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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

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People in China take no chances in protecting against coronavirus outbreak

Coronavirus: All Chinese regions confirm cases as infections near 8,000

NASA Explorers S4 E1: Orbiting Laboratory

Earth Magnetic Anomaly, Best Telescope, Snow | S0 News January 30, 2020

The Sun seen by the Inouye Solar Telescope

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

China: Coronavirus is getting stronger and infections could rise

Coronavirus: President Xi warns of 'grave situation' as infection spreads

China and Hong Kong take no chances as Wuhan coronavirus spreads

Emergência Global de Saúde

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Coronavírus (2019-nCoV): a última aberração viral que, inicialmente verificada na cidade chinesa de Wuhan, tem agora os seus mais poderosos tentáculos virados para Ocidente; ou seja, um pouco por todo o mundo numa escalada que poderá determinar o estar-se a viver (ainda que muitos o ignorem) uma radical e globalizante pandemia.

A OMS nega tal facto e nós tentamos acreditar. Afirma que ainda não é o momento para declarar ou considerar «Emergência Global de Saúde» a situação vivida com o surto epidémico presente que dá pelo nome de 2019-nCoV. Se tudo falhar, mais do que procurar responsáveis pela incúria ou pela negligência de se não instar a Emergência Global de Saúde, será a procura de soluções de inoculação e contenção deste terrível vírus se ainda houver tempo para tal...

"Não se enganem. Esta é uma emergência na China, mas ainda não se tornou uma Emergência Global de Saúde." (Comunicado da OMS no dia 23 de Janeiro de 2020)

Enquanto a OMS - Organização Mundial de Saúde - se debate internamente na dicotomia estranha pela qual está dividida de não criar o Alarme Mundial mas, simultaneamente, o de poder ser acusada de uma certa negligência sideral por não ter emitido desde logo um comunicado de Emergência de Saúde Pública Internacional, o povo sofre. Todo ele; regional ou mundial, pois estamos todos no mesmo barco planetário de incongruentes e maleficentes vírus e virulências.

As Últimas Notícias são devastadoras: 81 mortos, o mais recente número de óbitos devido ao novo coronavírus detectado e confirmado na China, de acordo com o que foi noticiado pela agência Reuters. (Dados de 27 de Janeiro de 2020)

(Em actualização no dia 28 de Janeiro de 2020: 106 mortos confirmados e cerca de 4.500 doentes infectados pelo novo coronavírus. Infelizmente mais se seguirão na contínua soma dos dias e da fraca esperança médica de se conter este novo vírus)

Na Província de Hubei, segundo dados emitidos pelo Governo Central Chinês, foram detectados 371 novos casos de pacientes infectados pelo novo coronavírus (denominado provisoriamente de 2019-nCoV) elevando assim o número de casos confirmados para mais de 2.700 em todo o território da China.

(Dados de 27 de Janeiro): Em todo o território chinês existem agora 2.744 casos confirmados - pelo que foram descobertos mais 769 novos casos desde o último balanço oficial até esta data. No dia seguinte foi publicitado que 1.300 novos casos tinham sido registados; ou seja, o vírus tornou-se imparável.

Regista-se que a maioria das pessoas infectadas se encontra no território continental da China. No entanto, existe a confirmação entretanto de muitos outros casos já registados em Macau, Hong Kong, Taiwan,Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Canadá, Austrália, Estados Unidos e Alemanha.

Aqui se reporta então a triste evidência de que, O Coronavírus, se não radicalizou apenas em território chinês mas se disseminou um pouco por todo o lado, o que obviamente transpõe em muito as fronteiras do concebível - e permitido - ante uma escalada epidemiológica sem precedentes que, inevitavelmente, ceifará muitas vidas.

Inevitáveis também são as vozes das teorias conspiratórias que já se fazem ouvir, como sempre nestes casos, no que apregoam estar-se perante uma espécie de «depuração planetária» pelo admitido e inegável excedente demográfico existente no globo terrestre; por outros que, em oposição, inflamam este episódio ser «apenas» mais um dos muitos surtos epidémicos vindos do Oriente devido ao contacto de outras espécies com o ser humano em base transmissível.

Seja como for, o temor mundial está já instalado. E muitos são os que se fazem prisioneiros até da sua própria mente não seguindo em bom rigor todas as recomendações dos serviços nacionais de saúde mas, fechando-se num ciclo algo tenebroso de patologia mental obsessiva-compulsiva de lavar as mãos até à exaustão ou simplesmente fugir de tudo o que é asiático. Todavia, e contrariamente ao que a ONU divulga, não, esta não é só uma «Emergência Chinesa»!...

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(Imagem microscópica do novo Coronavírus): até ao momento, 324 pacientes encontram-se em estado considerado Muito Grave! Mas também há boas notícias, segundo a Comissão Nacional de Saúde da China que afirma que 49 pessoas conseguiram superar a infecção com sucesso, recebendo de imediato alta hospitalar. Mas será motivo para ficarmos plenamente descansados?...

(Se assim fosse, não teria havido no dia 25 de Janeiro (2020) a pronta intervenção de Xi Jinping, o actual presidente da República Popular da China, ao afirmar tratar-se de «Uma coisa muito séria» a questão da epidemia por Coronavírus...)

                                                  Coronavírus: um mui estranho vírus...

Dados Científicos
Numa perspectiva mais alargada há que dizer que - Os Coronavírus - são um grupo de vírus de genoma de ARN/RNA simples de sentido positivo (serve directamente para a síntese proteica). São assim conhecidos desde a década de 60 do século XX.

Ao longo da vida humana muitos são os que acabam sendo portadores do coronavírus sem grande preocupação; no entanto, e apesar de serem uma causa comum de Infecções Respiratórias - brandas e moderadas de curta duração, segundo a considerativa médica - existem outros tipos tais como o SARS (causador da forma de pneumonia atípica) ou o tão falado agora 2019-nCoV, um «aparentado» do vírus da SARS-CoV (causador de febre, tosse, falta de ar e dificuldade em respirar).

Dos que provocam as Infecções Moderadas ou mais leves/mais comuns encontram-se os chamados Alpha coronavírus 229E e NL63. De seguida os SARS-CoV e MERS-CoV que causam infecções muito graves (pneumonia atípica grave); e por fim este 2019-nCoV (identificado em 2020 em maior pormenor).

Em relação a este último tipo de coronavírus (2019-nCoV), os cientistas admitem ter existido como animal-hospedeiro na origem do vírus, a cobra Taiwan (na hipótese mais viável de transmissão por via aérea ou digestiva aos humanos), transporta que foi a barreira das espécies.

Mas, há que reportar, ainda que provindo do morcego - o grande reservatório animal deste vírus - uma vez que estas cobras venenosas se alimentam de morcegos, os quais possuem este tipo de vírus transmissível aos répteis.

Período de Incubação: Em geral é de 2 a 14 dias. (Dia 26 de Janeiro de 2020, o Ministro da Saúde da China, o senhor Ma Xiaowei, avançou mais dados sobre o novo coronavírus ou 2019-nCoV poder propagar-se antes de haver sintomas na pessoa infectada, de acordo com os últimos dados registados. Ou seja, o tempo de incubação irá de 1 a 14 dias de tempo de incubação do vírus, sem sintomas na pessoa, mas já a contaminar terceiros).

Em síntese há a referir de que - Os Sintomas - podem envolver cloriza, tosse, dor de gargante e febre, o que muitas vezes se pode confundir com uma simples constipação ou uma vulgar gripe não sendo despiciente o estar-se alerta (tendo em conta o que sabemos hoje deste coronavírus). Muitos destes vírus causam Infecção das Vias Respiratórias, degenerando depois para Pneumonia.

Origem Evolutiva: Existem então 7 cepas/estirpes conhecidas de coronavírus humanos, sendo que todas elas evoluíram de coronavírus de outros animais. São elas:

HCoV-229E (cepa descoberta em 1960): O Coronavírus Humano divergiu do coronavírus da espécie animal Olpaca - antes ainda de 1960.

SARS-CoV (cepa descoberta em 2002): O C. Humano SARS divergiu do coronavírus da espécie ou população animal do Morcego em 1986. O coronavírus SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome) - síndrome respiratória aguda grave - surgiu na China no ano de 2002, tendo-se rapidamente disseminado este vírus por mais de 12 países na América do Norte, na América do Sul, na Europa e na Ásia.

Entre o ano de 2002 e 2003 mais de 8.000 pessoas foram infectadas e o número de óbitos fixou-se em cerca de 800, no que foi chamado então de «Epidemia Global»

(De registo: Apenas com o intuito de informação mais lata, num acréscimo de conhecimento factual que alarmou grande parte da população mundial em 2005, há a mencionar aquela que foi vulgamente conhecida como «Gripe Aviária» ou Gripe H5N1 também chamada de «Pneumonia atípica» ou SARS, com iguais consequências fatais em muitos dos casos.

O subtipo H5N1 foi detectado em 1997 mas teria o seu pico fulcral no Verão de 2005 onde morreram cerca de 6 mil aves aquáticas migradoras no lago Qinghai, no centro da China; entre muitas outras espécies afectadas e que igualmente pereceram em solo da Rússia, Cazaquistão, Croácia e Roménia.

 A nível humano este H5N1 infectou para cima de uma centena de pessoas tendo provocado 62 mortes, segundo um comunicado da OMS de então.

Já entre 2009 e 2010, verificou-se a Gripe A H1N1 que teve a sua expressão máxima no último trimestre de 2009 (mais concretamente no mês de Novembro), causando o número total de 18.500 mortos em todo o globo desde que foi descoberta em Abril de 2009.

Em Portugal foram registados cerca de um milhão de casos com gripe A, o que para um tão pequeno país de apenas 10 milhões de habitantes é de facto muito, havendo no total 124 mortos declarados, segundo dados da Direcção Geral da Saúde/DGS de Portugal). Mas continuemos na aferição das outras cepas encontradas para que aqui fique registado:

HCoV-OC43 (cepa/estirpe descoberta em 2004): O C. Humano OC43 divergiu do coronavírus bovino em 1890.

