diferentes contextos culturais - a linguagem é assim a mais produtiva forma não só da partilha humana em se fazer perceber, como, de trocar essa informação na influência universal que esta exerce (a leitura através da junção e significado das palavras) num processamento cognitivo indiscutível.

Existindo até aqui várias teorias explicativas da «Aquisição da Linguagem» (em termos referenciais da Psicologia) - numa ainda não-resolvida questão sobre se é a nossa natureza ou a nossa educação que molda o que somos e o que fazemos - os cientistas que se debruçam sobre esta e muitas outras questões que inflectem sobre as áreas de linguagem do cérebro, dizem-nos agora de modo peremptório que já nascemos com uma parte do cérebro que é pré-programada para ser receptiva a ver e a distinguir palavras e letras; algo que sucede desde o nosso primeiro minuto de vida.

Investigadores da Universidade do Estado de Ohio (The Ohio State University/OSU), nos Estados Unidos, reiteram agora ter encontrado conexões com áreas de linguagem do cérebro, pelo que tendo analisado criteriosamente as varreduras cerebrais de vários recém-nascidos, foram surpreendidos com a descoberta de que esta parte do cérebro - chamada de «área do reconhecimento visual da forma da palavra» ou VWFA - está conectada à Rede de Linguagem do Cérebro.

O Cérebro: os avanços, as descobertas. A comunicação sendo importante estimula os cientistas a buscarem mais, sempre mais. Até mesmo na Interface «cérebro-computador» que consiste na comunicação directa entre o cérebro humano e um dispositivo externo. Ficção científica...? Não. Apenas o que as BCIs (Brain Computer Interface) hoje legitimam e repercutem em assistência e desenvolvimento na reparação de danos sobre funções motoras e cognitivas.

Nada fica ao acaso. E por muito que alguns sugestionem de que o estar-se a fabricar uma espécie de «homem-máquina» será o fim da Humanidade, ainda que os benefícios sejam muitos no entendimento e aprimoramento humanos sobre lesões cerebrais e motoras, há que ter em conta o ainda desconhecido que nos diz podermos ser tão ou mais superiores do que aqueles a quem essa qualidade ou premissa aventamos. E adoramos especular. Seremos nós assim tão diferentes...???

Se todos somos filhos do Universo então a discussão está aberta, se nos não enganarmos ou demitirmos do que actualmente já nos define e, identifica, como seres híbridos em constante evolução, transformação e mutação de há muitos milhares de anos...

Pré-programação

Poderá ser questionável quem o fez; deliberadamente ou não. O que sabemos hoje é que existem muitas áreas no cérebro que estão destinadas a várias e determinadas funções, sendo a «Àrea da forma visual das palavras» ou VWFA (uma pequena região envolvida no reconhecimento de símbolos linguísticos localizada na superfície cerebral, atrás da orelha esquerda) uma delas.

Segundo os Neurocientistas, a VWFA no hemisfério direito é a região facial fusiforme, que nos permite de forma nítida reconhecer faces/rostos. Em crianças muito pequenas e pessoas analfabetas, verificou-se (em experiências nas quais se observou o cérebro humano de algumas pessoas por meio de exames de ressonância magnética funcional ou fMRI) que em ambas as regiões havia a resposta aos rostos. 

À medida que aprendemos a ler, a área VWFA é incorporada para o reconhecimento das palavras. Segundo estes especialistas, à medida que nos tornamos mais proficientes na leitura, vamos construíndo também um certo dicionário visual na área VWFA, enquanto acumulamos um catálogo de rostos familiares no lado oposto do cérebro.

Daí que investigadores da Universidade Pública do Estado de Ohio (The Ohio State University), nos EUA, tenham recentemente descoberto que, esta parte do cérebro denominada VWFA, está de facto conectada à Rede de Linguagem do Cérebro.

Zeynep M. Saygin, autora-sénior do estudo e professora assistente de Psicologia da Universidade do Estado de Ohio, afirma: "Isto tornou-se num terreno muito fértil para que se possa desenvolver uma sensibilidade às palavras visuais - mesmo antes de qualquer exposição à linguagem."

A VWFA é assim especializada em leitura mas apenas para indivíduos ditos alfabetizados. Contudo, houve alguns investigadores que levantaram a hipótese de que, a VWFA pré-leitura, começa de facto a ser igual a outras partes do córtex visual que são sensíveis a ver rostos, imagens ou outros objectos, tornando-se somente selectivo para palavras e letras conforme as crianças aprendem a ler ou, pelo menos, à medida que aprendem a língua.

"Descobrimos que não é verdade. Mesmo no nascimento, a VWFA está mais conectada funcionalmente à Rede de Linguagem do Cérebro do que a outras áreas. É uma descoberta incrivelmente emocionante!"   (Exclama efusiva a professora Zeynep Saygin)

Saygin, que é membro do corpo docente do Programa de Lesões Cerebrais Crónicas do Estado de Ohio, nos EUA, conduziu o estudo com as alunas de graduação Jin Li e Heather Hansen e o professor assistente David Osher, todos licenciados em Psicologia no Estado de Ohio. Os resultados deste estudo foram publicados na revista científica «Scientific Reports» no dia 22 de Outubro de 2020.

(Este estudo tem por título «Os padrões de conectividade inatos conduzem ao desenvolvimento da área da forma visual da palavra» em Relatórios Científicos, 2020. Os seus autores são: Jin Li; David E. Osher; Heather A. Hansen e Zeynep M. Saygin.)

Os Investigadores da Ohio State University (OSU) analisaram então as imagens de fMRI do cérebro de 40 recém-nascidos - todos com menos de uma semana de idade -  que faziam parte do Projecto de Desenvolvimento do Conectoma Humano (Developing Human Connectome Project). De seguida, fizeram a comparação destas imagens com exames semelhantes de 40 adultos que participaram do projecto separado «Human Connectome Project». 

De acordo com os especialistas, especificamente nas palavras da professora Saygin «A VWFA está próxima de outra parte do córtex visual que processa rostos, sendo razoável poder acreditar-se não existir nenhuma diferença nessas partes do cérebro em recém-nascidos».

Como objectos visuais, os rostos têm algumas das propriedades das palavras, como a necessidade de «Alta Resolução Espacial» para que os seres humanos os vejam correctamente, segundo a explicação científica.

