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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Claustro: A Sede da Consciência

Cérebro humano teria capacidade para 'armazenar' a internet ...
O Claustro Cerebral: a melhor agência computacional de recolha, armazenamento e organização de informação - e de consciência! - que o nosso cérebro detém em verdadeiro cofre do tesouro na circunstância de tudo captar, resumir e decidir, numa tomada de consciência que, Francis Crick, o pai da descoberta do ADN, apelidou como «A Sede da Consciência».

Todos sabemos que existem compartimentos secretos, não só nas nossas vidas como, específica e insidiosamente, em certas partes do nosso cérebro.

Por muito que hoje a Ciência nos diga que são cada vez menores esses cantos e recantos cerebrais, continua a perpetuar-se esse sarcófago lacrado ou, esse esconderijo perfeito de certas e determinadas funções e designações que ainda não desvendámos, no que este permanentemente nos consegue estimular, de certa forma, a que o compreendamos na sua magnitude de raciocínio, inteligência e... consciência.

Em definição científica - A Consciência ou Consciez - é uma qualidade da mente que tem em consideração abranger determinadas qualificações tais como «Subjectividade, Auto-consciência, Senciência e Sapiência», com a potencial capacidade perceptiva que estabelece a relação entre si e um ambiente.

Existindo um debate sempre presente e, por vezes aceso, nas áreas da Filosofia da Mente, mas também na Psicologia, na Neurologia e na Ciência Cognitiva, é de boa consciência também exultar-se de que, talvez estejamos ainda, a dar os primeiros passos em todas essas áreas na perspectiva não só científica mas filosófica sobre as tão misteriosas bases neurais da consciência.

A Consciência, poderá ser mais, muito mais do que actualmente a estipulamos e identificamos; no entanto, o caminho está livre para sabermos que só agora tomámos consciência do que ela própria nos induz ou a que destinos nos conduz...

E isso, poderá ser algo que também terá estimulado e induzido, supõe-se, os investigadores da Johns Hopkins Medicine - num estudo que foi publicado em termos digitais (on-line) em 23 de Maio de 2020 na revista científica «NeuroImage» - que divulgou a descoberta de como os psicadélicos afectam o Claustro - a tal misteriosa região do cérebro que se acredita ter a capacidade de controlar o ego e, como se referiu já, onde se estabelece a fonte ou residência da Consciência.

Podemos não saber ainda de todas as particularidades desta nossa incrível massa encefálica que nos dita e, coordena, as áreas corticais motoras, visuais e auditivas em ambos os hemisférios - no encalce e percurso das obrigatórias funções do Claustro do Cérebro - mas andamos lá perto, muito perto, de descobrirmos de «Toda a Verdade».

E isto, de acordo com o que actualmente se vai dissipando desta maravilhosa máquina cerebral em termos de investigação e desenvolvimento, assegurando-nos dos seus quase ilimitados recursos, se reconhecermos que o nosso cérebro é, por vezes, tão ou mais vasto do que o céu como alguns clamam deste nos ser.

Assim sendo, só nos resta esperar para que se desvenda toda essa mágica e poderosa massa que compõe o nosso cérebro humano para que, possamos um dia, aferir dessa outra realidade que a sustém. Em sede de consciência na sede que nos assiste de um maior conhecimento, estamos todos nós em busca de mais argumentos que nos redijam que somos de facto especiais...

Cientistas produzem a imagem mais detalhada do cérebro humano já feita
(Imagem B.L. EDLOW/ ET AL/BIORXIV. ORG, 2019): Imagem tridimensional e detalhada do cérebro («100 hour MRI scan captured the most detailed look yet at a whole human brain» em publicação na revista Science News, 2019). Aqui exposto então, o contemporâneo milagre da Imagiologia que nos revela todos os pormenores do cérebro humano.

Esta nova imagem foi obtida através de uma poderosa máquina de ressonância magnética, que tem como potencial função a resolução de detectar pequenos objectos ou que se determinem por menos de 0,1 milímetros de largura. Estas detalhadas imagens cerebrais revelam deste modo aos investigadores a identificação de deformidades ou anomalias cerebrais complexas (até aqui de difícil detecção).