HCoV-NL63 (cepa descoberta em 2004): O C. Humano NL63 divergiu do coronavírus de Morcego - animal mamífero da ordem Chiroptera - há cerca de 822 anos, ou mesmo antes dessa data.

HC0V-NKU1 (cepa descoberta em 2005): O C. Humano divergiu do coronavírus do Morcego.

MERS-CoV (cepa descoberta em 2012): O C. Humano divergiu do Morcego e dos Camelos - estes últimos, designados da família «camiladae» e classe «mammalia», um género de ungulados artiodáctilos que são constituídos por duas espécies: os dromedários (de uma só corcova) e os camelos bactrianos (de duas corcovas) - os quais o vírus se instalou.

Este tipo de vírus (MERS-CoV) foi identificado no Médio Oriente (Arábia Saudita, Qatar, Emirados Árabes e Jordânia) num surto de 2012. E em 2015 foi detectado o coronavírus MERS (Middie East Respiratory Syndrome) que surgiria na Coreia do Sul através de um viajante que se havia deslocado até ao Médio Oriente, infectando assim para grande infelicidade dos mesmos, cerca de 200 pessoas e matando outras 36. Algo que não se esqueceu obviamente.

2019-nCoV (cepa decoberta em 2019) - Apesar de ainda estar cientificamente em estudo para identificar o animal-hospedeiro do qual divergiu a versão 2019-n, os cientistas alegam este poder ter divergido (hipoteticamente) da cobra Taiwan - uma espécie altamente venenosa que é consumida em larga escala pela população chinesa. Todavia, a verdadeira origem divergiu de facto do morcego, de acordo com um estudo da Universidade da China.

(Sabe-se que este vírus se aloca em geral nos morcegos que fazem parte da cadeia alimentar destes répteis onde estão inseridas estas espécies ofídeas que se encontram geralmente nas zonas Centro e Sul da China. Depois são levadas para os grandes mercados de peixe e mariscos ou frutos do mar como lhes chamam, sendo consumidas pela população chinesa, o que vem adensar ainda mais de que este vírus nas cobras tenha sido o exacto transmissor por via aérea ou digestiva para o ser humano).

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A China e o seu confronto com o novo coronavírus. Isolar cidades ou fronteiras é necessário, como são necessários os cuidados a ter e a precaver perante estes casos. Ninguém está a salvo, mas tudo se poderá conter ou optimisticamente resolver se forem tomadas medidas nesse sentido. Mas serão de facto suficientes ou estaremos todos em risco de nada ser fiável e credível, aplicável ou verosímil, ante a avassaladora dimensão dos acontecimentos?... Penso que ainda não sabemos...

Mas há que acreditar sim, e se possível ajudar; em alguns casos, sob grande vigília médica e imposto isolamento, e noutros, em menor preocupação mas ainda assim em alguma prevenção de cuidados a tomar, pois só assim se estancará este surto epidémico que pelos vistos não precisa de passaporte nem visto de entrada para se fazer vencer e proliferar...

O Paciente-zero
O chamado «paciente-zero» ou mais exactamente onde tudo começou e que no momento todos têm conhecimento ter-se registado na cidade chinesa de 11 milhões de habitantes que dá pelo nome de Wuhan, e que se sabe estar de quarentena, não havendo meios de transporte em circulação nem no geral quase nenhuma actividade urbana, que tudo despoletou numa vertiginosa correria contra este estranho e ainda mui misterioso vírus.

Mr. Zeng (senhor Zeng) foi, infelizmente, o paciente zero de toda esta tropelia viral fatal. Tinha 61 anos quando morreu a 9 de Janeiro deste ano. Tinha dado entrada pela primeira vez num hospital de Wuhan (em 26 de Janeiro) com queixas de tosse muito forte que já se prolongava havia uma semana. Procurou ajuda e aí ficou.

Segundo nos reporta o «The New York Times», a partir desse dia a saúde do senhor Zeng piorou vertiginosamente. A 27 de Dezembro foi então transferido para os Cuidados Intensivos, pelo que três dias depois foi ligado a um ventilador e logo a seguir foi levado para outro hospital porque precisava de uma máquina que lhe oxigenasse o sangue. Fatidicamente, tal solução não foi eficaz e o senhor Zeng acabou mesmo por falecer.

A Sintomatologia, já se sabe, evoca sintomas muito semelhantes aos das constipações ou gripes, que depois evoluem para febres acima dos 38ºC., criando também muitas dificuldades em respirar; posteriormente tudo acaba em penumonia. Nos casos mortais, as vítimas, entraram em septicémia.

Segundo os dados clínicos apresentados, existe uma incidência - neste particular caso do 2019-nCoV - se registar em pessoas com mais de 60 anos, principalmente os do sexo ou género masculino (homens portanto), e que sofrem de problemas crónicos. Daí que a OMS deixasse várias recomendações para prevenção da doença, não só sobre estes doentes de risco mas sobre todos nós.

«Lavar as mãos com sabão e água ou um sabonete à base de álcool; cobrir a boca e o nariz ao tossir e, espirrar com um lenço, ou com o cotovelo dobrado; não estar em contacto com ninguém com sintomas de constipação ou gripe; cozinhar bastante bem carne e ovos; e evitar o contacto não-protegido com animais de quinta ou selvagens.» (Comunicado da OMS/WHO, World Health Organization)

                       "Se o risco escalar, teremos de escalar as medidas." (Afirmação de Graça Freitas, Directora-Geral de Saúde, em Portugal)

Em Portugal: No dia 25 de Janeiro de 2020 veio a público a notícia divulgada por todos os meios de comunicação portugueses de que existia um caso em solo nacional. Os Portugueses tremeram.

No entanto, a Direcção-Geral de Saúde (DGS) veio colmatar maiores receios de possível contágio infecciológico deste vírus, informando de que o paciente em observação no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, se encontrava livre de perigo devido ao resultado das análises ter dado negativo.

Este paciente tinha vindo precisamente da cidade de Wuhan (na província de Hubei), o que levou a que as Autoridades de Saúde Portuguesas tivessem tomado as mais rigorosas medidas para se evitar o contágio, caso fosse necessário. Encaminhar para uma área de tratamento/internamento específico a nível hospitalar; Isolar, tratar e vigiar são as indicações seguintes mais correctas; neste e noutros casos. Há que evitar sempre a propagação!

No caso português de um cidadão vindo da China, revelou-se de que apesar do resultado ter sido negativo para este, nada poder estar à priori afastado. Ou minimizado. De acordo com as palavras da Directora Geral de Saúde (na maior Autoridade de Saúde Portuguesa) - a Drª Graça Freitas - «o facto de uma pessoa ter dado negativa não nos deixa mais ou menos descansados.»

Reforçou então que a Detecção Precoce é de facto a forma mais eficaz de controlar a propagação do vírus e que, para isso, as triagens são fundamentais - tal como as medidas que estão a ser tomadas em relação à entrada de animais vivos em Portugal, acentuou.

Quanto à China e à sua incessante luta no combate ao actual 2019-nCoV, foi reiterado estar-se já a desenvolver uma vacina que está prevista para meados de Abril, ainda que muitos admitam trabalhar-se arduamente no sentido de garantir que dentro de 40 dias seja já possível existir uma de total eficácia contra este novo coronavírus, de acordo com a informação veiculada pelo jornal oficial do Partido Comunista Chinês.

De acordo com o jornal «Diário do Povo», o cientista Xu Wenbo, do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças da China, afirmou de que este centro já se encontra a desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus «depois de isolar com sucesso a primeira estirpe do vírus». São boas notícias portanto. Oalá assim seja!

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O Novo Ano Lunar desta vez comemorado com um certo sabor amargo. Por mais solidariedade que haja pelo resto do mundo com tudo o que os habitantes e demais população chinesa está a viver neste momento com as agruras do novo coronavírus, não há que esquecer de que este Novo Ano Lunar ou Ano Novo Chinês (que concerne ao Rato-metal), poderá de facto simbolizar abundância, acumulação de riquezas e vasta prosperidade.

Ou mesmo novas oportunidades e novos projectos para todos os que nele acreditem. Há que ser optimista e confiar. Bem-Vindo Ano do Rato!

Um Novo Ano para a China
Um novo ano que trouxe um novo coronavírus. Nada mais nem menos do que isto. E que, não está circunscrito somente à China, já o sabemos. E por mais palavras de pacificação que hajam sobre a contenção do mesmo ou de toda a eficácia gerida pelos governos e entidades de saúde internacionais, além os esforços desmedidos do Sistema de Saúde Chinês (que exemplarmente tudo tem feito para conter e redimir este vírus ao seu espaço), nada está efectivamente fechado neste contexto.

(Em Registo: O Governo Chinês prolongou o feriado do Ano Novo Lunar e várias empresas fecharam ou pediram aos trabalhadores para o fazerem a partir de casa. Entretanto o presidente do Governo de Wuhan acabou por admitir ou reconhecer publicamente que a informação não foi divulgada de forma suficientemente rápida, num «mea culpa» inevitável:

 "Não divulgámos informações no devido tempo", disse então Zhou Xianwang em entrevista à televisão estatal CCTV, citada pelo «The Guardian», apresentando-se com uma máscara facial perante a audiência.)

Em afirmação à CNN, o conselheiro para a Agência de Saúde dos Estados Unidos,William Schaffner, reiterou de que tudo mudaria de figura com os novos dados apresentados pelo Ministro da Saúde da China que aferiu no passado fim-de-semana de que o Coronavírus se poderia propagar antes mesmo de haver sintomas na pessoa infectada.

Segundo Schaffner: "Este dado faz com que seja preciso reavaliar toda a estratégia para se conter a doença. Pessoas que nem sequer estão doentes podem estar a propagar o vírus sem o saberem"

(Recorde-se que foi no dia 26 de Janeiro, num domingo, que Ma Xiaowei alertou que os infectados podem transmitir a doença durante o período de incubação que demora entre um dia e duas semanas. Durante aquele período os infectados não revelam sintomas, o que vem assim anular o efeito das medidas de rastreio, como medição de temperatura nos aeroportos ou estações de comboio.)