Todavia, os investigadores também descobriram que, mesmo em recém-nascidos, a VWFA era diferente da parte do córtex visual que reconhece rostos, principalmente devido à sua funcional conexão com a parte do processamento de linguagem do cérebro. 

"A VWFA (Visual Word Form Area) é especializada em ver ou detectar palavras antes mesmo de  sermos expostos a elas."    (Determina com precisão a professora Saygin)

Já a aluna de graduação e principal autora deste estudo - Jin Li - relata: "O nosso estudo realmente enfatizou o papel de já haver conexões cerebrais no nascimento para assim ajudar a desenvolver a especialização funcional, mesmo para uma categoria dependente de experiência como a leitura o é."

Assim sendo, há a registar que este estudo também encontrou algumas diferenças na VWFA em recém-nascidos e adultos. "As nossas descobertas sugerem que é bem provável que haja mais ou um maior refinamento na VWFA conforme os bebés vão amadurecendo."    (Anota Saygin)

Saygin esclarece ainda: "A experiência com a linguagem falada e escrita provavelmente irá fortalecer as conexões com os específicos aspectos do circuito linguístico e, diferenciará ainda mais, a função desta região das suas vizinhas à medida que uma pessoa se alfabetiza."

O Laboratório da Professora Saygin no Estado de Ohio, nos EUA, está actualmente a mapear/digitalizar por scanner os cérebros de crianças entre os 3 e 4 anos de idade para, desta forma, se poder aprender e compreender mais sobre o que a área da VWFA faz ou processa antes que as crianças aprendam a ler, assim como, quais as propriedades visuais a que a região responde.

O Objectivo Final será o de aprender como é que o cérebro humano se torna efectivamente «um cérebro de leitura». Segundo os investigadores da OSU «Aprender mais sobre a variabilidade individual pode ajudar os pesquisadores a compreender as diferenças no comportamento de leitura, podendo mesmo ser útil no estudo da Dislexia e outros transtornos do desenvolvimento».

"Saber o que esta zona ou região está a fazer nesta idade, ir-nos-à dizer um pouco mais sobre como o cérebro humano pode desenvolver a habilidade de ler e o que pode dar errado. É importante rastrear como essa região do cérebro se torna cada vez mais especializada."   (Frisa a professora Saygin)

Há a registar que esta pesquisa/investigação foi apoiada, em parte, pela Alfred P. Sloan Foundation. Há também a anotar de que, as análises, foram concluídas usando para isso o magistral supercomputador de Ohio (Ohio Supercomputer Center). 

Pré-programados para ler, escrever, memorizar e mesmo reeditar em arquivo absolutamente generoso e, maravilhoso, tudo o que o nosso cérebro põe e dispõe, da nascença à sepultura, é algo que por vezes nos transcende. E eterniza.

Provavelmente, seremos todos uns exímios e fiéis supercomputadores sem o sabermos. E sabendo, em indómita mestria de uma genealogia perdida de mestres e sábios de outras eras ou outras vidas, as aquiescências menores de outras almas maiores que nos idealizaram, geraram e conceberam em termos e fisiologias tão iguais ou tão diferentes a si.

Não sabemos. Por enquanto. Mas vamos aprendendo, lendo e relendo o que outros para nós têm guardado e, às vezes anunciado, de podermos ser os tais «pequenos seres» de um cosmos tão grande e tão infinito quanto os nossos humanos sonhos de sermos todos felizes. E vivermos eternamente.

Se fomos pré-programados para tal não o sabemos, desejando ardentemente que «eles» o não tenham esquecido (ou acintosamente preterido...) sobre estas pobres almas programadas e reprogramadas vezes sem conta... esperando talvez, uma outra programação que nos dite ainda virmos a ser a tal assumpção que não maldição de nos matarmos a todos. Pré-programados para nisso acreditar...? Seria bom que sim! De uma vez por todas!!!

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Cyborg ray: Light-guided robotic stingray powered by heart cells

Reviving cells after a heart attack

EVs: As Miraculosas Mensageiras

EVs (vesículas extracelulares): as nanométricas mensageiras que cientistas da SEAS - Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas de Harvard John A. Paulson - desvendaram como os potenciais mecanismos - ou as mais promissoras ferramentas - para a próxima geração de terapias.

Descoberto assim um novo mundo na área biomédica, todos os sonhos são possíveis, da cura ao total restabelecimento e quiçá recuperação de células julgadas mortas.

                                                         As Miraculosas Mensageiras                       

Penso que as poderemos chamar assim. São dignas disso, estas fabulosas vesículas extracelulares que hoje se clamam e proclamam no mundo como a quase via estelar macroscópica intrusiva num outro mundo do microcosmos biocelular. 

Tudo isto é reclamado desta efusiva forma devido ao quase miraculoso poder de cura das EVs que estabeleceram não só a sua extrema capacidade de fazerem reviver as células após um Ataque Cardíaco, como exibiram a potencialidade de as manterem em funcionamento mesmo sem a presença de oxigénio durante esse conturbado evento clinicamente designado por Enfarto Cardíaco.

Roçando quase a omnipotente «mão de Deus» ou chegando muito perto do deífico ou estelar repertório científico só consignado aos deuses (ou aos seres inteligentes do Universo), a comunidade científica da Terra assume agora, de uma vez por todas em toda a sua magna contemplação de investigação e análise, de que se está perto, muito perto, dessa dita magnificência universal.

Em unanimidade se poderá acrescentar segundo estes cientistas, de se estar ainda mais perto de se poder dar um grande passo em frente em relação às doenças autoimunes e neurodegenerativas, assim como também em face às doenças oncológicas (cancro/Câncer) e na lesão de tecidos.

O estudo publicado na revista científica «Science Translational Medicine», 2020, com o título «As vesículas extracelulares endoteliais contêm proteínas protectoras e resgate a lesão de isquemia-reperfusão num coração em chip humano» diz-nos de todos esses avanços, pelo que os investigadores deste estudo e sequencial artigo reportam de finalmente se poder demonstrar todos esses potenciais mecanismos por trás do poder de cura das «Vesículas Extracelulares ou EVs».