Estas agora revolucionárias imagens têm o potencial de fazer avançar ou recrudescer a compreensão da Anatomia do Cérebro Humano - tanto na saúde como na doença - sendo que em casos mais específicos como os verificados nos estados comatosos ou em situações psiquiátricas como a depressão, estas sejam de facto muito úteis na confirmação do diagnóstico e no tratamento a seguir.

O Claustro do Cérebro
O Claustro que se encontra no cérebro é, de acordo com a definição científica, uma fina camada de substância localizada entre a «Cápsula Extrema e a Cápsula Externa» numa parte interna do Neocórtex, no Telencéfalo - fazendo parte dos Núcleos da Base.

Em Anatomia, determina-se então que esta fina camada possui de facto pouca variedade de células e formato de lente, sendo envolvido por duas cápsulas (extrema e externa).

O Claustro projecta-se assim como uma entidade receptora e fornecedora de informação, aparentando possuir uma função de comunicação intra e inter hemisférios cerebrais; ou seja, dá e recebe projecções de diversas áreas do Córtex Motor primário, do pré-motor, do pré-frontal, do auditivo e do visual.

Assim sendo, existem evidências de que - O Claustro - coordena as áreas corticais motoras, visuais e auditivas em ambos os hemisférios, provavelmente, com um importante papel funcional na atenção e organização de Informações e de Consciência.

No entanto, a comunidade científica rectifica de que, até agora, as respostas geradas são unimodais (no contexto de um único dado ou valor), sendo mais razoável dizer-se que talvez seja de facto improvável que o seu papel seja de Integração de Informações, como se supôs anteriormente derivado de certas experiências realizadas em ratos.

Nada estando fechado sobre este tema, há que encontrar respostas, mesmo que, algumas delas, não possam ainda ser totalmente clarificadas quanto o desejado. Daí que muitos investigadores tentem encontrar outras respostas sobre outras experiências e, exaustivos ensaios, que nos possam elucidar ou esclarecer quanto a tantas e tantas dúvidas ou secretos esconderijos que o cérebro nos oculta ainda.

O Claustro, sendo uma camada extremamente fina de neurónios nas profundezas do Córtex, não nos realça ainda o seu verdadeiro propósito que, segundo os especialistas, permanece escondido, fazendo os investigadores especularem sobre a sua verdadeira função.

Em latim, «Claustro» significa oculto ou fechado, o que para muitos é efectivamente um sinal ou mesmo um símbolo de algo que talvez deva (ou não) continuar encerrado. Não sabemos.

Todavia, existe a insistência de se ir mais longe nesse caminho, pelo que os investigadores da Johns Hopkins Medicine começaram por comparar as varreduras cerebrais depois de darem a tomar às pessoas inseridas na experiência a «Psilocibina», com as varreduras daquelas em que lhes foram administrados placebos.

(Psilocibina: é um anteógeno, vulgarmente conhecido como uma droga psicadélica - como produto químico alucinógeno que é - encontra-se geralmente nos chamados «cogumelos mágicos» ou cogumelos psilocibinos/alucinógenos, devido às suas propriedades psicadélicas. A Psilocibina é quimicamente muito semelhante ao famoso LSD, sendo esta substância definida cientificamente como «Orthophosphoryl-4-hidroxy-n-dimethyltryptamine»)

Cérebro humano e as quatro visões de mundo: “Nós juntos com eles ...
O Claustro do Cérebro: será mesmo a sede da Consciência como Francis Crick o nomeou e declarou a viva voz na época, segundo o seu critério e concepção do que ele definiu como sendo o grande responsável pela percepção e senso do indivíduo...?!

Não existe nada hoje que o contrarie, embora hajam outras definições e outras experiências que nos rectificam certos parâmetros anatómicos sobre o Claustro do Cérebro. Um deles será sem dúvida o grande esconderijo que este mantém ainda sobre tantas outras dúvidas nossas sobre si...

Claustro: a sede ou a fonte da Consciência...?
Francis Crick, o biólogo molecular, biofísico e neurocientista britânico conhecido por ter descoberto a estrutura da molécula de ADN/DNA em 1953 conjuntamente com James Watson, admitiu-o de forma peremptória. Ou inegável.