A China entretanto tem enviado múltiplas mensagens que se replicam na recomendação de utilização de máscaras (tapando assim a boca e o nariz para evitar futuros contágios) e de desinfectantes para as mãos, pedindo-lhes também que permaneçam em casa o mais que puderem e que façam deslocações no exterior (na rua) apenas quando for estritamente necessário.

Em Pequim soube-se hoje, dia 27 de Janeiro de 2020, que um bebé de 9 meses também contraiu a doença, contribuindo assim para a já longa lista de infectados com o novo coronavírus. O que nos entristece a todos como é lógico. Trata-se do paciente mais novo até aqui detectado e, a ser identificado como tal até ao momento, segundo nos dizem as autoridades oficiais chinesas.

A Dispersão do Vírus pode aumentar consideravelmente nos próximos dias devido às comemorações chinesas do Novo Ano Lunar (que inaugura o calendário lunar) e que começou desde logo no sábado, dia 25 de Janeiro de 2020 mesmo com a assombração do novo coronavírus. Milhões de pessoas viajam assim por toda a China que, como se sabe, é imensa e sem fronteiras barradas; em especial neste Ano Novo Chinês que se deseja de melhor aventurança do que até aqui.

Muitas pessoas saem do país viajando para outros (muitas delas rumo ao Ocidente) devido às celebrações que desejam festejar com amigos ou familiares nesses países, fazendo alastrar deste modo e ainda mais, os muitos receios e outros temores desta doença avançar e progredir para outros pontos ou locais.

Dentro de portas a República Popular da China projectou internamente que «Todos os viajantes que sejam identificados com sintomas de pneumonia serão imediatamente transportados para um centro médico», em expressivo anúncio versus comunicado da CNS (China News Service) - a segunda maior agência de notícias estatal da China. Algo que na parte ocidental também soubemos através da agência de notícias francesa (France Press).

Uma enorme prisão. Ou hospital. Mas quem poderá retaliar ou contrariar tais medidas quando elas são rigorosa e extremamente necessárias no caso evidenciado...? Penso que ninguém.

E nem mesmo que um ou dois hospitais possam estar a ser construídos e edificados à velocidade-cruzeiro em cerca de uma ou duas semanas ou mais exactamente 20 dias (num louco manancial de viaturas, engenharias e força humana), o certo é que não se poderá acusar de ânimo leve ou dedo esticado de que a China não tenha tomado medidas de imediato para conter a quase hemorrágica disseminação deste tão letal vírus - apesar dele se esgueirar e mesmo assim fugir.

Tem de haver transparência mas também coerência, sobretudo da parte das instituições e organismos internacionais de saúde para que todos fiquemos atentos e se possível habilitados (pelo menos sobre algumas competências) no combate - ou controle - a todas estas novas patologias virais ou bacteriológicas que entretanto se vão modificando como autênticos monstros mutantes de difícil contenção e eliminação.

Há que existir cuidados sanitários básicos e outros que garantam o bom funcionamento não só das instituições como das populações, seja a nível interno de suas habitações e postos de trabalho como dos locais a que se dirigem no abastecimento diário e quotidiano das suas vidas.

Não basta fechar mercados contaminados e desinfectá-los; há que inspeccioná-los garantida e assiduamente pelas entidades oficiais - especificamente as de saúde - ou todas aquelas que para isso estejam habilitadas.

Mudar hábitos alimentares não é fácil, nunca o foi, mas se para isso estiver em causa o destino ou futuro da Humanidade talvez que tenhamos de encontrar outras opções, outras realidades que até nos podem fazer bem melhor e criar uma sã longevidade que jamais esperávamos possuir; pelo menos até ao século passado. E ter presente - sempre! - uma eficaz higienização. Em tudo! E em todos nós!

Só assim venceremos esta luta, esta batalha, ou esta agora estranha guerra contra os vírus, para já este novo coronavírus que, sob a benevolente mas espera-se não-ausente causa de todos nós, se não vire contra nós também em iminente extinção da nossa civilização.

Por isso é que a declarada moção internacional «Emergência Global de Saúde» - ou outras - têm de ser bem ponderadas ao publicitadas. Ou não, dependendo disso a resposta para todos estes males ou mesmo, para a sobrevivência da nossa espécie.

Sendo ou não uma Emergência Global de Saúde, há que estar ao corrente do que se irá passar nos próximos tempos e, acreditar, que no cômputo geral este foi apenas e tão-só mais um outro vírus que se debelou e que, sobre nós não vingou ou afincou, a sua longa forquilha da ceifeira da morte; pelo menos por enquanto...

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

What If Human Brains Had AI Implants? | Unveiled

Brain tumor surgery in a lady who was paralyzed because of the tumor.

Glioma Resection

Em Socorro do Cérebro

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O Cérebro Humano (imagem obtida através de Ressonância Magnética). Há aproximadamente três décadas que os cientistas têm vindo a estudar o desenvolvimento de métodos de biologia celular, bioquímica e molecular do cérebro na insistência de uma melhor compreensão sobre este. As experiências sucedem-se e os estudos confirmam-se de grande sucesso. Está aberto assim um novo mundo «Em Socorro do Cérebro» e suas excentricidades de fortaleza quase inquebrantável para o conhecimento humano.

A mais recente revelação chega-nos hoje (em publicação da revista Nature de 15 de Janeiro de 2020) de investigadores de Yale que descobriram uma nova maneira de contornar as defesas naturais do cérebro quando estas são contraproducentes; ou seja, conseguiram eficazmente quebrar as barreiras cerebrais para atacar temíveis tumores.

Futuramente, de acordo com os cientistas neste estudo envolvidos, poderá renascer a esperança em pacientes com Glioblastoma. Assim seja!

                                                         Um Novo Modelo Cerebral

«Mais vasto do que o céu» ou simplesmente tão impressionante quanto ele, o cérebro ainda nos levanta algumas inquirições e supostas interrogações; apesar disso, novas experiências e estudos recentemente divulgados vêm-nos dizer que há margem para se acreditar o poder-se ultrapassar certos limites. Um deles, será o de se tomar uma atitude de socorrista em espécie de «emergência médica» para se evitarem males maiores (como o glioblastoma) que quase sempre tem consequências fatais.

Antes disso, muitos investigadores nos domínios da Neurologia/Neurociência, admitiram haver eventualmente a concepção de um «Novo Modelo Cerebral» baseado especificamente nos neurónios.

Enfatizaram então de que as células da Glia - muito mais numerosas no cérebro humano do que os neurónios (existem cerca de 85 biliões de neurónios para cerca de 100 biliões de células da glia) - são fundamentais ou extremamente fulcrais na integração das informações produzidas pela mente (e sua compreensão cognitiva) nessa sua sincronização vigente.

Na verdade, estas células não-neuronais (que se definem também como neuróglia, nevróglia, gliócitos ou glia) do sistema nervoso central são células que efectivamente servem de suporte e nutrição aos neurónios; isto, num conhecimento mais lato que delas fazemos.

(Nas décadas passadas muitos neurocientistas acreditaram piamente que os neurónios eram os únicos responsáveis por toda a comunicação no cérebro e no sistema nervoso; e que, as células gliais, nove vezes mais numerosas que os neurónios, apenas os alimentavam.)

O que os Novos Tempos ditam - através de novas técnicas de imagem assim como por avançados instrumentos de «escuta» - é uma realidade bem diferente ou bem mais rigorosa que revela de forma geral muitas outras realidades; realidades essas que mostram que as células gliais não só se comunicam com os neurónios mas também entre si.

De referir que, nos diversos tipos de células da Glia, existem uns que se destacam; algo que os investigadores recentemente descobriram e definem hoje como «Astrócitos».

De metabolismo muito complexo mas também de grandes propriedades neuronais, os Astrócitos estabelecem uma interacção constante e impressionante de comunicação, tanto entre os neurónios como entre si. O que, claro está, veio revolucionar ainda mais o entendimento humano sobre eles.

Têm deste modo a capacidade de comunicarem esses sinais nas fendas sinápticas entre os neurónios, podendo inclusive influenciar o local da formação das sinapses. Devido a esta competência, as células gliais podem ser essenciais para a aprendizagem e construção das recordações (memória), além de serem também muito importantes na recuperação de Lesões Neurológicas.

Estas células são de facto muito especiais, pois influenciam a acção cerebral em diferentes patologias, tal como no caso da Esclorose Múltipla, mas também na acção do comportamento, assim como no sono e na memória (como já se referiu); ou mesmo no próprio relógio biológico.

(De Registo): Especificamente em relação aos Astrócitos, há que reportar que agindo eles no comportamento, na memória e noutras funções essenciais, também se comunicam entre si produzindo Ondas de Cálcio, que por sua vez se propagam pela rede celular, produzindo esse complexo sistema de informações produzidas pelas sinapses neuronais.

No geral, possuimos a concepção de que os Neurónios (e suas sinapses eléctricas), Células da Glia (gliócitos ou simplesmente glia) ou Astrócitos - que se parecem como uma estrela - fazem parte deste interactivo mundo cerebral que pouco a pouco se vai desvendando em maior esclarecimento e entendimento.

Porquanto isso, as descobertas vão-se aglomerando numa pirâmide de conhecimento nunca visto, pelo que estão abertas assim as gloriosas portas de um céu, de facto, supostamente muito mais vasto do que ele próprio (em termos cerebrais) se tivermos em conta a sua enormidade e, complexidade, tal como o Cosmos que nos envolve.

Os estudos avolumam-se e as conclusões daí subsequentes vão inferindo na comunidade científica a certeza de que, apesar do cérebro ser por vezes em termos filosóficos e sonhadores «mais vasto que o céu», acaba por ultimar como que um céu neuronal de grande complexidade.