Os Investigadores da SEAS (Harvard John A. Paulson School of Engineering and Applied Sciences) demonstraram assim essa funcionalidade no tecido humano - da estrondosa capacidade de fazer ressuscitar as células após um ataque cardíaco ou de as manter a funcionar mesmo que privadas de oxigénio - utilizando para isso um chip denominado «Heart-on-a-Chip» com sensores embutidos que continuamente monitorizam as contrações do tecido.

Adoptando desta forma uma nova abordagem - «uma abordagem mais agressiva para se atingir uma rede de alvos de drogas», segundo as palavras dos cientistas - ir-se-à de futuro estabelecer através destas poderosas ferramentas uma mais eficiente terapêutica (usando exossomos sintéticos) de exequível e confiável fabricação que a todos beneficiará em prol de uma melhor e mais fluida saúde humana.

Atingindo-se esses objectivos, atingir-se-à certamente esse poder magnífico da cura ao serviço da Humanidade, o que por si só é um galardão inestimável que por mão da Ciência nos é dado a todos nós!

Há que referir que os autores deste estudo publicado na Science Translational Medicine são: Moran Yadid; Johan U. Lind; Herdeline Ann M. Ardoña; Seen P. Sheehy; Lauren E. Dickinson; Feyisayo Eweje; Maartje MC Bastings; Benjamim Pope; Blakely B. O`Connor; Juerg R. Straubhaar; Bogdan Budnik; André G. Kléber e Kevin Kit Parker. 

Infarto/Enfarte Cardíaco: A necrose de uma parte do músculo cardíaco causada pela ausência da irrigação sanguínea ao coração, assim se define este evento que, não sendo de imediato socorrido ou investido de uma pronta intervenção, poderá trazer graves consequências para o paciente.

                                                          Enfarte do Miocárdio               

Só o nome assusta. E não é para menos. É de facto um quadro clínico muito agudo e pleno de cuidados se não se tomar medidas no sentido da emergência imediata nestes casos. A sintomatologia não deve ser descurada ao sentir-se uma dor fixa no peito - que pode variar de fraca a muito forte -  ou mesmo de quando se é acometido de uma sensação de compressão no peito que geralmente tem a duração de cerca de 30 minutos.

Sintomas a considerar: Ardor no peito (muitas vezes confundido com azia) que pode ocorrer ou não associado à ingestão de alimentos; dor no peito que se irradia pela mandíbula e/ou pelos ombros ou braços (mais frequentemente sentido no lado esquerdo do corpo); ocorrência de suor; falta de ar; náuseas; vómitos; tonturas e desfalecimento são também sintomas a não desconsiderar. Além de, ansiedade, agitação e sensação de morte iminente. 

Há que estar atento a estes sintomas ou a estes sinais por mais subtis que sejam, tendo em conta que por vezes nem sempre estes se manifestam, havendo a estimativa percentual de que 1/3 da população mundial que sofre de diabetes ou insuficiência cardíaca não sente de facto a dor típica do enfarto.

No fundo, o que se relativiza ou mais concretamente se enfatiza sobre o Enfarto do Miocárdio, é o resultado de uma complexa ou intrínseca série de eventos acumulados ao longo dos anos (ou de toda uma vida de maus hábitos alimentares e costumes avessos à saúde cardíaca), que geralmente está ligada aos ateromas, às placas de gorduras e muitas outras substâncias que se formam nas paredes das artérias.

Essas Placas podem crescer de forma tão exponencial que acabam por entupir estas mesmas artérias, ou haver rompimento/ruptura e a libertação de fragmentos que irão de forma absolutamente indescritível obstruir os vasos que levam ao coração, causando então o enfarto.

A Melhor Forma de Evitar o Enfarto/Infarto do Miocárdio é reduzir a exposição aos vários factores de risco. São eles: O Tabagismo (o tabaco), uma vez que o fumo inalado é uma fonte nociva não só para os pulmões mas também para o bom funcionamento do coração; A Obesidade (extremamente debilitante para a função cardíaca); Os Diabetes; A Hipertensão; os altos níveis de Colesterol; O Stress; A Vida Sedentária e/ou o histórico individual ou familiar de doenças cardíacas (factor genético).

Fazer Reviver as Células: magia ou simplesmente a criação e recriação de um poder biotecnológico maior que tudo pode e executa em termos biológicos...?! Os cientistas afirmam-nos que sim, que é possível e passível de ser fabricado massivamente este agora novo e fabuloso recurso: as EVs. Ou mais exactamente o agora célebre chip «Heart-on-a-chip» que tudo veio revolucionar em favor da recuperação e bem-estar humanos. Aplausos para eles, os cientistas desta nova vaga.

Os Mensageiros Nanométricos

Experienciar a reformulação celular é talvez algo só permitido aos deuses, pelo que hoje, por recentes estudos e maravilhosas descobertas, se enuncia estar-se perante o divino de se fazer voltar à vida algo que pensáramos irreversivelmente morto. Será que se abriu a caixa de Pandora?... Talvez. Mas recuar não nos é permitido, sendo que alguns mistérios ainda persistem no fundo dessa caixa...

Estes Mensageiros Nanométricos que aqui se apelida como «as miraculosas mensageiras», não são nada menos do que as EVs (vesículas extracelulares) que viajam entre as células para entregar pistas e carga para a próxima geração de terapias, de acordo com os investigadores da SEAS - Escola de Engenharia e Ciências de Harvard John A. Paulson.

Há que referir que, as EVs derivadas de células-tronco ajudam efectivamente as células do coração a se recuperarem após um ataque cardíaco; todavia, os cientistas admitem também não saber exactamente como estas o fazem e se o efeito benéfico é ou não específico para as EVs derivadas de células-tronco, o que permanece de facto e ainda um grande e estranho mistério...

A agora revelada ostensiva funcionalidade no tecido humano foi pelos investigadores da SEAS demonstrada, usando para isso o aqui referido chip «Heart-on-a-chip» que consiste em sensores embutidos que vão continuamente monitorizando as contrações do tecido.

A valorosa equipe da SEAS também conseguiu demonstrar que esses viajantes intercelulares podem ser derivados de Células Endoteliais, que revestem a superfície dos vasos sanguíneos e são mais abundantes e fáceis de manter do que as células-tronco.