Daí que tenhamos de nos questionar mais uma vez: Quem somos nós para o desmentir?! De facto, o claustro do cérebro ainda que enigmático, traduz-se por ser, hipoteticamente, a alcova ou o berço da consciência humana pelo que, sendo uma qualidade psíquica, pertence à esfera da psique humana; sendo também o atributo do Espírito, da Mente ou do Pensamento Humano.

Mas agora há que falar do estudo ou, da mais recente descoberta divulgada na revista «NeuroImage» de 23 de Maio de 2020 (e que generosamente a ScienceDaily de 5 de Junho de 2020 nos reportou através dos investigadores da Johns Hopkins Medicine, com o título «Como a droga psicadélica Psilocibina funciona no cérebro»), que nos fala de como certos psicadélicos afectam o claustro cerebral.

Assim sendo, os já referidos investigadores da Johns Hopkins Medicine - localizada em Baltimore, nos EUA, e que integra nos seus quadros médicos e cientistas da Johns Hopkins University School of Medicine -  realizaram uma experiência em que compararam as Tomografias Cerebrais das pessoas que se prontificaram para a experiência e a quem lhes foi administrada a droga de nome «Psilocibina» com as restantes tomografias de quem tomou apenas Placebo.

Os Investigadores desta mui prestigiada e reconhecida internacionalmente Johns Hopkins Medicine tentaram assim descobrir o que acontece de facto no claustro cerebral, aquando as pessoas utilizam psicadélicos, sabendo-se de antemão que, esta região cerebral, contém um grande número de receptores direccionados por drogas psicadélicas como o LSD, ou esta substância química chamada de Psilocibina - como se disse anteriormente, o produto químico alucinógeno encontrado em certos cogumelos.

As Varreduras após o uso de Psilocibina mostraram neste estudo aos investigadores que o Claustro era menos activo - o que significa que a área do cérebro considerada responsável pela atenção e pela troca de tarefas é diminuída quando usada com a droga.

Os investigadores envolvidos neste estudo reportam-nos agora que isso está directamente relacionado com o que as pessoas relatam como «Efeitos Típicos de Drogas Psicadélicas», incluindo os sentimentos de se estar conectado a tudo e, a sentidos reduzidos, de Ego ou super Ego.

"As nossas descobertas aproximam-nos agora mais do entendimento dos mecanismos subjacentes do funcionamento da Psilocibina no cérebro. Esperamos que isso nos permita entender melhor por que razão é uma terapia eficaz para certos distúrbios psiquiátricos, o que nos pode ajudar a adaptar terapias para ajudar mais as pessoas."

(A explicação de Frederick Barrett, Ph. D., professor assistente de psiquiatria e ciências do comportamento na Faculdade de Medicina na Universidade Johns Hopkins, nos EUA, mas também como membro da escola do Centro de Pesquisas Psicadélicas e da Consciência)

Devido à sua localização profundamente enraizada no cérebro, o Claustro do Cérebro tem sido muito difícil de aceder e estudar, segundo nos afirmam os investigadores.

No ano passado, em 2019 portanto, já o distinto professor Barrett e os seus colegas da Universidade de Maryland, em Baltimore, nos Estados Unidos, tinham desenvolvido um método para detectar a actividade cerebral no claustro cerebral, utilizando para isso imagens de Ressonância Magnética Funcional (MRI), numa tecnologia avançada.

Para este novo estudo, os investigadores usaram então o método fMRI com cerca de 15 pessoas onde posteriormente se prontificaram a observar essa região cerebral do claustro - após os participantes tomarem a Psilocibina ou o Placebo. O que descobriram deixou-os surpreendidos: que a Psilocibina tinha reduzido a actividade neural no claustro em cerca de 15% a 30%.

Essa actividade reduzida também parecia estar associada a efeitos subjectivos mais fortes da droga, tais como as apresentadas em experiências emocionais e místicas (como sabemos que por vezes acontece sobre experiências xamânicas ou em indivíduos que praticam esses estados de êxtase espiritual e introspectivo).