Reiterado o importante papel em todo o sistema de Neurotransmissão do Sistema Nervoso e, eventualmente nas doenças neurológicas e psiquiátricas, há todo um mundo ainda por explorar que vai desde a verdadeira definição do Pensamento a muitas outras questões que orlam a Consciência e outras aptidões que o ser humano produz.

No entanto, o que mais incomoda hoje os cientistas é ainda não terem descoberto uma forma radical de travar as doenças oncológicas ou tumorais relacionadas com o cérebro.

Daí que se assumam experiências a cada dia mais fluentes e determinantes no sucesso de, em futuro próximo, se poderem quebrar certas barreiras intransponíveis, tais como aquela em que o cérebro está projectado para evitar patógenos perigosos, e pelo que urge essa necessidade, devido a essas barreiras interferirem no Sistema Imunológico quando confrontadas com ameaças terríveis - como o tão temido Glioblastoma.

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(Imagem 3D): O Cérebro Humano, a nossa maior fortaleza humana que está equipada com barreiras que têm a função exemplar de evitar Patógenos Perigosos. Um estudo financiado pelo Instituto Médico Howard Hughes e pelos Institutos Nacionais de Saúde - mas da responsabilidade de investigadores da Universidade de Yale de New Haven, em Connecticut (EUA) - veio agora dizer-nos de que poderá haver a possibilidade de tratamento em pacientes com Glioblastoma.

Guerra ao Glioblastoma!
Muitos de nós apenas têm a percepção de perigosidade quando se fala vulgarmente de tumores cerebrais. Só essa invocação é suficiente para se temer o pior. Os tratamentos nem sempre são de grande sucesso, o que precipita um fim inevitável que conduz à morte.

Cientificamente, um Glioblastoma é um tipo de astrocitoma em que o seu grau de malignidade é geralmente o mais avançado (grau IV), ou seja, extremamente invasivo e agressivo. É mais frequente encontrar-se nos pacientes entre os 35 e os 70 anos de idade, não sendo no entanto incomum que surja noutras idades. De acordo com a patogénese, o Glioblastoma surge no próprio cérebro dos astrócitos.

Costuma ter um crescimento rápido mesmo após se ter efectuado uma cirurgia para tal, havendo geralmente a infiltração de células tumorais no tecido cerebral aparente normal a 7 centímetros de profundidade, além da periferia da lesão.

Mesmo que haja uma ablação ou remoção de 99,99% do tecido neoplásico, o restante infiltrado no tecido (mesmo que seja mínimo esse resíduo local) vai indefectivelmente regenerar-se; ou seja, ele tem a capacidade incrível de se multiplicar, e voltar mesmo ao seu tamanho inicial numa orla temporal de cerca de 30 dias. Pode-se dizer dessa regeneração que é um verdadeiro «assassino-nato»!

Em termos científicos mais específicos, o Glioblastoma multiforme (ou Astrocitoma grau IV) é o tipo mais comum e agressivo de Tumor Maligno Cerebral que acomete os seres humanos.

A sintomatologia apresentada é expressiva: Cefaleias, Náuseas, Alterações de Personalidade, e não raras vezes tem o condão de revelar sintomas similares aos registados nos AVC`s - Acidentes Vasculares Cerebrais.

O Agravamento dos Sintomas é geralmente rápido, segundo o que os especialistas nos contam, podendo evoluir para um quadro de total inconsciência. Sabe-se que a etiologia destes tumores é ainda hoje, infelizmente, desconhecida para todos nós, reconhecendo-se apenas de que os factores de risco incluem Anomalias Genéticas - como a Neurofibromatose e a Síndrome de Li-Fraumeni - havendo a urgência de se fazer Radioterapia.

Os Glioblastomas representam assim cerca de 15% dos tumores cerebrais, pelo que se podem desenvolver a partir de Células da Glia Normais ou de um Astrocitoma de Baixo Grau já existente. O diagnóstico é geralmente confirmado através de exames de Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética e Biópsia da Lesão.

Daí a perseguição ou mesmo combate férreo instado (em face ao Glioblastoma) que esta última investida equipe de cientistas veio executar.

São evidentes os esforços e o empenho havidos sobre estes tão prestigiados investigadores de Yale - da Universidade de Yale, em New Haven, no Connceticut (EUA) - que vieram agora dizer ao mundo que, de futuro, se poderá estabelecer assim uma outra terapêutica para os pacientes com esta patologia. E, possivelmente, com uma taxa de êxito assegurada.

A divulgação deste estudo foi publicado na revista científica «Nature» em 15 de Janeiro de 2020, ilustrado com o título «A Drenagem Linfática Accionada por VEGF-C Permite a Imuno-vigilância de Tumores Cerebrais». Os seus autores são:

Eric Song, Tianyang Mao, Huiping Dong, Ligia Simões Braga Boisserand, Salli Antila, Marcus Bosenberg, Kari Alitalo, Jean-LeonThomas e Akiko Iwasaki.

"As pessoas pensavam que em relação aos sistema imunológico havia muito pouco a fazer para combater esses tumores cerebrais. Não havia como (até aqui) os pacientes com Glioblastoma pudessem beneficiar da Imunoterapia." (Afirmação do autor e responsável-sénior  do estudo, Akiko Iwasaki)

De realçar que o cientista e investigador-sénior Akiko Iwasaki, é também professor de Imunobiologia de Waldemar Von  Zedwitz, assim como também professor de Biologia Molecular, Celular e de Desenvolvimento do Instituto Médico Howard Hughes.

De acordo com o que vem reportado na Science Daily de 15 de Janeiro de 2020 existe a premissa que «Embora o cérebro em si não tenha uma maneira directa de descartar os resíduos celulares, os pequenos vasos que revestem o interior do crânio recolhem resíduos de tecidos e descartam-nos através do Sistema Linfático do corpo, que filtra toxinas e resíduos desse mesmo corpo. É esse sistema de descarte que os investigadores exploraram no novo estudo.»

"Há também que reportar que esses vasos formam-se logo após o nascimento, estimulados que estão em parte pelo nosso conhecido gene referido como «Factor de Crescimento Endotelial Vascular C», ou VEGF-C." aferem-nos os especialistas.

Jean-Leon Thomas, também ele investigador e professor-associado de neurologia de Yale, nos Estados Unidos, e co-autor-sénior do estudo, questionou então se o gene VEGF-C poderia ou não aumentar a resposta imune se a drenagem linfática aumentasse.

Foi aí que o autor principal do estudo de seu nome, Eric Song  - um aguerrido estudante que trabalha no laboratório do professor Akiko Iwasaki -  quis ver (individualmente) se o VEGF-C poderia ser usado especificamente na Vigilância do Sistema Imunológico dos Tumores de Glioblastoma. Juntos, a equipe investigou assim se, através desse sistema de drenagem, a introdução do gene VEGF-C teria como alvo específico os Tumores Cerebrais.

Na Experiência Efectuada, a equipe introduziu o gene VEGF-C no líquido cefalorraquidiano de pequenos roedores (camundongos) com Glioblastoma, tendo observado então um nível aumentado de resposta de células T a tumores no cérebro.

Quando combinado com Inibidores do ponto de verificação do Sistema Imunológico comummente usados em Imunoterapia, o tratamento com VEGF-C aumentou significativamente a sobrevida dos ratinhos. Por outras palavras «A Introdução do VEGF-C em conjunto com os medicamentos de Imunoterapia contra o Cancro foi aparentemente suficiente para atingir Tumores Cerebrais».

"Estes resultados são notáveis! Gostaríamos de levar este tratamento para pacientes com Glioblastoma. O prognóstico com as terapias actuais de cirurgia e quimioterapia ainda é muito sombrio!" (Exclamações do reputado professor Iwasaki)

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Ligar o Cérebro à Máquina: a futurista pretensão de ligar a IA (Inteligência Artificial) ao cérebro humano. A empresa criada para actuar na área de investigação ligada à Medicina e que dá pelo nome de Neuralink tem suscitado diversos temores; contudo, não sendo imparável o investimento e o desenvolvimento nela embutidos, estima-se que em breve uma nova geração de seres humanos possa finalmente elevar-se através desta técnica de implantes. Homem ou Máquina eis a questão. E isso importará?... Talvez não, se soubermos quais os limites de um e de outro...

(De Registo): Havendo já o super-computador da Intel que o pretende imitar, Elon Musk vai mais longe na ambição de implantar sensores no cérebro humano já no corrente ano de 2020 - num virtuoso ou quiçá aparatoso projecto desenvolvido pela Neuralink - que coloca sensores, implantes ou mais especificamente eléctrodos no interior do cérebro humano a fim de restaurar ou, fazer recuperar, certas regiões do cérebro que foram ou ficaram danificadas.

O Aperfeiçoamento Humano
Já muito se disse ou comentou sobre a Neuralink - ou sobre quais malabarismos tecnológicos esta empresa neurotecnológica se afiança - que alia a Medicina à Inteligência Artificial e a todos esses «aprimoramentos» que se desejam eficazes e seguros no ser humano em face a anomalias ou deficiências sofridas. Uns contestam e outros saúdam. Uns retaliam - e outros seguem atentamente em voraz vigor - tudo o que este excêntrico mas muito audaz multi-milionário de seu nome Elon Musk tem feito pela causa; esta e outras.

No caso da Neuralink, o propósito até pode ser altruísta e, convenhamos, a favor de um Ser Humano do Futuro mais adaptável ou meramente sobrevivente às também futuras Alterações Climáticas do Planeta que entretanto já estamos a sentir com toda a veemência e, acidental ocorrência, por todo o globo. Afinal, todo o mundo é sujeito a mudança.

Cientificamente, a Neuralink é uma empresa que se define como uma Sociedade Comercial Neurotecnológica Americana - projectada e concebida por Elon Musk entre outros -  com o intuito, objectivo e acordo de se desenvolverem Interfaces Cérebro-Computador. Que seja então.

«Ligar o Cérebro à Máquina» nunca foi benevolente ou passivo de contemplação, mas antes alvo de muita polémica e inquirição por parte de quem tem a mestria de estar sempre um passo à frente no seu tempo. Ou, imponentemente, se superioriza sobre temas e práticas até aí nunca dominadas.

