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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Emergência Global de Saúde

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Coronavírus (2019-nCoV): a última aberração viral que, inicialmente verificada na cidade chinesa de Wuhan, tem agora os seus mais poderosos tentáculos virados para Ocidente; ou seja, um pouco por todo o mundo numa escalada que poderá determinar o estar-se a viver (ainda que muitos o ignorem) uma radical e globalizante pandemia.

A OMS nega tal facto e nós tentamos acreditar. Afirma que ainda não é o momento para declarar ou considerar «Emergência Global de Saúde» a situação vivida com o surto epidémico presente que dá pelo nome de 2019-nCoV. Se tudo falhar, mais do que procurar responsáveis pela incúria ou pela negligência de se não instar a Emergência Global de Saúde, será a procura de soluções de inoculação e contenção deste terrível vírus se ainda houver tempo para tal...

"Não se enganem. Esta é uma emergência na China, mas ainda não se tornou uma Emergência Global de Saúde." (Comunicado da OMS no dia 23 de Janeiro de 2020)

Enquanto a OMS - Organização Mundial de Saúde - se debate internamente na dicotomia estranha pela qual está dividida de não criar o Alarme Mundial mas, simultaneamente, o de poder ser acusada de uma certa negligência sideral por não ter emitido desde logo um comunicado de Emergência de Saúde Pública Internacional, o povo sofre. Todo ele; regional ou mundial, pois estamos todos no mesmo barco planetário de incongruentes e maleficentes vírus e virulências.

As Últimas Notícias são devastadoras: 81 mortos, o mais recente número de óbitos devido ao novo coronavírus detectado e confirmado na China, de acordo com o que foi noticiado pela agência Reuters. (Dados de 27 de Janeiro de 2020)

(Em actualização no dia 28 de Janeiro de 2020: 106 mortos confirmados e cerca de 4.500 doentes infectados pelo novo coronavírus. Infelizmente mais se seguirão na contínua soma dos dias e da fraca esperança médica de se conter este novo vírus)

Na Província de Hubei, segundo dados emitidos pelo Governo Central Chinês, foram detectados 371 novos casos de pacientes infectados pelo novo coronavírus (denominado provisoriamente de 2019-nCoV) elevando assim o número de casos confirmados para mais de 2.700 em todo o território da China.

(Dados de 27 de Janeiro): Em todo o território chinês existem agora 2.744 casos confirmados - pelo que foram descobertos mais 769 novos casos desde o último balanço oficial até esta data. No dia seguinte foi publicitado que 1.300 novos casos tinham sido registados; ou seja, o vírus tornou-se imparável.

Regista-se que a maioria das pessoas infectadas se encontra no território continental da China. No entanto, existe a confirmação entretanto de muitos outros casos já registados em Macau, Hong Kong, Taiwan,Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Canadá, Austrália, Estados Unidos e Alemanha.

Aqui se reporta então a triste evidência de que, O Coronavírus, se não radicalizou apenas em território chinês mas se disseminou um pouco por todo o lado, o que obviamente transpõe em muito as fronteiras do concebível - e permitido - ante uma escalada epidemiológica sem precedentes que, inevitavelmente, ceifará muitas vidas.

Inevitáveis também são as vozes das teorias conspiratórias que já se fazem ouvir, como sempre nestes casos, no que apregoam estar-se perante uma espécie de «depuração planetária» pelo admitido e inegável excedente demográfico existente no globo terrestre; por outros que, em oposição, inflamam este episódio ser «apenas» mais um dos muitos surtos epidémicos vindos do Oriente devido ao contacto de outras espécies com o ser humano em base transmissível.

Seja como for, o temor mundial está já instalado. E muitos são os que se fazem prisioneiros até da sua própria mente não seguindo em bom rigor todas as recomendações dos serviços nacionais de saúde mas, fechando-se num ciclo algo tenebroso de patologia mental obsessiva-compulsiva de lavar as mãos até à exaustão ou simplesmente fugir de tudo o que é asiático. Todavia, e contrariamente ao que a ONU divulga, não, esta não é só uma «Emergência Chinesa»!...