Os Investigadores também descobriram que a Psilocibina  mudou a forma ou a maneira como o Claustro se comunicava com as regiões do cérebro envolvidas na Audição, na Atenção, na Tomada de Decisão e mesmo na Lembrança ou Recordação.

Com a Imagem Altamente Detalhada do «Claustrum» fornecida pela fMRI, os investigadores dizem-nos agora esperar que se possa examinar assim a misteriosa região cerebral de pessoas que apresentem quadros clínicos de certa severidade, ou seja, com certos e determinantes distúrbios psiquiátricos, como no caso da Depressão e do Transtorno por Uso (e abuso) de substâncias ilícitas.

O Objectivo destas Experiências, destes ensaios, será o de observar no futuro quais os papéis, se os houver, que o Claustro desempenha nessas condições.

Os investigadores também planeiam observar a Actividade do Claustro quando estão sob a influência de muitas outras drogas psicadélicas tais como a substância química Salvinorina A - um alucinogénio derivado de uma planta sul-americana, mais concretamente uma planta nativa ou autóctone da região do México.

(Estudo divulgado na «NeuroImage» de 2020: «A Psilocibina altera agudamente a conectividade funcional do claustro com redes cerebrais que suportam percepção, memória e atenção». Os seus autores são: Frederick S. Barrett; Samuel R. Krimmel; Roland Griffiths; David A. Seminowicz e Brian N. Mathur)

Em conclusão e, em boa consciência poderemos então afirmar de forma algo incipientemente mundana, de que, os psicadélicos, não são nem serão nunca uma mais-valia para uma saudável consciência; a não ser em termos meramente espirituais que nos transportarão talvez para outros mundos inter-dimensionais que, se acredita, estarem muito para além da nossa própria consciência.

Seja em Consciência Fenomenal ou em Consciência de Acesso, esta tão fantástica qualidade psíquica releva-nos sempre para aquele patamar só reservado ou consignado a alguns que, em maior ou menor consciência de si mesmos e do ambiente que os rodeia, intuem, deduzem e induzem sem julgamentos à priori enquistados de outros valores.

No entanto, existe sempre uma outra consciência de maior instrução e erudição que não apenas de se estar ciente de algo ou alguma coisa...

Neurocientista António Damásio vai ser homenageado
O brilhante neurocientista português António Damásio. O nosso maior orgulho nacional na área da Neurociência, desenvolvendo actualmente diversas e mui profícuas investigações (conjuntamente com a sua mulher, Hanna Damásio) no «Brain and Creativity Institute», na Universidade da Califórnia do Sul, nos Estados Unidos.

Mistérios da Consciência existem alguns, ainda hoje, pelo que este neurocientista determinou em tempos sobre essa tal dicotomia de «Consciência Central» e «Consciência Ampliada», subdivididas na mais incrível e didáctica tríade que se resume como uma espécie de anatomia: A Dimensão Fonte; A Dimensão Processual; e por último, A Dimensão Ampla.

Mas isto é apenas a rama do caule e não a complexa mas fluída seiva do que António Damásio nos expõe em sua magna percepção, concepção e inteligência do que admite e entende por Consciência...

Em Busca da Consciência
Sendo uma das estruturas mais complexas, intrínsecas ou mesmo inexplicáveis - A Consciência - na sensação dos sentidos e na emoção com o que vimos, ouvimos e atingimos em percepção de nós e do que nos rodeia, reflectindo-se em todos nós e nos outros, revemos e entendemos também muito do que actualmente faz os cientistas perseguirem e, no fundo entrar, num labirinto muito pouco conhecido - mas igualmente estimulante e entusiasmante de se encontrarem respostas (ou saídas) para o ainda desconhecido do nosso cérebro.

O reputado e mui brilhante neurocientista e médico neurologista português António Rosa Damásio (que trabalha no estudo do cérebro e das emoções humanas, sendo professor na Universidade da Califórnia do Sul, nos EUA) vem aplacar assim segundo a sua obra de há uma década «O Livro da Consciência»:

"Em matéria de conceitos, a minha visão da construção da consciência tem muitas semelhanças com aquilo que já escrevi anteriormente (nomeadamente, em «O Sentimento de Si»): Há um proto-Eu não-consciente que surge ao nível do tronco cerebral, um "Eu-nuclear" e um Eu auto-biográfico (em citação na obra «Os Patamares da Consciência»). A esse nível, as ideias são exactamente as mesmas que já expus há uma dezena de anos. Mas os mecanismos que proponho agora são diferentes."