O Medo governa por vezes muitas mentes e muitos credos - assim como algumas instâncias governamentais e outras instituições que somente desejam vergados pelos medos e receios, os muitos que os seguem - além a devota ignorância de quem se demite de fazer do futuro o que hoje já é. Regredir não é opção e esconder a cabeça na areia também não.

Assim sendo, afastando barreiras e algumas fronteiras da negação, a empresa neurotecnológica de Musk pode muito bem vir a ser a mecânica profunda que estabelece a ligação entre o Homem e a Máquina.

E isto, no que é suposto revigorar-nos energias, apetências e simetrias entre o que já fomos e o que deixámos de ser devido à incapacidade - momentânea ou permanente - de nos movermos (muitas vezes por acidentes em que a amputação nos deixou inaptos para andar, correr ou saltar) e outras situações de mobilidade reduzida; ou mesmo nos casos em que se perdeu alguma faculdade básica como ver, ouvir ou falar. E é aí que os implantes entram.

Inevitavelmente, para o bem ou para o mal, tudo faz parte desse tão grande processo e, projecto, da Evolução do Homem. Do ser humano, para ser mais preciso. Não importa género, etnia, credo ou situação, pois somos todos vulneráveis a qualquer anomalia ou deficiência que entretanto surja na nossa vida.

Quanto à técnica propriamente dita há que dizer de uma forma expressiva que, apesar de não invasiva, tem os seus temores; pelo menos na parcial visão de quem está de fora destes circuitos biotecnológicos e se sente invadido por «coisas» artificiais que podem acabar por mandar nos nossos destinos e faculdades mentais em espécie de sobreposição da Máquina ao Homem.

Invasiva ou não, o procedimento cirúrgico do Implante é algo tenebroso ainda que útil a médio e longo prazo, pois tudo urge na medida das nossas necessidades.

A Técnica: Uma agulha perfura o cérebro (não se arrepiem já) numa incisão perfeita que deixará no cérebro um fio cerebral ou sensor - que tem exactamente o diâmetro de um quarto de um fio de cabelo humano. Depois de aplicados ou implantados estes sensores, eles irão ter como missão captar informações e transmiti-las para um receptor que ficará colocado na superfície do crânio.

(Em Registo: para analisar a informação e estabelecer assim a comunicação com o cérebro tudo será criteriosamente realizado sem fios - eventualmente através da via Bluetooth - de acordo com os especialistas nesta área.)

Muitas experiências foram efectuadas em ratinhos (na introdução e aplicação destes sensores), nomeadamente 1500 eléctrodos que serviram de base para um estudo mais aprofundado e considerável de não haver sequelas ou efeitos colaterais que se não desejam obviamente.

E mesmo que muitas destas experiências estejam ainda em observação, os cientistas admitem estar-se na vanguarda do que poderá ser o Nascimento ou Recrudescimento de um Novo Ser Humano.

«Em Socorro do Cérebro» ou mais exactamente do Aprimoramento do Ser Humano estarão sempre os investigadores, os incansáveis cientistas que se determinam e definem pela especialidade que optaram e que para isso estudaram anos a fio; em particular no sector da Neurociência pelos tantos corredores labirínticos com que ainda hoje se defrontam e muitas vezes confrontam numa luta desigual. Ou pelo menos difícil, muito difícil de destrinçar.

Em Socorro de todos nós estão todos eles, pelo que urge continuar a estudar e a investigar sobre o que poderemos ou não ser em breve, sem medo ou sem razão de ser, de podermos também nós ser mais perfeitos ou simplesmente imperfeitos no meio dessa perfeição.

Em Socorro dos Nossos Cérebros ou mesmo da Humanidade pela qual todos nos regemos, há que envidar esforços e não olhar a meios, seja por meio de implantes ou não, sendo saudáveis e libertos de qualquer restrição. Afinal, há emergências que o não são por outras que nos podem de facto salvar a vida, pelo que todos temos de dar as mãos e fazer valer essa união! Só isso conta!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Staph infections can kill, March 2019, Vital Signs

Staphylococcus aureus & Exposure Risks

A Grande Guerra Bacteriana

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Staphylococcus aureus (Staph): a relativamente comum bactéria que todos temem. Exibe-se como um nocivo organismo proveniente não só de Infecções Hospitalares mas, como poderoso e activo micro-organismo presente no meio-ambiente e em portadores assintomáticos.

Muitas outras bactérias (talvez não tão conhecidas entre nós) existem e são potencilamente perigosas, colocando indubitavelmente a nossa saúde em risco. Resistentes a antibióticos, estas bactérias ou estes micro-organismos são assim responsáveis por cerca de 700 mil mortes por ano, segundo dados da OMS - número que pode subir para 10 milhões até 2050.

Uma calamidade...?! Talvez, se não se unirem esforços no cerco a essa contenda, a essa tão nefasta guerra que é de todos nós.

Daí que se busquem soluções e persecutórias investigações para refrear «A Grande Ameaça Global da Resistência Anti-microbiana», pelo que os cientistas alegam ter encontrado hoje algumas respostas nesse sentido, afirmando covictamente, a possibilidade de se fornecer novas opções no fabrico de medicamentos eficazes no combate a tão dura e grande batalha bacteriana. Ou guerra.

                                                         Staphylococcus aureus

Só o nome assusta. A Staph ou Staphylococcus aureus define-se cientificamente como uma bactéria esférica - do grupo dos cocos gram-positivos - habitualmente encontrada na pele e nas fossas nasais de pessoas saudáveis. Existe a estimativa de que cerca de 30% de pessoas ditas saudáveis possuam esta bactéria nas narinas; e cerca de 20% na superfície da pele, de acordo com o que os especialistas nos revelam sobre ela.

Esta bactéria pode provocar indefectivelmente muitas doenças, uma vez que existem muitas cepas de consequências múltiplas e variadas. A gravidade dela - ou que através dela se abate sobre os que de si são portadores - é tanto maior ou menor consoante a Susceptibilidade Imunológica de cada paciente e das características da própria bactéria, pois existem vários tipos, sendo uns muito mais agressivos e resistentes do que outros.

Acnes, furúnculos, foliculites e celulites costumam revelar-se; assim como pneumonia, meningite, endocardite, síndrome do choque tóxico, sépsis (ou septicemia) e muitas outras patologias no foro ou especialidade da Infecciologia; ou seja, de infecções já com alguma gravidade.

Há que referir que, alguns tipos desta bactéria, produzem toxinas que provocam uma espécie de Intoxicação Alimentar, em que se registam náuseas, vómitos, cólicas,  e proeminente disenteria (diarreias).

Nos casos mais graves acentua-se a desidratação, a forte dor de cabeça (cefaleias), dores musculares e alterações transitórias na Pressão Sanguínea e na Frequência Cardíaca - e mesmo a Síndrome do Choque Séptico, na rara condição que acaba por desencadear uma série de reacções possivelmente fatais para os pacientes.

Na Corrente Sanguínea a bactéria torna-se de facto bastante preocupante, pelo que vai originar consequente e generalizadamente impressionantes infecções no corpo em praticamente todos os locais deste - tal como no caso dos pulmões (pneumonia), no coração (endocardite), na musculatura esquelética (piomiosite), nos ossos (osteonielite), assim como nas membranas que envolvem o cérebro (meningite), segundo nos revelam os médicos e investigadores na área da Infecciologia.

No geral (em termos mais científicos): Os Factores Específicos da bactéria Staphylococcus aureus são variados, definindo-se como toxinas - ou proteínas produzidas e segregadas ou expostas à superfície pela bactéria cuja actividade é destrutiva para as células humanas. Existem entretanto outras toxinas que a bactéria S. aureus (Staph) possui em comum com outros Estafilococos. São eles:

Cápsula (dificultam a fagocitose); Proteína A (aprisionam os anticorpos circulantes da classe IgG, neutralizando assim a sua função e impedindo também a adesão das imunoglobulinas); Toxina-alfa (as ferozes atacantes celulares, sendo frequente atacarem as células de «músculo liso vasculares» mas também qualquer outro tipo de célula, como por exemplo, os Eritrócitos); Toxiba-beta ou Esfingomielase C (as implacáveis destruidoras de muitos tipos de células, degradando determinados lípidos tais como «Esfingomielina e «Lisofosfatidilcolina»).

Toxinas esfoliativas A e B (ETA e ETB), chamadas de proteases de serina que destroem os desmossomas que por sua vez se unem as células da pele umas ás outras, resultando daí a perda da camada superior da pele ou «esfoliação»; Enterotoxinas (causam elevados danos aos tecidos provocando activação imprópria do sistema imune, levando à produção de citocinas - é comum a gastroenterite ser uma consequência inevitável devido ao consumo de alimentos contaminados pela bactéria S. aureus/Staph); Toxina da Síndrome de Choque (geram geralmente reacções imunitárias danosas para o paciente, pelo que se definem como super-antígenos).

Em conclusão (na sequência da patologia ou doenças verificadas): Síndrome de Choque Tóxico (em início abrupto com Hipotensão, Febre, e Eritemas difusos, podendo haver choque séptico e perda de consciência. seguida de insuficiência de múltiplos órgãos); Gastroenterite estafilocócica (devido à presença de enterotoxinas na alimentação ingerida, no que se reflecte pelo aparecimento súbito de vómitos, diarreia aquosa e dores abdominais); Síndrome de pele escaldada estafilocócica (caracteriza-se por aparecimento súbito de eritemas ou zonas vermelhas dolorosas de grande prurido que começam em geral na boca e posteriormente se espalham por todo o corpo).

Impetigo ou infecção de pele (revela-se numa pequena mancha vermelha que progride para pústula densa de pus); Foliculite (infecção com pus de um folículo piloso que pode progredir para furúnculo e depois para carbúnculo, estendendo-se para o tecido cutâneo); Endocardite (infecção no coração após circulação pelo sangue - bacteremia -  que cria febre e dores no tórax); Osteomielite (infecção da matriz interna óssea), e por último mas não menos preocupante, a Pneumonia (infecção pulmonar que pode ocorrer por aspiração de alimentos semi-digeridos, como por exemplo no caso do vómito).