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(Imagem microscópica do novo Coronavírus): até ao momento, 324 pacientes encontram-se em estado considerado Muito Grave! Mas também há boas notícias, segundo a Comissão Nacional de Saúde da China que afirma que 49 pessoas conseguiram superar a infecção com sucesso, recebendo de imediato alta hospitalar. Mas será motivo para ficarmos plenamente descansados?...

(Se assim fosse, não teria havido no dia 25 de Janeiro (2020) a pronta intervenção de Xi Jinping, o actual presidente da República Popular da China, ao afirmar tratar-se de «Uma coisa muito séria» a questão da epidemia por Coronavírus...)

                                                  Coronavírus: um mui estranho vírus...

Dados Científicos
Numa perspectiva mais alargada há que dizer que - Os Coronavírus - são um grupo de vírus de genoma de ARN/RNA simples de sentido positivo (serve directamente para a síntese proteica). São assim conhecidos desde a década de 60 do século XX.

Ao longo da vida humana muitos são os que acabam sendo portadores do coronavírus sem grande preocupação; no entanto, e apesar de serem uma causa comum de Infecções Respiratórias - brandas e moderadas de curta duração, segundo a considerativa médica - existem outros tipos tais como o SARS (causador da forma de pneumonia atípica) ou o tão falado agora 2019-nCoV, um «aparentado» do vírus da SARS-CoV (causador de febre, tosse, falta de ar e dificuldade em respirar).

Dos que provocam as Infecções Moderadas ou mais leves/mais comuns encontram-se os chamados Alpha coronavírus 229E e NL63. De seguida os SARS-CoV e MERS-CoV que causam infecções muito graves (pneumonia atípica grave); e por fim este 2019-nCoV (identificado em 2020 em maior pormenor).

Em relação a este último tipo de coronavírus (2019-nCoV), os cientistas admitem ter existido como animal-hospedeiro na origem do vírus, a cobra Taiwan (na hipótese mais viável de transmissão por via aérea ou digestiva aos humanos), transporta que foi a barreira das espécies.

Mas, há que reportar, ainda que provindo do morcego - o grande reservatório animal deste vírus - uma vez que estas cobras venenosas se alimentam de morcegos, os quais possuem este tipo de vírus transmissível aos répteis.

Período de Incubação: Em geral é de 2 a 14 dias. (Dia 26 de Janeiro de 2020, o Ministro da Saúde da China, o senhor Ma Xiaowei, avançou mais dados sobre o novo coronavírus ou 2019-nCoV poder propagar-se antes de haver sintomas na pessoa infectada, de acordo com os últimos dados registados. Ou seja, o tempo de incubação irá de 1 a 14 dias de tempo de incubação do vírus, sem sintomas na pessoa, mas já a contaminar terceiros).

Em síntese há a referir de que - Os Sintomas - podem envolver cloriza, tosse, dor de gargante e febre, o que muitas vezes se pode confundir com uma simples constipação ou uma vulgar gripe não sendo despiciente o estar-se alerta (tendo em conta o que sabemos hoje deste coronavírus). Muitos destes vírus causam Infecção das Vias Respiratórias, degenerando depois para Pneumonia.

Origem Evolutiva: Existem então 7 cepas/estirpes conhecidas de coronavírus humanos, sendo que todas elas evoluíram de coronavírus de outros animais. São elas:

HCoV-229E (cepa descoberta em 1960): O Coronavírus Humano divergiu do coronavírus da espécie animal Olpaca - antes ainda de 1960.

SARS-CoV (cepa descoberta em 2002): O C. Humano SARS divergiu do coronavírus da espécie ou população animal do Morcego em 1986. O coronavírus SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome) - síndrome respiratória aguda grave - surgiu na China no ano de 2002, tendo-se rapidamente disseminado este vírus por mais de 12 países na América do Norte, na América do Sul, na Europa e na Ásia.