E sugere ainda: "A Criação da Mente propriamente dita reside na capacidade que o cérebro tem de criar mapas neurais que vão dar origem a imagens. A ideia não é nova (...); é dessa capacidade de gerar mapas neurais que surgem os conteúdos principais da mente: as imagens visuais, auditivas, olfactivas e tácteis - e, o que é muito importante, as imagens que nos vêm do nosso próprio corpo. Estas imagens, estes sentimentos básicos que temos do nosso próprio corpo - e que eu chamo agora de sentimentos primordiais - vão depois ajudar a construir o Eu»."

Sobre uma interpelada e pertinente questão se nunca se saberá exactamente como é que o cérebro humano gera a consciência, o inestimável neurocientista português afirma de forma clara:

"É perfeitamente possível, mas é de facto provável que continuemos a progredir. (...) Tem havido uma constante negação desse princípio. Penso que as pessoas que apostam que não vamos conseguir se arriscam a perder a aposta. Dito isto, não quer dizer que eu tenha qualquer certeza de que todos os Mistérios do Universo serão revelados. É bem possível que seja difícil ultrapassar certos muros do mistério da consciência - mas, até agora, isso não aconteceu. Todos os anos fazemos o mistério recuar um bocadinho. É por isso que devemos continuar a tentar."

Sobre o que seria necessário fazer, edificar ou fazer-se ouvir perante uma mais estabelecida e comprovativa «Teoria da Consciência» que defendeu, o mui digníssimo cientista afirma:

"Temos de pensar no imediato. Temos de pensar em técnicas - no caso dos seres humanos, em técnicas de imagem funcional e algumas de imagens estruturais - que nos permitem confirmar passo a passo algumas das coisas que, no quadro teórico actual, ainda são hipotéticas. (...) Certas técnicas de imagem têm-se revelado extraordinariamente poderosas e surgem constantemente pequenas modificações  de software que nos vão permitir chegar a resultados mais fortes."

Em ressalva há que referir aqui que estas respostas foram extraídas de uma longa entrevista que o cientista António Damásio deu ao jornal Público em Outubro de 2010 (num artigo que tem por título «António Damásio: o neurocientista põe a mão na consciência»), numa analogia científica que o coloca desde já como visionário que foi e continua a ser nestes domínios.

Em jeito de conclusão que o texto já vai longo há que admitir: Poderemos com toda a certeza negar a evidência futurista de estarmos perante o limiar da mais nobre revelação ao mundo sobre um dos Maiores Mistérios da Natureza de como o nosso cérebro gera a consciência...?!

Poderemos evitar a concordância do que, dez anos depois, os cientistas advogam estarmos quase lá, numa urgência ou emergência humanas de se saber como se articula a nossa percepção do mundo em termos de um maior sentido (ou sentimento) e de nós próprios...?!

Projectar e realizar «Subjectividade» será tão difícil assim, a nós, seres humanos, ou em outros, não-humanos, num atributo que poderá não ser exclusivamente humano de outras vidas, outras almas, de iguais ou similares mentes conscientes???

São muitas questões, eu sei, afirmam o meu eu-nuclear e o meu eu auto-biográfico, pelo que terei de continuar a acreditar que não sendo única ou especial, serei provavelmente um eu-essencial para que tudo exista e continue a nascer e a evoluir; dentro e fora do claustro cerebral.

Acredito que só assim seremos uma outra consciência no meio de tantas outras que, a nível cósmico, se povoam ou pavoneiam por aí... mesmo que hajam vozes discordantes ou dissonantes sobre essa certa verdade inconsciente para alguns... continuando a acreditar também que haverão outras sedes, outras fontes que não só as da nossa humana consciência mas, a de muitas outras, que mesmo não detectáveis, andam mesmo por aí!

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