Kevin Kit Parker- professor de Bioengenharia e Física Aplicada da família Tarr na SEAS e co-autor sénior do estudo publicado na Science Translational Medicine, explicou de forma sucinta:

"A nossa tecnologia «Organ-on-chip» progrediu até ao ponto em que agora podemos lutar contra os alvos das drogas em vez de lutar contra o design do chip. Com este estudo, nós imitamos uma doença humana - num chip com células humanas -  e desenvolvemos uma nova abordagem terapêutica para tratá-la."

Ataques Cardíacos ou Enfartos do Miocárdio ocorrem quando o fluxo sanguíneo para o coração é bloqueado. Obviamente, a melhor maneira de tratar um ataque cardíaco é restaurar o Fluxo Sanguíneo, mas esse processo pode efectivamente causar mais danos às células do coração.

A chamada lesão de «Isquemia-Reperfusão» (IRI) ou lesão de reoxigenação, ocorre quando o suprimento de sangue retorna ao tecido após um período de falta de oxigénio.

Moran Yadid - pós-doutorado na SEAS e no Instituto Wyss de Engenharia Inspirada na Biologia e primeiro autor do estudo confirma: "A resposta celular ao IRI envolve vários mecanismos, como a sobrecarga de cálcio e protão, stress oxidativo, disfunção mitocondrial e muito mais. Este complexo conjunto de processos representa um desafio para o desenvolvimento de terapias eficazes que podem assim resolver cada um desses problemas."

De acordo com os especialistas «É aí que entram as EVs derivadas do Endotélio (EEVs)». Como essas vesículas são derivadas do tecido vascular - que é ajustado exclusivamente para detectar o stress hipóxico - os investigadores levantaram a hipótese de que a carga que carregam poderia fornecer a protecção directa ao músculo cardíaco.

Os Investigadores da SEAS mapearam então todo o conjunto de proteínas EEV que são, ou podem ser, expressas pelas vesículas. Moran Yadid esclarece:

"Surpreendentemente, embora essas vesículas tenham apenas 150 nanómetros de diâmetro, elas contêm quase 2.000 proteínas diferentes. Muitas dessas proteínas estão relacionadas a processos metabólicos tais como a respiração, a função mitocondrial, a sinalização e a homeostase. Por outras palavras, muitos processos relacionados à resposta cardíaca ao stress. Então, em vez de uma molécula que é terapêutica, pensamos que os Exossomos contêm  um cocktail de moléculas e proteínas que podem, juntas, ajudar as células a manter a Homeostase, lidar com o stress, modificar a acção metabólica, e também a  reduzir a quantidade de lesões."

EEVs no tecido cardíaco humano: o teste que se revelaria frutuoso sobre o não menos miraculoso «Heart-on-a-chip» desenvolvido pelo Disease Biophysics Group na SEAS - Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas de Harvard John A. Paulson.

                                                               «Heart-on-a-chip»

Os Investigadores da SEAS testando o efeito das EEVs no tecido cardíaco humano - utilizando nesse processo o precioso «Heart-on-a-chip» - tentaram mimetizar a estrutura e função do tecido nativo, conseguindo-o na perfeição. As platafornas «Órgão-sobre-chip» imitando-as, permitiu assim aos investigadores observar, em tempo real, os efeitos das lesões e dos tratamentos no tecido humano.

Neste criterioso processo, os investigadores simularam um Enfarte do Miocárdio mas também a Reoxigenação em Chips que foram infundidos com EEVs  mas também aqueles que não o foram.

Os Investigadores da SEAS descobriram então que, em tecidos tratados com as EEVs, os cardiomiócitos poder-se-iam adaptar melhor às condições de stress e sustentar uma carga de trabalho maior. Os estudiosos prosseguiram assim a sua experiência (ou simulação) induzindo a lesão por cerca de três horas de restrições de oxigénio, seguidas por 90 minutos de reoxigenação e, em seguida, mediram a fração de células mortas e a força contráctil (contração muscular) do tecido.

O Tecido Cardíaco tratado com as EEVs teve efectivamente metade das células mortas, tendo também uma força contráctil quatro vezes maior do que o tecido não-tratado após a lesão.

Esta prestigiada equipe da SEAS também descobriu que, os Cardiomiócitos lesados que foram tratados com EEVs, exibiram um conjunto de proteínas que era mais semelhante aos não-feridos em comparação com as células não-tratadas. Surpreendentemente, esta persistente equipe também observou que, as Células tratadas com EEVs, continuaram a contrair-se mesmo sem a presença de oxigénio.

"As nossas descobertas indicam que as EEVs podem proteger o tecido cardíaco da lesão de reoxigenação, em parte, suplementando as células lesadas com proteínas e moléculas de sinalização que suportam  diferentes processos metabólicos, abrindo assim caminho para novas abordagens terapêuticas."   (Afirmação de André G. Kléber, professor visitante de Patologia da Harvard Medical School e co-autor do estudo)

O professor Kit Parker conclui por sua vez: "As terapias com células Exossómicas podem ser benéficas quando o modelo tradicional de uma molécula, um alvo, simplesmente não cura a doença. Com as vesículas que administramos, acreditamos sinceramente que estamos a adoptar uma abordagem mais agressiva para atingir uma rede de alvos de drogas. Com este nosso órgão na plataforma de chip, estaremos então preparados para usar Exossomos Sintéticos de uma forma terapêutica que pode ser mais eficiente e passível de mais fabricação confiável."

A Pesquisa teve como co-autora Johan U. Lind, ex-bolsista de pós-doutorado na SEAS e actual professora-assistente na Universidade de Copenhague (University of Copenhagen), na Dinamarca; Herdeline Ann M. Ardoña, ex-bolsista de pós-doutorado na SEAS e actual professora-assistente da University of California Irvine; Seen P. Sheehy; Lauren E. Dickinson; Feyisayo Eweje; Maartje MC Bastings; Benjamim Pope; Blakely B. O`Connor; Juerg R. Straubhaar e Bogdan Budnik.

Este estudo foi apoiado pelo Harvard Materials Research Science and Engineering Center e pela National Science Foundation sob a concessão DMR-1420570, e pelo National Center for Advancing Translational Sciences do NIH (...). 

Uma nova abordagem. Uma nova terapêutica e, se possível, uma promissória cura para muitos dos males que nos afligem. O ser humano não é imortal, embora pense que possa agir de igual forma em acessível (e fazível) barreira que se transpõe e edifica sob novos avanços na área médica e biomédica.