Entre o ano de 2002 e 2003 mais de 8.000 pessoas foram infectadas e o número de óbitos fixou-se em cerca de 800, no que foi chamado então de «Epidemia Global»

(De registo: Apenas com o intuito de informação mais lata, num acréscimo de conhecimento factual que alarmou grande parte da população mundial em 2005, há a mencionar aquela que foi vulgamente conhecida como «Gripe Aviária» ou Gripe H5N1 também chamada de «Pneumonia atípica» ou SARS, com iguais consequências fatais em muitos dos casos.

O subtipo H5N1 foi detectado em 1997 mas teria o seu pico fulcral no Verão de 2005 onde morreram cerca de 6 mil aves aquáticas migradoras no lago Qinghai, no centro da China; entre muitas outras espécies afectadas e que igualmente pereceram em solo da Rússia, Cazaquistão, Croácia e Roménia.

 A nível humano este H5N1 infectou para cima de uma centena de pessoas tendo provocado 62 mortes, segundo um comunicado da OMS de então.

Já entre 2009 e 2010, verificou-se a Gripe A H1N1 que teve a sua expressão máxima no último trimestre de 2009 (mais concretamente no mês de Novembro), causando o número total de 18.500 mortos em todo o globo desde que foi descoberta em Abril de 2009.

Em Portugal foram registados cerca de um milhão de casos com gripe A, o que para um tão pequeno país de apenas 10 milhões de habitantes é de facto muito, havendo no total 124 mortos declarados, segundo dados da Direcção Geral da Saúde/DGS de Portugal). Mas continuemos na aferição das outras cepas encontradas para que aqui fique registado:

HCoV-OC43 (cepa/estirpe descoberta em 2004): O C. Humano OC43 divergiu do coronavírus bovino em 1890.

HCoV-NL63 (cepa descoberta em 2004): O C. Humano NL63 divergiu do coronavírus de Morcego - animal mamífero da ordem Chiroptera - há cerca de 822 anos, ou mesmo antes dessa data.

HC0V-NKU1 (cepa descoberta em 2005): O C. Humano divergiu do coronavírus do Morcego.

MERS-CoV (cepa descoberta em 2012): O C. Humano divergiu do Morcego e dos Camelos - estes últimos, designados da família «camiladae» e classe «mammalia», um género de ungulados artiodáctilos que são constituídos por duas espécies: os dromedários (de uma só corcova) e os camelos bactrianos (de duas corcovas) - os quais o vírus se instalou.

Este tipo de vírus (MERS-CoV) foi identificado no Médio Oriente (Arábia Saudita, Qatar, Emirados Árabes e Jordânia) num surto de 2012. E em 2015 foi detectado o coronavírus MERS (Middie East Respiratory Syndrome) que surgiria na Coreia do Sul através de um viajante que se havia deslocado até ao Médio Oriente, infectando assim para grande infelicidade dos mesmos, cerca de 200 pessoas e matando outras 36. Algo que não se esqueceu obviamente.

2019-nCoV (cepa decoberta em 2019) - Apesar de ainda estar cientificamente em estudo para identificar o animal-hospedeiro do qual divergiu a versão 2019-n, os cientistas alegam este poder ter divergido (hipoteticamente) da cobra Taiwan - uma espécie altamente venenosa que é consumida em larga escala pela população chinesa. Todavia, a verdadeira origem divergiu de facto do morcego, de acordo com um estudo da Universidade da China.

(Sabe-se que este vírus se aloca em geral nos morcegos que fazem parte da cadeia alimentar destes répteis onde estão inseridas estas espécies ofídeas que se encontram geralmente nas zonas Centro e Sul da China. Depois são levadas para os grandes mercados de peixe e mariscos ou frutos do mar como lhes chamam, sendo consumidas pela população chinesa, o que vem adensar ainda mais de que este vírus nas cobras tenha sido o exacto transmissor por via aérea ou digestiva para o ser humano).

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A China e o seu confronto com o novo coronavírus. Isolar cidades ou fronteiras é necessário, como são necessários os cuidados a ter e a precaver perante estes casos. Ninguém está a salvo, mas tudo se poderá conter ou optimisticamente resolver se forem tomadas medidas nesse sentido. Mas serão de facto suficientes ou estaremos todos em risco de nada ser fiável e credível, aplicável ou verosímil, ante a avassaladora dimensão dos acontecimentos?... Penso que ainda não sabemos...