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A Imagem Microscópica da bactéria S. aureus ou Staph (researchgate.net): as três versões (suína, equina e humana) na óptica microscópica do observador científico. A apresentação da imagem distingue esta bactéria nas três vertentes (sobre o porco, o cavalo e o ser humano), no que os seus executores ditam como a formação de um biofilme macroscópico agregado no líquido sinovial destas diferentes espécies.

                                           Outras Bactérias Potencialmente Perigosas

Dados médicos revelam-nos de que existem de facto Muitas Outras Bactérias que são potencialmente perigosas. São classificadas pelo seu índice de perigosidade e risco para a saúde pública em risco Crítico ou elevado, Alto, e Médio. Para maior esclarecimento aqui fica o registo:

Risco Crítico (I): Acinetobacter baumannii - a principal causadora de grandes distúrbios no seio hospitalar, uma vez que à semelhança da Staphylococcus aureus, se verifica ser uma bactéria oportunista que domina nas Infecções Hospitalares, aproveitando-se da fragilidade do Sistema Imunológico do paciente. Pode inclusive provocar Penumonia, Meningite, Infecção do trato urinário e Sépsis (septicemia).

Risco Crítico (II): Enterobacteriaceae - a tribo, o clã, ou mais exactamente uma grande família de bactérias que muitos já dizem conhecer e dá pelo nome de «Escherichia coli. Encontra-se geralmente no intestino humano, provocando muitas vezes Infecção Urinária.

Risco Crítico (III): Pseudomonas aeruginosa - esta bactéria tem por hábito viver no solo e na água, assim como nas zonas mais húmidas do planeta. Costuma alojar-se nas axilas e nas regiões genitais do ser humano, mesmo nas pessoas ditas saudáveis. Provoca infecções que oscilam entre o menos e o mais grave, afectando não raras vezes os ouvidos, pulmões, coração, pele e ossos.

Risco Alto (I): Campylobacter - a transmissão desta espécie de bactérias revela-se no contacto entre pessoas e animais infectados, mas também pelo consumo de bebidas e alimentos contaminados. Provoca deliberadamente a inflamação do cólon (Colite).

Risco Alto (II): Enterococcus faecium - faz parte da Flora Intestinal e, frequentemente, é a grande causadora de Infecções Pélvicas; mas também as surgidas no foro cardíaco (Coração), no trato urinário e na pele.

Risco Alto (III): Helicobacter pylori (H. pylori) - encontra-se no estômago e, na maioria dos casos, provoca apenas danos menores; ou seja, gera apenas um desconforto gástrico. Contudo, não se pense que é de menosprezar, pois pode gerar também Gastrite e em muitos outros casos, Cancro.

Risco Alto (IV): Neisseria gonorrhoeae - como o nome indica ou pressupõe, trata-se de uma bactéria responsável pela Gonorreia - doença sexualmente transmissível (DST) que afecta terrivelmente o ser humano independentemente do sexo ou género; ou seja, tanto homens como mulheres. Os seus sintomas incluem dor e ardor na micção, assim como perturbantes dores pélvicas.

Risco Alto (V): Salmonella spp - este grupo de bactérias pode causar dois tipos de doença, dependendo do serotipo: Salmonelose não-tifóide e febre tifóide. O contágio dá-se por meio da ingestão de alimentos infectados e maus hábitos de higiene; ou seja, escassez e negligência na higienização pessoal.

Risco Médio (I): Streptococcus pneumoniae - é um dos principais causadores das doenças pneumocócicas invasivas (pneumonias bacterianas, meningite, artrite e sépsis) e não-invasivas (sinusite, otite média aguda, conjuntivite, bronquite e pneumonia). Neste caso existe a vacinação adequada e eficaz para colmatar todos estes danos de menor risco, segundo os especialistas.

Risco Médio (II): Haemophilus influenzae - esta bactéria encontra-se em geral nas crianças até aos 5 anos de idade, tendo de se ter em atenção os sintomas, pois esta bactéria provoca quase sempre infecções que começam no nariz e na garganta, havendo a probabilidade de se espalharem por todo o corpo. Também existe vacinação adequada neste caso.

Risco Médio (III): Shigella spp - é uma bactéria do trato intestinal que se revela como a causadora da «Shigela», uma doença infecciosa caracterizada por intensa dor abdominal, cólicas e diarreia com emissão sanguínea, ou seja, em que há a saída de sangue, pus ou muco na evacuação.

Há que referir, o requerer de extrema vigilância sobre crianças muito pequenas (as mais fragilizadas e aptas a sofrerem deste tipo de bactéria); em particular as que se situem entre um ano de idade e os quatro anos, não sendo displicente estar-se atento acaso ocorram quaisquer destas perturbações fisiológicas.

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Uma Imagem (MSD Manuals) que não agrada a ninguém pelo que se observa de prurido e certamente muito incómodo fisico. Existir o factor-higiene é sempre de muita importância neste e noutros casos em que se verifique esta situação. Há que fazer prevenção e estar atento.

Prevenir, talvez seja mesmo o melhor remédio. De acordo com o que os agentes de saúde determinam, é necessário que se lave frequentemente as mãos com água e sabão, assim como ter diariamente um maior cuidado com toda a higiene pessoal.

Existindo já a presença da bactéria, aconselha-se a procurar de imediato um médico, mesmo que hajam apenas suspeitas de tal. Desinfectar bem um ferimento é sempre útil e correcto, mas já não coçar picadas de insectos ou tentar remover algo purulento (ou cheio de pus) sem a recomendação médica, sendo algo que se não deve fazer, não franqueando assim a porta de entrada de possíveis bactérias que possam vir a ser potencialmente perigosas ou que criem dano irreversível na pessoa.


                                          A Guerra contra a Staphylococcus aureus

Notícias Científicas: Como a Evolução Bacteriana dos Arsenais de Antibióticos está fornecendo Novos Planos de Medicamentos (Science Daily, January.9. 2020, em dados fornecidos pelo Trinity College Dublin)

Segundo um estudo publicado recentemente na reputada revista internacional «Nature Communications» que tendo por base a extrema necessidade de se descobrir novas e eficazes terapêuticas na guerra bacteriana que hoje se vive, levou a que cientistas do Trinity College Dublin, da Universidade de Dublin, na Irlanda (UE) unissem esforços para conter (ou combater) a Grande Ameaça Global da resistência anti-microbiana.

Assim sendo, os cientistas seguiram a natureza para que se pudesse fornecer a breve prazo «Novas Opções no Fabrico de Novos Medicamentos». De registar desde já o título com que foi presenteado esta valorosa publicação como «Estruturas da Lipoproteína sinalizam peptidase II da Staphylococcus aureus complexadas com antibióticos Globomicina e Mixovirescina» da Nature Communications 2020 que apresenta seus autores:

Samir Olatunji; Xiaoxiao Yu; Jonathan Bailey; Chia-Ying Huang; Marta Zapotoczna; Katherine Bowen; Maja Remskar; Rolf Müller; Eoin M. Scanlan; Joan A. Geoghegan; Vincent Olieric e Martin Caffrey.   

Há que referir que tudo isto tem sido impulsionado e, deveras motivado, há que acrescentar, pela  falha há muito existente no desenvolvimento de antibióticos eficazes que combatam com determinação «A Resistência aos Medicamentos Actuais». A nada se fazer, em breve essa inércia trará consequências desastrosas para todos os seres humanos no planeta, segundo afirmam os especialistas. Disso ninguém tem dúvidas.

De acordo com o que nos é reportado na Science Daily de 9 de Janeiro de 2020 «Estima-se que em meados do século, daqui a 30 anos, a resistência anti- microbiana resultará numa taxa de mortalidade global de até 10 milhões por ano. Até 2030, o Banco Mundial estima o custo dessa resistência bacteriana em 3,4 triliões de dólares no Produto Interno Bruto Global.

Daí que, a necessidade de se descobrir Novas e Eficazes Terapêuticas seja uma corrida contra o tempo, uma quase necessidade-básica para a qualidade de vida e bem-estar para a Humanidade.

Nesta demanda, surgiria então a científica contenda de investigação e pormenorizado trabalho que os cientistas do Trinity College Dublin testaram e, supostamente experienciaram, notando como dois antibióticos produzidos por bactérias funcionavam contra o vil micro-organismo de seu nome «Staphylococcus aureus»  resistente à Meticilina (MRSA) - concluíndo depois, do que tal potenciaria sobre possíveis novos alvos de drogas (medicamentos).

Descobriram então que - Duas Espécies Muito Diferentes de Bactérias - desenvolviam  poderosos e distintos arsenais de antibióticos para assim serem usados ou manietados na guerra contra seus vizinhos bacterianos.

Os reputados cientistas do Trinity College Dublin planearam assim com toda a precisão e rigor que os assiste - na experiência que efectuaram - de como estes antibióticos agiam contra o Staphylococcus aureus resistente à MRSA (meticilina). Algo que sublimará de futuro, segundo aferem, a que os fabricantes e operacionais farmacêuticos ou laboratoriais possam de vez conter essa temível ou terrível ameaça global que a resistência anti-microbiana representa ainda hoje para a Humanidade.

De acordo com a Selecção Natural em registo da própria natureza, os cientistas observaram que se apresentavam duas respostas para o mesmo problema; ou seja, haveria a possibilidade - finalmente! -  de existir uma competição bem-sucedida na Guerra Bacteriana.

«A Esperança é que a pesquisa básica sobre o funcionamento de uma Enzima envolvida na Síntese do Revestimento Bacteriano relatada neste artigo, contribua para o desenvolvimento desses medicamentos urgentemente necessários», aludem os investigadores.