Um passo de cada vez. E cada um deles, perfaz o caminho perfeito para a solidificação de resultados e efeitos sobre doenças até aqui incuráveis. Não é fácil, mas é suposto acreditar-se no mensageiro; e neste caso, nas viáveis e mui impressionáveis mensageiras que, miraculosas e em tempo real, nos ditam e supostamente ditarão as melhoras de um futuro que há-de vir; nos seres humanos e não só. 

Quanto aos cientistas do nosso mundo, acredito que fazem milagres, emanando outros tantos mensageiros de iguais e miraculosas menções e pretensões de nos fazerem mais saudáveis e felizes. Por vezes é bom acreditar-se em milagres. Eu acredito!                                                                                                                                                

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Soyuz MS-17 hatch opening

Soyuz MS-17 docking

Soyuz MS-17 launch

Virtual Open House 2020 | McGill University

What is Memory Consolidation and Reconsolidation?

Potenciação a longo prazo e formação de memória, animação

elF2a: Um mui especial jogador!

 

A Consolidação da Memória e os seus dois distintos processos nas redes cerebrais. Impactantes e por demais motivantes, as insígnias pelas quais agora os cientistas se movem, desenvolvendo no combate terapêutico novos alvos de medicamentos em relação às doenças como Alzheimer e Autismo que envolvem, por vezes, complexos e martirizantes processos alterados de memória.

Ainda que a pandemia por COVID-19 nos continue a ensandecer (e muitas vezes desfalecer) sobre algumas das muitas esperanças havidas sobre vacinas imediatas ou curas milagrosas que surjam no mercado e nos façam retomar a vida de antigamente, há que planear e continuar a fomentar outras experiências, outros estudos e investigações biomédicas, sobre outras especificidades e concessões que igualmente nos preocupam a nível biológico, celular e molecular.

E por muito que estejamos solidários com as dores de Donald Trump (que parece ter sido bafejado com um sopro de Deus) ou mais recentemente o meu mais bravo guerreiro futebolístico português de seu nome Cristiano Ronaldo a quem o SARS-CoV-2 também alienou em circunstância ainda por explicar, a vida assume outras proporções que nos diligencia termos a obrigação - e quase a total depuração - de referenciarmos outros quadros clínicos. 

Quadros esses, que convém de igual forma analisar e buscar maiores soluções e tratamentos sobre padecimentos humanos, por vezes muito críticos e de grande sofrimento, que atingem grande parte da população mitigando a sua qualidade de vida e bem-estar.

Daí que os cientistas estejam atentos e nunca desistentes sobre essa outra realidade do mundo mnemónico humano em que por vezes nos vimos confinados - e algumas vezes adulterados - em memória que se esboreia e não franqueia como nos juvenis tempos em que tudo era liberdade de pensamento e soltura de sentimento.

Um estudo publicado na revista científica «Nature» no dia 7 de Outubro de 2020 com o título «elF2a controla a Consolidação da Memória por meio de neurónios excitatórios e de Somatostatina» é disso revelador. Outros chamam-lhe «Novo jogador-chave na memória de longo prazo» (Science Daily), pela qual é descrita a Memória de Longo Prazo ser controlada pela síntese de proteínas em células inibidoras.

Em resumo do que foi editado por investigadores da McGill University e outros investigadores e professores associados de outras instituições/universidades, declarou-se publicamente ter havido a descoberta que, durante a Consolidação da Memória, existem pelo menos dois processos distintos que ocorrem por sua vez em duas redes cerebrais também elas diferentes - As Redes Excitatórias e Inibitórias.

De acordo com os especialistas, os Neurónios Excitatórios encontram-se envolvidos na criação de um traço de memória, e os Neurónios Inibitórios bloqueiam o ruído de fundo, permitindo assim que o apendizado de longo prazo ocorra.

Esta equipe de pesquisa multi-institucional, liderada pelos reputados professores da McGill University Nahum Sonenberg e Arkady Khoutorsky, pelo professor da Universidade de Montreal Jean-Claude Lacaille, no Canadá (Université de Montréal) e pelo professor Kobi Rosenblum da Universidade de Haifa, em Israel (University of Haifa) - autores-sénior do artigo publicado na Nature - também descobriu que, cada sistema neuronal, pode ser efectiva e selectivamente manipulado para controlar a «Memória de Longo Prazo».

Esta Laboriosa Pesquisa, que por conseguinte responde a uma questão de longa data sobre quais os subtipos neuronais que estão envolvidos na «Consolidação da Memória», explanará também as potenciais implicações para com Novos Alvos de Medicamentos para doenças tais como as de Alzheimer ou mesmo o Autismo; em ambas, a idêntica envolvente de processos alterados de memória.

Para já, há que contemplar os autores do estudo. São eles: Vijendra Sharma; Rapita Sood; Abdessattar Khlaifia; Mohammad Javad Eslamizade; Tzu-Yu Hung; Danning Lou; Azam Asgarihafshejani; Maya Lalzar; Stephen J. Kiniry; Matthew P. Stokes; Noah Cohen; Alissa J. Nelson; Kathryn Abell; Anthony P. Possemato; Shunit Gal-Ben-Ari; Vinh T. Truong; Peng Wang; Adonis Yiannakas; Fatemeh Saffarzadeh; A. Claudio Cuello; Karim Nader; Randal J. Kaufman; Mauro Costa-Mattioli; Pavel V. Baranov; Albert Quintana; Elisenda Sanz; Arkady Khoutorsky; Jean-Claude Lacaille; Kobi Rosenblum e Nahum Sonenberg. 

A Evolução da Neurociência: Memória, Circuitos e Consciência. Estes são os três grandes motores de estudo e investigação por parte dos neurocientistas que, embora os dados já recolhidos sobre o nosso cérebro, admitem haver ainda muito por explorar sobre o mesmo.

"Os estudos sobre a memória fizeram progressos mas, ainda estamos muito longe de compreender o que sucede aquando nos voltamos a lembrar. Apesar dos grandes esforços, ainda compreendemos de forma vaga o que está a acontecer quando o visualizamos (...)."