Mas há que acreditar sim, e se possível ajudar; em alguns casos, sob grande vigília médica e imposto isolamento, e noutros, em menor preocupação mas ainda assim em alguma prevenção de cuidados a tomar, pois só assim se estancará este surto epidémico que pelos vistos não precisa de passaporte nem visto de entrada para se fazer vencer e proliferar...

O Paciente-zero
O chamado «paciente-zero» ou mais exactamente onde tudo começou e que no momento todos têm conhecimento ter-se registado na cidade chinesa de 11 milhões de habitantes que dá pelo nome de Wuhan, e que se sabe estar de quarentena, não havendo meios de transporte em circulação nem no geral quase nenhuma actividade urbana, que tudo despoletou numa vertiginosa correria contra este estranho e ainda mui misterioso vírus.

Mr. Zeng (senhor Zeng) foi, infelizmente, o paciente zero de toda esta tropelia viral fatal. Tinha 61 anos quando morreu a 9 de Janeiro deste ano. Tinha dado entrada pela primeira vez num hospital de Wuhan (em 26 de Janeiro) com queixas de tosse muito forte que já se prolongava havia uma semana. Procurou ajuda e aí ficou.

Segundo nos reporta o «The New York Times», a partir desse dia a saúde do senhor Zeng piorou vertiginosamente. A 27 de Dezembro foi então transferido para os Cuidados Intensivos, pelo que três dias depois foi ligado a um ventilador e logo a seguir foi levado para outro hospital porque precisava de uma máquina que lhe oxigenasse o sangue. Fatidicamente, tal solução não foi eficaz e o senhor Zeng acabou mesmo por falecer.

A Sintomatologia, já se sabe, evoca sintomas muito semelhantes aos das constipações ou gripes, que depois evoluem para febres acima dos 38ºC., criando também muitas dificuldades em respirar; posteriormente tudo acaba em penumonia. Nos casos mortais, as vítimas, entraram em septicémia.

Segundo os dados clínicos apresentados, existe uma incidência - neste particular caso do 2019-nCoV - se registar em pessoas com mais de 60 anos, principalmente os do sexo ou género masculino (homens portanto), e que sofrem de problemas crónicos. Daí que a OMS deixasse várias recomendações para prevenção da doença, não só sobre estes doentes de risco mas sobre todos nós.

«Lavar as mãos com sabão e água ou um sabonete à base de álcool; cobrir a boca e o nariz ao tossir e, espirrar com um lenço, ou com o cotovelo dobrado; não estar em contacto com ninguém com sintomas de constipação ou gripe; cozinhar bastante bem carne e ovos; e evitar o contacto não-protegido com animais de quinta ou selvagens.» (Comunicado da OMS/WHO, World Health Organization)

                       "Se o risco escalar, teremos de escalar as medidas." (Afirmação de Graça Freitas, Directora-Geral de Saúde, em Portugal)

Em Portugal: No dia 25 de Janeiro de 2020 veio a público a notícia divulgada por todos os meios de comunicação portugueses de que existia um caso em solo nacional. Os Portugueses tremeram.

No entanto, a Direcção-Geral de Saúde (DGS) veio colmatar maiores receios de possível contágio infecciológico deste vírus, informando de que o paciente em observação no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, se encontrava livre de perigo devido ao resultado das análises ter dado negativo.

Este paciente tinha vindo precisamente da cidade de Wuhan (na província de Hubei), o que levou a que as Autoridades de Saúde Portuguesas tivessem tomado as mais rigorosas medidas para se evitar o contágio, caso fosse necessário. Encaminhar para uma área de tratamento/internamento específico a nível hospitalar; Isolar, tratar e vigiar são as indicações seguintes mais correctas; neste e noutros casos. Há que evitar sempre a propagação!

No caso português de um cidadão vindo da China, revelou-se de que apesar do resultado ter sido negativo para este, nada poder estar à priori afastado. Ou minimizado. De acordo com as palavras da Directora Geral de Saúde (na maior Autoridade de Saúde Portuguesa) - a Drª Graça Freitas - «o facto de uma pessoa ter dado negativa não nos deixa mais ou menos descansados.»