O professor Martin Caffrey - investigador emérito da Escola de Bioquímica e Imunologia da Trinity University e autor-sénior do estudo, clarifica:

"Especificamente, descobrimos como a evolução levou dois tipos de bactérias completamente diferentes, a descobrir uma maneira de fabricar dois antibióticos muito diferentes, e com os quais se podem defender dos vizinhos bacterianos exctamente da mesma maneira. Este é um requintado exemplo de Evolução Molecular Convergente!"

Mas acrescenta ainda em termos sumamente científicos: "Enquanto os dois antibióticos são quimicamente distintos - um define-se como um depsipeptídeo cíclico (globomicina) e o outro é uma lactona macrocíclica (mixovirescina) -  notavelmente eles atingem o mesmo objectivo de interromper a produção de componentes-chave do envelope celular no organismo - as bactérias. Essa arma mata ou enfraquece as outras bactérias."

Mas como isso ajuda os projectistas (ou fabricantes) de medicamentos, urge questionar, na imposta e sempre relevante inquirição?!... Os especialistas elucidam-nos então:

«Embora seja importante - do ponto de vista puramente científico - entender de como a natureza trabalha e se molda ao nível molecular, como o já referido e ilustrado neste estudo, as descobertas dos cientistas têm o benefício adicional de fornecer aos projectistas químicos plantas químicas - ou farmacóforos - que explicam de como uma Molécula A se estrutura e se presta a uma acção específica, como um efeito antibiótico; algo que é  conhecido por trabalhar com bactérias no mundo real.»

Sabendo-se e, reconhecendo-se agora, que esses projectos podem ser usados a partir daqui para orientar os farmacêuticos quando projectam Medicamentos Novos e Mais Eficazes, um novo e adorável mundo se abre, há que o registar. Medicamentos esses, que são urgentemente necessários à luz da crescente Ameaça Global da Resistência Anti-microbiana.

Distinta e incisivamente sobre a ainda Grande Descoberta em face a esta ameaça global, o professor Caffrey rematou:

"Os cientistas, recentemente, têm dedicado muito esforço para enfrentar alvos abertos e indecifráveis -  muitos dos quais não possuem bolsos de ligação definidos, onde os medicamentos possam interagir especificamente para alcançar o resultado desejado. O alvo da parede celular bacteriana que ocupa o «palco» do centro do nosso trabalho, da mesma forma, possui uma superfície de ligação aberta; todavia, e neste caso, a natureza descobriu pelo menos duas maneiras de a atingir e com uma afinidade (ou precisão) muito alta, usando antibióticos naturais - Globomicina e Mixovirescina - fazendo-o de maneiras que são, ao mesmo tempo, semelhantes e distintas!"

Que mais há a dizer então que não seja... Parabéns professor! A ele, e a toda a prestigiada equipe de investigadores que, de uma forma absolutamente espectacular e exemplar, vieram dizer ao mundo que não há guerras perdidas mas antes rendidas ao supra-sumo da mais actual realidade científica de estarmos perante o recrudescimento da Ciência - e dos honrosos e magníficos feitos dos seus trabalhadores: Os cientistas!

Poderão haver ainda grandes batalhas pela frente, grandes confrontos epidemiológicos que ceifam uns e colhem outros; surtos epidémicos pontuais ou, no pior dos cenários, uma pandemia que nos mate a todos. Pode até ser... mas não sem antes, até ao último homem e mulher da Ciência lhes darem luta, mesmo sobre os seus últimos suspiros em confronto e disputa - a eles, a esses devassos micro-organismos fatais, à sua ignóbil multi-resistência anti-microbiana, na que será... porventura... aquela última fronteira da ceifeira da morte.

Será por hipótese ou razoabilidade uma Grande Guerra,  pungente e avassaladora (de acordo com aqueles mais pessimistas) mas jamais será a grande vencedora de nossos destinos, de nossa continuidade como Humanidade que somos.

A Grande Guerra Bacteriana só morrerá, quando não morrer a esperança de a quebrar e fazer mirrar, por tudo o que devemos em ancestral ascendência e capital descendência de todas as futuras ou próximas gerações. Já fomos dizimados no passado e sobrevivemos.

É lutando e trabalhando que lá chegaremos, cerceando patologias e outras mestrias de as entendermos como o são na verdade sem mitos ou leviandade, sabendo que um dia estaremos mais perto de todas as curas e de todos os males; até lá, cerremos fileiras e dêmos a nossa contribuição, pois que ninguém está a salvo desta e outras tais guerras bacterianas, as quais, se fazem em nós e nos ditam a vida ou a morte. Pela Vida Sempre! Mesmo que enfrentando outras grandes guerras!!!

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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

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A Misteriosa Partícula de Anjo

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A Partícula de Anjo ou fermião/fermion quiral de Majorana. Desde 2017 que este tipo específico de fermião - no domínio da física quântica - estimula os cientistas no entendimento e desenvolvimento desta tão especial partícula (já apelidada de angelical) pelo que, e devido às suas propriedades únicas, poderá no futuro permitir a sua utilização na construção de um Computador Quântico Topológico.

Recentes estudos contradizem-no. Por outros que se dizem fiéis ao que então foi esclarecido no ano de 2017 pelo já defunto cientista Shoucheng Zhang que defendeu fervorosamente a sua teoria de Física Fundamental sobre a «Partícula de Anjo».

Contudo, novos estudos estão já na penumbra de um outro conhecimento ou, hipoteticamente, de uma outra contemplação científica que irá de modo exemplar determinar poder-se ou não sonhar com esse futuro computador quântico; e tudo isso, através desses magníficos fermiões de Majorana, consistentes também na segurança e fiabilidade desses computadores.

Realidade a breve prazo ou imaginação fértil de quem há tanto espera para ver cumpridos estes desígnios científicos...? Só o tempo o dirá!...

No entanto, outras questões se levantam. E muitos de nós impõem sobre essas questões algo que é minimamente relevante, se estaremos ou não efectiva e produtivamente associados a esta sucessiva correria de acontecimentos na vanguarda do que só aos deuses foi estipulado...? Nada disso, dizem-nos então, pois a Ciência é a ferramenta dos audazes e dos inteligentes que, mesmo errando, tentam procurar respostas, teorizando sistematicamente o que o Universo encerra em si.

Há que haver determinação e distinção de todos aqueles que, definindo-se como existenciais seres inteligentes do Universo, tentam chegar lá mais perto. Os cientistas e os outros, todos aqueles que têm perguntas para fazer e se não acomodam ao comum do que lhes é respondido. Se existem partículas-fantasma...? Talvez. Ou não.

É para isso que a Ciência existe e os homens e mulheres que a seguem tentam discernir o que está para lá do que é a nossa visão ou sentido das coisas, pois que há mistérios que perduram nos tempos, num tempo que o não é e num espaço que se não define. Existirá de facto a Partícula de Anjo...?

Talvez nunca o venhamos a saber. E sabendo, servir-nos-à para alcançar a perfeição...? Talvez não, mas o sonho esse, continua cá. Assim como a teimosia, ou a persistência de irmos mais além em termos quânticos!...


                                                        As Enigmáticas Partículas

De acordo com os Físicos, toda a partícula fundamental no Universo possui uma anti-partícula que possui a mesma massa mas se distingue por exibir carga oposta.

Neste contexto, se uma partícula encontra a sua anti-partícula, o resultado vem mostrar que as duas se aniquilam num poderoso e impressionante flash de energia. No entanto, os cientistas tiveram de admitir que havia excepções: Em particular, sobre o que descobriram de certas partículas que quebravam esta regra cósmica revelando-se serem as suas próprias anti-partículas.

Desde 1937 que assim é; desde que o físico italiano - Ettore Majorana (1906-1938, na data em que misteriosamente desapareceu) - foi o primeiro a realçar que havia uma lacuna na família das partículas dos fermiões (fermions).

Segundo os Parâmetros da Ciência «Os Protões, Electrões, Neutrões, Neutrinos e também os Quarks são todos fermiões», tendo todos portanto anti-partículas correspondentes. O que Majorana observou então, foi que haviam determinadas partículas que eram as suas próprias anti-partículas.

Mas o que são de facto Fermiões de Majorana? A questão é respondida de forma pronta: Na Física de Partículas, por definição, um fermião de Majorana (Majorana fermion) é uma quase-partícula (quasipartícula) que é também a sua própria partícula. Tal como o nome sugere, estas partículas surgem do comportamento colectivo dos Electrões.

Em Julho de 2017, uma equipa liderada por Shoucheng Zhang (da Stanford University, na Califórnia, EUA) - um dos principais autores do estudo que foi publicado na prestigiada revista cientifica «Science» - investiu-se numa experiência que teve por objectivo mostrar essas quasipartículas peculiares, construindo para o efeito uma espécie de substância específica composta de finos filmes de dois materiais quânticos.

"Esta descoberta conclui uma das pesquisas mais intensivas até aqui realizadas em Física Fundamental, que durou exactamente 80 anos!" (A entusiasta afirmação do cientista Shoucheng Zhang que um ano antes da sua morte nos revelaria a existência dessas peculiares quasipartículas)

O resultado final desse teste foi de facto emocionante e, de certa forma revelador, projectando um Isolador Topológico Supercondutor que permitiu então que os electrões se movessem rapidamente e ao longo das bermas (ou bordas) da superfície do material, mas não pelo meio. Adicionado que foi uma pequena porção de Material Magnético na mistura, os electrões fluíram numa direcção ao longo de uma das bermas, e na direcção oposta ao longo da outra.

Na Prossecução da Experiência, os investigadores colocaram um íman sobre o material referido, fazendo assim com que todos os electrões diminuíssem a velocidade havida, parassem e alternassem mesmo a direcção. A Inversão aconteceu em movimento brusco e escalonado, segundo a observação feita.

As Quasipartículas começaram então a emergir do material aos pares, viajando na mesma direcção que os electrões, havendo contudo uma diferença fundamental: Quando pararam e mudaram de direcção, foi registado de que o fizeram precisamente na metade do percurso ou caminho que os electrões fizeram.