O Neurobiólogo e historiador Matthew Cobb na sua ilustre obra «The Idea of the Brain» redige como tudo isso é ainda hoje insuficiente, apesar das muitas inovações e descobertas aferidas através das simulações de computador, visualizações por scanner e outras tantas práticas em referência reveladora do que o nosso cérebro é e, executa, mas igualmente e ainda nos esconde de si...

Em Busca dos Neurónios

Voltando ao nosso estudo inicial reportado na Nature, há que aludir a uma certa e determinada busca por parte dos investigadores da McGill University e demais participantes de que, havia a necessidade premente de encontrar esses tais neurónios envolvidos na «Consolidação da Memória».

Como as Memórias de Curto Prazo (que duram apenas algumas horas) se transformam em Memórias de Longo Prazo (que podem hipoteticamente durar anos...) os cientistas dizem ser sobejamente conhecido ou reconhecido há décadas, que esse processo denominado «Consolidação da Memória» requer a síntese de novas proteínas nas células cerebrais. Todavia, até agora, não se sabia quais os subtipos de neurónios que estavam ou não envolvidos neste processo.

Para Identificar quais as Redes Neuronais que de facto são essenciais na Consolidação da Memória, os investigadores nesta sua experiência utilizaram para isso pequenos roedores (camundongos) transgénicos para desta forma poderem manipular uma particular via molecular - de designação científica elF2a - nos específicos tipos de neurónios.

Esta particular via molecular já havia demonstrado desempenhar um papel fundamental no controle de formação de «Memórias de Longo Prazo» e, na regulação da síntese de proteínas nos neurónios. Além disso, sabe-se de que investigações anteriores também já haviam identificado essa elF2a como peça fundamental para com doenças do foro neurológico na perspectiva do neuro-desenvolvimento; ou seja, nas doenças neurodegenerativas.

"Descobrimos que a estimulação da síntese de proteínas via elF2a em neurónios excitatórios do Hipocampo foi suficiente para aumentar a formação da Memória e a modificação das Sinapses - os locais de comunicação entre os neurónios."   (Diz em revelação o Dr. Kobi Rosenblum)

"No entanto, curiosamente, também descobrimos que a estimulação da síntese de proteínas via elF2a numa classe específica de neurónios inibitórios - interneurónios de Somatostatina - também foi suficiente para aumentar a Memória de Longo Prazo, ajustando assim a plasticidade das conexões neuronais."   (Afiançou por sua vez o Dr. Jean-Claude Lacaille)

"É fascinante ser capaz de mostrar que estes novos jogadores - neurónios inibitórios - têm um papel importante na Consolidação da Memória. Supunha-se, até agora, que a via elF2a regulava apenas a memória por meio de neurónios excitatórios."   (Acrescenta também a não menos prestigiada investigadora associada no laboratório do Prof. Sonenberg e a primeira autora do artigo, a venerável Drª Vijendra Sharma)

Em apoteótica mas claríssima conclusão, o Dr. Nahum Sonenberg remata: "Estas novas descobertas  identificam a síntese de proteínas em Neurónios Inibitórios, e especificamente em células de Somatostatina, como um novo alvo para possíveis intervenções terapêuticas em doenças como a doença de Alzheimer e o Autismo. Esperamos que isto ajude na concepção de tratamentos preventivos e de pós-diagnóstico para todos aqueles que sofrem de distúrbios envolvendo déficits de memória."

Há que registar que esta pesquisa foi financiada pelo Centro de Pesquisa de Desenvolvimento  Internacional do Canadá (IDRC) em parceria com a Fundação Azrieli, os Institutos Canadianos/Canadenses de Pesquisa em Saúde (CIHR) e a Fundação Científica de Israel (ISF) para KR e NS, JCL - apoiado por uma concessão do projecto CIHR e a Cátedra de Pesquisa do Canadá em Neurofisiologia Celular e Molecular.

Descoberto que foi este extraordinário e mui especial jogador-mor de seu científico nome «elF2a», só nos apraz regozijar tão veemente proeza e feito espectaculares nos domínios da neurociência em especificidade na área da Neurofisiologia Celular e Molecular que tanto tem ainda para nos presentear.

Se temos ou não uma mais pormenorizada ideia do cérebro, é coisa que subjectivamente caberá a cada um de nós aferir ou mesmo individualizar em maior ou menor conhecimento. Segundo o autor do livro «The Idea of the Brain», o já célebre Matthew Cobb: "A nossa ignorância actual não deve ser vista como um sinal de derrota, mas como um desafio."

Concordamos. Em parte. Pelo muito, ou o outro tanto que há ainda por experienciar, vivenciar e supostamente comungar em quase homilia global de compreensão e discernimento sobre o que se passa verdadeiramente no nosso cérebro.

Cérebro este, que age espontaneamente e se exponencia como poderosa e extremosa máquina cerebral que tudo comanda, organiza e executa em perfeita rede mistral de uma também extraordinária energia de neurotransmissores, sinapses e afins que nos identificam e conduzem até ao destino físico final e quiçá espiritual. Enigmático sem dúvida, mas acima de tudo fascinante!

Havendo hoje este mui especial jogador (jogador-chave) elF2a como segmento imprescindível para o conhecimento da verdade no campo aberto de toda uma equipe que trabalha e produz para um objectivo final que é o da descoberta de Novos Tratamentos para certas doenças, então o resultado será sem dúvida de... Vitória! 

A Ciência começa todos os dias um novo dia. Com estes mui especiais jogadores e outros tantos que entretanto se venham a descobrir na glória de um campeonato mundial científico que a todos absorve e contemple - nas doenças que se minimizam e nos padecimentos que se redimem - chegaremos de facto à meta desejada, ao resultado esperado, de onde indefectivelmente sairemos todos vitoriosos. Bom jogo então. E que ganhe o melhor! E que o melhor seja pelo Bem da Humanidade!!!

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

New UFO Sightings Compilation! Video Clip 220

LIFE BEYOND II: The Museum of Alien Life (4K)

A Wave in the Stars, Record Milky Way Flaring | S0 News Oct.12.2020

From the Hillary Clinton email... Location of buried Nephilim???

Strange Superbolide in the sky ejects 'Escape Pod' over Rio Grande do Su...