Reforçou então que a Detecção Precoce é de facto a forma mais eficaz de controlar a propagação do vírus e que, para isso, as triagens são fundamentais - tal como as medidas que estão a ser tomadas em relação à entrada de animais vivos em Portugal, acentuou.

Quanto à China e à sua incessante luta no combate ao actual 2019-nCoV, foi reiterado estar-se já a desenvolver uma vacina que está prevista para meados de Abril, ainda que muitos admitam trabalhar-se arduamente no sentido de garantir que dentro de 40 dias seja já possível existir uma de total eficácia contra este novo coronavírus, de acordo com a informação veiculada pelo jornal oficial do Partido Comunista Chinês.

De acordo com o jornal «Diário do Povo», o cientista Xu Wenbo, do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças da China, afirmou de que este centro já se encontra a desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus «depois de isolar com sucesso a primeira estirpe do vírus». São boas notícias portanto. Oalá assim seja!

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O Novo Ano Lunar desta vez comemorado com um certo sabor amargo. Por mais solidariedade que haja pelo resto do mundo com tudo o que os habitantes e demais população chinesa está a viver neste momento com as agruras do novo coronavírus, não há que esquecer de que este Novo Ano Lunar ou Ano Novo Chinês (que concerne ao Rato-metal), poderá de facto simbolizar abundância, acumulação de riquezas e vasta prosperidade.

Ou mesmo novas oportunidades e novos projectos para todos os que nele acreditem. Há que ser optimista e confiar. Bem-Vindo Ano do Rato!

Um Novo Ano para a China
Um novo ano que trouxe um novo coronavírus. Nada mais nem menos do que isto. E que, não está circunscrito somente à China, já o sabemos. E por mais palavras de pacificação que hajam sobre a contenção do mesmo ou de toda a eficácia gerida pelos governos e entidades de saúde internacionais, além os esforços desmedidos do Sistema de Saúde Chinês (que exemplarmente tudo tem feito para conter e redimir este vírus ao seu espaço), nada está efectivamente fechado neste contexto.

(Em Registo: O Governo Chinês prolongou o feriado do Ano Novo Lunar e várias empresas fecharam ou pediram aos trabalhadores para o fazerem a partir de casa. Entretanto o presidente do Governo de Wuhan acabou por admitir ou reconhecer publicamente que a informação não foi divulgada de forma suficientemente rápida, num «mea culpa» inevitável:

 "Não divulgámos informações no devido tempo", disse então Zhou Xianwang em entrevista à televisão estatal CCTV, citada pelo «The Guardian», apresentando-se com uma máscara facial perante a audiência.)

Em afirmação à CNN, o conselheiro para a Agência de Saúde dos Estados Unidos,William Schaffner, reiterou de que tudo mudaria de figura com os novos dados apresentados pelo Ministro da Saúde da China que aferiu no passado fim-de-semana de que o Coronavírus se poderia propagar antes mesmo de haver sintomas na pessoa infectada.

Segundo Schaffner: "Este dado faz com que seja preciso reavaliar toda a estratégia para se conter a doença. Pessoas que nem sequer estão doentes podem estar a propagar o vírus sem o saberem"

(Recorde-se que foi no dia 26 de Janeiro, num domingo, que Ma Xiaowei alertou que os infectados podem transmitir a doença durante o período de incubação que demora entre um dia e duas semanas. Durante aquele período os infectados não revelam sintomas, o que vem assim anular o efeito das medidas de rastreio, como medição de temperatura nos aeroportos ou estações de comboio.)

A China entretanto tem enviado múltiplas mensagens que se replicam na recomendação de utilização de máscaras (tapando assim a boca e o nariz para evitar futuros contágios) e de desinfectantes para as mãos, pedindo-lhes também que permaneçam em casa o mais que puderem e que façam deslocações no exterior (na rua) apenas quando for estritamente necessário.