A Explicação Científica é lógica e quase óbvia: Tudo isto é conceptível do que cada Quasipartícula é, em essencialmente ou apenas metade de uma partícula - uma vez que uma de cada par se perde ao longo do seu trajecto.

Esse fenómeno à época observado foi exactamente o pretendido pela equipa de cientistas em 2017, aquando a experiência efectuada sobre a evidência destas tão pronunciadas «Partículas de Anjo» que são efectivamente (ou mostravam ser na altura) a sua própria antimatéria.

De acordo com os cientistas envolvidos «A longo prazo, os fermiões de Majorana poderão ter uma aplicação prática na segurança de computadores quânticos.» Se isso nos será um shangri-lá da Física Fundamental é algo que ainda não sabemos; no entanto, as perspectivas são altas e os testemunhos uma certeza de que o futuro só agora começou!

«Em Memória de Shoucheng Zhang (1963-2018), o notável professor de física da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos:

Em homenagem póstuma, aqui fica o meu registo de pesar pelo desaparecimento aos 55 anos de um dos mais inteligentes, trabalhadores e sem dúvida precursores no mundo da Física Teórica, um dos mais ilustres cientistas do nosso planeta. Que viva eternamente nas estrelas e da sua luz irradie para todos nós esse seu legado conhecimento. Descanse em paz, professor.»

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Falso ou Verdadeiro? Terá sido um alarme falso a afirmação então instada - e tão inflamada que foi! - da existência da tal «Partícula de Anjo» que em 2017 os cientistas apregoaram?... Será que os físicos teóricos se enganaram ou talvez precipitaram na analogia (e impulsiva?) conclusão científica de que afinal não estamos perante o tão fantástico e específico fermião quiral de Majorana como tanto se empolgou?... E quem o contradiz? É o que vamos saber de seguida.

Adeus «Computador Quântico Topológico»?!...
Não nos precipitemos também nós. Nem deitemos já por terra o que outros vieram encimar de alegorias científicas na área da Física Fundamental em experiências levadas a cabo em 2017; todavia, não se poderá ignorar o que actualmente se veio também pontuar em maior transparência sobre esta matéria.

E, sobre algo que a revista científica Science disponibilizou em publicação sua em 3 de Janeiro de 2020 em denominação titular: «Ausência de evidências para modos quirais de Majorana em dispositivos quânticos anómalos de Hall-supercondutor»

Sobre a importância ou extrema relevância que seria existir um caminho para a construção de um Computador Quântico Topológico, a unanimidade é geral, não sem antes alguma contenção como é o caso de Cui-Zu Chang que redige:

"Um primeiro passo importante para esse sonho distante de criar um computador quântico topológico é demonstrar evidências experimentais definitivas da existência de fermiões de Majorana em matéria condensada. Nos últimos anos, vários ensaios/experiências alegaram mostrar tais evidências, mas a interpretação dessas experiências ainda é debatida."

Esta afirmação resulta da sequência do estudo agora publicado na Science, advogado por uma equipa de físicos, reputados cientistas da Penn State University (na Pensilvânia, EUA) e da Universidade de Wurzburg, na Alemanha, que veio tumultuar o já firmado em experiências anteriores sobre as quasipartículas - em particular no referente à «Partícula de Anjo» agora em causa.

Tudo isto advindo do estudo liderado pelo já mencionado Cui-Zu Chang (professor-assistente da Penn State University) que acaba por refutar em parte esta teoria, negando que tal assim seja. Mas vamos a factos: Sabe-se que estudaram mais de três dúzias de dispositivos semelhantes aos usados para produzir a dita «Partícula de Anjo» no relatório de 2017.

O que então descobriram deixou-os estupefactos: A Improbabilidade dos factos à altura mencionados; ou seja, descobriram ser improvável a característica que foi reivindicada (em 2017) como a manifestação da chamada «Partícula de Anjo» e que esta pudesse ser induzida pela existência da partícula de anjo.

No entanto, nem tudo poderá ser assim tão linear. Ou então não necessitaríamos de invocar Aristóteles na sua definição de dialéctica como a lógica do provável, do processo racional que não pode ser demonstrado, quando afirma: «Provável é o que parece aceitável a todos, ou à maioria, ou aos mais conhecidos e ilustres», assim determina o filósofo. Estará errado?...

Sem questões filosóficas por analisar mas apenas sobre o que se impunha, esta reputada equipe de Chang analisou até ao ínfimo pormenor, de acordo com o que nos dizem (e vem explicitamente detalhado na Science Daily de 3 de Janeiro de 2020), de que se estudaram então dispositivos fabricados a partir de um material quântico conhecido como «Isolador Anómalo Quântico de Hall) em que, a corrente eléctrica, flui apenas na borda.

Um estudo recente previu que, quando a corrente da borda está em contacto directo ou limpo com um supercondutor são criados os «Majorana fermions» ou fermiões de Majorana quirais em propagação e a condutância eléctrica do dispositivo que é, ou deve ser «semi-quantizada» (um valor de e2/2h, em que (e) é a carga de electrões e (h) é a constante de Planck) quando sujeito a um campo magnético preciso.

A criteriosa equipe da Penn State-Wurzburg estudou assim mais de três dúzias de dispositivos com várias configurações de materiais diferentes, descobrindo então que Dispositivos com um Contacto  Supercondutor Limpo sempre mostram ou revelam o valor semi-quantizado - independentemente das condições do campo magnético.

"O facto de dois laboratórios - na Penn State e em Wurzburg - terem encontrado resultados  completamente consistentes usando uma ampla variedade de configurações de dispositivos, lança sérias dúvidas sobre a validade da geometria experimental proposta teoricamente, e questiona a alegação de 2017 de se observar a Partícula de Anjo." (Afirmação de Moses Chan, professor emérito de física da Penn State University)

"Continuo optimista de que a combinação de Isoladores Anómalos Quânticos de Hall e supercondutividade é um esquema atraente para a realização de Majoranas quirais. Todavia, os nossos colegas teóricos precisam repensar a geometria do dispositivo." (Focaliza Morteza Kayyalha, investigadora de pós-doutorado da Penn State que realizou a construção/fabricação e as medições do dispositivo)

Nitin Samarth, chefe do Departamento de Downsbrough e professor de física da Penn State University comenta por sua vez em jeito igualmente professoral:

"Quando o físico italiano Ettore Majorano previu a possibilidade de uma nova partícula fundamental - que é a sua própria anti-partícula - pouco ou nada poderia ter imaginado as implicações duradouras da sua imaginativa ideia. Passados mais de 80 anos após a previsão de Majorana, os físicos continuam ainda hoje a procurar activamente assinaturas do ainda indescritível «fermião de Majorana» em diversos cantos do Universo."

Samarth acrescenta agora perante esta outra nova realidade quântica: "Esta é uma excelente demonstração de como a Ciência deve funcionar. Reivindicações extraordinárias de descobertas precisam ser cuidadosamente examinadas e reproduzidas. Todos os nossos pós-docs (pós-doutorados) e alunos, trabalharam muito para garantir que se realizassem testes muito rigorosos das alegações anteriores. Também estamos a certificar-nos de que todos os nossos dados e métodos sejam compartilhados de forma transparente com a comunidade, para que os nossos resultados possam ser avaliados - criticamente - pelos colegas interessados."

Reconhece-se assim grande hombridade nestes estudos e, nestes múltiplos esforços para se chegar à verdade quântica dos factos - em que os Físicos de Partículas estão certamente imbuídos - usando para isso observatórios subterrâneos que procuram e/ou, incessantemente utilizam também para tentar provar, se a partícula-fantasma conhecida como Neutrino - uma partícula subatómica que raramente interage com a matéria - poderá ou não ser um fermião/fermion de Majorana.

Numa frente completamente diferente ou oposta a esta vertente, os Físicos de Matéria Condensada procuram de forma igualmente insistente encontrar ou tentar descobrir manifestações da Física de Majorana em dispositivos de estado sólido - que combinam materiais quânticos exóticos com supercondutores, segundo nos revelam os especialistas.

Em tais dispositivos, teoriza-se então que os Electrões se vestem como Fermiões de Majorana, costurando assim um tecido construído a partir de aspectos centrais da Mecânica Quântica, Física Relativista e Topologia.

Esta versão análoga dos Fermiões/Fermions de Majorana capturou particularmente a atenção dos homens e mulheres da Física - todos os físicos integrados no estudo da matéria condensada -  no que futuramente poderá fornecer um novo caminho para a possível construção e edificação de um «Computador Quântico Topológico».

Se é uma ideia inconcebível ou quiçá inexequível de ser realizada a breve prazo é algo que ainda se não sabe; no entanto, não se esmorecendo a idealização e a consistência com que muitos inversamente afirmam se poder um dia concretizar tal feitura, pode-se desde já encomendar ou mesmo preparar os enfeites das celebrações científicas, pois que para a frente é o caminho e nada está perdido.

Porquanto isso, a estimativa será a de se insistir e persistir na fluência de todas as experiências - na ilusão ou na aferição contínuas - de se tentar encontrar com toda a certeza possível a tal ainda tão «Misteriosa Partícula de Anjo». E que, negando a sua existência uns e outros reafirmando-a por todos os poros do conhecimento quântico (na área da física fundamental), algum dia se chegará à verdade real e não virtual de se saber desta tão enigmática e inebriante partícula-fantasma.

Por ora é chegado o momento de apenas se dizer em total reverência de que a Ciência é isto, nada mais do que isto em abono de uma verdade científica que uns buscam e outros assumem, ainda que estejam em lados opostos.

Como tudo na vida ou, sob o prisma dialéctico filosófico que regista que «Do debate de ideias virá a luz no surgir de outras ideias» (no sempre eloquente firmar das visões sobre dialéctica que vai de Sócrates a Platão e tantos outros) que tudo pode emergir não numa só verdade, mas, em muitas outras que ainda não conhecemos. Até lá, que os ignorantes não vinguem e os sábios se não escondam, pois só assim lucraremos na vigência do que nos une para lá do Mundo Quântico.