The Skull Of A Prehistoric Monster Was Pulled Out Of The Water

ISS live feed UFO sighting

terça-feira, 6 de outubro de 2020

ARCHAEOLOGY NEWS - Neanderthal Cave Excavated // Shanidar / Human Evolut...

The ancient Neanderthal hand in severe COVID-19

OIST Covid-19 Community Response - PCR Testing

A Herança de Neandertal

 

Neandertais: um dos povos ancestrais mais intrigantes de toda a nossa história antropológica pelo que, infere-se agora, tenha igualmente a mais impressionante herança genética, de consequências tão trágicas quanto verossímeis, na apoteose virológica da actual pandemia por COVID-19.

                                                     A Pesada Herança dos Neandertais

Muito se tem falado das origens, dos comportamentos e procedimentos, mas também como não pode deixar de ser, do desaparecimento desta população que se radicou e estabeleceu no extremo do oeste da Europa há cerca de 40/50 mil anos aproximadamente. 

Estudos recentes (elaborados pela Universidade de Louisville, nos EUA, e por uma equipe internacional de investigadores que descobriu recentemente ferramentas de pedra usadas numa caverna da costa atlântica da região central da costa de Portugal), reiteram que os Humanos Modernos poderão ter mantido contacto com os Neandertais e trocado entre si não só tecnologia e ferramentas como também parceiros ou companheiros numa intensa e quiçá aprazível (?) miscigenação.

Provavelmente, este foi o cenário realizado então (há cerca de 41 mil/38 mil anos) nas terras altas do Portugal Atlântico - reveladas que foram determinadas evidências genéticas e arqueológicas nesse contexto temporal - enunciando nos dias de hoje aos investigadores de que, a Última Ocupação Neandertal, terá ocorrido há exactamente 45.000 a 42.000 mil anos. (Este estudo foi posteriormente divulgado no «Proceedings of the National Academy of Sciences, 2020, com o título «A dispersão aurignaciana dos Humanos Modernos na Eurásia ocidental»)

No entanto, em face ao interesse estimulado que todos partilhamos pelo que actualmente se vive em total urgência e imediatismo vivenciados pelo COVID-19 e por esta ainda pungente pandemia, urge aqui evocar um outro estudo - da responsabilidade da Universidade de Graduação do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa (OIST), no Japão -  que fomentou a teoria de que «As variantes genéticas que deixam o seu portador/paciente mais susceptível à COVID-19 grave (ou mais severa) são uma factual herança do povo de Neandertal».

De acordo com alguns cientistas «A questão de, se os últimos Neandertais sobreviventes na Europa foram substituídos ou assimilados por Humanos Modernos que chegaram e se instalaram, sobrepondo-se aos povos de Neandertal é uma questão antiga e não-resolvida na paleoantropologia»; sendo que, tendo havendo essa dita interacção entre uns e outros, houve a idêntica disseminação por toda a Europa há muitos milhares de anos.

Daí esta Herança Genética (pesada ou não) reportada hoje como fulcral no descobrimento da verdade - em seguimento e sequência - do brutal impacto que esta pandemia por COVID-19 tem instado, desde que apareceu pela primeira vez (no final de 2019) este novo vírus - o SARS-CoV-2.

Se em parte o devemos aos Neandertais, na maior severidade do COVID-19 nos pacientes, é algo que vamos tentar saber, pelo que os investigadores de Okinawa, no Japão, nos afirmam agora em total contemplação científica, ao resumir-nos de que «A genética individual» representa em absoluto um papel de grande relevância.

O estudo recentemente divulgado pela OIST (Okinawa Institute of Science and Technology Graduate University) e publicado na revista Nature, 2020, é disso exemplo. Tem por título «O principal factor de risco genético para COVID-19 grave é herdado de Neandertais». Os seus autores são: Hugo Zeberg e Svante Pääbo.


A Assinatura Genética dos Neandertais: ou, o que os investigadores nos dizem agora do que de si herdámos em toda a linha. A pesquisa da COVID-19 Host Genetics Initiative mostra-nos hoje de que, as variantes genéticas numa região do cromossoma 3 impõem um risco maior; ou seja, de que os seus portadores tenham a capacidade de desenvolver uma forma ainda mais grave da doença.

A Importância do Factor Genético

De acordo com o que vem reportado na Science Daily de 30 de Setembro de 2020 - e lhes foi cedido pela Universidade de Graduação do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa, no Japão - existem vários factores que influenciam a susceptibilidade de uma pessoa vir a ter uma reacção grave ou muito grave, como o factor da idade e da existência de outras condições médicas.

Nem todas assim o reportam. Umas têm sintomas leves e outras estão mesmo assintomáticas; ou seja, sem sintomas visíveis ou declarados desta doença. Nos casos mais graves, os doentes necessitam de ser hospitalizados para que se cumpram os procedimentos adequados a esse quadro mais severo.

Este novo estudo publicado na Nature revela-nos de que existe uma região genética - definida como região ou zona genética do cromossoma 3 que pressupõe uma maior incidência grave desta doença nos seus portadores - e que se revela de quase idêntica ou muito similar à de um Neandertal de há 50.000 anos do sul da Europa. Ou seja, de um meu muito possível conterrâneo português (muito anterior aos Lusones certamente) que aqui terá vivido e sobrevivido nas mais inóspitas condições e situações fazendo-se prevalecer.

O Homo Sapiens Neandertalensis (330.000 - 40.000 a.C.) estabelecidas que foram porventura as trocas culturais, os contactos inter-raciais e uma coabitação nem sempre perfeita com os ditos Homens Modernos ou Homo sapiens sapiens, poderão ter exibido uma hibridização fluente e, influente, revertendo para o Homem actual essa descendência, esse intercâmbio genético.

Assim sendo, e pelo que este estudo vem também agora elucidar através de uma análise posterior mostrada que, por meio desse cruzamento, as variantes genéticas chegaram aos ancestrais do Humanos Modernos há cerca de 60.000 anos.

"É impressionante que a Herança Genética dos Neandertais tenha consequências tão trágicas durante a actual pandemia."    (Afirmação do professor Svante Pääbo, que lidera a Unidade de Genómica Evolucionária Humana do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade de Graduação (OIST), de Okinawa, no Japão)

ADN dos Neandertais - a questão que sempre se coloca: Qual a prevalência, qual a sequência genética que os determina e na qual somos todos nós europeus, ou grande parte de nós no mundo, seus descendentes...??? A Ciência hoje explica-nos quais as origens mas acima de tudo quais as consequências, em particular, se os nossos genes forem determinantes para o grau de severidade em termos virológicos.