Em Pequim soube-se hoje, dia 27 de Janeiro de 2020, que um bebé de 9 meses também contraiu a doença, contribuindo assim para a já longa lista de infectados com o novo coronavírus. O que nos entristece a todos como é lógico. Trata-se do paciente mais novo até aqui detectado e, a ser identificado como tal até ao momento, segundo nos dizem as autoridades oficiais chinesas.

A Dispersão do Vírus pode aumentar consideravelmente nos próximos dias devido às comemorações chinesas do Novo Ano Lunar (que inaugura o calendário lunar) e que começou desde logo no sábado, dia 25 de Janeiro de 2020 mesmo com a assombração do novo coronavírus. Milhões de pessoas viajam assim por toda a China que, como se sabe, é imensa e sem fronteiras barradas; em especial neste Ano Novo Chinês que se deseja de melhor aventurança do que até aqui.

Muitas pessoas saem do país viajando para outros (muitas delas rumo ao Ocidente) devido às celebrações que desejam festejar com amigos ou familiares nesses países, fazendo alastrar deste modo e ainda mais, os muitos receios e outros temores desta doença avançar e progredir para outros pontos ou locais.

Dentro de portas a República Popular da China projectou internamente que «Todos os viajantes que sejam identificados com sintomas de pneumonia serão imediatamente transportados para um centro médico», em expressivo anúncio versus comunicado da CNS (China News Service) - a segunda maior agência de notícias estatal da China. Algo que na parte ocidental também soubemos através da agência de notícias francesa (France Press).

Uma enorme prisão. Ou hospital. Mas quem poderá retaliar ou contrariar tais medidas quando elas são rigorosa e extremamente necessárias no caso evidenciado...? Penso que ninguém.

E nem mesmo que um ou dois hospitais possam estar a ser construídos e edificados à velocidade-cruzeiro em cerca de uma ou duas semanas ou mais exactamente 20 dias (num louco manancial de viaturas, engenharias e força humana), o certo é que não se poderá acusar de ânimo leve ou dedo esticado de que a China não tenha tomado medidas de imediato para conter a quase hemorrágica disseminação deste tão letal vírus - apesar dele se esgueirar e mesmo assim fugir.

Tem de haver transparência mas também coerência, sobretudo da parte das instituições e organismos internacionais de saúde para que todos fiquemos atentos e se possível habilitados (pelo menos sobre algumas competências) no combate - ou controle - a todas estas novas patologias virais ou bacteriológicas que entretanto se vão modificando como autênticos monstros mutantes de difícil contenção e eliminação.

Há que existir cuidados sanitários básicos e outros que garantam o bom funcionamento não só das instituições como das populações, seja a nível interno de suas habitações e postos de trabalho como dos locais a que se dirigem no abastecimento diário e quotidiano das suas vidas.

Não basta fechar mercados contaminados e desinfectá-los; há que inspeccioná-los garantida e assiduamente pelas entidades oficiais - especificamente as de saúde - ou todas aquelas que para isso estejam habilitadas.

Mudar hábitos alimentares não é fácil, nunca o foi, mas se para isso estiver em causa o destino ou futuro da Humanidade talvez que tenhamos de encontrar outras opções, outras realidades que até nos podem fazer bem melhor e criar uma sã longevidade que jamais esperávamos possuir; pelo menos até ao século passado. E ter presente - sempre! - uma eficaz higienização. Em tudo! E em todos nós!

Só assim venceremos esta luta, esta batalha, ou esta agora estranha guerra contra os vírus, para já este novo coronavírus que, sob a benevolente mas espera-se não-ausente causa de todos nós, se não vire contra nós também em iminente extinção da nossa civilização.

Por isso é que a declarada moção internacional «Emergência Global de Saúde» - ou outras - têm de ser bem ponderadas ao publicitadas. Ou não, dependendo disso a resposta para todos estes males ou mesmo, para a sobrevivência da nossa espécie.

Sendo ou não uma Emergência Global de Saúde, há que estar ao corrente do que se irá passar nos próximos tempos e, acreditar, que no cômputo geral este foi apenas e tão-só mais um outro vírus que se debelou e que, sobre nós não vingou ou afincou, a sua longa forquilha da ceifeira da morte; pelo menos por enquanto...

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