Escrito nos Genes

Numa explicação simples e abrangente, poder-se-à afirmar que «O Código Genético» é a chave da linguagem dos genes. As bases das moléculas de ADN e ARN (DNA e RNA) são como as letras de um alfabeto, construindo assim palavras que são usadas como instruções para a síntese das proteínas, que determinam a estrutura e a função de um organismo. A informação total do Código Genético de um organismo constitui então o seu genoma.

Numa outra explicação ainda mais simples, poder-se-à também acrescentar que os cromossomas são estruturas minúsculas que são encontradas no núcleo das células e carregam assim o material genético de um organismo. Eles apresentam-se aos pares com um cromossoma em cada par herdado pelo pai ou progenitor de cada um deles. 

 Como é do conhecimento geral, os seres humanos possuem 23 desses pares. Assim sendo, 46 cromossomas carregam todo o nosso ADN/DNA - milhões e milhões de pares de bases.  E embora a vasta maioria seja a mesma entre as pessoas, as mutações ocorrem e as variações persistem no nível do ADN.

A Pesquisa da COVID-19 Host Genetics Initiative tendo analisado mais de 3 mil pessoas - incluíndo pessoas que foram hospitalizadas com COVID-19 grave e pessoas que foram infectadas pelo vírus, mas não foram hospitalizadas, tentou dar algumas respostas.

Foi identificada então uma região no cromossoma 3 que, segundo os especialistas, influencia ou determina de certa forma se uma pessoa infectada com o vírus poderá ficar gravemente doente precisando urgentemente também de ser hospitalizada.

A Região Genética Identificada é muito longa, abrangendo então 49,4 mil pares de bases, sendo que as variantes que impõem um risco acrescido ou muito maior de COVID-19 grave estão fortemente ligadas - se uma pessoa tem uma das variantes,  então é muito provável que possua todas as treze delas. 

Variantes como estas foram anteriormente encontradas em Neandertais ou Denisovanos, pelo que então o professor Pääbo em colaboração com o professor Hugo Zeberg - primeiro autor do estudo e investigador do Instituto Max Planck na área da Antropologia Evolutiva e do Instituto Karolinska - decidiu aprofundar mais em pormenor, sabendo se esse era o caso ou não.

Em criteriosa análise e observação, ambos descobriram que um Neandertal do sul da Europa carregava consigo uma região genética quase idêntica, enquanto dois neandertais oriundos do sul da Sibéria e um denisovano não.

De seguida, estes dois investigadores questionaram se as variantes tinham ou não proveniência dos Neandertais ou assim foram herdadas por eles (pelos neandertais) e pelo ser humano moderno por meio de um ancestral comum.

Se as variantes tiverem vindo do cruzamento entre estes dois grupos de pessoas, isso provavelmente terá ocorrido há cerca de 50.000 anos, segundo a estimativa destes investigadores. Ao passo que, se as variantes tivessem vindo do último ancestral comum, elas teriam existido nos seres humanos modernos por cerca de 550.000 anos.

Todavia, «Mutações Genéticas Aleatórias» assim como a recombinação entre os cromossomas, também teriam ocorrido durante todo este tempo; e como as variantes entre os Neandertais do sul da Europa e as pessoas de hoje são muito semelhantes num longo trecho de ADN, os investigadores mostraram que provavelmente era muito mais consistente afirmar que eles tenham surgido de um cruzamento.

O Professor Pääbo e o professor Zeberg concluíram então, dando por finda a sua investigação, que os neandertais aparentados com os do sul da Europa contribuíram efectivamente com essa região ou característica genética de ADN para as pessoas de hoje, os actuais e modernos humanos, num relevo genético de há 60.000 anos - quando por fim os dois grupos se encontraram e cruzaram.

Variantes que elevam o risco: Assim se determina o que as Variantes de Neandertal representam em até três vezes a dimensão do risco, risco elevado portanto de se ver agravar esta doença já de si tão meticulosa quanto perigosa em níveis de contagiosidade e mesmo mortalidade.

Em jeito de absoluta convicção, o professor Zeberg explicou que aqueles que carregam ou transportam consigo estas variantes de Neandertal têm até 3 vezes o risco de necessitar de ventilação mecânica no hospital. Daí que afirme: "Obviamente, factores determinantes como a sua idade e outras doenças que você pode ter, também afectam o quão severamente você é afectado pelo vírus. Mas entre os factores genéticos, este é o mais forte!"

Os Investigadores não excluíram também o que consideraram ser uma outra grande descoberta: A existência de grandes diferenças em quão comuns essas variantes são em diferentes partes do mundo. No sul da Ásia, a Oriente, cerca de 50% da população carrega-as consigo; ou seja, estas variantes existem. No entanto, de acordo com os investigadores, no Leste Asiático elas quase não existem.

Por fim, há que registar que ainda não se sabe por que razão ou factor preponderante a região do gene-Neandertal está associada ao risco elevado de padecimento grave desta doença do COVID-19. "Isso é algo que nós e tantos outros estamos a tentar saber e a  investigar o mais rápido possível." (Rematou de forma taxativa o digníssimo professor Svante Pääbo)

Uma Pesada Herança, convenhamos. Ou não. Terá por isso de se estudar mais e aprofundar mais este quase estigma de Neandertal e as suas mui acintosas variantes que determinam se uns de nós estão ou não mais em risco do que outros. 

Por vezes, a descendência genética e a sua herança nem sempre são símbolos de fortificada saúde e bem-estar. Mas também não se pode nem deve reiterar que tudo é uma maldição ou inquinada bênção de tempos imemoriais que um dia se fez vida na Terra.

Talvez que não sejam pesadas heranças mas antes as estranhas variantes genéticas (e não só) que nos comandam a vida e todo o sistema biológico em conformidade com um bem e um mal que se digladiam entre si. Ou uma mistura, um cruzamento, esse mesmo cruzamento que nos fez ser um só. Uma «pesada herança?...» Nem tanto assim, pois que ainda aqui estamos em suma sobrevivência e pura descendência neandertalensis...